Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 45
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

Oiii pessoas amadas.
Gentee peço desculpa, por não ter postado no fim de semana, mas é que eu to dodoi e passei o FDS todo com febre alta então vocês já sabem né.
E também peço desculpas se o capitulo não estiver lá essas coisas, mas é que ainda to com febre e meu cerebro não está trabalhando direito por causa da dor, e eu não queria deixar vcs sem nada uma vez que fiquei semanas sem postar. Mas prometo que o proximo será melhor.
Bom é isso espero que gostem
amos vcs

Robeijos



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Narração 3ª pessoa.

Sandra Hastings andava e um lado para o outro em sua casa com o envelope na mão. Já fazia uma semana que estava com ele, porem ela não queria entregar nada aquela mulher que um dia chamou de amiga. Só que ela não podia decepcionar sua menina, e toda vez que se lembrava de seus olhos marejados implorando ficava desarmada.

Então ela entregaria, mas só o faria por causa de Bella que devia sentir muita falta da mãe. Uma mãe que não merecia nem metade do amor que a filha tinha por ela – mesmo depois de tudo.

Sandra foi até seu quarto para pegar um casaco. E antes de sair ficou admirando o marido, a filha e o neto que dormiam tranqüilos na cama do casal. Os três eram tudo para ela, não podia imaginar sua vida sem eles. Por isso não conseguia entender como Renée preferiu jogar tudo para o alto; um marido bom e honesto que daria a vida por ela; uma filha linda, amável e dedicada por um cara violento, desonesto e que ainda por cima tentara abusar da própria filha.

Houve um tempo que a Sra. Hastings achou que Renée havia mudado. A mulher a havia procurado querendo desesperadamente noticias da filha, já que sua ex- cunhada e tutora da garota, Claire, se recusava a dar noticias nem falar com a filha. Sandra até a ajudar a conseguir um documento com o juiz para poder visitar a menina. Porem alguns dias após voltarem de Forks, Renée começara a agir de forma estranha. Parara de perguntar sobre a filha e quando Sandra a procurava para contar alguma novidade sobre Isabella, Renée a tratava friamente e dizia que não queria saber.

Sandra parou de procurá-la, e constatou o que já sabia há muito tempo: Renée nunca ligou para a filha, só estava interessada no dinheiro que o falecido ex-marido havia deixado para garota.

Aproveitando que o marido ainda estava dormindo – ele nunca aprovaria aquela atitude, mesmo que fosse para satisfazer a vontade da afilhada – foi até a casa que era no final da rua. Ficou parada um bom tempo em frente ao imóvel. Não parecia mais o mesmo, o lugar estava morto. Sem nenhuma planta ou grama. Nem mesmo a grande árvore onde as meninas costumavam brincar, não estava mais ali.

Aquela casa escura e sem vida, mas que um dia já fora alegre e cheia de vida, nunca mais poderia ser chamada de lar. Parecia que ali agora habitava a maldade e a violência. Sandra sentiu um calafrio ao constatar que Phil era a maldade em pessoa.

Respirando fundo muitas vezes a Sra. Hastings se dirigiu até a porta e tocou a campainha.

Renée estava sentada encolhida na poltrona da sala escura vendo as ultimas chamas da lareira se apagar de vez. Olhou o relógio e suspirou. O marido havia saído na noite anterior depois de uma briga e até agora não voltara.

A mulher se levantou da poltrona e deu de cara com sua imagem no espelho da sala. Tomou um susto ao encarar o rosto no espelho. Aquele rosto era desconhecido para ela.

Recusava-se a acreditar que aquele rosto, que um dia fora tão belo hoje era o seu próprio.

“O que aconteceu com você?” – Murmurou para si mesma.

Estava indo para o andar de cima quando a campainha soou alta a assustando.

“Será que já eram os cobradores exigindo pagamento?”.

Renée decidiu abrir a porta – após muita batalha interna – para ver quem era que a importunava tão cedo.

Assim que abriu a porta arregalou os olhos de surpresa. Na verdade ambas ficaram surpresas com o que viram: uma porque não esperava a visita, e a outra porque mal pôde reconhecer o rosto da ex- amiga.

-- Renée o que houve com você? – Perguntou Sandra sem se conter.

Renée se empertigou em toda a sua arrogância e respondeu com rispidez:

-- Não é da sua conta. E o que está fazendo aqui?

-- Nada. Só vim para lhe entregar isso. – Sandra disse friamente estendendo o envelope estufado. – Eu nem me daria ao trabalho se não fosse por Bella.

“Bella”

O nome de sua filha ecoou em sua mente. “Bella meu bebê”. Pode sentir seus olhos ardendo, mas engoliu as lagrimas antes que caíssem e voltou a colocar a máscara da arrogância novamente.

-- Ela está bem? – Teve que perguntar, precisava saber como estava sua filhinha.

-- Sim muito bem, mas não graças a você. – Sandra viu Renée se encolher em pouco com suas palavras, mas fingiu que não viu. – Você pode não se importar, mas Bella infelizmente sente sua falta e sofre por isso. Foi só por isso que vim te trazer essa carta. Se quiser mandar a resposta é só me procurar, mas pense bem no que irá responder. Porque se magoá-la de novo, vai ter que se entender comigo. – Dizendo isso Sandra virou as costas e seguiu para casa.

Enquanto andava em direção a sua casa Sandra sentiu um aperto no peito e culpada pelas palavras que disse. Era visível que Renée estava sofrendo, só que era muito orgulhosa para admitir.

