Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 46
Capítulo 46


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeem aqui quem fala é a tia Nanny q estava sumidaça, mas estou de volta. Na verdade to trabalhando como condenada, mas vim a qui fazer um favor a nossa escritora que não anda bem de saúde.

Como ela explicou na semana passada, ela não estava muito bem por causa da gripe, mas acontece que essa gripe virou pneumonia e então vcs, ja devem imaginar como ela está. a Giis já tinha começado o capitulo, mas não conseguiu terminar, porque está muito mal, e para não deixar vcs sem nada resolvi terminá-lo. Eu já havia feito isso antes e estou sempre ajudando na fic, então não vai ficar muito diferente. Espero realmente corresponder as espectativas de vcs e ser tão boa quando a nossa escritora querida.

bom é isso

Tia Giis pede milhões de desculpas por não ter postado antes e manda milhões de Robeijos. Não sei quando ela vai ter alta, mas ela prometeu fazer um esforço para não deixar vcs sem um capitulo novo e eu claro estarei aqui sempre para ajudar.

Bom gente é isso. Por favor vamos resar para nossa escritora querida melhorar rapido.

muitos Jakisses



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Bella

O vídeo mostrava Steve em sua sala no hospital de Forks. Ele segurava uma garota – me surpreendeu ao perceber que não era Britanny – que deveria ter uns 17 ou 18 anos, de pele clara e cabelos escuros na maca.

A garota estava completamente nua assim como Steve, e pela expressão do rosto e os movimentos meio lentos, notava-se que a menina estava drogada – e o crápula também parecia estar. Ele a puxou pelo cabelo até a mesa da sala e jogou a garota sobre o móvel; ele se moveu para trás da garota enquanto ela começava inalar uma carreira de pó branco que só podia ser cocaína.

O vídeo não tinha som, mas isso não deixou de nos chocar mais ainda quando ele penetrou a garota por trás e começou a gritar algo enquanto dava violentos tapas nas nádegas da morena.

Não consegui olhar para o rosto da minha tia, nem para o de Britanny que deveria estar convicta de que o vídeo que tinha no DVD era o que tinha feito de mim e Edward. Ela era tão burra que nem se deu ao trabalho de editar vídeo. Teria evitado essa confusão.

A próxima cena foi extremamente nojenta. Steve havia parado de estocar na garota e a puxou novamente pelo cabelo fazendo-a se ajoelhar e fazer sexo oral nele enquanto ele consumia algumas carreirinhas de cocaína. Aquilo era nojento e por pouco não vomitei. Não que eu não fizesse isso em Edward de vez em quando, mas era diferente ele era meu namorado e não um safado que tinha um caso com a filha da mulher enquanto cobiçava a sobrinha.

O vídeo continuou rodando com as cenas mais grotescas e nojentas que Steve obrigava a garota a fazer enquanto se drogavam.

Ninguém dizia nada; estávamos chocados de mais para falar alguma coisa, até mesmo, o próprio Steve não conseguia dizer nada.

Edward me abraçou protetoramente enquanto olhava atentamente para a tela, segui seu olhar e percebi que ele analisava a garota atentamente. Comecei a reparar melhor na garota desconhecida e senti meu rosto empalidecer: alguns traços da garota faziam com que ela parecesse comigo, principalmente o longo cabelo castanho escuro e a pele clara. Então era por isso que Edward estava tão na defensiva. Steve havia escolhido essa menina justamente porque ela se parecia comigo. Não foi só Edward e eu que percebemos isso. Juro ter ouvido um rosnado sair da garganta de Rose e o outros trincando os dentes.

O silencio se prolongou por um longo tempo e eu me perguntei se ninguém iria sair do transe para tirar aquele vídeo grotesco. Então de repente um barulho de mesas caindo fez todo mundo despertar.

Tio Arty havia dado um soco em Steve que despencou junto com a mês, e depois meu tio começou a chutá-lo com o rosto lívido de raiva.

-- Seu canalha desgraçado. – Gritava tio Arty. – Como pôde fazer isso com minha irmã?

