Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 51
Capítulo 51


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeem. Que provavelmente querem me matar.Desculpem a demora, mas é que ainda estou na correria, nesse momento estou digitando e tentando fazer Laurinha dormir. Eu ainda estou na minha tia.... buaaa. E mto sem tempo, para vcs terem uma idéia eu to tendo que passar roupa, e eu nunca fiz isso. Snif, mas o importante é ajudar. Bem eu tinha pedido para uma amiga minha digitar para mim, mas ela se empolgou e acabou não digitando tudo, então tive que arrumar algumas coisas, mas outras até ficaram lega. Acho que vcs vão entender pq demorei tanto o capitulo ficou mto grande, a primeira parte eu já postei como capitulo 50 e a segunda, como o 51. Não vou prometer não demorar para postar o próximo capitulo, pq como esta na reta final vou fazer capítulos grande, para não deixar vcs muito ansiosos, e por que eu to sem tempo. Já era para ter voltado para casa, mas o marido da minha tia sofreu um acidente de moto então, ainda estou aqui. Espero que essa internet discada me ajuda.Bom é isso. Espero q vcs gostem. Nesse capitulo teremos mtas revelações :D, momentos mto tensos.Como todos já sabem e pediram Bella já está grávida, e antes que vcs endoidem, eu já digo que a gravidez dela vai ser quase normal. Não vai ter aquela historia de uma gravidez acelerada nem sofrimente. Deixo isso para tia Steph. Bom é isso qualquer coisa, qualquer duvida, manda review ou por mensagem, ou no twitter da fic ou no Forms. Eu to por lá sempre.Twitter: @FanficsdaGiisForms: http://www.formspring.me/GisellyCrisPode até me mandar e-mail no: giselli_vieira@yahoo.com .brOu Messenger: gika_cutegirl@hotmail.comBom é isso sindo nessa pq tenho uma fralda para trocar (qro minha vida de voltaaaa)Boa Leitura amo vcs. ROBeijos.



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    Bella

  Estávamos quase chegando ao vestiário quando encontramos Edward, ele estava encostado a uma parede de braços cruzados e com cara de quem iria matar alguém. Alice segurou no meu braço e foi andando lentamente até ele com cara de culpada.

Acho que perdi alguma coisa.

Ele deveria estar muito impaciente, porque encurtou a distancia entre nós em alguns segundos.

-- Alice que idéia foi aquela de pedir para Emmett e Jasper me tirarem de perto da Bella? Ainda mais quando ela estava perto daquela garota doente.  – Edward começou a falar antes que pudéssemos abrir a boca. E ele estava furioso. – E você mocinha não sai mais de perto de mim, nem que para isso eu tenha que amarrar você junto ao meu corpo.

Ficar amarrada ao corpo dele, para sempre? Até que não era má idéia, na verdade era uma excelente idéia.

Ah minha nossa de onde está saindo esses pensamentos? Eu não era assim.

-- Calma, Edward, não precisar surtar. – Pediu Alice tentando acalmá-lo. – Eu tinha tudo sob controle. Ela só derrubou refrigerante no vestido de Bella.

Edward apertou a ponte do nariz com o polegar e o indicador. Problemas, ele só fazia isso quando estava muito irritado, ou com vontade de estraçalhar alguém.

-- Foi isso o que ela decidiu fazer Alice, mas não era o que ela queria. Até mesmo Jasper ficou assustado com os sentimentos dela. - Edward suspirou. – Não acredito que você arriscou a integridade de Bella para conseguir, com que ela deixasse você fazer do seu jeito.

Alice arregalou os olhos ofendida. Ela soltou meu braço e se aproximou de Edward ficando de frente para ele.

-- Confesso que deixei Britanny jogar a bebida na roupa da Bella, porque assim ela ficaria com raiva e deixaria fazer tudo do meu jeito, mas eu nunca colocaria a vida dela em perigo. Se eu tivesse capitado qualquer coisa na decisão de Britanny que colocasse Bella em perigo, eu mesma a teria tirado de lá.

-- É mesmo? – Perguntou Edward debochado, e se aproximando mais de Alice. – Não era o que parecia. Estava tão obcecada em fazer as coisas do seu jeito que até se esqueceu de coisas importantes, como sermos discretos, para nãos nos expor e a segurança de Bella. Esqueceu até mesmo os escrúpulos.

 Olhei para ele reprovando sua atitude, mas ele me ignorou.

Alice arregalou mais ainda os olhos e seu lábio inferior tremeu depois ela fechou a cara, ficando furiosa. Se fosse humana provavelmente seu rosto estaria vermelho de raiva e ela estaria chorando.

-- Como você ousa a me acusar de uma coisa tão infame como essa? – Ela falou tão baixo que eu quase não ouvi.

A discussão dos dois estava ficando perigosa, então achei melhor interferir, antes que começassem a brigar. Aproveitei que eles apenas discutiam provavelmente por pensamentos e me postei entre os dois colocando a mão no peito de cada um para afastá-los, mas não obtive sucesso. É claro, que eu não iria conseguir, eles eram vampiros super fortes.

-- Vocês dois, por favor, parem? – Pedi desesperada. – Não podem brigar. Edward, Alice não fez isso por mal, ela realmente não queria me prejudicar e...

Eu não consegui dizer mais nada, porque fiquei tonta e minhas vistas escureceram.

Acordei já no vestiário, no colo de Edward com Alice dando tampinhas em meu rosto. Rosálie me encarava preocupada e Ângela assustada.

-- Ela acordou. Graças a Deus! – Exclamou Ângela aliviada.

-- Amor como está se sentindo? – Perguntou Edward preocupado. – Quer ir para casa? Nós inventamos alguma coisa para o diretor...

-- Não, eu estou bem. Foi só uma leve vertigem, ou uma queda de pressão. – Respondi tranqüilizando-os. – Estou bem é sério, já passou. – E tinha passado mesmo, era como se nunca tivesse sentido o mal estar.

-- Tem certeza Bella? – Perguntou Rosálie me olhando preocupada. Apenas assenti.

Eu realmente estava bem.

A parte mais difícil foi convencer Edward de que eu realmente estava bem e não havia nada para se preocupar, porem ele não quis sair de perto de mim, nem sob os protestos de Alice e Rosálie de que eu precisava me trocar.

Por sorte as meninas já haviam se trocado – usavam top tomara-que-caia azul bebê com detalhes metálicos e saias brancas – e como Edward já havia me visto nua mesmo não haveria problema, porem isso não me impediu de corar como um pimentão quando retirei o vestido para por o top frente-única prata, com a frente cheia de brilho – quando Rose disse que eu iria brilhar, ela não estava falando em sentido figurado – que deixava minha barriga totalmente de fora e o short jeans preto. Só retocamos a maquiagem, deixamos nossos cabelos soltos e estávamos prontas.

-- Ah Bella eu troquei algumas musicas da playlist. – Disse Alice me passando algumas folhas enquanto caminhávamos de volta para a festa.

-- Como assim Alice, trocou a playlist? E você me avisa só agora. Eu não vou conseguir cantar sem saber a musica.

-- Vai sim, nós a ensaiamos lembra? Ah Bella não faça essa cara vai me agradecer depois. – E então ela piscou.

O diretor Greene já estava quase estourando a ulcera de tanta preocupação, por termos demorado tanto. Jasper inventou uma desculpa qualquer e ainda usou o seu dom para acalmar o diretor, que obviamente acreditou na desculpa e voltou para nos apresentar novamente.

Voltamos ao palco sob aplausos. Corei por causa dos assobios e elogios para nossos novos figurinos. Vi Amber pular de alegria e acenar para mim em aprovação à minha roupa nova e vi minha prima amassar o copo que ela estava segurando de tanto ódio.

Ignorando o gesto encorajador de Britanny resolvi começar a cantar. Olhei mais uma vez para as musicas que Alice queria que eu cantasse, eu já as havia cantado antes então não seria difícil.

Give it Up   Victorious Cast  (http://youtu.be/anaOGq00IVA)

Someday I let you in
Treat you right
Drive you outta your mind
Oooh
You never met a chick like me
Burn so bright
I'm gonna make you blind

Always want what you can't have
Is it so bad
If you don't get what you wanted

Make you feel good
As I'm with you
Wanna shape ya boy
Let's get it started!

Give it up
You can't win
Cause I know where you've been
Such a shame
You don't put up a fight
That's a game that we play
At the end of the night
It's the same old story
But you never get it right
Give it up

Come a little closer
Baby, baby
Come a little closer
Come a little closer
Baby, baby

So stop trying to walk away
No you won't ever leave me behind
(Noooo)

You better believe that I'm here to stay
(That's right)
Cuase you're the shade and I'm the sunshine
(Ooooohh)

Look at me boy
Cause I got you

Where I want you
Isn't it so exciting

Wanna shake you
Wanna break you
Take a backseat boy
Cause now I'm driving

Give it up
You can't win
Cause I know where you've been
Such a shame
You don't put up a fight
That's a game that we play
At the end of the night
It's the same old story
But you never get it right
Give it up

A oooh yeaaah
Ah oooho heeey
Hey yeah yeah yeaaaah

Come a little closer
Come a little closer
Baby, baby
Come a little closer
Come a little closer
Baby, baby
Come a little closer
Come a little closer
Baby
Yeah if you are my baby
And I'll make you crazy tonight

Look at me boy
Cause I got you
Where I want you
Isn't it so exciting

Wanna shake you
Wanna break you
Take a backseat boy
Cause now I'm driving

Give it up
You can't win
Cause I know where you've been
Such a shame
You don't put up a fight
That's a game that we play
At the end of the night
It's the same old story
But you never get it right
Give it up

Wooahhh
YEAH!

Rosálie me acompanhou nessa musica, o que deu uma diferença significante; a voz dela era simplesmente linda, perfeita, parecia um anjo cantando.

Edward

Rose e Bella dançavam e cantavam, às vezes faziam movimentos sensuais o que deixava os rapazes loucos e, eu e Emmett possessos de ciúmes, porque eles não tinham nenhum escrúpulos e não guardavam seus pensamentos pornográficos e ofensivos para si, eles verbalizavam. Vi o diretor Greene ralhar com alguns desses engraçadinhos e ameaçando descontar notas se eles continuassem a desrespeitar as meninas.

Graças a Deus eles pararam então agora só precisava me preocupar com os pensamentos da psicopata, que iam desde subir no palco e fazer Bella levar um choque, à bater na cabeça dela com uma caixa de  som, ou então estrangulá-la com o fio do microfone.

Realmente Britanny precisava de tratamento psiquiátrico.

“Não se preocupe Edward ela não irá fazer isso. Eu não permitiria, nem que para isso tivesse que nos expor.” – Pensou Alice. Ela estava preocupada porque ela realmente via Britanny fazendo tudo isso.

As garotas terminaram de cantar e foram aplaudidas. Bella pegou uma guitarra e começou a tocar, já sabendo que musica que era acompanhei assim como meus irmãos – já havíamos ensaiado também, então foi fácil – e ela começou a cantar:

The Game of Love – Santana Ft Michelle Branch (http://youtu.be/Pf9tTxqKUR8)

Assim que Bella terminou de cantar o diretor, subiu ao palco pedindo a palavra. Bella saiu do palco sob muitos protestos para deixar o diretor Greene dar os avisos.

