Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 24
Capítulo 24




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Bella

Anna e eu entramos em casa rindo. Fora uma tarde muito divertida, e a não ser por algumas perolas que Anna soltava e me deixara mais vermelha que tomate maduro de resto foi bem legal. Teve também a parte que ela não entendeu o porquê de eu ter ficado pasma ao ver Edward e Alice comendo lanches do Mc Donalds. Tivemos que inventar uma desculpa, como por exemplo, que Edward e Alice levavam uma visa saudável e eram vegetarianos. Lembro que nesse momento eles gargalharam muito.

Mas nos deparando com a cena atual que nos encontrava agora, paramos de rir imediatamente. Na sala estava minha tia com uma cara mais feia que carranca, assim como Britanny e as outras sebosas. Steve também estava com uma cara estranha eu não entendia qual era a dele ainda.

Resolvi não dar atenção, estava muito feliz para deixar aquele bando de gente invejosa melar o dia maravilhoso que eu tive. Tio Arty não estava em casa, nem meus padrinhos, então deduzi que eles deveriam estar na outra casa com Sue. Ajudei Anna a subir com as inúmeras sacolas das compras de Alice nos obrigou a aceitar como presente.

Chegamos ao quarto e jogamos tudo em cima da cama. Anna se jogou em minha poltrona.

-- Bells, você viu as caras deles?

-- Vi sim. Mas nem ligo.

-- Pois é. Ainda bem que inveja não mata não é? Se não eles já estariam mortos. Ou a gente. Mais especificamente você.

Joguei uma almofada nela.

-- Deixa de ser malvada. - Ralhei com ela, mas eu sabia que Anna tinha razão. Os olhares que nos lançaram foram os mais invejosos que eu já vi.

-- Você tem que admitir. - Eu assenti minimamente, enquanto ela vinha para o meu lado e me abraçava. - Eu temo por você, amiga. - Olhei para ela, que balançou a cabeça pedindo para deixá-la terminar. - Bells você não percebeu ainda? Não é mais pelo seu bem estar. Antes até podia ser, mas agora sua tia faz questão de ficar com você para te controlar, ela não irá pensar duas vezes se tiver uma chance para te afastar de Edward e dar vantagem a filha dela. Não que Britanny tenha alguma chance, porque pelo que vi hoje ele te ama mais que a própria. Eu sei que tio Arty está do lado de vocês e fará tudo para ter sua guarda, já que sua tia provou que não a merece, mas ela não hesitará em afastar  vocês dois, enquanto tiver poder sobre você. E aquela filha dela - ela trincou os dentes - Ela é uma falsa, só que o pior é que ela é o fantoche da loira sebosa, assim como as outras. Elas já não estavam aceitando bem o fato de Edward ter te escolhido. Depois de hoje a situação vai ficar bem pior...

Ela parou um pouco. Estava chorando. Pobre Anna. Ela sempre sofria comigo. Acho que era por isso que eu a amava tanto.

-- Por que você acha que ela está fazendo isso? - Perguntei, eu queria o saber o porquê dessa mudança brusca, tão repentinamente. Num momento eu era a sobrinha linda e perfeita que ela faria tudo para ser feliz. Agora ela queria fazer de tudo para me ver sofrer.

-- Ela sabe que se você se envolver com Edward vai ficar mais independente ainda. - Eu a olhei nos olhos.

-- Como assim?

-- Ah, Bella pára. Dá para ver que Edward te ama, e ele não vai pensar duas vezes se tiver a chance de casar com você - Eu arregalei os olhos. - E se sua tia sabe disso. Eu a ouvi falando com o namoradinho dela, que pensava em te emancipar, para o caso de Renée recorrer ao juiz. Mas como sua mãe confessou que foi negligente ela não terá chance, isso deixou Claire mais tranqüila. Só que ela continuava com a idéia de te dar a emancipação, mas depois do ocorrido ontem ela disse que não dará nem por decreto, principalmente agora que seu tio está na parada para pegar sua guarda.

Aquilo era sacanagem. Ela havia me prometido. Tinha me garantido que me daria minha emancipação independente do que acontecesse. Eu não reconhecia mais minha tia. Talvez ela fosse tudo aquilo que Renée havia falado.

Anna se sentou na cama e eu deitei a cabeça em seu colo. Ela afagava meus cabelos enquanto falava.

-- Sabe, Renée mudou muito ultimamente, ela queria ir te ver. Chegou até ir à Califórnia na sua antiga casa, mas como não tinha ninguém ela voltou. Quando eu fiquei internada  ela foi me visitar, disse que queria te pedir desculpas por tudo, e que até chegou a ligar, mas Claire disse que você não queria atendê-la. Por isso, assim que soube que tinham vindo para cá minha mãe deu o endereço a ela. Mamãe também acredita que ela está arrependida. Bella?

Ela me chamou mais algumas vezes, mas eu não conseguia responder, minha garganta estava fechada e quando dei por mim estava soluçando alto. Anna me abraçava e dizia que tudo iria ficar bem, que as coisas iriam se ajeitar e eu seria feliz. Mas a idéia de que minha mãe tinha se arrependido e estava disposta a se desculpar e a corrigir seu erro e foi impedida pela minha tia, havia acabado comigo. O que Claire queria? Descontar os quatro anos que minha mãe impediu que ela me visitasse?