Renée fechou a porta com força e correu para o seu quarto trancando a porta. Sentou-se na cama e abriu o envelope com tanto desespero que ele quase rasgou. Quando abriu dezenas de fotos caíram sobre a cama. Ela as pegou e analisou uma por uma; eram todas de Bella: no balé, na escola, tocando violão, vestida de animadora de torcida ao lado das amigas, tinha alguma com os primos (Leah, Seth e Britanny), com os amigos e com o namorado. Havia algumas de quando ela ainda morava na Califórnia, mas a maioria foi tirada em Forks. Uma das ultimas fotos ela estava em La Push com um lindo vestido na cor lavanda, na legenda indicava que era o casamento de Leah. Renée pegou todas as fotos novamente e foi olhando de novo lendo as legendas com as datas. Uma lagrima desceu por sua face.

Renée ficou analisando as ultimas fotos da filha dançando com o namorado, dançando sob um globo espelhado. Olhou a legenda onde estava escrito “Baile de Formatura F.H.S.” e a data.

Ela analisava atentamente os contornos do corpo e do rosto da filha.

“Ela se tornou uma mulher linda. E está tão feliz. Esse rapaz faz muito bem a ela.” – Pensou Renée.

Assim como toda mãe ela ficou orgulhosa pela filha que tinha – mas que não soube dar valor. Ah como se arrependia.

Depois de olhar todas as fotos e guardá-las em uma caixa de madeira com as outras que ela escondia de Phil, Renée pegou a carta que continha umas 10 paginas escrita a próprio punho e começou a ler. Conforme lia as lagrima descia como cascatas. Renée abraçou a carta como se fosse a própria filha ali.

 Terminou de ler a carta toda soluçando, desamassou e guardou junto com as fotos.

Deitou na cama abraçada à caixa que continha lembranças de seu ex-marido e de sua garotinha e chorou. Chorou até seus olhos pesarem.

“Oh Charlie, como pude ser tão burra? Como pude jogar tudo no lixo? Por que fiz isso? Fui tão tola que não me importei com as conseqüências, que me fizeram falhar. Falhei com você, comigo e com nossa garotinha.”

E com esse ultimo pensamento Renée caiu na inconsciência.

Edward

Era a terceira vez que olhava para o relógio impaciente. Parecia que os ponteiros estavam brincando comigo e se arrastavam só para me irritar. Minha vontade era poder acelerar todos os relógios do mundo.

Por que Bella tinha que dormir? Seria melhor se ela ficasse acordada junto comigo.

Tudo bem, agora eu falei parecendo a Alice, que se frustrava toda vez que queria fazer alguma coisa com Bella e as limitações humanas da minha namorada a impedia.

Sorri ao lembrar que isso logo acabaria; só mais um ano e meio para tê-la para sempre. Pensando assim 18 meses nem era muito tempo.

Olhei novamente para o relógio 23h59minh.

Maravilha.

Coloquei o livro que estava lendo de lado e me aproximei do corpo adormecido de minha namorada, afastei a manta que a cobria e beijei-lhe o rosto desde a têmpora até o maxilar. Ela se remexeu resmungando, mas não acordou. Beijei seus lábios delicadamente, mas nem assim.

É eu teria que apelar.

Comecei a beijar seu pescoço, colo, enquanto minhas mãos passeavam por suas pernas levantando a camisola que ela usava. Alisei suas coxas, quadril, bumbum onde dei uma leve apertada.

Ela suspirou. Ela já havia acordado apesar de manter os olhos fechados.

-- Ah Edward isso não é justo. Já conversamos sobre isso. – Resmungou virando de costas e escondendo o rosto no travesseiro.

Eu ri e passei a beijar seus ombros, costas e nuca.

-- De que outra maneira eu iria conseguir te acordar? – Perguntei divertido. – Você dorme como uma pedra Bella.

Ela bufou baixinha, mas deixou essa passar. Bella esticou o braço e pegou o celular provavelmente achando que já estava na hora de ir para a escola.

Ela olhou o celular e deu um pulo sentando-se de frente para mim, olhando-me com raiva.

-- Edward Anthony Masen Cullen. – Ops ela disse o nome todo. Estou encrencado. – Para que você me acordou a meia-noite?

Deitei seu corpo na cama e o cobri com o meu. Beijei todo o seu rosto até chegar aos lábios, e só me afastei quando ela precisou de ar, mas mesmo assim não deixei sua pele, distribui beijos por todo o seu pescoço.

-- Eu queria ser o primeiro a te desejar feliz aniversário, meu amor.

-- E não podia esperar até eu acordar não? – Disse mais calma. – De todo o jeito você seria primeiro, você é a primeira pessoa que eu vejo todos os dias...

Ela não terminou de falar, seu IPhone começou a tocar, como já estava com ele na mão Bella o atendeu antes que eu pudesse dizer para não fazer. Levantei-me para dar-lhe espaço.

--“Feliz aniversário Bellita” – Ouvi uma Anna extremamente animada gritar do outro lado.

E lá se vai meu plano de ser o primeiro a desejar feliz aniversário para Bella. Aposto que Alice havia a avisado sobre meus planos.

-- Anna você não poderia ter esperado mais um pouco para me parabenizar, não?

--“De jeito nenhum. Eu queria ser a primeira, e não iria correr nenhum risco.”

Eu tive que rir com essa. Anna às vezes – só ás vezes – era igual à Alice.

-- Tudo bem. – Bella suspirou derrotada. – Obrigada por lembrar-se de mim.