-- Por favor, fiquem calmos logo nossa banda maravilhosa volta ao palco. Mas é que nós temos um cronograma a seguir. – O diretor pegou as fichas com as falas de um bolso interno do paletó. – Bem, como havíamos informado no final do ano letivo passado, o rei e a rainha do Baile de Boas Vindas, seria o capitão do time de futebol e a capitã das lideres de torcida. Então chegou o momento de coroá-los. Por favor, subam ao palco rei George Lennox e rainha Britanny Swan.   

Todos aplaudiram enquanto os dois se postavam ao lado do diretor, Lennox estava se achando o maioral e Britanny murmurou um monte de impropérios e palavrões, mais até do que eu achava que ela fosse capaz de saber.

O senhor Greene colocou as coroas em sua cabeça e depois lhes passou os mantos e os cetros.

Lennox fez um pequeno discurso, mas Britanny preferiu ficar calada, provavelmente não sairia nada que prestasse daquela boca.

-- Agora que nosso Rei e nossa Rainha estão coroados, e nada melhor do que uma dança para celebrar. Só lembrando que a banda tocará mais duas musicas e faremos o concurso de dança. Bella querida é com você.

O diretor Greene desceu do palco assim como o rei e a rainha, que se dirigiram para o meio da pista que estava vazio e iluminado por um holofote. Todos aplaudiram quando Lennox tomou Britanny nos braços e começaram a dançar.

E então Bella começou a cantar:

Crazy For You – Madonna - (http://youtu.be/fEygTz-9-SU)

O casal dançou até o final da musica, depois Britanny deu um jeito de se livrar do pobre Lennox que queria beijá-la a todo custo.

Britanny  - creio eu que para se livrar do persistente George – havia sumido, e eu nem conseguia mais captar os pensamentos dela. Se bem que o local estava muito lotado. Muitos adolescentes pensando ao mesmo tempo estavam me enlouquecendo, por sorte Bella não queria ficar até o fim.

-- Oi gente, infelizmente só vou cantar mais duas musicas e depois começará o concurso de dança. Então a penúltima musica é dedicada aos a alguns alunos dessa escola. – Ela deu um sorriso lindo. Meu bom Deus o que essa garota vai aprontar? Quando ela abre esse sorriso tentador é porque ela vai aprontar alguma coisa.

Como eu odeio não poder ler a mente dela.

Bella olhou para Alice e sorriu. A vampira nanica piscou para ela, mas quando fui ler sua mente não consegui, porque ela simplesmente estava cantando em mandarim.

Mean – Taylor Swift   - (http://youtu.be/1CPrzNr1b14)

Acho que ninguém – principalmente aqueles para quem a musica fora dedicada – entendeu muito bem o que ela quis dizer com aquela musica, porque todo mundo aplaudiu quando ela terminou de cantar.

-- Agora para homenagear a rainha do Baile de Boas Vindas, que é minha prima. Vou cantar uma musica que é a cara dela, quer dizer não tanto, mas é mais ou menos como ela se sente. – Bella disse pegando o violão. Será que o desmaio afetou alguma coisa no cérebro dela? Mas ela nem bateu a cabeça. Ou será que ela bebeu de novo e eu não vi? – Britanny cadê você? – Ela cantarolou.

Teardrops On My Guitar  - Taylor Swift (http://youtu.be/JFMCo7vgtf4)

Drew olha pra mim
Eu finjo um sorriso para ele não perceber
O que eu quero e preciso
E tudo o que nós deveríamos ser

Eu aposto que ela é bonita
A garota de quem ele fala
E ela tem tudo
Que eu tenho que viver sem

Drew fala comigo
Eu rio porque é muito engraçado
Mas eu nem consigo ver
Ninguém quando ele está comigo

Ele fala que está tão apaixonado,
Que ele finalmente acertou
Eu me pergunto se ele sabe
Que ele é tudo o que eu penso à noite

Ele é a razão para as lágrimas no meu violão
A única coisa que continuo pedindo para uma estrela cadente
Ele é a canção dentro do carro que eu continuo cantando,
Eu não sei por que eu canto.

Drew passa por mim.
Será que ele percebe que eu não consigo respirar?
E lá vai ele, tão perfeito
O tipo impecável que eu gostaria de ser

É melhor ela abraçá-lo bem apertado
Dar todo o amor dela,
Olhar naqueles olhos lindos
E saber que ela é sortuda, porque

Ele é a razão para as lágrimas no meu violão
A única coisa que continuo pedindo para uma estrela cadente
Ele é a canção dentro do carro que eu continuo cantando,
Eu não sei por que eu canto.

Então eu volto para casa de carro sozinha
Enquanto eu apago a luz
Coloco a foto dele para baixo
E talvez eu consiga dormir um pouco esta noite

Ele é a razão para lágrimas no meu violão
O único cara que partiu meu coração
Ele é a canção dentro do carro que eu continuo cantando,
Não sei por que eu canto.

Ele é o tempo gasto
Mas nunca há o bastante
Ele é tudo que eu preciso para amar

Drew olha pra mim
Eu finjo um sorriso para ele não perceber

Bella começou a cantar, e conforme os versos iam passando os olhos de Britanny foram se arregalando, uma lagrima caiu de seu olho. Embora a musica falasse da menina que se apaixonara pelo amigo, que não queria nada com ela, eu entendi perfeitamente o que Bella queria dizer cantando aquela musica para a prima: que todos os caras que ela “gostava” só queriam ela para chegar em outra, e ela acabava sozinha. E por algum milagre Britanny também entendeu o que Bella quis dizer com a musica, porque ela se imaginava arrancando a prima do palco pelos cabelos. Aposto que foi idéia de Alice, fazer isso.    

Britanny

Então era isso o que ela pensava de mim? E achava que ela iria me atingir? Apesar da musica ter um tema diferente da minha situação, eu entendi perfeitamente o que ela quis dizer cantando aquela musica para mim. Então para ela eu era sempre dispensada? Isso até o namoradinho dela começar a enxergar melhor.  Ela era tão idiota que aposto que usou essa musica que não era muito ofensiva, para definir o que ela achava sobre mim. Mas isso não iria ficar assim. Não mesmo! Sabia que ela não ficaria até o fim da festa, então teria que agir rápido. Para minha sorte a musica já estava acabando. Dirigi-me para perto do palco. Agora ela iria se ver comigo. Mas parecia que tudo conspirava contra mim, porque a idiota resolveu cantar mais uma musica. E o pior é que os outros retardados acabaram gostando da idéia.

Breathe – Michelle Branch (http://youtu.be/oF5sRTVuUFU)

Finalmente a musica acabou. E assim que ela desceu do palco deu de cara comigo.

Bella

-- Achou que eu não era inteligente o suficiente para entender o que você queria dizer com aquela musica não é mesmo? – Perguntou Britanny parando a minha frente com as mãos na cintura.

-- Vejo que o excesso de água oxigenada não danificou totalmente seu cérebro. – Falei sem humor.

Senti as mãos frias de Edward segurarem meus braços; não tinha percebido que havia dado um passo em direção a minha prima.

-- Vamos Bella, ela só quer provocar você. – Disse Edward em meu ouvido me puxando para trás dele.

-- Isso mesmo, se esconda atrás dos Cullen, como sempre faz. Como uma covarde.  – As palavras dela atingiram meu ego, simplesmente porque era verdade.

-- Talvez se você não fosse tão suja e baixa, nós não precisaríamos ter que defendê-la sempre – Disse Rose irritada, minha prima simplesmente deu de ombros, como se Rosálie não tivesse dito nada.

-- Sabe Edward, talvez você queira uma mulher mais forte, que você não precise ficar defendendo toda hora. Sem contar que mais bonita também, além de gostosa. Eu sou tudo isso. – Ela mordeu o lábio tentando provocá-lo. Era uma safada mesmo. – Você merece coisa melhor não essa piranha.

 Como assim piranha?

Ela ousa me chamar de piranha, mesmo depois de tudo o que ela fez?

-- Eu sou piranha? Eu? – Perguntei incrédula tentando sair dos braços protetores de Edward. – Já se olhou no espelho? Você quer que eu fale tudo o que já fez? E o que faz com a própria mãe... – Não terminei porque Edward tapou minha boca e logo percebi o porquê, muita gente havia parado de dançar para prestar atenção na nossa discussão.

Edward tinha razão, era melhor ir para casa. Eu não queria discutir esse assunto na frente da escola inteira. Não pela Britanny, mas pela minha tia.

-- Vamos Bella. – Edward me puxou virando as costas para minha prima, e depois virou de novo como se tivesse esquecido dizer algo. – E a propósito, Britanny, eu jamais ficaria com você, nem que fosse a ultima mulher do planeta. Você não sabe o que é amar uma pessoa. É muito fútil, superficial e vazia para saber o que é isso.

-- É o que veremos Edward Cullen. Um dia você vai acordar, e vai rastejar aos meus pés.

-- Você é doente, precisa se tratar. – Dizendo isso ele virou as costas para ela.

Fomos avisar Leah e os outros que já estávamos indo. Felizmente os encontramos rápido.

-- Leah nós já estamos indo, a sebosa resolveu pegar no pé da Bella hoje. – Disse Alice.

-- Ah tudo bem. Também já vamos não há mais nada para se fazer aqui. Já vimos a Bella cantar então, podemos ir embora.

Quando estávamos perto da mesa de bebidas que ficava próxima a uma das saídas Ângela chamou nossa atenção.

-- Er. Gente a Britanny e a corja está vindo ai. – Nos viramos e vimos uma Britanny enfurecida se aproximar de nós com suas seguidoras, que mais parecia cachorrinhos.

-- Você acha que vai ficar assim? – Ela perguntou alterada. – Fala o que quer e vai embora? Não prima querida, você vai pagar por tudo o que me fez desde que entrou na minha vida.

-- Ótimo. – Disse tirando os brincos e as pulseiras. Não sei o que deu em mim, mas só sei que fiquei com uma imensa vontade de arrebentar a cara da minha prima. – Vamos resolver isso de uma vez por todas como mulheres, eu nem preciso que ninguém me defenda, pode até chamar as suas cadelinhas seguidoras para a briga que eu agüento.

Rosálie e Alice já haviam se preparado para se postar na minha frente quando Britanny e suas amigas deram um passo para frente, mas Leah foi mais rápida do que todas.

-- Chaga! – Ela gritou, atraindo nossa atenção e de mais algumas pessoas. – Parem com isso. Vocês deveriam resolver isso conversando como adultas, não partir para a violência. E Britanny, pelo amor de Deus, pare de implicar com a Bella. Quem sabe se vocês conversarem...

-- Claro que você quer que eu pare de implicar com ela. – Disse Britanny interrompendo o que Leah dizia. – Ela é a sua prima favorita, aliás, ela é a favorita de todos, até mesmo da minha mãe. E por que você está se metendo sua bastarda?

Todo mundo ficou paralisado com o que ela disse. Como ela ousava chamar Leah de bastarda? Como?

-- Ah, sua megera, você não deveria ter dito isso eu vou arrebentar sua cara. – Eu disse tentando me soltar dos braços de Edward. – Me solta Edward eu vou ensinar algumas coisas para essa menininha mimada.

Para a surpresa de todos Leah não se exaltou. Em outros tempos ela já teria quebrado a cara da Britanny desde o momento em que ela nos seguiu. A maternidade muda mesmo as pessoas.