Minha cabeça dava nós e mais nós. Eu estava completamente perdida e confusa. Quem estava falando a verdade? Qual era os reais motivos disso tudo? Em quem acreditar?

Eu sabia que Anna nunca mentiria para mim. Mas mesmo assim eu estava confusa não porque duvidava de minha amiga, mas sim de minha mãe e de minha tia. As duas me davam motivos para desconfiar.

Embora tudo estivesse acontecendo em minha vida, que mais parecia um caleidoscópio, eu sabia que havia pessoas maravilhosas em que eu poderia contar sempre: Anna, Edward, tio Arty, Sandra, Tom, Esme, Carlisle, Alice e os outros Cullen. Por mais que minha vida estivesse difícil agora eu sabia que valeria a pena passar por toda essa provação. Como sempre dizem depois da tempestade sempre vem a calmaria.

Levantei e fiquei sentada de frente para Anna, ela pegou minhas mãos com uma mão e com a outra secava minhas lagrimas.

-- Eu te amo Bella. E sempre vou fazer de tudo para te ver feliz. - Ela disse também com os olhinhos cheios de lagrimas.

-- Eu também te amo Anna, e obrigado por tudo. - Ela me abraçou.

Ficamos abraçadas um bom tempo até eu sentir algo que veio da barriga dela. Coloquei a mão lá e pude sentir o bebê chutando. Olhei para ela maravilhada, assim como ela também estava.

-- Acredita que é a primeira vez que o bebê chuta?

-- Ele gostou de mim. Por falar em bebê. Qual o nome do pai dele? - Perguntei mais uma vez, ela nunca me disse quem era o pai.

-- É uma surpresa na hora certa você vai saber. - Ela disse secando as próprias lagrimas. - E agora pare de me pressionar. Não pode pressionar grávidas.

-- Tudo bem. Com fome? -

-- Isso é pergunta a se fazer para uma mulher grávida? É claro que eu estou com fome. Pensei que não iria lembrar.

Eu ri, ela não tinha jeito mesmo. Descemos alegre para a cozinha. Enquanto eu separava os ingredientes para uma super lasanha Anna comia quase a metade de um bolo. Eu fiquei imaginando como ela ficaria depois de ter o bebê. Ficamos conversando e rindo por um tempo até minha tia entrar na cozinha.

-- Ah, Bella já está fazendo o jantar? - Ela perguntou meio sem jeito. - Eu ia fazer, mas tudo bem. Err... Anna será que poderia me deixar a sós com minha sobrinha? - Não entendi o porquê ela falou meio ríspida quando se dirigiu a Anna.

-- Ah, claro. Eu vou tomar banho, para jantar. - Ela disse indiferente ao tom de minha tia. - Qualquer coisa grita Bells. - Ela concluiu maliciosamente e saiu rápido.

Fiquei encarando minha tia. Ela parecia estar pensando no que falar. Ou acho que eu que estava tentando se acalmar para não cair na tentação de me bater de novo.

-- Bells, meu bem. Eu queria te pedir desculpas.

Eu continuei em silencio esperando ela terminar. Eu tinha algumas coisinhas para falar para ela também.

-- Bem, eu não queria te bater não mesmo - Ah conta outra. - Mas quando você me comparou à Renée eu sai de mim. Eu sei que agi como ela. Que deveria ter te perguntado como foi, mas depois da briga quando Steve disse que você tinha ido para a casa dos Cullens eu fiquei com muita raiva. Ele não havia me dito que você tinha fraturado um braço. - Eu já tinha imaginado isso. - Meu bem o que eu quero dizer é...

-- Por que você não para de enrolar e conta logo o porquê de tudo? - Disse sem emoção, ela me olhou com os olhos arregalados. Até eu me surpreendi com essa. - Por que mesmo depois de ter sabido toda a safadeza que a Britanny fez, você ainda quis me punir, mesmo sabendo que ela sempre foi manipulada pela Stacy, mesmo depois de Esme e Carlisle terem vindo aqui e contado toda a verdade, você não queria que eu ficasse com o Edward.

-- Eu poderia inventar varias desculpas Bella. Mas um dia você vai entender, um dia você vai ser mãe. Renée te contou todos os erros que eu cometi. Eu me arrependo de cada um deles. Principalmente dos erros que me levaram a não poder ter mais filhos. Eu só tenho a Britanny, Bella e errei muito com ela. Eu só quero assim como toda a mãe quer para a filha que ela seja feliz. E que não cometa os mesmos erros do que eu.

-- Mesmo tendo que sacrificar outras pessoas? - Perguntei com a voz acida.

-- Eu sei que o que eu fiz não é certo. Mas olhe a diferença entre vocês duas? Você apesar de ser mais nova é mais madura, é forte. Consegue enfrentar seus problemas sozinha, não se deixa influenciar pro ninguém, mesmo passando por tudo que já passou. Você tem muito de Arty e Charlie em você.

-- Ah por favor...