Britanny desligou o vídeo e desceu apavorada do palco correndo para a saída, - covarde a pronta as dela e quando dá errado ela tira o corpo fora - enquanto todos tentavam tirar tio Arty de cima de Steve, minha tia gritava desesperada para que eles parassem.

Carlisle conseguiu tirar tio Arty de cima de Steve e o impedido de se lançar novamente no médico canalha alegando que não era um bom exemplo para nós.

Emmett, Jasper e Sam ficaram responsáveis por tirarem os mais jovens de lá. Os adultos ficariam lá para resolver o problema dos dois e limpar tudo. Leah foi a primeira a ser retirada, pela sua condição ela não poderia passar por emoções fortes.

-- Ah cara – reclamou Seth enquanto éramos conduzidos para o carro – eu queria ver papai dar uma surra naquele nojento. Nunca gostei dele, e agora menos ainda. Espero que a tia Claire de um pé na bunda dele. Queria ter ficado lá para ajudar papai a surrar o calhorda.

-- Não seja bobo Seth. – Ralhou Sam. – Sabe que não podemos nos meter nisso, por mais que eu queira dar uma boa surra no safado. Mas imagina se nos descontrolamos e nos transformamos na frente de todos.

Ele abriu a porta do carro ajudando a acomodar Leah que não conseguia andar direito.

-- Amor você está bem? – Perguntou ele preocupado a minha prima.

-- Estou ótima. – Ela olhou para mim. – Bella você percebeu que a menina do vídeo se parece um pouco com você não é? – Perguntou ela. Apenas assenti.

“Eu já imaginava isso. Aquele pedófilo filho de uma...” – Ela parou ao perceber o olhar reprovador de Sam. Ela revirou os olhos.

A maioria dos convidados já haviam ido embora. Isso era assunto de sobra para ser comentado durante semanas na pacata Forks. Eu só ficava pensando na garota. Como será que ela estava?

Será que sabia que o vídeo dela foi exposto para a metade da população de Forks e La Push?

Ela realmente tinha um caso com Steve ou ele a drogou para poder se aproveitar dela?

Despertei dos meus pensamentos com Edward colocando seu casaco sobre meus ombros. Estava tão distraída que nem percebi que estava tremendo de frio.

-- Você vai lá para casa. – Disse ele. – Depois ligo para Esme e peço para ela falar com seus tios.

-- Tudo bem. Eu só tenho que ver se a Anna vai comigo ou vai ficar. – Ele assentiu. Dei um beijo rápido em seus lábios e fui até minha amiga que ninava o filho enquanto era abraçada por Jake.

-- Anna eu vou para a casa do Edward, quer ir comigo ou vai ficar? – Antes que ela pudesse responder Jake se pronunciou.

-- Bella será que você poderia ficar com o Charlie? - Ele perguntou ansioso. – Eu quero conversar com a Anna.

-- Tudo bem.

Anna e Jake seguiram para a entrada da trilha que tinha ali perto enquanto eu fiquei observando – os.

-- Jacob vai contar para ela, sobre ser um lobisomem. – A voz de Edward estava atrás de mim.

Virei meu corpo para olhá-lo com os olhos arregalados.

-- Ela tem o direito de saber Bella. – Disse quando percebeu meu pânico. – Assim como você soube desde o início o que eu era. Jacob veio pedi permissão a nós para contar a Anna o que somos também. Nós concordamos desde que ela não falasse para ninguém mais de fora.

Depois disso não dissemos nada Edward me conduziu até o meu carro e abriu a porta do banco de trás para mim. Surpreendi-me quando ele entrou a trás junto comigo. Jasper assumiu a direção e Alice foi ao lado dele no banco do carona.

 Passei a viagem toda em silencio - Alice reclamava no banco da frente dizendo que mataria Steve por ter estragado minha festa - pensando na reação de Anna quando soubesse que nem tudo era o que parecia ser. Que Jake era um lobo enorme e Edward um vampiro de mais de cem anos. Será que ela aceitaria? Continuaria namorando Jake quando soubesse da verdade. E o mais importante ela me perdoaria por ter escondido isso dela, quando ela nunca escondeu nada de mim?