Anna bufou.

--“Eu sempre lembro Bells. Agora vou indo porque meu filhote está com fome. Beijos no vemos no fim de semana.”

Anna e a família viriam para comemorar o aniversário de Bella e Anna, que sempre faziam festas juntas, e por causa do batizado de Charlie que seria em Forks mesmo.

--Eu sei. Tudo bem então espero vocês. Dá um beijo em todos por ai. Tchau.

Elas desligaram. E Bella desligou o celular para o caso de mais alguém querer ser o primeiro a desejar feliz aniversário. Depois puxou a manta cobrindo até a cabeça.

Arranquei novamente a coberta, e claro, ela me fuzilou com os olhos. Ignorei isso – ela não poderia me bater mesmo e voltei a me deitar sobre o corpo dela selando nossos lábios.

--Isso não foi justo. Eu tive todo o trabalho para te acordar e nem fui o primeiro a te parabenizar. – Reclamei ainda com nossos lábios colados. Ela riu.

-- Achei que já tivesse me dado os parabéns. – agora foi eu quem olhei feio para ela que apenas revirou os olhos. – Tudo bem. Pode não ter sido o primeiro, mas com certeza vai ser o mais especial.

Abri um sorriso e o coração dela acelerou. Adoro isso.

-- Então pode ter certeza que será o mais especial de todos. – Dei-lhe um selinho demorado. E me ajeitei para começar a falar. – Feliz aniversário, amor. Que esse seja o primeiro de muitos aniversários juntos. Eu te amo muito. Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Apesar de hoje ser seu aniversario quem foi presenteado com o melhor de todos os presentes fui eu...

Não terminei de falar, porque Bella se agarrou em meu pescoço e se içou para colar nossos lábios. O beijo foi se tornando mais urgente e exigente. E como sempre quando estou com Bella perco a noção das coisas, quando dei por mim eu estava sem camisa e já havia me livrado da camisola dela.

Nossos lábios não desgrudaram em nenhum momento enquanto fazíamos amor, - só um pouquinho porque ela precisava respirar – porque primeiro eu adorava beijar aqueles lábios, era maravilhoso, segundo porque Bella não conseguia segurar seus gemidos e acabava sendo um pouquinho escandalosa. E não seria muito legal ter sua tia e o marido tarado por minha namorada, batendo na porta para saber que barulheira era aquela. Então era melhor manter a boca dela ocupada.

Mesmo depois de termos chegado ao clímax, não sai de dentro dela. Beijávamos-nos despreocupadamente, só apreciando um ao outro; isso até eu sentir os movimentos dela ficarem mais lentos. Ela estava com muito sono.

Delicadamente sai de dentro dela e a enrolei na manta puxando-a para o meu peito. Não demorou muito para ela adormecer.

**

-- Durma bem meu amor. – Disse levantando-me antes que Alice invadisse o quarto de Bella e me arrastasse de lá.

Havia milhares de mensagens ameaçadoras por parte de Alice em meu celular, e eu não duvidava nada de que ela realmente fosse capaz de executar todas elas – em mais algumas.

Corri o mais rápido possível para casa – não sem antes verificar se a porta do quarto de Bella estava bem trancada. Quando cheguei em casa estavam todos na sala: Esme e Carlisle vendo a planta do quarto de Bella. Minha mãe insistiu muito para Bella deixá-la reformar o quarto como presente de aniversário, e prometeu não tirar a essência do pai dela que continha naquele quarto, só ia deixá-lo mais a cara dela; Emm e Jazz estavam com um... Cronômetro?

“Nossa. Está ficando cada dia mais rápido Eddie.” – Pensou Emmett comparando minha velocidade atual com as anteriores. Revirei os olhos.

O que eles queriam?

Inscrever-me em alguma maratona?

Rose segurava uma maleta de maquiagem cor-de-rosa e Alice, varias sacolas com roupas e sapatos. Pobre da minha namorada.

-- Está tudo em ordem. – Disse Alice vindo em minha direção e me entregando uma chave. – Daqui a duas horas e meia você já pode ir buscá-la, mas não se esquece que terá de esperar meu sinal primeiro. Aiii, ela vai amar o presente.

As duas saíram animadas, enquanto eu fiquei pensando se ligava – correndo o risco de ser xingado – ou não para Bella, a fim de prepará-la para a tortura que ia ao seu encontro.

-- Vamos Edward. – Jasper me chamou dando um soco em meu ombro. – O máximo que as duas podem fazer é obrigar Bella a usar salto.  – Ele suspirou. – E não se esqueça o mais importante: ela vai estar segura do pedófilo nojento. – Jazz trincou os dentes assim como meus pais e Emmett.

Assim como eu e meus irmãos, Esme e Carlisle também ficaram revoltados quando contamos sobre a obsessão de Steve por Bella. E Esme que sempre apoiou Carlisle contra a violência me surpreendeu querendo dar uma boa surra no crápula, na sebosa e em Claire, para ver se ela abria os olhos e colocava o marido para fora antes que acontecesse uma tragédia. Carlisle também me surpreendeu. Embora viesse dizendo que violência não levava a nada, seus pensamentos às vezes o traia: sempre o pegava pensando nele encurralando Steve e dando uma boa surra nele.

Mas como a prioridade era proteger Bella, - apesar de todos concordarem, mesmo que intimamente que seria mais fácil se Steve sofresse um acidente grave e morresse – tanto Alice quanto Rose e até Algumas vezes Esme arrumavam desculpas para ir até a casa de ela lhe fazer companhia, principalmente quando Claire chegava mais tarde, ou quando Alice via Steve arrumar alguma desculpa para chegar mais cedo em casa e ficar sozinho com Bella, quando ela chegava do balé.