-- Olha Britanny eu não quero discutir sobre isso, mas todos aqui sabemos o porquê de eu ter sido criada pelo Arty. E por falar em bastardos, você deveria se lembrar das suas origens também antes de falar de mim. Ou já se esqueceu que seu pai era casado com outra mulher e tinha até filhos quando você nasceu?

Britanny engoliu em seco, mas ficou olhando furiosamente para Leah.

-- Tudo bem, agora de verdade vamos embora. – Disse Jasper. Acho que o clima pesado estava o deixando louco.

-- Ainda não. – Exclamou Britanny. Senhor por favor, dá-me paciência. – Eu ainda não cabei com essa vadia. – Ela apontou para mim.

-- Essa historia de novo? Por que você simplesmente não me deixa ir embora em paz, antes que eu tenha brilhante idéia de pegar o microfone e dizer tudo o que eu sei sobre você, ai vamos ver quem é a vadia.

 -- Eu não tentei roubar o marido da minha mãe. – Ela jogou essa na minha cara. “Não. Só conseguiu” pensei comigo mesma.

-- Britanny, você sabe muito bem o que aconteceu. Então não adianta vir com essa para cima de mim ta.

-- Ah, eu sei. Ele tentou te violentar. Isso é o que você diz, mas não sabemos se é verdade. Pode ser que Renée esteja certa sobre quem você é realmente. Foi por isso que ela te colocou para fora não foi? Que mãe colocaria a filha para fora, quando o marido tenta violentá-la, por mais desnaturada que a mãe seja...

E ela não terminou de falar porque Ângela havia pegado uma vasilha que estava cheio de ponche e tacou em Britanny.

Ângela era a única pessoa de fora da família, alem dos Cullen que sabia da minha história, e ela tinha empatia, porque ela teve uma prima que passou por uma situação semelhante a minha, mas infelizmente o padrasto tinha conseguido estuprar a garota, e como a mãe, assim como a minha, não havia acreditado nela, ela acabou se matando.

Ângela gostava muito da prima, ela era sua melhor amiga, e havia sofrido muito com a ausência da garota, por isso quando contei a ela o meu caso, ela tomou uma atitude protetora em relação a mim.

-- Você vai se arrepender por isso. – Disse Britanny entre dentes, toda melecada de ponche, com rodelas de limão e pedaços de cereja grudados no cabelo. Ela avançou para Ângela, mas Leah entrou na frente.

-- Só passando por cima do meu cadáver. – Eu falei finalmente conseguindo me livrar do braço dele. Eu me postei em frente à Britanny. – Agora você vai aprender a ter um pouco de respeito pelas pessoas. – Dei um tapa em sua face e ela me olhou assustada. – Isso foi por ter me chamado de vadia. – Dei outro tapa. – Isso foi por ter chamado a Leah de bastarda. E isso – uma joelhada em sua barriga – porque você ser extremamente chata.

Infelizmente o diretor Greene percebeu a movimentação e resolveu aparece justo no momento em que eu dava uma joelhada na minha prima. Ele me fez assinar uma suspensão, sim, levei uma suspensão graças a minha querida prima que se fez vitima e depois fui levada para casa antes de fazes jus a minha suspensão.

***

Estava no vestiário da academia de balé me trocando e esperando a Ângela chegar precisava perguntar a ela como havia sido na escola, já que Edward e os Cullen também não foram.

Os minutos foram passando e nada de Ângela chegar, ela sempre chegava primeiro do que eu, e já faltavam 5 minutos para a aula começar.

-- Ah oi Bella que bom que ainda está aqui. – Disse Eva Scott, uma garota que fazia balé com a gente, ela era a única garota legal daquele lugar, tirando Ângela, claro. – Será que você não teria um absorvente para me emprestar?

-- Claro. – Abri a bolsa e não encontrei nenhum. Lembrei-me que sempre deixava um pacote no meu armário para o caso de acidentes. – Você viu a Ângela? – Perguntei enquanto ia até meu armário, ela apenas negou com a cabeça. Abri o armário e encontrei pelo menos três pacotes de absorventes intactos. – Aqui está.

-- Bella vou te dever para sempre. – Ela me deu um beijo no rosto e correu para um dos Box.

E então eu percebi uma coisa muito estranha. Não era para eu ter três pacotes de absorventes intactos no meu armário. Eu sempre comprava a mais, mas mesmo assim não era para eles ainda estarem fechados. Não consegui me lembrar se havia menstruado nos últimos dois meses.

O merda. Era isso. Era isso o que eu estava sentindo falta, mas não conseguia saber o que era. Droga. Droga.

Calma Bella, calma. É paranóia sua. Talvez porque você ande muito estressada, muito preocupada e isso está afetando seu organismo.

Desisti de esperar Ângela até porque a instrutora mandou nos chamar. Já tínhamos terminado de fazer os alongamentos e nada de Ângela chegar.

Eu não consegui me concentrar em nada, primeiro porque estava muito preocupada com Ângela; segundo porque agora eu tinha plena certeza que minhas regras não haviam descido, elas nunca atrasavam e desde quando comecei a ir a um ginecologista ele pedia para anotar o primeiro e o ultimo dia do meu ciclo, eu teria que olhar minha agenda quando chegasse em casa. E ainda tinha minha tia que estava chateada comigo por eu ter batido em sua filhinha querida sem motivo algum, pelo menos foi isso o que Britanny disse a ela, e como tinha o diretor ao seu favor...

-- Issabella. – Chamou a Srta. Petrova com seu forte sotaque russo. – O que há com você querrida semprre foi uma das melhores. Vamos melhorra isso, o pessoal da Julliard virá hoje.

É eu também havia me esquecido deste detalhe. Caso contrario nem teria vindo.

Ela começou a rodar pelo salão, corrigindo postura das pessoas. E eu não estava mais agüentando ficar ali, minha cabeça estava cheia de coisas. Então de repente a sala pareceu ficar pequena demais, barulhenta de mais, senti a bile subir pela minha garganta, mas eu engoli de volta.

-- Bella você está bem? – Perguntou Eva. Apenas assenti. Ela ainda ficou me olhando preocupada até a Srta. Petrova aparecer e pedir que ela se alinhasse.

-- Issabella! – Chamou a instrutora novamente, mas dessa vez com um tom de repreensão. – Não pode continuar distraída assim, pedi para mudar os movimentos já fazem cinco minutos. Acho melhorr você ir para casa. Vão haverr novos testes no prroximo mês.

Ótimo. Eu já não estava com saco mesmo para continuar nesse lugar. E aposto que ela estava mais preocupada que a minha distração sujasse o nome de sua academia do que fosse por algum problema pessoal.

-- Olá Srta Swan, em que posso ajudá-la? – Perguntou a recepcionista da qual eu não lembrava o nome, só lembrava que ela dava aula de dança para as iniciantes.

-- Eu quero trancar a minha matricula. – Ela me olhou com os olhos arregalados.

-- Mas porque você é tão boa. A Srta Petrova sempre te elogia, diz que já tem uma vaga em Julliard e tudo.

  -- Pode até ser, mas balé não é para mim. Eu realmente não quero continuar.

-- Tudo bem. Sua tia já sabe? – A merda tinha me esquecido deste detalhe. Eu apenas assenti, porque sabia que se falasse minha voz me denunciaria. – Tudo bem leve esse formulário do contrato e me traga assinado. É uma pena que esteja desistindo, você realmente tem futuro no balé.

Peguei os documentos e coloquei na mochila. Eu não iria mostrar nada a minha tia. Edward ou Alice poderia muito bem falsificar a assinatura por mim, e quando tia Claire descobrisse já seria tarde de mais.

Edward hoje não pode me buscar, porque iria caçar por esses dias, então teria que dirigir sozinha. Aproveitei que tinha saído cedo para andar um pouco por Seattle. Eu precisava espairecer pensar nas coisas que ultimamente andavam acontecendo - e as que não andavam acontecendo - comigo: tontura, enjôos, menstruação atrasada a mais de um mês, fome excessiva. Eu estava com exatos sintomas de uma mulher grávida. Eu acompanhei toda a gestação de Leah e Anna – mesmo que de longe – para saber disso.

Minha nossa, é paranóia sua Bella. É impossível você estar grávida. Não tem como, a não ser que tenha sido concepção do divino Espiro Santo. Eu tinha que falar com Carlisle sem falta.

Sim eu iria falar com Carlisle. Sabia que nem ele, nem Esme haviam ido caçar, então era só procurá-lo no hospital. Era tão simples, aposto que ele ia me dizer que, era tudo psicológico e estresse.

Já estava pronta para acelerar quando passei em frente ao Mcdonalds e de repente me bateu uma vontade imensa de comer hambúrguer, batatas fritas e coca-cola bem gelada. Eu estava com tanta vontade de comer a comida de lá, que nem lembrei que poderia passar pelo drive trhu. Estacionei de qualquer jeito e entrei no restaurante. Ainda bem que a fila estava pequena. Pedi dois hambúrgueres, uma coca grande, batatas grandes, uma torta de maçã e ainda por cima um sundae.

Meu Deus, onde iria parar tudo isso? Eu nunca fui de comer esse tipo de comida. Sempre que podia escolhia as comidas saudáveis.

-- É para viagem, por favor. – Pedi mordendo os lábios.

Estava extremamente ansiosa para falar logo com Carlisle. E se realmente fosse gravidez? Será que Edward iria acreditar que era dele? E se ele não acreditasse em mim?

Fui interrompida de meus conflitos internos por ter esbarrado em alguém. Levantei a cabeça e dei de cara com Mike Newton e Jessica Stanley. Como se descobri de repente que havia uma grande possibilidade de eu estar grávida não fosse o suficiente esbarro justo nesses dois?

-- Oi Bella. – Disse Mike me olhando daquele jeito que o deixaria em apuros caso Edward estivesse aqui.

-- Oi Mike, oi Jess. – Os cumprimentei. Jessica se agarrava a Mike como se ele fosse sair correndo a qualquer momento.

-- Oi Bella. Ficamos sabendo que você levou uma suspensão por ter batido na sua prima no sábado. Eu achei super injusto, porque todo mundo viu ela te provocando, e o pior foi que o diretor nem acreditou nos Cullen, só porque a filha dele ficou do lado da Britanny, queria só ver se ela vai levar uma suspensão quando ele descobrir, o que ela e as outras garotas fizeram com a Ângela.

Juro que não estava prestando atenção em quase nada do que ela falava, para mim era a mesma coisa que uma gralha, mas assim que ela disse o nome de Ângela eu me preocupei. O que Britanny fez com Ângela?

-- O que ela fez com a Ângela? – Perguntei temerosa pela reposta.

-- Foi uma covardia sem tamanho Bella, jamais imaginei que a Lauren e as outras meninas pudessem fazer isso com a Ângela, justo com ela... – Eu a olhei impaciente, então ela resolveu soltar a língua. – Bem sua prima não ficou nada satisfeita com o que a Ângela fez com ela no baile, e depois a escola inteira comentou que ela apanhou de você que é bem menor do que ela... Resumindo ela se juntou com Lauren e as outras garotas e fizeram uma emboscada para Ângela. Se fosse só uma ela teria dado conta, mas sua prima não gosta de jogar limpo então mandou alguns rapazes do time segurarem ela, enquanto ela e as outras espancavam a pobre da Ângela, claro que Ben não estava por perto, mas quando ele chegou e chamou o diretor elas correram e ainda fizeram os idiotas que as ajudaram assumir a culpa...