No dia seguinte quando cheguei a casa com Charlie no colo reparei um clima estranho no ar e não veio de Anna. Assim que entrei na sala pude ouvir a discussão vinda da cozinha.

-- Não acredito Claire que não vai mandar aquele cara embora. – Ouvi a voz de tio Arty.

-- Por que eu faria isso Arthur? Ele é meu marido, o homem que eu amo. E ele me ama também.

Tio Arty bufou.

-- Você só pode ser idiota. Viu muito bem o quanto ele te ama com aquele vídeo. Fora que ele é um drogado pervertido. Que vai ter muita sorte se aquela garota não for menor de idade.

-- Aquilo foi uma armadilha. – Meu tio tinha razão tia Claire era realmente uma idiota por acreditar que aquilo era uma armadilha. – Foi uma montagem, a imagem nem estava tão boa assim e nem tinha som, quem garante que aquele era realmente Steve. Hoje em dia podem-se manipular vídeos pelo computador e você sabe muito bem disso.

Eu revirei os olhos. Não acreditava no que estava acontecendo. Minha tia estava completamente cega.

-- Faça como quiser, mas saiba que se não botar o canalha para fora vou entrar com uma liminar no juizado de menores e vou tirar tanto Bella quanto Britanny de você.

-- Você não faria isso. – Disse desesperada.

-- Faria sim. Não é a primeira vez que prova que é incapaz de cuidar de alguém.

E dizendo isso tio Arty irrompeu da porta da cozinha com passos firmes e saiu batendo a porta. Acho que nem tinha reparado que eu estava parada e assustada no meio da sala com um Charlie choroso no colo. Minha tia correu logo depois gritando:

-- Arty! Arty espera. Temos que conversar. – E correu para a porta também sem nem ao menos, me notar.

Subi para o meu quarto a fim de trocar Charlie que estava incomodado com as fraldas sujas. Achei melhor dar logo um banho relaxante nele. Enquanto preparava as roupinhas que ia por nele uma cenoura desbotada irrompeu pelo meu quarto.

-- Eu não sei como você fez isso. – Disse a cenoura desbotada, vulgo Britanny apontando o dedo para mim – Mas saiba que não vai se safar da próxima vez. Todo mundo vai saber quem você é de verdade.

-- Posso saber do que está me acusando? – Disse calmamente.

-- Você com esse jeitinho de sonsa pode enganar a qualquer um, mas não me engana. Então cuidado Isabella, um dia seu barco pode virar.

E dizendo isso a cenoura desbotada saiu do meu quarto. Tive vontade de gargalhar, mas achei melhor não repudiar. Porem eu devia ter dito que ela tinha muita sorte por não ser o vídeo dela.

-- Essa cenoura ambulante desbotada é louca, bebê. – Disse a um Charlie sorridente – já que não estava mais com a fralda suja – e o levei para o banheiro.

Quando entrei no quarto tive uma surpresa: Edward estava deitado na minha cama brincando com as roupinhas do nosso afilhado. Eu já deveria estar acostumada quando ele aparecesse assim, mas era muita perfeição para meu pobre coração.

-- Oi. – Eu disse me aproximando com cuidado e beijando sua testa fria.

-- Oi. Como estão as coisas por aqui?

-- Tirando o fato que minha tia se recusa a acreditar que Steve seja um crápula, e Britanny me ameaçando está tudo ótimo.

Ele sorriu e afagou meu rosto enquanto eu colocava a roupa em Charlie.

-- Sabe, eu iria colocar o vídeo da Britanny com Steve, mas na ultima hora desisti. Eu sei que aqueles dois merecem serem humilhados em publico, mas ai eu pensei em sua tia. Claire não merecia saber daquela maneira. – Ele suspirou. – Já foi um choque para ela ver Steve com outra imagina se fosse a própria filha.

Eu olhei para ele com lagrimas nos olhos. E o puxei para colar nossos lábios.

Edward me ajudou a colocar Charlie para dormir, e depois deitou conosco na cama.

-- Você seria uma ótima mãe. – Disse ele triste. – Eu não deveria tirar isso de você.

-- Do que você está falando?