-- É  sério Bella. Sabe por que eu agi daquele jeito quando era mais nova? - Eu não respondi, eu não fazia a mínima idéia do que levou minha tia a ser daquele jeito. - Bem sabe quando eu tinha a idade de vocês eu também era popular assim como a Brity, líder de torcida e melhor jogadora de vôlei da escola. E apaixonada pelo cara mais lindo da Forks High School, eu sei é bem clichê, mas ele não quis ficar comigo mesmo eu sendo a mais bonita ele preferiu uma garota mais simples, menos bonita. - O que ela queria dizer com isso? - Então eu resolvi provar para todos que eu era linda e poderia ter o homem que quisesse aos meus pés. Foi então que comecei a ter um caso com o professor estagiário de Educação Física e com todos os outros, foi quando comecei a fazer burradas. Eu só não quero que Britanny cometa os mesmo erros que eu por isso entende? Por isso eu queria tanto fazer Edward enxergar que poderia gostar de Britanny.

-- E o que eu tenho a ver com isso? - Perguntei impaciente. Eu sabia onde isso iria chegar - Eu não tenho culpa dos seus erros, nem a Brity, muito menos Edward. Só porque você errou não quer dizer que ela faça a mesma coisa. Se bem que se ela continuar andando com a Stacy ela vai ficar bem pior. Mas eu não tenho que pagar por isso tia, nem o Edward. O que quer que eu faça? Que termine com ele e diga: “ Olha Edward então minha prima é o melhor para você”.

Minha tia não respondeu só abaixou a cabeça. Mas era uma confirmação que sim ela queria que eu terminasse com Edward e deixasse ele para Britanny, assim ela não cometeria os mesmos erros dela.

-- Eu não vou fazer isso tia, sinto muito, mas não vou.

-- Como pode ser tão egoísta Bella? - Ela perguntou incrédula.

Ah tá agora eu era a egoísta, e o que eles estavam fazendo comigo.

-- Eu sou egoísta? Tem certeza disso? - Perguntei desafiadoramente. - Até onde eu sei não sou eu que quero a infelicidade de duas pessoas que se amam para beneficiar a filha que nem gosta do cara de verdade. - Ela arregalou os olhos. - Você sabe que Edward não ficará com ela, mesmo que não possa ficar comigo não é? Tanto ele quanto os pais dele deixaram muito claro. E já que estamos falando de egoísmo tia. Me diz por que não me deixou falar com a minha mãe quando ela me ligou? - Ela me olhou assustada. Isso significava uma coisa. Renée realmente havia ligado para mim, não tinha mentido para Anna como pensei.

-- Tive meus motivos. Ela nem gosta de você Bella. - Ela disse com raiva. - Eu só eu sei o que é melhor para você. Agora ela vem se fingindo de arrependida. Ela só quer o seu dinheiro.

-- Ela pode ter mudado, não acha? Assim como você também mudou.

-- Bella eu não quero mais discutir isso, estou cansada já. Eu não vou mais interferir no seu namoro com Edward, quer namorar ele por mim tanto faz, quer fazer as pazes com sua mãe, ótimo. Mas espero que um dia perceba que essas duas pessoas estou fazendo sua cabeça contra mim. - Eu bufei. - E eu realmente espero que esse garoto não a magoe Bella. - Ela disse e saiu da cozinha.

Encostei a cabeça na pia ela estava fervendo pronta para explodir como uma panela de pressão. Eu queria sair correndo daquela casa o mais rápido possível. Queria estar nos braços frios de Edward ou no colo de Anna. Assim que me virei para ir falar com minha amiga dei de cara com Jacob Black. Ótimo tinha continhas a acertar com ele mesmo.

-- Que estrago heim? - Ele perguntou olhando para o meu braço engessado. - Eu não queria te machucar, mas você apareceu do nada, pensei que fosse uma das sanguessugas fêmeas.

-- Eu deveria ter acertado sua cabeça, seu assassino covarde. - Eu explodi sem medir minhas palavras, nem me preocupar se o magoava ou não. Eu já não gostava mais de Jacob como amigo, nem como nada. - Como pode fazer aquilo?

-- Ninguém se mete com o que é meu. - Ele disse entre dente segurando meu braço. - Aquilo foi só uma previa e se eu não tivesse sido interrompido tinha me livrado de um sanguessuga nojento.

-- Primeiro lugar eu não sou posse sua. - eu tentava me desvencilhar de seu aperto - Segundo se você o tivesse matado eu mesma dava cabo de você. E mesmo que não conseguisse eu nunca teria nada com você seu covarde mau caráter...

Ele pegou meu outro braço - pior o que estava machucado- e começou a me sacudir.

-- Você não entende Bella, ele é uma aberração. Não pode ficar com ele, não pode.

-- Eu fico com quem eu quiser. E olha quem fala de aberração você é um lobisomem. Agora me solta se não...

-- Se não o que? Você não pode fazer nada, ou esqueceu que está com um braço quebrado? - Ele perguntou sarcástico. Idiota quebra o meu braço e ainda tira sarro.