E eu não ouvi mais nada do que ela disse. Fui direto para o meu carro e joguei meu lanche de qualquer jeito, minha fome havia se evaporado. Como Britanny teve coragem de fazer uma coisa dessas com a Ângela? E ainda por cima era uma covarde. Mas isso não iria ficar assim, eu iria acertar as contas com ela.

Ainda bem que Edward havia me dado um carro veloz e que agüentava tudo, porque do jeito que eu estava acelerando era bem capaz de acabar batendo em algum lugar, porem meu ódio era tanto que nem me importava com isso, a única coisa que me importava era chegar em casa e encher a cara da Britanny de porrada.

Graças a Deus cheguei em casa rápido e intacta, sai do carro parecendo um furacão e abri a porta de casa. E o que eu vi me deixou com mais ódio ainda. Britanny estava conversando com Lauren toda alegrinha, com um sorriso imenso no rosto. Aposto que estava se gabando pela monstruosidade que fez com a Ângela. Eu não disse nada simplesmente avancei para ela e a puxei pelos cabelos derrubando-a no chão.

-- Aaaaah. Sua louca. Me larga. – Ela começou a gritar, mas meu punho atingiu seu rosto.

-- Sua covarde. Sua suja, invejosa, trapaceira. Eu tenho vergonha de ter o mesmo sangue que você. – Eu dizia enquanto acertava seu rosto com tapas e socos.

-- Do que você está falando?

-- Estou falando da monstruosidade que você e suas amiguinhas patéticas fizeram com a Ângela. – Puxei seu cabelo com tanta força que senti um tufo de cabelos saindo na minha mão.

-- Lauren tira essa louca de cima de mim? – Minha prima pediu desesperada. Porem quando Lauren se aproximou eu a olhei com a cara fechada o que a fez recuar.

Aproveitando-se de que eu havia me distraído com Lauren, Britanny conseguiu me derrubar, me fazendo bater a cabeça na mesinha de centro. Ela sentou em cima de mim.

-- Agora priminha é a sua vez. - E ela me deu um tapa no rosto.

Não sei se era pelo fato de eu estar meio tonta, por causa da pancada na cabeça, ou se porque minha prima era realmente uma fracote, mas eu não estava sentindo os tapas que ela me dava.

-- Vamos Lauren me ajude aqui, essa vadiazinha vai aprender uma lição. – Ela disse soltando de vez seu peso em meu abdômen e segurando meus pulsos.

Ela era tão covarde. Na verdade ela era mole, porque não conseguia dar conta de mim sozinha e olha que eu era bem menor do que ela.

Minha visão já estava voltando ao normal, e a tontura havia passado, mas minha cabeça ainda latejava. Provavelmente teria que levar alguns pontos. Então caiu a ficha. Se eu estivesse mesmo grávida – o que eu comprovaria mais tarde – não era perigoso Britanny estar sentada em minha barriga daquele jeito? Será que ela machucaria meu bebê? Ou ele seria forte como um vampiro? Minha mente começou a trabalhar rapidamente de novo. Ótimo sinal de que eu não desmaiaria. Se ele fosse forte ou não, não deixaria que ela o machucasse, mesmo estando ainda dentro de mim.

Consegui livrar meus pulsos e empurrá-la de cima de mim. Britanny estava encostada no sofá arfando. Não tinha reparado antes, mas seu olho esquerdo estava roxo e sua boca sangrando, fora os arranhões. Um estrago e tanto, mas provavelmente eu não deveria estar melhor, meu rosto começava a formigar – provavelmente estava vermelho - e minha testa ainda latejava. Lauren estava em pé atrás do sofá de dois lugares nos olhando assustada.

-- Como você está? – Perguntei a Britanny.

-- Estou bem.

-- Ótimo. - E então parti para cima dela de novo. Ela ainda não tinha me pagado pela covardia que fez a Ângela.

A derrubei de novo no chão, ficando em cima dela. Ela começou a gritar desesperada enquanto eu puxava seu cabelo. Na verdade eu queria arrancar fio, por fio até deixá-la careca.

Na tentativa de proteger seus fios oxigenados, Britanny cravou as unhas em meus braços e arranhou-os, desde os cotovelos até os pulsos. É iria ficar uma marca e tanto ali, mas não seria pior do que ficar careca. Porque conforme ela ia arranhando meu braço, mais tufos de cabelos eu arrancava. Não me importava com a dor, eu só queria fazê-la pagar, pela Ângela. Ela poderia ter feito qualquer coisa para me atingir, qualquer coisa, mas não poderia nunca, ter mexido com alguma amiga minha. Ainda mais de uma forma vil, suja e covarde.

-- Mas o que está acontecendo aqui? – Ouvi a voz da minha tia, no exato momento em que eu acertava a boca de Britanny – to ferrada. – Isabella nós já tínhamos conversado sobre isso.

Senti braços envolverem minha cintura e me puxar, olhei para trás de dei de cara com Steve, me soltei dele e fui para o outro lado da sala. Tudo o que eu menos precisava era ficar perto daquele cara nojento.

-- Bella o que está acontecendo? – Perguntou minha tia confusa. – Nós já havíamos conversado no sábado sobre isso. Não posso ficar sempre passando a mão pela sua cabeça. Sinto muito, mas desta vez você vai ter uma punição.

-- Punição? Ótimo. Mas se eu vou ser punida ela também vai, porque o que ela fez foi dez vezes pior. – Eu gritei. Eu levaria o castigo sem nenhuma reclamação, mas também não deixaria Britanny se safar.

-- E o que foi que Britanny fez?

-- Ela mandou alguns garotos do time da escola segurarem Ângela enquanto ela e as amigas davam uma surra na menina. – Só agora minhas lágrimas começavam a cair. – Isso foi bem pior, porque eu pelo menos a enfrento sozinha, não chamo um monte de gente para bater em uma pessoa só.

-- Ângela? Você quer dizer Ângela Weber? – Ela perguntou surpresa e eu assenti. – Isso é verdade Britanny? Lauren?

Lauren permaneceu calada, mas minha prima claro quis tirar o dela da reta:

-- Claro que não mamãe. Por que eu iria bater nela? Eu não tinha motivos nenhum. Bella que é louca.

-- Tudo bem. Então não vai se importar se eu ligar para a mãe dela, não é? – Minha tia perguntou. Vi Britanny empalidecer.

Em outros tempos ela teria acreditado, ou talvez ela tivesse acreditado se Lauren não tivesse feito uma cara tão culpada.

Foi difícil a Senhora Weber deixar minha tia falar com Ângela, mas como ela disse que era de urgência, a mãe da minha amiga acabou cedendo. A minha história foi confirmada e Britanny assim como eu ficaria de castigo.

Não pude visitar Ângela, mas liguei para a floricultura encomendando uma cesta de presentes para entrega. Minha prima só poderia ir da escola para casa, e de casa para a escola, sua exceção seria os treinos para lideres de torcida.

No dia seguinte não fui à escola de novo. Edward ainda não tinha voltado, nem seus irmãos. Ângela ainda estava de cama – ela havia fraturado um braço e duas costelas quando foi covardemente atacada – Ben também não iria, porque ficava tomando conta dela. Então não via um motivo para pisar naquele lugar. Estava pouco me lixando se isso afetaria minhas notas, ou se seria reprovada.

Assim que acordei liguei para Ângela, para saber como estava. Ela se sentiu culpada pelo meu castigo e agradeceu as flores. Queria muito ligar para Anna também, mas provavelmente ela estava na escola Passei boa parte da manhã trancada no quarto. Minha tia não estava em casa, Britanny foi para escola, um milagre em minha opinião, porque eu achei que ela ficaria trancada dentro de casa até as marcas do seu rosto sumirem.

Estava fazendo um curativo em minha testa, quando comecei a sentir fome. Não queria descer e dar de cara com Steve. Ainda mais quando estávamos somente ele e eu em casa. Era brincar demais com a sorte. Claro que havia ligado para Alice para saber se teria algum problema, e ela não viu nada de mais, mas me pediu para ficar afastada o máximo possível dele, enquanto estivesse sozinha, e que se visse alguma coisa voltaria correndo, assim como Edward e os outros. Ela me prometeu que estariam de volta antes de irmos para escola.

Cansada de ficar trancada no quarto resolvi ir para a casa Leah – meu castigo não restringia a casa do meu tio – pelo menos lá seria um castigo legal, e eu não ficaria trancada em um quarto o dia todo. Por sorte não dei de cara com Steve quando passei pela sala, e isso era ótimo. Quando passei pelo meu carro lembrei que meu lanche ainda deveria estar lá, e minha boca se encheu de água. A vontade insana de comer comida gordurosa veio com força total, porem me lembrei que minha tia havia confiscado a chave do meu carro para que eu não fugisse. Droga. Eu não iria fugir, mas eu queria tanto aquele hambúrguer.

Sue me recebeu alegre como sempre e dizendo o quanto eu estava sumida. Ela me analisou atentamente como se soubesse que estava acontecendo alguma coisa comigo, mas não comentou nada só disse para me sentir a vontade que iria fazer compras, mas que Leah já estava me esperando. Sue ainda me perguntou se eu queria alguma coisa, neguei com a cabeça, só para me arrepender depois que ela havia saído, porque ainda estava com vontade de comer o hambúrguer.

 -- Bella você tem que admitir que está, grávida. – Disse Leah assim que terminei de contar tudo o que se passava comigo nesses últimos tempos e minhas descobertas.

-- Isso é impossível Leah. A única pessoa com quem fiz sexo é um vampiro, entendeu um vampiro. – Eu repeti essa frase não sei quantas vezes. Acho que tentando convencer a mim mesma, vai que tudo o que senti era apenas meu psicológico.

-- Leah tem razão Bells, você está grávida. Os desejos, enjôos, fome excessiva, a falta de menstruação. Aconteceu o mesmo comigo e com Leah também. – Disse Anna. Havia mandado uma mensagem desesperada para ela, e ela claro como era a Anna saiu correndo da escola dizendo que o filho estava com problemas, e assim que chegou em casa abriu a chamada de vídeo comigo e com Leah.

-- Por que você já não foi no Dr. Cullen para tirar a duvida? – Perguntou Leah.

-- Era para ter ido hoje, mas eu estou de castigo, e não sei se tia Claire reagiria bem, se eu pedisse para ela me deixar ir ao medico para fazer um exame de gravidez.

-- Isso pede medidas drásticas. – Disse Leah colocando o filho adormecido no berço e pegando o celular. Ela falou rápido com alguém que imaginei ser Sam, pela forma como se despediu. – Ah tudo bem, mas vem rápido. Também estou com saudades. E também te amo. – Ela desligou e olhou para mim. – Bem agora é só esperar.

Ela não me disse mais nada, quis perguntar o que ela estava aprontando, mas ela se lançou em uma conversa com Anna em como era difícil cuidar de gêmeos, e de como sentia falta de se transformar e correr por ai, mas tinha que se manter humana até parar de amamentar.

Alguns minutos depois Sam apareceu com duas sacolas nas mãos. Ele parecia sério, mas logo que viu os filhos adomercidos na cama de casal um sorriso se abriu em seus lábios, deu um beijo em cada um e depois sussurrou no ouvido de Leah antes de lhe dar um beijo leve nos lábios e sair, mas pela cara de preocupação que ela fez, não foi nada agradável.

-- O que foi? – Perguntei vendo sua expressão preocupada, ansiosa e temerosa.