-- Eu vejo como você fica feliz quando está com Charlie, ou como seus olhos brilham quando fala dos bebês de Leah. – Ele me abraçou forte. – Ah, Bella eu daria tudo para poder te dar um filho também. Para ter um pedacinho nosso. Metade eu metade você.

-- Não seja bobo. Eu não iria querer ter um filho aos 16 anos. – Disse tentando descontrair. – Imagine, eu teria que ser criada junto com meu filho. – Ele sorriu um pouco. – Não pense mais nisso Edward. Minha vida já é completa com você. E muito em breve vamos nos pertencer para sempre.

Ele não disse mais nada só encostou teus lábios nos meus iniciando um beijo quente e cheio de desejos.

**

Já havia passado duas semanas desde o ocorrido. Tio Arty não executou sua ameaça, então Britanny e eu continuávamos morando com tia Claire assim como Steve, porem tio Arty evitava a dirigir uma palavra se quer com a irmã caçula. Ele só aparecia lá de vez em quando para ver como Britanny e eu estávamos.

Steve estava enfrentando um processo da família da garota. A menina do vídeo chamava-se Mandy e tinha 19 anos, mas só pelo fato dela ter sido drogada – e ela só tinha ido ao médico para ver uma alergia - antes de o vídeo ter feito já deixava a coisa bem feia para o lado dele. E alem de perder o direito de exercer a profissão ele estava sendo acusado de trafico de drogas e estupro. E só estava em liberdade porque quem estava defendendo ele era o marido da irmã Violah, que conseguira não sei como implantar uma duvida dizendo que o vídeo poderia ter sido manipulado.

Quem também não estava nada bem era Britanny eu sempre pegava Steve lançando olhares assassinos para ela, como se pudesse pular no pescoço dela e a estrangular a qualquer momento uma vez eu até flagrei sem querer uma discussão deles.

-- Eu já disse Stev não sei como aquele vídeo apareceu ali. Tenho certeza que foi a Isabella.

-- Como pode ter sido ela, se estava no seu celular hein? Você era a única pessoa que estava na sala quando dopei aquela garota. – Ouvi o barulho de alguém sendo jogado na parede. Acho que ele estava batendo em minha prima. – Cansei de você Britanny, cansei dos seus planinhos adolescentes inúteis eu vou agir do meu jeito.

E depois desse dia os dois nem se falavam mais. Mas Britanny ainda lançava olhares ressentidos e raivosos para mim e Steve... Bem... Steve ainda me lançava aqueles olhares que gelavam minha espinha. E eu sempre ficava em alerta depois da conversa que ouvi. Aquilo dele agir do jeito dele me deixara com medo.

Edward redobrou o cuidado comigo, e quanto ele ou as meninas não podiam ficar comigo ia para casa de tio Arty ficar com Leah – que a qualquer momento entraria em trabalho de parto, já que ela já estava tendo contrações. Às vezes Jacob aparecia por lá e ficávamos conversando, na verdade ele me perguntava tudo o que poderia saber sobre Anna.

Anna para a completa surpresa – não para a minha porque eu conhecia minha amiga doida – adorou o fato do namorado ser um lobo, e mais ainda ao saber que meu namorado era um vampiro leitor de mentes, e que alguns dos meus cunhados tinham poderes também, principalmente quando soube que usávamos esses talentos para desmascarar Britanny.

Chegou até a me perguntar como era transar com um vampiro, e perguntou para o Jake se não era considerada zoofilia eles namorarem. Eu quase fiquei roxa quando ela fez essa pergunta. Minha amiga era insana, até mais que eu.

Hoje era um dia daqueles. Ensaiei no balé como uma condenada, já que haveria uma audição com os diretores de Julliard School, que escolheria os melhores alunos para estudar na escola em Nova Iorque. E apesar de nem eu nem Ângela querermos entrar era obrigatório a apresentação.

Cheguei super tarde em casa e ainda por cima Edward não pôde ir me buscar, por que tinha que resolver com alguns problemas familiares, algo relacionado com a vinda dos Volturi para cá, e como ele ainda não queria me expor à realeza vampiresca...

 Por sorte eu já havia conseguido minha habilitação e tinha um carro.