-- Ela pode até não fazer nada, mas eu estou com os meus dois braços bom e as pernas também. Agora se não quiser levar um soco sugiro que solte minha amiga agora. - Olhamos para o lado e vimos Anna perto da bancada com uma faca gigante na mão, poderia ser hilário se não fosse tão sério.

-- Ah fala sério. - Disse Jacob rindo com desdém, e graças a Deus me soltando. - Acha que pode fazer algo contra mim?

-- Quer tentar brutamontes? - Desafiou Anna. Eu sabia como era o gênio dela. Ela podia ser meiga, amável, amiga, engraçada, mas quando pisavam no calo dela ou ameaçavam alguém que ela gostava muito ela virava o bicho. Lembrei da vez que ela bateu com um bastão de basebol na cabeça de um dos caras do tipo de futebol da escola de Phoenix, porque eles estavam zoando um menino da nossa série.

Nessa hora graças a Deus Leah apareceu, ela olhou a cena desconfiada. Anna havia avançado alguns passos para perto de Jacob e ele fizera a mesma coisa, eu estava com medo do que poderia acontecer. Ele era extremamente forte, e ela estava grávida e frágil.

-- Jacob, Sam quer falar com você. - Disse Leah olhando para nossos rostos. - E espero que não tenha feito nada para ser ameaçado com uma faca. Ou então vai desonrar mais nosso bando do que já desonrou e Sam não havia dito para você ficar longe de Bella?

Ele lançou a Leah um olhar mal humorado e depois saiu. Leah foi para perto de nós enquanto eu tirava a faca da mão de Anna.

-- Vocês estão bem? - Leah perguntou. Nós assentimos. - Que bom, mas o que houve?

Explicamos a ela o que havia acontecido e o que levou Anna a ameaçar Jacob com uma faca gigante, ela franziu a testa e depois suspirou.

-- Jacob não tem jeito. Sam não vai gostar nada de saber disso. - Ela disse pensativa. - Como se nós não tivéssemos nossos problemas pessoais. - Ela disse mais para si mesma. - Me desculpe Bella, Jacob andava impossível ultimamente... Ele anda meio obcecado sabe. Mas não se preocupe Sam não vai mais o deixar chegar perto de você. Afinal de contas você faz suas próprias escolhas não é? E então está tudo bem mesmo Bella? - Eu sabia que ela se referia ao fato de agora saber das existências de lobisomens, mas não podíamos falar nisso na frente de Anna. Já bastava eu sabendo de todos os segredos.

Ficamos um tempo conversando sobre varias coisas, Leah estava particularmente interessada sobre a gestação de Anna. Ela quis saber de tudo desde o inicio até agora, eu achei estranho, mas talvez ela só estivesse curiosa. Ela ficou um tempo conversando com a gente e depois foi embora, mas antes de ir, sussurrou um “ Preciso falar com você em meu ouvido”               e saiu pela porta.

Para minha infelicidade já era tarde e Anna, Tom e Sandra tinham que voltar para Phoenix. E para minha felicidade as sebosas  e os outros também. Quando estava me despedindo de Anna Renée chegou. Ela iria embora junto com Sandra e Tom.

-- Ah, você aqui de novo? - Perguntou minha tia mal humorada. - Achei que já tivesse ido embora. Veio dizer mais alguma coisa sobre mim que tenha esquecido.

-- Não, Claire só vim me despedir de minha filha mesmo. E quanto a falar mais algum podre? Vou poupar os ouvidos de Bella, ela já ouviu o suficiente. Embora eu saiba muito mais do que você imagina. Agora com licença. - Ela passou pela minha tia que havia feito uma barreira impedindo-a de passar.

Renée me abraçou apertado e sussurrou em meu ouvido.

-- Eu não posso voltar no tempo Bella, mas prometo que serei uma mãe melhor. Prometo compensar algumas coisas. - Ela realmente estava chorando. Eu retribui ao abraço e quando me afastei vi um roxo enorme em seu braço. Ela percebeu que eu tinha reparado.

-- Desculpe meu bem, mas eu o amo. Você sabe como é amar alguém mais que sua própria vida não sabe? - Eu não falei nada. Eu sabia sim. Eu amava Edward mais que minha própria vida, mas não podíamos comparar Edward com Phil. - Depois conversamos. - Ela me deu um ultimo beijo e entrou no carro de Tom.

Logo após a partida deles foi a vez das sebosas. Que depois de uma crise de gritos histéricos e choros falsos finalmente foram embora. Mas antes de irem pude pegar uma conversa de Violah com o irmão dizendo que ela e o marido comprariam uma casa por aqui. Ah que ótimo. Como se eu já não tivesse problema o suficiente.

                Britanny, Steve e minha tia, já haviam entrado. Eu retardei ao máximo para ir para casa, não queria ficar olhando para eles. Mas para minha sorte avistei Leah que vinha em minha direção.

-- Oi Bella. Que bom que te encontrei aqui. Podemos conversar agora?

-- Claro.

-- Pode vir na minha casa? - Ela perguntou sem jeito. - Eu não gosto muito daquele namorado da sua tia e me desculpe nem da sua prima.

-- Ah tudo bem. - Eu falei rindo. - Também não vou muito com a cara deles.