-- Encontraram um corpo próximo a reserva Makah. A vitima teve os ossos quebrados e o sangue todo drenado. – Ela respondeu com a voz fraca.

-- Tem um vampiro andando pelas redondezas. – Ela assentiu. – Era alguém conhecido?

-- Não. Era um mochileiro. Os rapazes estão se desdobrando para descobrir a identidade dele ou dela. – Ela sentou na cama e olhou para os filhos mordendo os lábios, aflita.

-- Está preocupada que eles não dêem conta? Ou que se machuquem?

-- Não. Eu sei que eles sabem se cuidar, e é só um e nós somos muitos, mas é que... é horrível ficar de fora, sem poder fazer nada. E ainda tem Seth. Ele é muito empolgado e as vezes esquece a cautela, e aposto que nem Sam, e nem Jake estão tentando contê-lo. Mas vamos deixar isso para lá. Sam trouxe o que eu pedi e isso. – Ela me entregou o saco pardo.

Quando abri veio aquele cheiro de pão, queijo, picles, hambúrguer e molho. Um cheiro maravilhoso. Dei uma mordida generosa e saboreei o gosto. Estava tão entretida que nem agradeci. Olhei para Leah sem graça e ela apenas deu uma risadinha.

-- Tudo bem eu sei como é. – Ela continuou rindo e me entregou um guardanapo.

-- Bella comendo McDonalds? Ou vai cair um dilúvio ou você terá um bebê vampiro. – Comentou Anna que havia ficado calada desde o momento que Sam entrou no quarto.

-- Se você não calar a boca eu juro que desligo o computador. – Ameacei de boca cheia. Ela fez de conta que fechava a boca com uma chave.

O hambúrguer estava uma delicia. E eu não sei porque até hoje eu não gostava muito de fast food. Fui algumas vezes, só para agradar Anna, mas não era muito chegada. Eu era uma tola, porque era a comida mais maravilhosa do mundo e... E num momento tinha um cheiro e um gosto maravilhoso, de repente pareceu ser o pior odor, e o pior gosto do mundo, porque de repente fiquei com muita vontade de colocar tudo para fora, e o cheiro de gordura estava me matando.

Corri para o banheiro – agradeci a Deus por Leah ter um banheiro privativo – e me debrucei na privada jogando tudo para fora. Senti as mãos quentes de Leah afastarem meus cabelos do rosto. Ela me ajudou a levantar e lavar a boca na pia.

-- Olha Bella para mim já está mais do que obvio o que você tem, e acho que para você também, mas talvez precise de algo para comprovar. – Ela me entregou uma caixinha.

Li o que estava escrito na embalagem: teste de gravidez. Então foi isso que ela mandou Sam trazer junto com o meu lanche. Leah saiu para me dar privacidade. Tanto ela quando Anna já tinham certeza absoluta de que eu estava grávida, eu acho que eu também, mas estava muito assustada. Varias duvidas passavam pela minha cabeça. Se Edward acreditaria em mim? Se não duvidaria que fosse dele?

Mas se eu estivesse mesmo grávida, isso só iria provar que os vampiros não eram seres amaldiçoados e sem almas como dizem. Isso faria até o próprio Edward feliz, já que ele vivia se culpando por não poder me dar algo que eu desejava muito. Apesar de esconder dele, e abominar ter filho cedo, eu sempre desejei ser mãe. E isso só se intensificou com o nascimento de Charlie e dos gêmeos de Leah.

Fiz tudo como estava nas instruções e voltei ao quarto para aguardar o resultado. Sentei-me na cama de Leah contemplando os gêmeos.

O que eu faria agora? Claro que eu falaria com Edward, eu sabia que sempre poderia contar com ele para tudo. Mas qual seria a reação da minha tia? E do meu tio? E da minha mãe? A de Britanny eu meio que já sabia, ela provavelmente tentaria convencer Edward de que o filho não era dele.

-- Bella já deu o tempo. – Avisou Leah olhando para o teste.

-- E o que deu?

-- Confesso que nunca vi o resultado ficar tão forte assim, mas talvez isso queira dizer que esteja extremamente grávida. – Disse ela me entregando o teste. Ela tinha razão o sinal estava bem forte. Nas instruções dizia que se desse positivo apareceria três linhas rosa claro, e apareceram três linhas grossas de um rosa tão escuro que quase parecia vermelho.

-- Ah meu Deus. Eu estou grávida. – Tudo bem que eu já sabia disse, mas eu precisava falar em voz alta para assimilar essa realidade.

-- É Bella você está grávida, de um vampiro e aos dezesseis anos. – Comentou Anna. – Só tenho uma coisa para dizer para você Bells, isso foi puro...

-- CASTIGO. – Ela e Leah gritaram juntas e depois começaram a gargalhar.

-- Que espécie de amigas são vocês hein? – Perguntei indignada, eu não havia gargalhado da cara delas, só tinha passado um sermão de sobre responsabilidade. – Eu estou grávida de um vampiro. E não faço a mínima idéia de como contar para ele.

-- Desculpe Bella, mas não resistimos. – Leah se aproximou de mim me abraçando. – É difícil, e para você deve estar sendo pior. Mas Edward vai entender que é possível. Ele sabe que você nunca o trairia, ou ele já teria sabido.

-- Eu não sei o que fazer. – Choraminguei.

-- Bem se tivesse me perguntado antes, eu teria falado para usar camisinha, ou algum outro meio anticonceptivo. – Disse Anna com ironia. – Sabe já existe camisinha, e aposto que mesmo sendo um esperma de vampiro teria conseguido passar...

Eu a olhei com raiva. Juro que se ela não estivesse tão longe e conversando com a gente por vídeo conferencia eu bateria nela. Mas o pior é que foi o mesmo discurso que fiz tanto para ela quanto para Leah quando elas me contaram que estava grávida. É eu merecia.

-- Tudo bem parou a palhaçada. Eu só estava brincando Bells, sei que você não fazia a mínima déia de que poderia engravidar de um vampiro, mas é possível e você a prova. Esses dias eu estava pesquisando na internet só por curiosidade e encontrei uma coisa, falava sobre íncubos.

-- E o que significa isso? – Perguntou Leah.

-- É quando um vampiro ou demônio possui o corpo de uma mulher, virgem de preferência e as engravidam. – Eu respondi. Já havia lido sobre isso. Tinha até a versão feminina que eram os súcubos, mas na época quando eu li, não parecia mais do que um monte de bobagens, para maquiar o adultério.

Eu já deveria ter aprendido que as lendas são mais verdadeiras, do que muitas histórias verídicas.

-- Pronto, já temos uma explicação. Então ao invés de ficar se remoendo, por que não liga para o Edward e conta a novidade? – Sugeriu Anna feliz da vida.

Peguei meu celular e disquei o numero de Edward, chamou, chamou e nada nem na caixa postal caiu. Tentei ligar nos celulares dos outros, mas também não atendia.

-- Fica calma Bella, eles voltam amanhã, não é? – Perguntou Leah e eu assenti. – Então, vamos fazer o seguinte: procuramos o Dr. Cullen para fazer os exames de praxe provavelmente ele deve ter uma explicação, melhor do que a da internet e quem sabe ele não te ajuda a contar para o Edward. Mas se acalma, por favor.

Leah tinha razão, não adiantava nada eu ficar sofrendo por antecipação. Enquanto conversava com as garotas eu tocava em minha barriga ainda inexistente, e novamente duvidas me assolavam como: seria uma gravidez normal? O parto também seria como os dos bebês humanos? Eu iria poder amamentá-lo? Seria humano ou vampiro?

Anna tinha muitos deveres para fazer, alem de cuidar do filho que estava doente então se despediu e desligou o computador. Fiquei com Leah até ter certeza de que teria mais alguém em casa além de Steve. Mas avistei o carro de minha tia e de o de Britanny, então já era seguro ir para casa.

-- Amanhã, quando chegar da escola vamos direto para o hospital tá? E Bells, eu acho melhor ainda não contar para sua tia, nem para ninguém, antes de conversar com o Carlisle e o Edward. – sugeriu Leah. E eu achava isso ótimo, não estava pronta para encarar sermão da minha tia e olhares assassinos de Britanny. Provavelmente a psicopata loura me mataria quando soubesse.

Fui para casa mesmo contra minha vontade. Acho que estava na hora de conversar com tio Arty, seria bom se eu passasse uma temporada na casa dele. Tia Claire não poderia reclamar eu continuaria perto.

-- Isabella pode me dizer por que não foi à escola hoje? – Perguntou minha tia assim que entrei em casa. – Você estava de castigo para ir a outros lugares não a escola. Você já perdeu um dia de aula por causa da suspensão, se continuar assim vai acabar reprovando.

-- Eu não estava me sentindo muito bem. E a senhora confiscou as chaves do meu carro. – Argumentei sem humor.

-- Poderia ter ido de carona com Britanny.

Ela rebateu e eu gargalhei.

-- E teria acontecido um acidente no caminho de tanto discutirmos.

-- Tudo bem, amanhã eu libero suas chaves para ir a escola, mas só por isso outra coisa...

Nessa hora o telefone começou a tocar. Tia Claire pediu um minuto e atendeu. Ela ouviu com atenção e depois olhou para mim com uma cara nada boa.

-- Você desistiu do balé? – Ela perguntou incrédula e com raiva. Opa tinha esquecido dessa porcaria de balé. – Por quê? Estava indo tão bem.

-- Tia balé não é para mim. Não faz sentido eu continuar dançando.

-- Como não. A Srta. Petrova me ligou agora indignada com a sua desistência, ela havia mostrado um vídeo seu para os diretores de Julliard. Julliard Bella? Qualquer garota daria o sangue para entrar lá e você está desperdiçando.

-- Eu não quero ir para Julliard tia, eu quero ser uma garota normal, com a vida normal, cujo sonho é ir para uma universidade. Julliard não é para mim. – Eu quase, quase ia falando que não adiantava mesmo porque estava grávida, mas consegui segurar minha língua.

-- Mas e quanto ao seu pai Bella. Ele adorava tanto ver você dançar. Charlie ficaria tão orgulhoso de você. Você tinha prometido a ele. – Ela disse quase chorando e eu também. Ela tocou meu ponto fraco, mas não iria deixá-la usar minha fraqueza para conseguir que eu fizesse o que ela queria.

-- Tia não tem mais sentido continuar com essa promessa.

-- Tem sim, meu amor, claro que tem...

-- Não, não tem tia – eu gritei já com as lagrimas transbordando. – Meu pai está morto, ele nunca, nunca mais vai me ver dançar, nem ter a oportunidade de ficar orgulhoso por me ver indo para Julliard ou qualquer outra conquista minha.  Essa é a verdade.

-- Bella eu sei, princesa, eu sei. Mas ele queria que você fosse feliz.

-- Isso mesmo, ele queria que eu fosse feliz. E eu só vou ser feliz fazendo as coisas que eu quero e que eu gosto, e balé não está nessa lista. – Eu virei para ela.

-- O que está acontecendo com você? Está tão mudada.

-- Eu não estou mudada tia, eu só estou cansada. Saturada de tudo. E eu queria pedir uma coisa para você. Eu queria que você me emancipasse. – Ela arregalou os olhos.

-- Não, Bella isso não. Eu sei que prometi te dar, mas era só quando Renée ainda era uma ameaça, mas agora não tem o porquê. – Ou era isso, ou ela tinha medo que eu sumisse assim que ela assinasse os documentos, o que provavelmente acontecia.