Ao sair do meu carro dei de cara com o carro de minha tia. Olhei meu relógio. Eu tinha chegado tarde em casa, mas mesmo assim ainda era cedo para minha tia já estar em casa. Mau pressentimento.

Assim que entrei em casa dei de cara com minha tia, Britanny e o canalha sentados no sofá. Minha tia se levantou e não estava com uma cara nada boa.

-- Bella pode me dizer o que significa isso? – Ela ergueu um lenço onde havia algumas camisinhas usadas. – Encontrei no seu quarto. – Ela encontrou sei...

O que eu diria para ela?

“Não são minhas tias. Eu e Edward não usamos camisinha.”

Não, não ficaria legal ela me arrastaria até um medico para fazer exame de gravidez. Também não poderia dizer para não se preocupar porque Edward e eu não precisávamos usar camisinha já que ele não poderia ter filhos.

-- E então? – Ela insistiu. E eu ainda sabia o que dizer.

Bem vou falar a verdade, ou parte dela quem sabe dá certo.

-- É são minhas. – Vi Britanny arregalar os olhos, ela achava que eu iria negar. – Me desculpe por isso tia.

-- Não tem que se desculpar Bella. Fico feliz que esteja sendo prudente e se prevenindo, mas não acha que é muito nova? – Britanny arregalou mais ainda os olhos e o queixo de Steve caiu por eu não ter levado bronca.

Eu não queria ter essa conversa aqui na frente deles, mas já que eles armaram a situação para eu levar a pior vou reverter a meu favor.

-- Eu sei tia, mas eu amo o Edward. E quando a gente ama não tem idade. Eu só sei que ele é o homem certo para mim. – Fiz cara de boba. – E não se preocupe antes de acontecer qualquer coisa eu já havia conversado com uma ginecologista, ela disse que se eu me sentisse pronta não tinha problema. Desculpa mesmo por não te ter contado, eu ia pedir sua opinião e tudo, mas a senhora trabalha tanto. - Fiz a mesma cara que a Britanny fazia quando queria convencer a mãe.

-- Oh, meu amor. Não precisa se sentir culpada. – Ela me abraçou. Tive vontade de debochar da cara dos sebosos, mas achei melhor não brincar com a sorte.  – Fico feliz que tenha sido prudente e procurado uma profissional. Era só ciúme por ter sido deixada de lado. Ai nem acredito que minha menininha já é uma mulher. Uhm Bells acho que vou levar você na minha médica, para ela te passar um anticoncepcional.

O telefone começou a tocar e ela saiu correndo para atender. Britanny e Steve me olhavam incrédulos; retribui o olhar deles com a sobrancelha erguida. Antes que pudesse ser dito qualquer coisa minha tia volta à sala correndo.

-- Ah minha nossa. Leah acabou de entrar em trabalho de parto. – Disse ela feliz da vida. – E agora é para valer Carlisle já está esperando por ela no hospital de Forks.

Minha tia, Britanny e eu corremos para o carro. Steve não foi alegando que seria muito difícil para ele voltar ao hospital sem poder trabalhar. Assim que chegamos à recepção avistamos Seth.

Ele veio correndo em nossa direção.

-- Os bebês já nasceram. – Disse sendo abraçado por minha tia e eu. – Foi muito rápido; a Leah nem sofreu muito.

-- Eles já estão no berçário? – Perguntei eufórica. Ele assentiu e nos guiou até lá.

Ele apontou para onde os gêmeos estavam. Vi Sam babando os filhos pelo vidro.

-- Oh, Sam parabéns. – Tia Claire pulou em Sam o abraçando. – Eles são lindos.

E eram mesmo, com a pele castanha avermelhada e cabelos extremamente lisos e pretos.

-- E os nomes?

-- O menino vai se chamar Arthur Samuel, Leah quis homenagear a mim e ao meu pai que também se chama Samuel e ao Arty e a menina se chama Charlotte Isabelle. Espero que não se importe.

Meus olhos se encheram de lagrimas. Ultimamente eu estava chorando por qualquer coisa.

-- Ah Sam. Obrigada. Eu amei. – Ele me abraçou enquanto secava as lagrimas olhando para os bebês.