Fomos para a casa de tio Arty e lá Leah me conduziu para o quarto dela, no meio do corredor vi um quarto em meio a uma reforma entre o quarto dela e o de Seth. Eu fiquei olhando para ele.

-- Papai começou a fazer desde o ocorrido de ontem, mas ele não está tendo muito sucesso, ele vai pedir para um profissional. Assim quando não estiver agüentando o clima de lá pode vir para cá - Ela explicou.

Eu não disse mais nada até chegarmos ao seu quarto, que era enorme, nas cores salmon e dourado, Leah tinha eu próprio banheiro. Sentei em sua cama e ela se sentou ao meu lado.

-- Eu queria saber como você está em relação ao descobrir o que nós somos?

-- Eu estou bem. Acho que depois de saber que realmente existem vampiros e namorar um o que é saber que seus primos são lobisomens. - Ela riu.

-- Queria ter falado com você naquela hora, mas sua amiga estava lá. E eu não sabia se você tinha contado ou não.

-- Não se preocupe eu não contei. Não tinha esse direito.

-- Obrigada Bella. - Ela olhou para mim e continuou: - E desculpe também pelo Jake ele é um bom garoto sabe? Mas ultimamente está meio impossível, acho que é a fase rebelde. - Ela riu. - E para piorar tudo Sam o impediu de se transformar, ele está revoltado. Mas não podíamos atacar os Cullens ha muito tempo atrás eles salvaram a nossa tribo, e até hoje Sam acha que eles podem ser grandes aliados. Já que eles são diferentes.

Ela se levantou e ficou andando de um lado para o outro, remexendo no cabelo.

-- Está tudo bem com você? - Perguntei. Nem precisava perguntar era visível que ela estava angustiada com alguma coisa.

Ela me olhou como se analisando se poderia confiar em mim ou não. Depois foi até a porta de seu quarto e a trancou. Sentou-se à minha frente e suspirou.

-- Bella eu posso confiar em você? - Eu assenti. - Que bom, é legal ter alguém para conversar que não seja homem. - Ela falou rindo. - Bem, é que eu e Sam estamos em crise, na verdade eu entrei em crise com ele. Para ajudar minha prima fica colocando lenha na fogueira.

-- Nossa que legal, estamos bem de primas então. Porque a minha quer meu namorado a todo custo. - Falei sem pensar. Era incrível como a nossa situação era parecida.

-- Mas pelo menos seu namorado pode ler a mente dela, então ele sabe que ela estará mentindo o meu não. Sabe ela diz coisas do Sam para mim se fingindo minha amiga, mas eu sei que ela também fala de mim pro Sam, eu só não sei o que é. O pior é que ele acredita e pelas atitudes dele ela não fala coisas boas de mim.

-- Você tem que conversar com ele. Fazer, ele ver que o que ela está fazendo com vocês.

-- E adianta. Eu já tentei, mas Sam diz que eu estou com ciúmes de Emily porque desde quando ela chegou, eu estou estranha e não é verdade. Eu conheço muito bem minha prima Bella sei do que ela é capaz. Você me entende não é? - Ela desabafou tudo de uma vez.

-- E como. Às vezes tenho vontade de espancar minha prima até a morte, e o pior é que ninguém enxerga o que ela é de verdade. E sabe o que é pior? - Ela negou com a cabeça. - O pior é que ela não tem a capacidade de fazer as coisas que ela faz, ela é um fantoche.

-- Da loira sebosa? - Ela perguntou e eu arregalei os olhos. Como ela sabia do apelido carinhoso que tinha colocado em Stacy? - Eu reparei sua prima não me parece muito inteligente sabe. Ta na cara que a loira comanda tudo ali. Eu odiei aquela menina, não gostei nada como ela olhou para Sam, já me basta a Emily.

-- Para ela se vestiu calças de tem bigodes ela cai em cima. E como sabia do apelido que dei a ela?

-- Sério que você a chamava assim? Ela tem cara de sebosa, já viu o cabelo dela. - Ela disse rindo.

Ficamos um bom tempo falando das loiras e dos bombados que assim como Edward, Leah achava que eles eram lentos e brochas. Depois de desabafar sobre seu problema com Sam, Leah me falou sobre os outros problemas que estava passando, como por exemplo, ser a única loba mulher e ter que dividir seus pensamentos com a alcatéia toda...

-- E sabe para piorar - ela falou depois de alguns minutos de silencio - é que Harry está por aqui, eu não quero falar com ele Bella. Ele nos abandonou sem nada e se não fosse por Arty o que teria sido de mamãe e eu, eu não quero vê-lo, mas Billy diz que eu estou sendo egoísta. - Ela soluçava enquanto falava. - Como posso aceitar uma pessoa dessas Bella? Ele nem ligava para mim, depois que ele foi embora com sua tia, ele nunca mais quis saber como eu estava, ele nem ao menos me registrou como filha. - Eu arregalei meus olhos. - Você não sabia disso não é? Quem me deu um nome, um teto e principalmente amor foi o Arty, ele que ficou acordado quando eu estava doente, ele que me levou no primeiro dia de aula, ele que me ajuda nos deveres de casa, ele que me deu um carro, está sempre presente na minha vida, ele cuida de mim como se eu fosse dele. Dá para perceber isso ele me ama como o Seth, como se eu fosse dele de verdade, mas eu sou não é? Se olhar por esse lado...