Como algumas vezes acontecia de todos nós termos que sair para caçar, deixamos Sue de sobre aviso, assim como Jacob, Leah, Seth e Sam – menos o Sr. Swan porque se não ele matava o crápula – então nesses dias Bella ficava com eles na casa de Sue até Claire chegar. Embora eu achasse bem mais fácil se ela mudasse de uma vez para lá.

Bella

Acordei com o barulho irritante do meu despertador, e minha única vontade agora era tacar aquele aparelho inconveniente na parede e voltar a dormir, mas infelizmente hoje teríamos um trabalho de biologia.

Isso era uma maravilha. Não fazia nem duas semanas que as aulas haviam começado e nosso querido professor Sr. Johnson, - que substituiu nosso maravilhoso professor do ano passado - inventa de fazer uma atividade em sala de aula abrangendo tudo o que aprendemos no ano passado e ainda por cima valendo metade da nota do trimestre.

Esse sem duvida seria o melhor aniversario de todos. A sorte era que a prova seria duplas.

E por falar em aniversario; eu ainda estava com muita vontade de matar duas pessoinhas: Anna e Edward – esse eu não me atrevia nem a bater, já que quem sairia machucada seria eu. É por causa deles que estou tão cansada, com muito sono e super mal-humorada.

De onde eles tiraram a idéia de me acordar em plena meia-noite?

Estava pensando em voltar a dormir e Edward que se virasse depois, para eu poder tirar uma nota boa nesse trabalho idiota, mas antes que eu pudesse fechar meus olhos novamente, ouço vozes animadas pelo corredor e depois batidas melodiosas na porta do meu quarto. Já sabia até quem era.

Fiquei tentada em deixar as duas esperando do lado de fora, – aproveitando que a porta estava trancada – porem como conhecia muito bem aquelas duas decidi abrir antes que elas derrubassem a porta.

Só quando afastei minhas cobertas me dei conta de que estava nua. E então a noite anterior veio à minha mente, eu achava que tinha sido um sonho. Estava explicado por que estava tão cansada. Só não entendia o mal humor.

Vesti meu roupão que graças a Deus não esqueci no banheiro e abri a porta dando de cara com uma Alice e uma Rose sorridentes. Elas me analisaram dos pés a cabeça e então olharam meu roupão fixamente.

Alice fez uma cara de: “A noite foi boa hein?”. Mas felizmente não disse nada.

-- Feliz aniversário. – Disse Rose animada mostrando uma maleta cor-de-rosa, que eu conhecia bem.

Maravilha, eu seria torturada até a morte.

-- Parabéns Bella. – Alice me deu um abraço com a mão livre, a outra segurava um monte de sacolas. – Vá tomar banho logo. – Mandou entrando me empurrando em direção ao banheiro. – Temos que te arrumar e não temos muito tempo. Seus tios querem te ver, mas os convenci a esperar até que esteja pronta.

-- Mas Alice nós só vamos comemorar no fim de semana. Não podíamos esperar até lá para me produzir? – Tentei argumentar, e tanto Alice me fuzilou com os olhos e Rose fez biquinho como se fosse começar a chorar a qualquer momento.

Quem é que resiste assim?

-- Tudo bem. – Me rendi. Quer dizer, eu não teria alternativa. Elas iriam me produzir por bem ou por mal.

Tomei um banho relaxante que elas com a ajuda de minha tia haviam preparado para mim. Coloquei a lingerie minúsculo – não sabia o que elas pretendiam com isso – cinza prateado que elas me levaram e voltei a me enrolar no meu roupão.

Fiquei surpresa quando cheguei ao meu quarto: elas haviam transformado-o em um mini salão de beleza. Sentei-me na cadeira que estava na frente do espelho e deixei que as duas trabalhassem em mim.

Enquanto Rosalie fazia as unhas das minhas mãos, Alice fazia as dos pés. Torci a cara quando as vi pintando minhas unhas com esmalte vermelho, mas achei melhor ficar quieta. Depois Rose passou para o meu cabelo Alice fazia minha maquiagem. Até que elas eram bem rápidas; só ficamos esperando o esmalte secar.

Olhei-me no espelho me admirando. Não que eu fosse feia (era até que jeitosinha), mas tinha que admitir que uma maquiagem melhorava bastante. Alice não havia passado base, nem pó compacto nem mesmo o blush. Ela apenas realçou meus olhos com lápis e delineador, passou uma sombra escura e esfumaçou e para finalizar: gloss cor-de-rosa com glitter.

Rose havia tirado todas as ondas e cachos do meu cabelo – não que tivesse muito, na verdade era só nas pontas – deixando-o impecavelmente liso.

-- Nossa tem certeza de que ainda sou eu? – Perguntei admirada.

-- Claro bobinha. – Disse Rose com ternura. – Agora. A melhor parte.

Ela se juntou a Alice que olhava as inúmeras sacolas, para decidirem como iriam me vestir. Elas decidiram por uma blusinha 3/4 branca, uma saia cintura alta xadrez preta e cinza, rodada que ia até o joelho, um cinto destacando meu busto preto com detalhes em strass e um cardigan  cinza perolado por cima.

Elas começaram a discutir sobre o que ficaria melhor com a roupa: um scarpin ou uma bota, e se deviam ou não me colocar uma meia-calça.