Fui até uma floricultura que tinha ali perto e comprei um lindo buque de flores e uma cesta de café da manhã para Leah, minha tia comprou balões e alguns doces.

Ficamos um bom tempo conversando com Leah até que deu a hora de amamentar os bebês e demos privacidade à ela e a Sam.

Depois de muita insistência de Sue e uma ameaça que ela fez em segredo a ele, tio Arty voltou a conversar com tia Claire eles foram em direção a lanchonete do hospital. Eu também iria, mas Carlisle pediu para conversar comigo, o que deixou Britanny bufando de raiva.

-- E então Bella, como está? – Perguntou ele assim que chegamos a sua sala.

-- Está tudo bem. Obrigada. E com vocês?

-- Bem. – Ele suspirou. – Como sabe estamos com visitas em casa. Por isso Edward e os outros estão sumidos. E Edward ainda não quer que Aro Volturi tenha contato com você, por enquanto. O que acho uma bobagem eles não se atreveriam a quebrar as leis que eles mesmos criaram.

-- Isso é verdade. Mas por que Edward tem tanto medo do meu encontro com os Volturi?

-- Por que os Volturi adoram colecionar Bella. Eles a achariam muito interessante por causa de seu bloqueio. Mas não se atreveriam a te cobiçar, não quando você pertence a minha família. Meu pai não se atreveria.

-- Seu pai?

-- Sim. Aro Volturi é meu pai. – Ele disse por fim. – Há muitos anos atrás. Há mais de um milênio, se não me engano. Minha mãe Mérope fora prometida para ao filho do rei. Era tradição na época medieval os nobres escolherem uma camponesa para ser sua esposa. Assim eles se achavam justo. Minha mãe foi a escolhida, mas ela já havia se apaixonado por um estrangeiro que visitava o reino.

 “Eles viveram um romance fulminante, porem o rei ficou sabendo e mandou matar o amante dela. O príncipe se casou com a camponesa Mérope, mas a manteve presa em um quarto no alto da torre. Mérope achando que seu amado estava morto, nem mesmo reagiu à decisão do príncipe, ela queria morrer assim como seu amante, mas descobriu que estava grávida, e então encontrou uma razão para viver.”

“Mas é claro que o rei o príncipe ficaram sabendo e assim que eu nasci me mandaram para longe da minha mãe. O plano era acabar com o filho do amante de Mérope, assim como fizeram com o pai, porem uma das criadas ficou com pena e acabou salvando o bebê. Bem eu não sei os detalhes direito porque sempre me esconderam a verdade. Mas um dia um belo homem, de cabelos negros e pele branca me procurou, quando eu estava com meus 21 anos, de algum jeito ele sabia quem eu era e tudo sobre mim. Me contou a história toda, fomos até o palácio para saber de minha mãe, mas infelizmente ela havia se matado no momento em que lhe tiraram o filho. Aro ficou furioso e matou metade da cidade. Fiquei assustado com ele. Então ele me contou o que era e onde viviam, e disse que eu poderia ficar com eles.”

“Durante três anos vivi como humano no meio dos vampiros, mas estava ficando cada vez mais perigoso para mim. Sabe, eles não eram vegetarianos como nós – Ele deu uma risada. – “Então Aro decidiu me transformar. Vivi com eles em meus dois primeiros séculos, porem eu não queria ter que matar pessoas para sobreviver então sai para conhecer o mundo. Apaixonei-me pela medicina e hoje estou aqui.”

Ele tirou o medalhou que mostrou aos nômades há algum tempo e colocou em minha mão.

-- Esse é o símbolo da família real italiana. Não são todos que o tem, mas quem o tem deve ser respeitado, assim como sua família.

-- E por que seu sobrenome é Cullen?

-- Por que era o nome do pai da minha mãe. Resolvi adotá-lo como sobre nome. – Ele arrumou as coisas em sua maleta. – Preciso ir agora, meu pai deve estar ansioso, ele não aprova meu jeito de viver, nem minha profissão. Algum recado para Edward.

-- Diga a ele que estou com saudades. De todos.