Ela parou de falar e eu a abracei. Pobre Leah. Com tantas coisas acontecendo em sua vida, ainda tem que aturar uma prima falsa que está colocando seu namorado contra ela.

-- Esse negocio de pais não tem nada haver. -  Disse tentando confortá-la. - Sabe aquele ditado pai é quem cuida, e  não quem faz? - Ela assentiu. - Então se no seu coração tio Arty é seu pai, não há nada nem ninguém que possa contraria isso, nem mesmo Harry, muito menos Billy. Eu sei que ele diz isso por ser amigo dele, mas é você quem decide.

-- Obrigada Bella, é legal ter alguém para conversar e... - Ela não terminou correu para o seu banheiro, fui atrás dela e encontrei uma Leah pálida debruçada sobre a privada e vomitando violentamente.

Fui até ela e a ajudei a levantar. Leah foi até a pia escovar os dentes, peguei uma toalha e estendi a ela.

-- Há quanto tempo está assim? - Perguntei preocupada.

-- Já faz algum tempo.

-- Foi algo que você comeu?

-- Não, creio que não. - Ela disse rindo fraquinho. - Eu acho que sei o que é, mas tenho medo de saber a verdade.

Se ela sabia, que não foi algo que ingeriu na alimentação, só restava uma solução.

-- Você acha que está grávida? - Perguntei meio pasma. O que com as adolescentes hoje em dia? Elas nunca ouviram falar em camisinha, anticoncepcional? Primeiro Anna, agora Leah. Quem será a próxima?

-- Quase certeza, mas eu não posso ficar grávida agora Bella. Imagina como vai ser? - Ela estava desesperada. - E quando eu me transformar, ah minha nossa. Sam vai me matar.

-- Por que não para de sofrer por antecipação e tem logo certeza? - Perguntei pegando o teste de farmácia que estava em sua pia.

Ela olhou para o pacote em minha mãe e pegou, sai do banheiro para dar-lhe privacidade enquanto fazia o exame, logo depois ela me chamou e ficamos as duas andando em silencio pelo banheiro esperando dar a hora certa para ver o resultado. E a não ser pelos barulhos de Leah vomitando no vaso, não fazíamos mais ruídos nenhum. Tive que fazer um esforço enorme para não vomitar junto com ela. Quando já estava pronto, ela jogou para mim.

-- Olha para mim eu não vou conseguir. - Ela disse abatida.

Eu abri e olhei. Tinha uma carinha feliz, ou seja, ela estava grávida.

-- Devo te dar os parabéns pelo bebê, ou os pêsame? Porque tio Arty vai matar o Sam. - Ela me olhou de desesperada e pegou o exame da minha mão.

-- Ai, meu Deus Bella o que eu faço?

-- Eu não sei. Se tivesse me perguntado antes diria para usar camisinha, mas agora...

-- Bella, não está ajudando.

-- Desculpe. - Suspirei fundo e dei o mesmo conselho que dei a Anna, quando ela me ligou chorando dizendo que sua menstruação não descia a mais de dois meses. - Bem, primeiro conte ao Sam, você vai precisar dele para contar para o tio Arty e Sue. Mas se eu fosse você eu faria um exame de laboratório primeiro, nem sempre os de farmácia dão certo. - Eu queria parecer otimista, mas pelo estado dela, ela já estava grávida.

-- Bella, minha menstruação não desce á quase três meses. - Ela disse enfática. - Ah minha nossa papai vai me matar.

-- Te matar eu não sei, mas o Sam com certeza. - Ela me olhou incrédula e jogou a embalagem em mim.

Resolvemos descer para não suspeitarem, enquanto descíamos as escadas vi o “ pequeno” Seth subindo para o quarto com a boca e as mãos cheias de comida.

-- Salve Bella. - Ele me cumprimentou alegre. - Como vai seu braço? Jake é loco. Papai sabe que está aqui?

-- Meu braço está ótimo eu quase não o sinto. - Ele riu. - Bom vou indo.

-- Ah, mas já? - Perguntou uma voz alegremente. - Fique mais um pouco, afinal de contas eu sou seu tio e você mora ao lado, então não terá problema nenhum.

Ele se aproximou e deu um beijo na testa de Leah e depois um em mim. Logo depois entrou Sue na sala, trazendo uma bandeja de cookies.

-- Olá Bella, que bom vê-la aqui. - Sue me cumprimentou alegremente. - Querido poderia pegar o leite para mim, por favor?  - Ele assentiu dando um beijo de leve em seus lábios e foi em direção a cozinha.

-- Vem Bella vamos nos sentar. - Ela me conduziu até o espaçoso sofá, onde sentei e ela me ofereceu um cookie. - Receita caseira, minha mãe me ensinou.

Eu provei um pedaço e realmente era delicioso.

-- Nossa é muito bom. - Falei mordendo mais um pedaço. - Pode me dar a receita?