Então elas decidiram não colocar meia-calça – para destacar minhas pernas – e que a bota ficaria melhor que o scarpin.

E elas nem ao menos pediram minha opinião. Era como se tivessem vestindo um manequim não uma pessoa de verdade.

-- Não seria melhor uma bota sem salto? – Perguntei insegura enquanto Alice me calçava uma bota preta cano alto de veludo, com saltos e bicos finos.

-- Ah, Bella como você tem pouca fé em si mesma. – Disse Alice terminando de fechar o zíper da bota esquerda. Se você soubesse como já anda bem melhor de salto.

-- Na verdade Bella – Rose entrou na conversa para apoiar Alice – você anda bem melhor de qualquer jeito, não fica mais tropeçando. – Ergui uma sobrancelha e Rosalie suspirou. – É verdade Bella. Sua coordenação está perfeita. Agora você anda toda fluida, com postura como se estivesse em uma passarela. E não me olhe assim, sabe que é verdade. É porque você não se vê andando do jeito que os outros vêem se não saberia do que eu estou falando. Acho que é por isso que ficam todos correndo atrás de você. – Ela deu uma risadinha.

Meu queixo caiu. Eu tinha mudado tanto assim? A ponto de toda a ala masculina de Forks me querer? Claro que não.

Sabia que havia melhorado bastante no balé, mas não sabia que isso tinha afetado na minha maneira de andar e agir. Para me convencerem as duas me fizeram andar em frente ao espelho e ainda por cima filmara. Meu queixo caiu quando vi o vídeo e meu reflexo. Eu tinha melhorado bastante e nem havia percebido. Bom para mim isso não fazia nenhuma diferença, para alguma coisa anos de humilhação em um estúdio de balé tinha que servir.

Alice e Rose se arrumaram no meu quarto. Era incrível como elas eram rápidas e faziam tudo perfeitamente – quando eu fosse vampira ficaria assim também?

Elas me passaram uma bolsa prata da Prada grande, porque segundo Alice não seria legal meu look com uma mochila. E depois as duas me levaram para sala onde todos estavam me esperando: Tio Arty, Sue, Seth, Jake, Billy e Leah

-- Minha nossa! – Exclamou minha tia surpresa. – Vocês duas além de rápidas são um gênio. Bells você está maravilhosa. – Ela veio me dar um abraço. – Feliz aniversário princesa.

Ela me levou até um embrulho grande e cor-de-rosa que estava no sofá. Abri rasgando todo o papel de presente e dei de cara com uma TV de LCD. Era sério isso?

-- Nossa! – Foi minha vez de exclamar surpresa. – Adorei obrigada.

-- Queria te dar um computador, mas já te dei um então achei melhor trocar a TV do seu quarto.

-- Não precisava me dar nada, você já me da tudo. – Droga não podia chorar ia borrar minha maquiagem e eu queria que Edward me visse assim. Dei outro abraço em minha tia.

Tio Arty se aproximou de mãos dadas com Sue e me entregou um embrulho pequeno prata. Abri com a mesma ansiedade do primeiro e dei de cara com uma câmera digital de alta tecnologia. Com certeza eles querem me mandar alguma mensagem subliminar ou é só impressão minha.

-- Obrigada tio e Sue. – Abracei os dois.

Leah e Sam também me abraçaram eles me deram nada mais nada menos do que a coleção inteira de Shakespeare. Também ganhei presente de Billy e Jake que para combinar com minha tia que me deu uma TV, me presentearam com um DVD. Tudo bem, tudo bem. Não vou dar chilique.

Para minha surpresa Britanny – cujo o cabelo ainda estava com um verde desbotado e a pele laranja mais claro – também me abraçou e me deu até um presentinho: um cd de uma das minhas bandas favoritas. E puxa vida era a coletania. Havia um cartãozinho dentro onde estava escrito: “Aproveite bastante querida priminha porque muito em breve Edward irá abrir os olhos e correr para quem ele realmente ama.” Lindo não é? Fiquei absolutamente emocinada. Como nao expressei nenhuma reação só agradeci com um abraço ela ficou me fizilando o tempo todo.

Até parece que aquela ameaçazinha iria me perturbar. O que me pertubou mesmo foi quando Steve se aproximou de mim para me abraçar, fiquei completamente rigida, mas como nao poderia dar bandeira aceitei o abraço – claro que antes olhei para Alice que balançou a cabeça conssentindo.

-- Você está linda Bells. E tão cheirosa... – Ele fungou em meu pescoço. – Queria muito ver o que tem por de baixo dessa roupa. – Senti o sangue do meu rosto esvair e meus olhos arderem.

Ele me apertou mais e eu pude sentir sua ereção de encontro ao meu ventre sob a roupa dele.

-- Está sentindo Bella? – Ele me apertou mais. – Sente o que faz comigo? Não vejo a hora de estar com você.

A unica coisa que eu sentia era vontade de vomitar e de espancá-lo até a morte. Eu queria gritar, cupir na cara dele e dizer o quanto ele era cretino, nojento e como eu o odiava. Fechei minhas mãos em punho em seu peito afim de empurrá-lo, mas não tive muito sucesso ele era mais forte do que eu.

Infelizmente para os que via parecia apenas um tio carinhoso abraçando sua sonbrinha favorita.

-- Ah, Bella você não sabe como eu te desejo.

Eu já começar a gritar e dizer para todos como aquele cara era cretino, quando Alice me puxou dele alegando que Edward já estava chegando.