-- Então, me deixa passar um tempo com o tio Arty. Vai ser melhor para mim, para você e para a Britanny também. E eu vou estar bem pertinho.

-- Tá eu vou pensar direitinho, conversar com o Arty e depois te falo tá? – Eu assenti. – Agora vai tomar um banho, para podermos jantar.

Eu só assenti e depois subi para o meu quarto. Tomei um banho para relaxar e tirar o estresse. Coloquei uma roupa confortável e quente e fui para o quarto não jantei. Senti o cheiro da comida do corredor e voltei correndo para o banheiro. Achei melhor ficar no quarto, assim não teria que explicar para minha tia quando tivesse ânsia de vomito.

Fiquei quase a noite toda admirando minha barriga ainda não existente nos espelho. Virava para todos os ângulos para ver se já tinha alguma saliência. Mas é claro que não tinha nada, minha barriga continuava lisa, mas houve algumas mudanças no meu corpo, meus quadris estavam ligeiramente mais largos e meus seios um pouco maiores. Desistir de tentar fazer minha barriga crescer, porque nem estufando tava adiantando e fui dormir.

Acordei com um enjôo muito forte, parecia que agora que eu havia confirmado minha gravidez, os enjôos haviam ficado mais fortes. Corri para o banheiro, e graças a Deus Britanny não estava lá, se não eu teria que recorrer ao banheiro da minha tia e isto estava fora de questão.

Aproveitei e tomei para tomar um banho demorado e limpar o banheiro, que estava com um cheiro forte de vomito. Coloquei uma roupa simples e quente: jeans básico, um suéter branco e um casaco por cima. Não estava a fim de fazer nenhuma maquiagem sofisticada, nem nenhum penteado então só amarrei meu cabelo em um rabo-de-cavalo alto, calcei um par de botas de camurça e estava pronta.

A escola foi entediante, Edward e os irmãos ainda não tinham voltado, Ângela ficaria pelo menos umas três semanas de molho, mas ainda tinha Ben, que voltou a freqüentar a escola para pegar a matéria para a namorada. As aulas foram entediantes e eu tinha que fazer um esforço danado para não vomitar. Nunca havia percebido antes, mas algumas meninas daquela escola usavam perfumes extremamente enjoativos.

 Ben me esperou para almoçarmos juntos e tivemos a companhia de Jessica e Mike. Jessica não parava de tagarelar e Mike continuava me olhando daquele jeito que dava medo. Será que ele ainda se interessaria por mim se soubesse que eu estou grávida? Tive que fazer um esforço enorme para controlar meus enjôos novamente. Já não agüentando mais, pedi uma dispensa para a Sra. Colpe. Foi fácil disse que estava passando mal e ela vendo minha expressão me liberou.

Tive que parar o carro umas três vezes para vomitar, quando estava voltando para casa. Mas consegui chegar a pesar de tudo.

Leah não estava em casa, aliás, não tinha ninguém lá. E como havia chegado muito cedo teria que esperar, provavelmente ela deve ter saído até dar o horário da minha volta. Minha casa parecia estar vazia então era seguro ficar lá até Leah chegar.

Poderia ter ido direto para o hospital, mas como tinha prometido a Leah que ela estaria junto comigo no momento, resolvi esperar. Aproveitei que os enjôos resolveram me deixar em paz e preparei alguma coisa para comer, meu instinto pedia carne mal passada – e desde quando eu tenho instinto? – e só. Só de lembrar qualquer outro alimento, meu estomago já embrulhava. Depois de comer fui para o quarto, aproveitaria para por minhas lições em dia, mas ao invés disso fiquei admirando novamente minha barriga pelo espelho quando comecei a trocar de roupa. Eu tinha a esperança de que ela aparecesse de um dia para o outro, mas nada.

Fiquei ali me imaginando com uma barriga imensa quando, um reflexo que não era o meu apareceu no espelho por trás de mim. Steve tinha um sorriso vitorioso enquanto me observava.

-- Ah Bella. Não sabe quantas vezes imaginei isso. – Disse ele olhando para o meu corpo. Só ai me toquei que estava somente de sutiã e uma calça de moletom e o pior havia esquecido a porta aberta. – Você me evitou tanto e agora, aqui estamos nós dois sozinhos. Não achou que conseguiria fugir de mim para sempre achou?

Ele abriu um sorriso que me deu medo. Não consegui dizer nada minha única reação foi pegar a blusa que estava em cima da cadeira e vesti-la de qualquer jeito.

-- Se você tentar alguma coisa, meu tio e minha tia vão saber e você vai estar frito.

-- Não precisa se preocupar com isso, porque quando os seus tios chegarem, nós não estaremos mais aqui. – Do que ele estava falando? – Nós vamos embora Bella, para um lugar bem distante, sem ninguém para nos atrapalhar.

-- Edward vai acabar com você. – Ameacei.

-- É mesmo? E onde ele está agora? Deveria estar aqui te protegendo, mas não ele foi acampar. Esqueça ele Bella, ele nem gosta de você. Deixe- o para Britanny ela adora restos, e vamos viver uma vida só nossa.

-- Você está louco.

-- Louco de amor por você. – Sim ele havia enlouquecido. – Deixe-me te mostrar o quanto eu te amo Bella. Sempre te amei, desde a primeira vez que eu te vi. Claire e Britanny nunca significaram nada para mim. Elas eram só um artifício para estar perto de você.

Sem saber o que fazer peguei o celular que estava perto e corri, não sei se ele tinha desistido, ou se a minha fuga deixa as coisas mais interessante para ele, mas Steve não me seguiu. Enquanto descia as escadas discava o numero de Edward. Por que ele não atendia o celular? Alice se estiver me vendo, por favor, venha logo. Sai e fui direto para casa de tio Arty. Não. Não podia ser. Só podia ser meu dia de azar, porque não havia chegado ninguém na casa ainda. Olhei em volta desesperadas. Se eu fosse a pé, por mais rápido que eu corresse ele simplesmente pegaria o carro e me seguiria, tinha deixado a chave do carro dentro da bolsa, que estava no quarto.

Lembrei-me que Edward havia feito uma copia da chave que ficava dentro do porta-luvas – estava ficando cada vez melhor – Jake havia me ensinado como abrir a porta sem as chaves, caso eu me trancasse do lado de fora, eu só tinha alguns segundos até ele decidir vir atrás de mim. Arranquei um dos grampos que prendia meus cabelos e comecei mexer na abertura para a chave. Tinha que funcionar, eu poderia dirigir até o hospital. Lá eu estaria salva. Mas quando consegui abrir senti dois braços me puxarem.

-- Chega Isabella! Cansei de joguinhos. Pode até ser emocionante para apimentar a relação, mas eu estou impaciente hoje teremos a vida toda pela frente para fazer isso. – E então ele me jogou nas costas ignorando meus gritos de protestos.

Eu berrava, chutava, dava socos em suas costas, mas ele parecia não sentir. Infelizmente no momento em que ele me jogou em suas costas meu celular caiu, ou seja, teria que rezar para Alice me ver e chegar logo.

Nem percebi quando havíamos chegado ao meu quarto, só vi quando ele me jogou na cama e se afastou para tirar a camisa. Aproveitando esse momento sai da cama e corri para porta, mas desta vez ele estava mais esperto e conseguiu me pegar de volta.

-- ME SOLTA. – Gritei socando seu peito. Enquanto ele rasgava minha blusa. – AAAAHH.

-- Shhh Bella, não precisa ter medo meu bem, você vai gostar. – Ele disse e começou a passar as mãos pelo meu corpo. Senti ânsia de vomito, mas infelizmente não coloquei nada para fora. Mas bem que gostaria de ter colocado.

Steve me deitou na cama de novo desta vez colocando seu corpo sobre o meu e enquanto suas mãos tentavam arrancar minha calça ele tentava me beijar. Novamente veio o enjôo, mas não veio nada.

-- Bella fica quietinha. Não quero ter que te amarrar.  – Ele disse enquanto eu esperneava e me contorcia para tentar tirá-lo de cima de mim.

Steve colou seus lábios nos meus e sua língua tentava entrar na minha boca a todo custo, enquanto uma mão segurava meus braços e a outra tentava tirar minha calça, o que estava sendo uma tarefa difícil, já que não parava de mexer as pernas. A língua de Steve conseguiu abrir espaço entre meus lábios e adentrou minha boca procurando a minha, mas eu mordi com força seu lábio inferior e consegui dar um chute em suas partes intimas. Ele levantou surpreso e com dor, seu lábio sangrava. Enquanto eu aproveitava para tentar escapar, mas fui puxada novamente, e prensada ao corpo do monstro que tentava a todo custo me machucar.

Por favor, Alice chegue logo, não sei se posso agüentar por muito tempo.  Tem também meu bebê, ele não sabe que estou grávida, mas pode acabar machucando-o. Mordi seu ombro com força, pude sentir até o gosto de sangue e pele em minha boca, fui empurrada e cai no chão ao lado da cama.

Esteve olhou para mim com fúria nos olhos. Tocou o ombro dilacerado – nossa fiz um estrago ali – depois veio para cima de mim me puxando pelos cabelos.

-- Se me morder de novo, eu juro que quebro todos esses seus lindos dentes. – Ameaçou me dando um soco que me fez cair de novo e bater a cabeça no criado mudo.

Fiquei meio atordoada por causa da pancada e não conseguia enxergar mais nada, porém senti quando ele me ergueu e me deitou na cama terminando de tirar minhas roupas. Minha visão foi voltando aos poucos e vi quando ele se afastou para tirar o resto das roupas dele. Deu-me medo ao ver seu corpo inteiramente nu, com sua ereção bem evidente. Já era, estava acabado. Eu tentei de tudo. Agora que Edward não acreditará mesmo, que espero um filho dele. Fechei os olhos esperando ele vir, mas ele não veio. Abri os olhos novamente – minha visão já bem melhor – e o vi parado me admirando.

-- Você é tão linda Bells. Já imaginou um filho nosso? Você ficaria muito linda grávida, poderíamos ter uns três filhos. – Quando ele disse isso, senti novamente enjôo. Que criatura em são consciência teria um filho com esse louco? -  Sempre quis ter um filho, foi um choque para mim quando descobri que sua tia não poderia me dar nenhum, e Britanny é muito egoísta, fútil, não serve para ser mãe, mas você é perfeita. Eu via como você tratava seu afilhado e os filhos de Leah, você já tem instinto Bella, além de ser linda. A mãe perfeita para os meus filhos, a mulher perfeita para mim.

Ele veio se aproximando de vagar, acho que para não me assustar, ou para tornar o momento mais prazeroso para ele, claro. E então algo brilhou ao meu lado. Em cima do criado mudo estava meu notebook. Era meu ultimo triunfo se funcionasse eu teria alguns minutos para me trancar em algum quarto e pedir ajuda se não, era aceitar minha sina.

Não pensei peguei rapidamente o aparelho, e fui para cima de Steve ele tomado pela surpresa não reagiu, eu coloquei toda minha força e bati na cara dele com o notebook. Steve desmaiou na hora, ou pelo menos ficou atordoado. Mas para meu alivio na porta do meu quarto estavam Sam, Leah, Sue e tia Claire que olhava chocada para a cena e para o marido ensangüentado e desacordado. Leah correu para o meu lado e me cobriu com meu cobertor, eu a abracei e chorei. Chorei de alegria, de tristeza, chorei de dor.