-- Claro meu bem. Arty me falou que você puxou os dotes culinários de seu pai. Ele era um grande homem você é muito parecida com ele. - Senti meus olhos se encherem de lagrimas. Sue passou a mão no meu rosto secando algumas lagrimas que caiam dos meus olhos.

-- E por falar em pai - Tio Arty vinha da cozinha com uma jarra de leite e alguns copos - como fica a situação da nossa Leah e o Harry? Eu não gostei nada do que o Billy falou, ele é meu amigo, mas eu gostaria que ele não se metesse. Acho que Leah tem que decidir, não é querida?

 -- Obrigada papai. Eu realmente não quero vê-lo. - Ela disse meio triste.

Nesse momento o telefone tocou e tio Arty saiu para atendê-lo. Sue virou-se para Leah e disse:

-- Agora que Arty, não está mais aqui. Não tem algo que queira me falar mocinha? - Ela disse olhando fixamente para Leah.

-- Não mamãe está tudo ótimo. - Mentiu ela.

-- Não, não está. Leah você veio de dentro de mim então eu te conheço muito bem. E eu já tive dois filhos então sei reconhecer melhor muito bem uma mulher grávida. - Leah e eu arregalamos os olhos. - Eu acha que não percebi seus enjôos?

Leah ficou muda. Ela não conseguia dizer nada. Simplesmente começou a chorar,  e a mãe a abraçou afagando seus cabelos.

-- Meu bem será complicado, até porque tem essa sua condição. Mas o mais importante é contar para Sam e para o seu pai, amanhã vou marcar um horário no medico para você.

Leah assentiu, mas não teve tempo de responder nada porque nesse momento tio Arty entrou na sala furioso. Ele segurava o telefone no ouvido e sua cara era de quem estava ouvindo algo que não gostava.

-- Olha aqui você não é a única que tem o direito de ficar com ela. Eu também sou o tio dela. - Ele esbravejava e pelo teor da conversa e seu tom, era tia Claire. - Oras, eu simplesmente a convidei e ela aceitou, ela tem o direito de ir onde quiser Claire. Ah, por que nunca convidamos sua filha? Simples. Ela não gosta da gente isso é fato, ela prefere aquele povo falso, a própria família. Se quiserem vir a casa está aberta, nunca te impedir de  vir me visitar, não tenho culpa que ultimamente resolveu sentir remorsos do passado. - Tio Arty desligou antes que mais alguma coisa fosse falada. Senti-me culpada por estarem todos brigando.

-- Tio Arty, sinto muito eu não queria... - Falei sem jeito. Mas ele ergueu a mão me interrompendo.

-- Meu bem a culpa não é sua. É que desde ontem sua tia deu para querer controlar sua vida. Ela quer impedir até que você nos venha visitar. Acho que ela aprendeu isso com a Renée.

Fiquei refletindo o que tio Arty disse. Talvez a maldade de Renée tenha passado para minha tia, ou ela simplesmente queria me punir por tudo o que minha mãe havia a feito passar na noite anterior.

Sue tinha pegado o jogo “ Banco Imobiliário”, então ficamos um tempo jogando. Quando eu e Sue cansamos de jogar - na verdade de perder - ela me chamou para a cozinha para me ensinar a fazer os cookies. Ficamos um bom tempo enquanto Leah, Seth e tio Arty jogava, preparando fornadas e mais fornadas de biscoitos. Algum tempo depois tia Claire chegou com Steve e Britanny.

Sue e eu levamos mais bandejas de biscoito para a sala enquanto os outros jogavam, o clima parecia leve. Por um momento eu pensei que teríamos a trégua tão merecida depois de ontem, mas eu estava terrivelmente enganada.

-- Fiquei sabendo, por aquele moleque de La Push, que seu ex - marido está de volta. - Comentou o idiota seboso. - Ele é o pai da sua filha, não é? - Ele perguntou maliciosamente. Era incrível como esse cara arrumava qualquer desculpinha para arrumar confusão.

-- Ele não é meu pai. - Disse Leah com firmeza. - Meu pai é o Arty. Meu nome não é Leah Clearwater e sim Leah Swan.

-- Nossa não sabia que tinha dado nosso nome a ela Arty. - Tia Claire falou sarcástica. - Está querendo garantir que sua filha receba a herança dos meus pais também Sue? Por isso fez Arty registrar sua filha.

Vi Sue amassar o cookie que estava em sua mão. Leah ia se levantar, mas Seth a puxou de volta.

Sue respirou fundo duas vezes, e depois respondeu calmamente.

-- Não, Claire eu não quis garantir herança nenhuma para minha filha. Acontece que Arty se prontificou a dar um nome a minha filha recém nascida, já que o pai não pode porque fugiu com você. - Toma. Essa calou minha tia para sempre.

-- Se for pensar bem Claire. - Continuou tio Arty, abraçando Leah. - Ela só está recebendo o que é de direito dela, já que você fez Harry deixá-las sem nada. E papai e mamãe gostavam de Leah como neta e aceitaram.