Ótimo. Esperava que Edward tivesse ouvido tudo e arrancasse a cabeça desse pedófilo idiota.

Eu sabia que ele era doente e louco, mas não a esse ponto.

Foi um choque perceber que o que para mim pareceu uma eternidade para quem via de fora, havia sido super rápido.

Enquanto Alice me rebocava para fora vi Rose passar por Steve e sussurrar algo no ouvido dele. Foi com muita satisfação que eu vi o pânico em seu olhar. Seja lá o que Rose tenha dito a ele, ele levara muito a sério.

Felizmente quando sai da casa Edward já estava lá fora com uma cara de pouquíssimos amigos. Corri para ele o abracei. Jasper e Emmett também estavam lá, acho que para evitar que Edward fizesse alguma burrada, mas eu pouco me importava se ele fizesse ou não.

-- Desculpe Bella, eu não vi. Ele tomou a decisão de ultima hora. Ele cansou de esperar pelos planos de Britanny. – Disse Alice perto de nós. – E Bella seus tios estão vindo é melhor secar essas lagrimas, ou podemos dizer que é de emoção.

Com muito custo engoli meu choro, e coloquei uma marcara de serenidade.

-- Nossa. Esse é o Audi a8? – Perguntou Jake impressionado.

Só então me dei conta que o carro onde Edward estava escorado não era o seu volvo e sim um carro vermelho.

-- Sim presente para Bella. – Edward deu de ombros como se não fosse nada. Ele era louco só podia.

-- Ah, Edward você é tão sem graça! – Exclamou minha tia brincalhona. – Você me tirou toda a graça de dar o primeiro carro para ela. – Ela fez bico.

-- Desculpe Claire, mas não resisti. É a cara dela, não é?

-- Sim.

Britanny olhou incrédula para o carro e depois para Edward e claro me fuzilou com os olhos

-- Edward não precisava ter feito isso. Eu tenho minha herança... – Tentei argumentar, mas ele pôs a mão em minha boca.

-- Não fale nada, foi um presente de todos nós. É lindo combina com você então sem discussão. – E dizendo isso selou nossos lábios. Ouvi alguns assovios e até resmungos.

. – Bem, crianças que tal aproveitar o carro da Bella e irem logo para a escola, vocês vão se atrasar. – Disse tio Arty.

 Britanny já vinha toda alegrinha para o meu lado, achando que seria uma das primeiras a andar no carro, mas Alice cortou suas asas a convidando para pegar carona no porshe, alegando que a primeira volta tinha que ser feita somente por mim e Edward. Claro que minha linda não ficou satisfeita – ela nunca ficava. Mas ela estava indo para a escola de carona com uma Cullen e isso já era mais do que ela podia esperar.

Eu estava extremamente nervosa e insegura. Duvidava que eu fosse lembrar tudo o que Edward havia me ensinado, mas eu até que fui bem.

-- Waw. – Exclamou Emmett quando chegamos à escola, atraindo olhares de todos. – Nunca imaginei que você fosse tão rápida. Está de parabéns. – Elogiou Emmett erguendo a mão para eu bater. O que eu não deveria ter feito, pois a mão dele era dura.

Alice saiu do carro acompanhado por uma Britanny tremula. Ela havia passado do limite de velocidade de propósito para assustar minha prima, porque normalmente quando estava comigo Alice dirigia com um cuidado maior que o habitual.

As aulas foram como o habitual para minha sorte Edward fazia as mesmas matérias que eu. Então sempre tínhamos a presença um do outro nas aulas mais chatas. Em algumas tínhamos com Alice e Ângela.

Então chegou a tão temida aula de biologia - que para minha infelicidade eu fazia com minha prima e Lauren. O professor Johnson,  nos separou de nossa dupla habitual – porque ele queria saber se aprendemos mesmo ou só copiávamos do colega – e eu infelizmente fiz dupla com Eric Yorkie, porem Edward ficou pior ele teve que fazer dupla com minha prima. Os olhos dela brilharam de êxtase, mas foi por pouco tempo quando o professor disse que aquele esquema era só naquele dia.

Eu fui a segunda a terminar o trabalho – sim eu porque minha dupla era um idiota que não estudava e me deixou fazer tudo sozinha. O primeiro é claro foi Edward. Britanny ficou inflada de felicidade porque havia sido pela primeira vez na vida a primeira a terminar o trabalho em sala, e porque Edward tinha que falar com ela. Na verdade ela falava mais enquanto ele respondia com “sim”, “não” ou às vezes a chamava para prestar atenção no trabalho enquanto ela tagarelava.

Assim que sai da sala Edward veio ao meu encontro deixando minha prima falando sozinha, ele estava com uma cara de quem mataria.

-- Juro que nunca, nunca, nunca mais mesmo quero fazer trabalho com a sua prima. Nem que eu tenha que subornar o professor, quando ele inventar essas palhaçadas de novo. – Ele disse alto suficiente para minha prima ouvir.

-- Nem me fale minha dupla só disse: “faz ai depois quando for para assinar o nome você me avisa” e dormiu. Acredita nisso.

-- Não adianta Bella não tem ninguém pior do que sua prima. – Ele pareceu pensar. – Talvez Lauren. Ela não parava de pensar que isso já era um começo para eu e sua prima ficarmos juntos.

Eu ri e quando estávamos perto do refeitório pedi para ele ir indo na frente porque eu precisava ir ao banheiro. Ele negou claro – ultimamente era difícil ele me deixar sozinha – e disse que ficaria esperando por mim do lado de fora do banheiro feminino.