Eu não vi mais nada só sei que de repente, tinha muita gente no quarto. Sue e Leah já haviam me vestido, então senti os braços de quem eu mais queria naquele momento.

Edward.

-- Bella, meu amor me desculpe. Desculpe-me eu não deveria ter ido para longe, nem ter ficado tanto tempo fora. – Ele dizia com a voz embargada como se estivesse chorando.

-- Oh, Bells me desculpe, eu deveria ter prestado atenção, mas não sei o que aconteceu não consegui ver você, mas então eu vi Steve e já era tarde de mais. Por favor, Bella diz que me perdoa? – Alice suplicava em algum lugar.

-- Deixe-me ver os machucados dela Edward. – Pediu a voz que reconheci como a de Carlisle. – Acho que ela terá que levar alguns pontos.

-- ONDE ESTÁ MINHA SOBRINHA. – Ouvi a voz de tio Arty gritar, mas a voz dele parecia estar longe. – Eu vou matar aquele desgraçado. Como ele se atreveu a encostar um dedo em minha sobrinha?

Edward

Eu soube a todo o momento que aquela viagem não era uma boa idéia, principalmente porque deixaria Bella desprotegida por três dias. Só Deus sabe o que poderia acontecer com ela em três dias, mas Alice como sempre me convenceu de que ela ficaria bem e que veria se qualquer coisa acontecesse com ela.

-- Alice viu alguma coisa? – Já era a milésima vez que eu perguntava.

-- Não Edward eu não vi nada, então Bella está segura. Provavelmente está com Leah e sabe que não posso ver os quileutes... – Mas ela não continuou. Seus olhos saíram de foco e então eu vi.

Britanny com raiva pelo que aconteceu na festa descontou toda sua fúria em Ângela, ela pagou dois idiotas para segurar a garota enquanto ela e as outras lideres batiam em Ângela, o pior é que depois os dois brutamontes ainda batera nela, deixando-a com o braço e algumas costelas fraturadas.

-- Alice pelo amor de Deus vamos voltar. – Praticamente supliquei.

“O que ela viu Ed?” – Perguntou Emmett preocupado.

-- Britanny armou uma emboscada para Ângela, e agora ela está no hospital. – Respondi.

-- Alice, Edward tem razão, precisamos voltar, Bella não está segura. – Disse Rose.

-- Vocês não confiam mais em mim? – Perguntou ofendida. – Se Bella estivesse em perigo eu mesma já teria voltado, eu não vejo nada de mais. Nem mesmo o marido da tia dela está ficando em casa. E não se esqueçam que isso não é só uma viagem de caça, temos que descobrir quem está provocando essas mortes.

Nós não tínhamos ido só caçar. Aro havia nos ligado antes de sairmos, pedindo para descobrir o que estava acontecendo na divisa entre o Canadá e os EUA, porque estava havendo denuncias de mortes brutais, a maioria das vitimas tinham os ossos quebrados e o sangue completamente drenado. E isso só nos dava uma conclusão: vampiros. Algum clã arruaceiro que não conheciam as regras dos Volturi. Aro tinha pedido para investigarmos e avisar quando descobríssemos quem eram os responsáveis.

As vitimas normalmente eram mochileiros, que estavam acampando ou fazendo trilha. Então ficamos próximos as montanhas. Nesses dias achamos dois corpos e uma pessoa gravemente ferida, que infelizmente não resistiu e acabou falecendo. Para minha infelicidade os celulares naquele lugar não pegavam de jeito nenhum, e eu não pude procurar um telefone publico ou qualquer outro meio que eu pudesse entrar em contato com Bella para me certificar de que ela estava bem.

Já estávamos bem perto dos rastros dos causadores de problemas, quando Alice ofegou.

-- Que foi Alice? – Perguntei.

-- Como eu não percebi isso antes? – Ela perguntou para si mesma. – Eu não estou conseguindo ver a Bella. Eu pensei que era por causa da influencia dos quileutes, mas não é, porque eu já não consigo vê-la desde que nós saímos e só agora me dei conta disso. – Eu a olhei confuso. O que isso queria dizer?

Já ia perguntar quando ela ofegou de novo e eu pude ver o que a deixava chocada. Aquele crápula resolveu agir.

-- Me desculpe Edward foi de ultima hora.

-- Em quanto tempo acha que chegamos lá? – Perguntei ansioso.

-- Eu não sei. Temo que quando conseguirmos chegar já seja tarde.

-- Então, não vamos perder tempo. – Disse e sai correndo com meus irmãos em meus calcanhares. Nunca corri tão rápido em minha vida. Já havia saído das montanhas e estávamos perto das cidades. Agora seria mais fácil.

Continuei correndo. Sempre quis saber até que velocidade eu atingia, nunca tentei antes, esse era um ótimo momento para testar. Estávamos a alguns quilômetros de Seattle quando Emmett chamou minha atenção:

-- Ed está ouvindo? Deve ter algum heliponto por aqui.

Ele saiu em direção ao barulho, mas eu continuei correndo.

“Edward consegui pegar um helicóptero. Estou há alguns metros a sua direita. Tem que admitir que é mais rápido.”

Sim um helicóptero iria ser bem mais rápido, e Emmett se superou desta vez, segui para onde ele ordenou. Quando cheguei ao local. Emmett e Jasper já estavam prontos para partir, e Alice e Rose já estavam acomodadas. Eu mal havia subido quando Emmett deu partida. Mas ainda assim eu estava ansioso.

“Fique calmo Edward vamos chegar a tempo” – Pensou Jasper tentou me tranqüilizar e usou seu dom como um reforço

 Percebi que meu celular estava apitando, o tirei do bolso para olhar. Tinha umas 5 chamadas de Bella do dia anterior e uma de hoje, e havia também uma mensagem de voz, coloquei para tocar em viva-voz.

“Edward, Edward, por favor, onde você está? Steve está louco, Alice o viu. Por favor, venha me buscar.”

A voz dela era de quem estava muito apavorada. Olhei para Alice, que assim como Rose estava de boca aberta.

“Não consegui ver, eu juro Edward. Perdoe-me.” – Pediu ela quase suplicante eu não disse nada. Não iria dizer nada, nem fazer nada até estar perto de Bella.

Felizmente chegamos rápido o difícil foi encontrar um lugar para pousar aquela coisa. Pude ouvir vários pensamentos dentro da casa. Leah, Sam, Sue, Claire graças a Deus eles tinham chegado a tempo. Não esperei mais pulei do helicóptero e corri para dentro da casa de Bella, fui direto para o quarto.

“Calma Edward ele não conseguiu fazer nada. Bella foi muito valente” – Disse Leah por pensamentos tentando, me tranqüilizar. Olhei para o lado e vi Steve caído todo ensangüentado e o notebook de Bella quebrado. Ela havia batido nele com o aparelho.

-- Vocês chegaram há muito tempo? – Perguntei em voz baixa para Sam.

-- Não, tem uns 10 minutos. – Respondeu ele. – Chegamos ao momento exato em que Bella bateu nele com o notebook. Ela é muito corajosa. E como você soube?

-- Alice o viu, e Bella havia deixado uma mensagem de voz. Se eu soubesse que ela iria ficar desprotegida, jamais teria ficado tanto tempo longe.

-- A culpa também foi minha, Edward. – Disse Leah. – Eu tinha combinado de sair com ela, mas não sabia que Bella sairia mais cedo da escola então resolvi levar os babes na casa da mãe de Sam, por enquanto que ela não chegava. – Leah suspirou e algumas lagrimas escorreram de seus olhos. – Eu só percebi que havia algo errado, porque vi o celular dela jogado lá fora e a porta do carro aberta, já estávamos dentro de casa quando a ouvimos gritar, então corremos para o quarto. Claire chegou logo depois.

Bella parecia não ter consciência de nada que se passava ao seu redor. Sue havia terminado de vesti-la então fui para o seu lado e a abracei pedindo desculpas, por eu não estar perto dela, quando ela mais precisou. Alice entrou logo depois pedindo perdão também.

Não queria soltá-la por nada nesse mundo, mas Carlisle pediu para ver os ferimentos dela. Trinquei os dentes quando vi seu rostinho maltratado. Havia alguns arranhões nos pulsos e um feio que ia do cotovelo até o punho, mas esse fiquei sabendo ser de uma briga que ela teve com a prima por causa de Ângela.

Afastei-me para meu pai examiná-la. Nesse momento Arthur Swan entrou feito uma bala no quarto.

-- ONDE ESTÁ MINHA SOBRINHA. Eu vou matar aquele desgraçado. Como ele se atreveu a encostar um dedo em minha sobrinha?

“Edward não faça nada agora.” – Pediu Sam. – “Eu sei que vocês têm suas leis. E eu também quero acabar com esse calhorda, mas se você se expor irá nos expor também.”

Foi a coisa mais difícil que eu já fiz em cem anos. Não podia fazer nada com esse traste agora, mas depois ele iria pagar por tudo a se ia.

-- Arty calma deve ter havido algum engano. -  Disse Claire, ela estava entre chocada e desesperada, ela sabia muito bem o que havia acontecido, mas se recusava a acreditar.

-- Para mim não tem nenhum engano Claire. Eu te avisei, eu te avisei desde aquele dia, que vimos aquele maldito vídeo no aniversário da Bella. Esse cara não presta e você não me ouviu, e agora olha o que ele fez com nossa sobrinha. Eu prometi, aliás, nós prometemos ao nosso irmão, no leito de morte dele, que iríamos tomar conta dela, e não fizemos isso. Tivemos tanto cuidado para que ela não encontrasse com o Phil e o perigo morava dentro da nossa própria casa.

-- A mamãe tem razão tio. – Se intrometeu Britanny. Ela ia falar merda. – Pode ter sido um engano, ou Bella realmente é tudo aquilo que Renée falou, acho que ela tentou seduzir Steve...

-- Britanny será que você pode calar a sua boca já que não vai dizer nada que preste? – Eu disse irritado. Não agüentava mais ouvir nem a voz, nem os pensamentos dela. – Acha que se ela o quisesse teria feito isso nela, mostrei os machucados. Acha que ela teria batido nele.

-- Edward, isso é porque você está enfeitiçado e não quer ver a verdade, e a verdade é que sua namorada te...

-- CHEGA BRITANNY! – Gritou o promotor Swan. – Edward tem razão, a troco de que ele bateria nela, ou ao contrario. Sue, Leah e Sam ouviram gritos. Não há prova mais concreta de que esse canalha tentou violentar sua prima.

“Sei. Eles podem falar o que quiser. Ah esse Steve é tão burro. Era só ele pegar e sumir com ela, mas não vai ter muita sede ao pote, é nisso que dá.”

Para a sorte de Britanny eu estava muito preocupado com Bella, porque se não eu teria arrancado a cabeça dela.

-- Me desculpem, mas essa discussão não é boa para Bella. – Disse Carlisle. – É melhor vocês saírem, quando ela acordar eu chamo vocês.

-- Tudo bem. Sam me ajude a levar esse merda lá para sala. Vai ficar mais fácil quando a policia chegar.

Claire ficou completamente pálida com o que o Arthur disse, ela ainda se recusava a acreditar que o marido fosse capaz de fazer algo tão horrível, mas também não podia deixar de acreditar na sobrinha.