-- Claro. Tentarei convencê-lo a te levar para ver os Volturi quanto mais rápido fazer isso melhor.

Saímos de sua sala conversando animadamente. Avistei Britanny vindo em minha direção com a cara emburrada.

-- Vamos Bella a mamãe está te esperando já faz um tempo.

Acenei para Carlisle enquanto ele ia para o carro dele. No caminho de volta para casa minha tia vinha tagarelando animadamente sobre os bebês de Leah e Sam.

Como estava super cansada fui direto para cama – não sei antes trancar a porta do meu quarto. Antes de fechar os olhos recebi uma mensagem de Edward se lamentando por não poder estar comigo e depois apaguei.

O dia seguinte foi o pior, Edward e os irmãos não haviam ido para a escola, por causa da visita dos Volturi, mas Ângela e Ben compensaram a ausência deles. Quando estava saindo da escola tive uma surpresa: Alice e Rose me esperavam do lado de fora da escola. Corri até elas e as abracei.

-- Também estávamos com saudades Bella. – Disse Rose sorrindo. – Agora vamos precisamos te deixar apresentável para conhecer o “vovô” – Ela fez aspas com as mãos quando disse vovô.

-- Sério? – Perguntei incrédula. – E o que Edward pensa disso.

-- Quem liga para Edward, Bella. – Se intrometeu Alice já pegando minha mochila das minhas costas e jogando no banco de trás do jipe de Emmett. – Temos que ser rápidas. E vai ter que se arrumar dentro do carro mesmo.

Elas me conduziram até o enorme jipe, mas eu estaquei. Se eu fosse com elas o que eu faria com meu carro?

Já prevendo minha pergunta Alice revirou os olhos.

-- Vamos ter que mandá-lo pela sua prima. – Fiz careta. Não queria aquela sádica dirigindo meu bebê. – Não se preocupe Bella, ela não fará nada. – Ela se virou e gritou minha prima que conversava com Katie, mas logo deixou a amiga de lado para vir correndo toda feliz ver o que Alice queria.

-- Pode levar o carro da Bella para casa? – Perguntou Alice revirando os olhos para o sorriso exagerado de minha prima.

-- Claro. – Ela pegou as chaves da minha mão, que entreguei com certa relutância.

Ela já estava saindo quando Rose a chamou de volta.

-- Ah, se acontecer alguma coisa com o carro, seja acidental ou proposital eu arranco esse seu cabelo verde. Ai vai ficar uma cenoura careca.

Britanny arregalou os olhos para a ameaça de Rosalie e assentiu depois saiu quase que correndo.

Alice me enfiou no banco traseiro do Jipe enquanto Rose dirigia feito uma louca. Notei algumas sacolas no banco do carro e antes que eu pudesse questionar a vampira anã já estava arrancando minha roupa e colocando outra. Quando chegamos a frente à mansão Cullen eu já estava praticamente pronta, e Alice só retocava minha maquiagem e arrumava meu cabelo.

Antes que eu pudesse me mexer Edward já abria a porta para mim e oferecia sua mão para me ajudar a sair. Ele não estava com uma cara muito boa.

-- Não fique preocupado Edward. Eu confio em Carlisle e se ele disse que os Volturi não vão fazer nada, então é porque não vão mesmo.

Ele não disse nada apenas bufou e apertou minha mão.

Seguimos em silencio até a porta da frente e antes de entrar Edward parou e me virou para ele.

-- Não está nervosa?

-- Um pouco.

Ele massageou minhas mãos que deveriam estar mais geladas do que as dele.

-- Pronta? – Assenti e ele respirou fundo e falou: - Pode abrir a porta Alice.

Não sei por que ele pediu para Alice abrir, ele poderia ter aberto ou eu mesma. Alice e Rose passaram a nossa frente e uma das duas abriu a porta. Do outro lado encontramos com Emmett e Jasper que se postaram ao lado de suas amadas. Pude ver Carlisle e Esme mais a frente conversando com alguém que estava sentado, mas não pude ver porque havia pessoas na minha frente.

Carlisle olhou para os filhos e sorriu assentindo. Edward apertou mais seus braços ao meu redor e os irmãos dele saíram de nossa frente.


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