Quando eu estava saindo do Box, ouvi a voz anasalada de Lauren e a voz enjoativa de minha prima. Era o meu carma sempre me encontrar nessas ocasiões com minha prima.

-- E ai? Me diz como foi fazer trabalho com o Edward Cullen? – Perguntou  uma Lauren interessada.

-- Nem me fale ele só falava no trabalho e quando eu tentava falar de outra coisa ele chamava minha atenção. – Ela suspirou.

-- Mas isso já é um bom começo. Quem sabe não vão ter outros trabalhos...

-- Lauren você é idiota? – Perguntou minha prima brava. – Eu só tenho biologia com ele, as outras aulas ele tem com a coisinha da minha prima. – Ela soltou um grunhido – Eu nem acredito que ele deu um carro daquele para ela.

-- É eu vi. Ele deve gostar mesmo dela. – Britanny bufou.

-- Besteira. Eu tenho certeza que ele me ama, ela é quem não deixa ele livre. Me diz Lauren as jóias, os presentes tudo o que os Cullen dão para ela ficariam bem melhor em mim não é?

-- Claro. – Respondeu Lauren em um tom de voz com quem diz: “Ela está louca não podemos contrariar.”

-- Mas os dias dela estarão contados. – Ela deu uma risadinha. – E se você quiser saber do que eu estou falando e me ajudar é só ir ao aniversario dela no fim de semana.

-- Você sabe que ela não vai com minha cara, e nem eu com a dela.

-- E daí? Ela é educada o suficiente para não expulsar uma amiga minha da festinha decadente dela e da outra sonsa. Vamos Lauren estou inspirada já bolei até algumas coreografias novas paras a lideres.

Ouvi as duas saírem. E sai do Box. Era uma maravilha saber que sua prima louca está armando para você, mesmo sabendo que Edward e os irmãos sempre me ajudariam, eu fiquei triste. Eu queria muito que Britanny superasse essa rixa que tem comigo e agíssemos como primas, assim como eu sou com Leah.

Eu ainda olhava no espelho quando Alice e Rosalie entraram no banheiro. Provavelmente Edward viu Lauren e Britanny entrando e mandou as irmãs darem uma olhada.

-- Ah Bella não fica assim vai. – Pediu Alice enxugando uma lagrima que caia de meu olho. – Você sabe que o plano dela não dará certo. Ela nem tem mais o vídeo.

Passei o braço em volta da cintura dela e de Rose, enquanto as duas me conduziam para o refeitório.

**

Nem acreditava que já era sábado. Seria o batizado de Charlie e depois nós comemoraríamos meu aniversário e de Anna. Apesar de Anna ter nascido alguns dias antes de mim sempre comemorávamos juntas, e como desde o dia que fugi de Phoenix não fazíamos mais festas juntas decidimos retomar esse costume.

Desci para a sala e Sandra e Tom já estavam lá assim como Anna e o pequeno Charlie que estava enorme e rechonchudo. Ele parecia uma bolinha e não deixava os brincos da mãe em paz.

Depois de abraçar meus padrinhos fui falar com minha melhor amiga e meu afilhado.

-- Oi bolinha. – Disse estendendo o braço para ele. Charlie praticamente se jogou no meu colo. Além de ser uma criança super tranqüila podia passar o tempo que fosse longe ele não se esquecia da gente e nem estranhava ninguém. Isso ao mesmo tempo em que era bom era ruim – no caso de seqüestradores para eles seria ótimo.

Depois de beijos e abraços Sandra e Tom entregaram meu presente um GPS para o meu carro – sério acho que toda a minha família deu para me mandar mensagens subliminares sobre eletrônicos de ultima geração. Já Anna me presenteou com um imenso álbum de fotos lilás cheio de flores na capa. Ao abrir me deparei com fotos que representavam todas as fases de nossas vidas, tanto juntas quanto separadas. Eu não me contive e claro me derramei em lagrimas assim como Anna, Sandra e tia Claire.

Alice apareceu meia hora depois para nos arrumar para o batizado que seria feito na capela de Forks, já que meus padrinhos não queriam arriscar me levarem para Phoenix e encontrar Phil.

A cerimônia foi muito simples, mas bonita e emocionou a todos. Quando terminou e Edward aconchegava um Charlie adormecido em seus braços e todos estavam distraídos vendo as fotos que haviam sido tiradas, puxei Sandra pelo braço.

Ela suspirou contrariada percebendo o que eu queria.

-- E ai, entregou? – Perguntei ansiosa.

-- Claro Bells e tem alguma coisa que você me peça e eu não faça? – Ela suspirou e respondeu o que eu queria saber. – Ela ainda não respondeu. – Ela mordeu o lábio inferior. – Eu não quero que você se iluda Bella, Renée talvez não tenha mudado.

Ela passou a mão em meu rosto e enxugou uma lagrima que teimava em cair.

-- Ou pode ser porque ela ainda não saiba o que escrever. – Acrescentou depressa vendo que aquilo me magoava.

Depois de chegarmos da igreja fui ficar com Leah, que já fazia um tempo que eu não via. E nossa ela estava enorme. Carlisle estava de sobre aviso porque a qualquer momento os bebês podiam nascer. Anna e Edward ficaram lá comigo, enquanto tia Claire, Sandra, Alice, Rosalie e Esme arrumavam as coisas para o meu aniversário.