-- Você também Edward. – Olhei para Carlisle incrédulo. Ele realmente estava me pedindo para me afastar dela? – Ela vai ficar bem, estarei aqui o tempo todo. Quando terminar eu te chamo.

Assenti e desci para sala junto com os outros. Assim que me viu Esme correu para me abraçar me perguntando como Bella estava. Respondi que Carlisle estava cuidando dela, mas  disse que não era nada grave.

A enfermeira Sally que trabalhava junto com Carlisle estava cuidando de Steve. Sua testa tinha um galo e um corte enorme, seu lábio sangrava e havia uma mordida feia em seu ombro, o que me fez concluir que Bella deve ter lutado muito para escapar dele.

-- Sam. – Chamou Arthur. – Assim que o Dr. Cullen terminar de cuidar de Bella vamos levá-la para casa, Leah você e Sue ficam responsáveis por arrumar as coisas dela. Bella vai morar com a gente a partir de hoje. Alice se você e seus irmãos puderem ajudar eu agradeço.

-- Claro senhor Swan. Pode contar conosco.

-- Como assim Arty? – Perguntou Claire que até então estava preocupada com o estado de Steve, que parecia não acordar, quando na verdade ele estava tentando escapar de uma surra de Arthur, mas a surra de Arthur não era nada comparado do que eu preparava para ele.

-- É isso mesmo Claire, Bella vai morar comigo. Lá vai ter Leah e Sue para cuidar dela. Eu avisei para você daquela vez, que uma gracinha dele, eu a tomaria de você. Não quis colocar esse crápula para fora quando eu pedi, e agora olha  no que deu.

-- Você não pode tirá-la de mim Arthur.

-- Tanto posso como já fiz. Meu advogado aparecerá ainda hoje para conversarmos. Mas acho que depois de hoje não resta duvida de o juiz vai achar melhor que ela fique comigo, ou talvez até emancipada ela ficasse melhor.

-- Arthur, por favor, não faça isso comigo. – Claire pediu com a voz fraca por causa das lagrimas.

-- Me desculpe Claire, mas isso é para o bem de todos.

-- E para mim vai ser uma maravilha, vou ter minha vida de volta. – Exclamou Britanny.

A vontade de Arthur era pegar Britanny e dar muitas palmadas nela, o que eu apoiaria veemente, mas ele achou melhor ignorar os comentários dela.

Minutos depois Carlisle desceu as escadas tranqüilizando a todos, dizendo que Bella estava bem, mas que precisava descansar receitou um remédio e pediu para que a levassem ao hospital no dia seguinte. Tarefa que eu me prontifiquei a fazer.

Carlisle foi dar uma olhada em Steve, mas parecia que ele tentava esconder seus pensamentos, e toda vez que eu tentava ler, ele pedia gentilmente para não fazer isso e que na hora certa eu iria saber. Como eu respeitava muito meu pai resolvi obedecê-lo.

Agora eu queria saber até quando a farsa de Steve iria durar. Ele não poderia estar desmaiado a tanto tempo, mas durou até o momento em que Carlisle passou um remédio em seu machucado do ombro e ele gritou.

-- Seu louco, isso arde. Aposto que fez de propósito. – Tanto Sam quanto Arthur enrijeceram ao ouvir a voz dele. Acho que não era o único que queria acabar com a vida dele.

-- Ah, então já está acordado? – Perguntou Carlisle tranqüilo. – Achei que estava em coma. Vai ter que levar alguns pontos na testa e no ombro.

-- Aquela garota doida. Não sei por que ela me atacou daquele jeito? – Que sujeitinho cínico.

-- Talvez porque tentou violentá-la a força. – Disse Leah.

-- Eu não tentei agarrar ninguém. Não tenho culpa. Vocês já deveriam saber do que ela é capaz tentou roubar o marido da própria mãe.

-- Seu sínico, nojento, asqueroso. – Leah explodiu não agüentando tanto cinismo. – Nós ouvimos os gritos, ouvimos você ameaçá-la e chegamos no exato momento em que ela bateu em sua cabeça com o notebook. Mas o que poderíamos esperar de você se não essa atitude vil e covarde, não contente com uma quis a outra também.

-- Leah do que você está falando? – Perguntou Arthur.

-- Esse crápula tem, ou tinha um caso com a Britanny, com a própria filha da esposa. – Todos os que não sabiam ficaram chocados. Putz até Leah sabia. – Eu não falei nada, porque sabia que iria magoar a Claire porque ela gosta muito dele, e também não iria acreditar. É por isso que Britanny tem tanta raiva da Bella, porque todos os caras a preferem. E foi a gota quando Steve disse que não a queria mais, por isso ela colocou aquele vídeo no dia da festa da Bella.

Na verdade não foi a Britanny, mas eu deixo os créditos serem dela.

-- Isso é mentira! – Exclamou Claire. – Impossível. Steve não teria um caso com minha própria filha, para depois querer ficar com minha sobrinha. Isso é sujo, vil e imoral. Fora que seria um crime, por elas serem menores de idade. Vocês não têm como provarem isso.

-- Na verdade temos sim. – Disse Alice. Todo mundo olhou para Alice. – Quando estávamos preparando a festa de Bella recebemos um cartão de memória que continha esse vídeo, não sabemos que enviou, pois estava em anônimo, mas se quiser tirar a prova, eu o tenho aqui. – Claire assentiu e Alice entregou  o celular para ela.

-- Mamãe, isso é tudo armação. Aposto que tem o dedo da Bella nisso. Ela que inventou essa história... – Britanny foi interrompida com os sons que vinham do vídeo.

“Vai gostosa, rebola mais para rebola. Nossa se eu soubesse que você fosse tão gostosa tinha te comido antes. Isso assim” – A voz de Steve era ouvida por todos que estavam na sala. Eu já conhecia o conteúdo do vídeo, mas não deixava de me chocar.

Sue preferiu não ver, assim como Leah, mas só com as coisas que ele dizia elas já ficaram chocadas. Arthur foi ficando cada vez mais vermelho e de repente ele já estava em cima de Steve socando-o. Eu queria que ele apanhasse mais, mas ele tinha que estar vivo para o que eu planejava para ele.

Com muito custo Carlisle e Sam tiraram Arthur de cima do pedófilo nojento. Claire chorava sem entender onde errara com a filha e com o marido.

-- Por que Steve? – Foi a única coisa que saiu da boca dela.

-- Por quê? Acha que foi fácil para eu saber de todo o seu passado e ficar calado, de todos os homens que você já teve, de tudo o que você já fez e nem um filho você pôde me dar.

-- Mas a minha filha, minha sobrinha...

-- Bem a sua filha, não estava nos meus planos, mas ela se ofereceu não pude deixar de aproveitar. Linda, nova na flor da idade. Uma delicia. Já a Bella. Ah Bella, é a minha paixão, seriamos muito felizes e ela poderia me dar um filho.

Graças a Deus a policia chegou levando o desgraçado, mas não iria ser tão fácil assim. Ele que me aguardasse. Não iria deixar impune o que ele fez. Claire mandou Britanny para o quarto dizendo que depois elas teriam uma conversa. E quando Bella acordou a levamos para a casa do tio. Confesso que fiquei com pena de Claire implorando para não tirar a sobrinha dela, mas Arthur foi categórico. Hoje foi o Steve amanhã, poderia ser um bem pior.

Eu sabia dos planos Britanny, mas resolvi deixar de lado por enquanto, mas ela ainda iria ter a lição dela.

 Saímos da casa de Claire e fomos para a de Arthur arrumar o quarto onde ele acomodaria Bella, no caminho encontrei com Jasper e Emmett.

-- Por que vocês não entraram? – Perguntei aos dois que estavam encostados no jipe de Emmett.

-- Porque não iríamos agüentar ver o safado e não fazer nada. – Respondeu Emmett. – Foi muita injustiça ele ir preso, ele tinha que...

-- Emmett não se preocupe ele vai ter o dele.

-- No que está pensando Edward? – Perguntou Jasper.

-- Mais tarde eu conto.

Disse e fui em direção a casa de Arthur ver como Bella estava, mas essa noite mesmo a lei iria prevalecer.

Bella

Sentia minha cabeça latejar. Duas pancadas no mesmo lugar, dois dias seguidos não eram para qualquer um. Percebi que não havia mais a confusão de vozes. Só sentia uma mão gentil e gelada tocar a minha testa.

-- Edward? – Chamei sentindo falta dos braços protetores.

-- Infelizmente não. Mas serve o pai dele? – Carlisle perguntou sorrindo. O rosto dele começou a entrar em foco e então todas as lembranças vieram. – Você se lembra do que aconteceu Bella?

-- Infelizmente sim. – Respondi já sentindo as lagrimas escorrerem por minha face.

-- Vai ficar tudo bem. Não se preocupe. – Ele acariciou meu cabelo. – Você foi muito corajosa e forte Bella.

-- Em um momento eu pensei em sucumbir. Eu realmente achei que tudo estava perdido, mas lembrei de Edward e de... – Eu me interrompi.

-- Seu amor por Edward, e o dele por você é tão forte que lhe da força sem nem mesmo perceber. Mas me diga além do Edward em quem mais você pensou?

Fiquei em duvida se falava ou não. Mas ele era medico e vampiro então saberia o que fazer.

-- Carlisle? – Ele me olhou com carinho. – Acha que há alguma possibilidade de uma humana engravidar de um vampiro.

Seus olhos se estreitaram.

-- Por que me pergunta isso Bella?

-- Porque eu estou grávida. – Seus olhos se arregalaram.

-- Tem certeza?

-- Absoluta. Sinto enjôos, fome excessiva, muito sono e minha menstruação não vêm a mais de um mês. Fiz um teste também - tentei me levantar para abrir a gaveta do criado mudo, mas Carlisle foi mais rápido. – Vê as marcas são mais escuras do que uma gravidez normal.

-- Santo Deus Bella! – Exclamou Carlisle surpreso olhado para o teste. – Íncubos. – Apenas assenti. – Há muito tempo atrás, houve uma época em que os vampiros usavam as humanas para o prazer sexual. Nessas relações as mulheres acabavam ficando grávidas. Você sabe homens não têm período fértil como as mulheres? Nosso sistema reprodutor é completamente diferente. Mas foi bem antes do meu tempo, mas creio que Aro e os outros devem saber como funciona.

-- Então acredita em mim? Sabe que é do Edward não sabe?

-- Claro que sei Bella, amanhã vamos fazer todos os exames de praxe e então ligo para os Volturi, acho que eles vão gostar de acompanhar a sua gestação de perto. Eles vão saber responder todas as suas duvidas.

-- Carlisle. Poderia não contar para ninguém agora? É que eu quero me preparar e contar quando já estiver com todos os exames na mão.

-- Eu entendo. E também concordo com você, vai ser melhor também quando os Volturi já estiverem aqui para ajudar a esclarecer as duvidas. O que acha?

-- Perfeito.

-- Agora quero que descanse um pouco. Você teve um dia muito agitado, pelo que pude ver aqui o feto não sofreu nenhum trauma, mas amanhã, vemos tudo direitinho. Agora durma.

Ele me deu um beijo na testa e saiu do quarto fechando a porta. Não sabia se conseguiria dormir. Toda vez que fechava meus olhos eu via o rosto de Steve. Fiquei acordada o máximo que meu corpo agüentou – ou que os remédios fizeram efeito – e cai na inconsciência.


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Notas finais do capítulo

E ai amores oq acharam?Até o proximoMtos Robeijos