Tia Claire havia saído com Alice e Rose para comprar meu vestido, ela alegou que já que não pôde me dar meu primeiro carro ela tinha o direito de pelo menos, ajudar a escolher o vestido que eu usaria na minha festa de debutante. Não que fosse uma tradicional, tanto eu quanto Anna queríamos algo simples e intimo.

Com ajuda das meninas nos arrumamos super rápido. Meu vestido era azul escuro com brilho apertado no busto e ia se soltando, e é claro um scarpin preto. Alice fez novamente a maquiagem que destacava meus olhos e pronto. Anna vestia um vestido quase igual ao meu só que o dela ao invés de alças finas era tomara-caia verde musgo, que caiu maravilhosamente no corpo dela.

Já estávamos todos prontos para ir para o salão que minha tia fez questão de alugar. Era o mesmo que fora celebrado o aniversario de Britanny, e por causa disso ela me olhava com superioridade. Grandes coisas que a festa dela foi celebrada ali primeiro. Aquele era o único salão para festas que existia em Forks.

Eu cheguei junto com Edward que era o meu par, assim como Anna entrou com Jake. Anna e Jake haviam convencido meus padrinhos de que eram maduros o suficiente para levar adiante um relacionamento sério. E isso me deixou super feliz.

Pude ver vários rostos de pessoas de La Push, assim como da Forks High School, eu nem sabia que aquele povo todo me conhecia. Entre eles vi Jessica e Mike, Lauren, Samantha e Katie – quem foi que as convidou?

Dancei um bom tempo com Edward e depois começou a tocar uma musica da Christina Aguilera que eu adorava claro que Anna me puxou para dançar e Alice, Rose e Ângela se juntaram a nós. Percebi olhares de Steve em cima de mim, mas como Edward estava sempre por perto ele não ousou a chegar perto para me tirar para dançar, e provavelmente ele iria usar isso para me falar mais coisas nojentas.

Na metade da festa Alice me empurrou para o palco e me entregou... Eu mal podia acreditar que era ele mesmo. Igualzinho ao que era antes. Meu xodó. Se ela fosse humana eu teria a sufocado com o abraço apertado que dei nela.

A musica parou e todos fizeram silencio para me ouvir tocar, eu comecei como sempre com Emotions, depois cantei More Than Words e ainda fiz um dueto com meu tio cantando Endless Love. E claro não podia faltar Anna e eu cantando Spice Girls e a ultima musica que cantei antes de descansar um pouco foi Way Back into Love:

Way Back into Love - By Hugh Grant and Haley Bennett

I've been living with a shadow overhead
I've been sleeping with a cloud above my bed
I've been lonely for so long
Trapped in the past, I just can't seem to move on

I've been hiding all my hopes and dreams away
Just in case I ever need 'em again someday
I've been setting aside time
To clear a little space in the corners of my mind

All I wanna do is find a way back into love
I can't make it through without a way back into love

I've been watching but the stars refuse to shine
I've been searching but I just don't see the signs
I know that it's out there
There's got to be something for my soul somewhere

I've been looking for someone to shed some light
Not somebody just to get me through the night
I could use some direction
And I'm open to your suggestions

All I wanna do is find a way back into love
I can't make it through without a way back into love
And if I open my heart again
I guess I'm hoping you'll be there for me in the end

There are moments when I don't know if it's real
Or if anybody feels the way I feel
I need inspiration
Not just another negotiation

All I wanna do is find a way back into love
I can't make it through without a way back into love
And if I open my heart to you
I'm hoping you'll show me what to do
And if you help me to start again
You know that I'll be there for you in the end

Assim que terminamos de cantar fomos aplaudidos como se fossemos cantores famosos. Descemos do palco improvisado e Edward me levou para beber alguma coisa.

Estava conversando com Leah, Ângela, Anna, Alice e Rose quando de repente minha prima subiu no palco chamando a atenção de todos. Ela apontou o controle remoto para um telão que tinha ali, onde apareceu uma foto minha e escrito: A verdadeira Isabella Swan

Sim ela havia enlouquecido de vez. Olhei para Alice pedindo ajuda e ela apenas me lançou um olhar pedindo calma

-- Boa noite. Eu queria fazer uma pequena homenagem a minha priminha. – Disse ela. A voz dela estava meio pastosa, ela havia bebido, mas ninguém ousou interrompê-la achando que era realmente uma homenagem. As únicas que olharam desconfiadas para ela foi Sandra, Esme e Sue.

“Bem eu poderia encher você com todo aquele: blá, blá. De como ela é especial e inteligente e tudo mais. Mas isso vocês já sabem o que eu vou mostrar agora é a verdadeira face dessa doce menina que vocês acham que é uma santa – então ela começou a gritar. – Quando na verdade ela esconde quem é de verdade.”

Minha tia fez menção de subir de levantar para arrancar a filha de lá, mas Steve a proibiu.

Britanny apertou o controle remoto e começou a passar um vídeo meu dançando balé e depois tocando violão. Ouvi vários suspiros de alivio, mas eu sabia que o pior ainda estava por vir. Alice apertou minha mão e cochichou em meu ouvido.

-- Bella você confia em mim. – Foi só isso o que ela disse.

-- Linda não é? – Disse Britanny dando uma risada histérica. – Tão talentosa essa é a Isabella que vocês acham que conhece. Agora vocês vão conhecer a verdadeira Isabella Marie Swan. Tenho certeza que alguns de vocês vão amar principalmente os homens. – Ela soltou outra gargalhada e apertou de novo o controle remoto para o vídeo voltar a rodar.

O vídeo seguinte deixou a todos pasmos e chocados.

Continua...


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