Tia Claire não sabia o que dizer, ela ficou meio sem graça e depois saiu. Fiquei mais um tempo com tio Arty e Sue, depois fui embora.

Como eu não queria dar de cara nem com a minha tia, que provavelmente descontaria tudo no meu namoro com Edward, nem olhar para a cara do seboso, nem da Barbie mal feita, fui direto para meu quarto. Hoje eu dormiria sozinha então, provavelmente teria visita.

Edward

Depois que deixei Bella e Anna em frente a casa, não entrei mais em contato com ela. Na verdade eu poderia ter ligado, mas só o fato de saber que Britanny ou Steve poderia atender no lugar dela, me fez desistir. Eu daria um celular a Bella, assim não me preocuparia se alguém mais atenderia ou não.

Então eu estava ansioso, andando de um lado para o outro esperando as horas passarem.

“ Ed, será que você pode, por favor, se acalmar? Vai fazer um buraco no chão do seu quarto. E quanto estiver na hora eu te aviso.” - Alice disse enfática. Ela dizia isso porque morava na mesma casa que o namorado.

Desabei no meu sofá e fiquei contando quantos fios microscópicos soltos haviam na minha almofada. Eu poderia ter ido tocar, mas Esme tinha levado meu piano para outro lugar ela disse que era uma surpresa. Então só me restava esperar, até que...

“ Prontinho, sua doce Bella já está pronta a te esperar...”

Nem esperei para ouvir o resto. Se não correria o risco de Alice me alugar de novo, e eu chegar lá e Bella está dormindo. Corri o mais rápido que pude. Finalmente cheguei até a casa, sua janela estava aberta e a luz acesa, sinal que eu estava sendo esperado. Escalei as paredes rapidamente e saltei pela janela. Bella estava sentada de costas para a janela ela parecia estar recortando algo.

Cheguei mais perto dela, e envolvi sua pequena e delicada cintura com meus braços e dei-lhe um beijo no pescoço. Vi com satisfação sua pele ficar arrepiada.

-- Me esperando? - Sussurrei em seu ouvido, dando-lhe mais um beijo no pescoço.

-- Uhum. - Ela murmurou e se virou para me beijar nos lábios. - Senti saudades.

-- Eu também. Como está seu braço? - Perguntei me lembrando que ninguém naquela casa parecia ter consciência que ela precisava de cuidados por causa do braço fraturado.

-- Está bem eu quase não o sinto por causa dos remédios que Carlisle me mandou tomar. - Ela disse rindo. Ela me abraçou com o braço bom e depois se afastou. - Está chovendo?

-- Sim, mas a chuva não conseguiu me pegar. - Eu pisquei para ela. - Eu sou mais rápido.

-- Sei. - Disse olhando para minha camisa quase molhada.

Ela levantou e foi até seu closet, depois voltou com uma toalha na mão e sentou-se novamente na minha frente. Então eu entendi o que ela queria, tentei pegar a toalha da mão dela, mas fui impedido. Bella passou a toalha pelos meus cabelos secando-os, depois foi para os meus braços. Era maravilhosa a sensação, quando seus dedos quentes roçavam em minha pele.

-- Amor sabe que não preciso disso. Não fico doente, esqueceu? - Falei rindo. Ela me olhou com cara feia e me mostrou a língua.

-- Eu sei, mas não estou fazendo isso por você. - Ela era tão péssima mentirosa. - Estou fazendo por mim, você está molhado e provavelmente quando me abraçar vai me molhar também, e eu fico doente. - Ela explicou meio sem jeito. Tinha até lógica na teoria dela, mas não me convenceu.

-- Tudo bem.

-- Acho melhor tirar essa camisa também. - Ela dizia enquanto abria os botões da minha camisa.

-- Bella, melhor não, amor... - Tentei impedi-la, mas eu não consegui. Minha vontade virava pó quando estava perto dela, e só o que importava eram as vontades dela.

Ela ia desabotoando lentamente minha camisa. Não sei se fazia isso por receio ou se era para me torturar. Mas após perceber alguns sorrisinhos malicioso vindo da minha pequena e doce namorada, constatei que era para me torturar.

Bella terminou de desabotoar todos os botões, depois foi deslizando a camisa pelo meu corpo lentamente. E quando fazia isso, seu pequeno e quente corpo roçava no meu. Eu tive que fazer um esforço enorme para não fazê-la minha naquele momento, mas sabia que não resistiria por muito tempo. Porque logo depois minha inocente namorada começou a beijar meu pescoço e meu peito repetidas vezes. Eu podia ser gelado por ser um vampiro, mas naquele momento estava muito quente ali.

Depois de um tempo com ela me torturando daquele jeito, decidi que era hora de  parar de “sofrer”, a peguei pela cintura e coloquei-a em meu colo, beijando seus lábios com desejo. Depois de um tempo - quando ela precisou parar para respirar - ficamos abraçados, foi só então que percebi o que ela usava - ela realmente estava tentando acabar comigo. Bella vestia um shorts curto azul  de malha que me dava uma boa visão de suas pernas, e uma regata de alças finas decotada.

Ela saiu do meu colo, quando eu ia protestar vi que ela guardava os recortes que estava fazendo em uma caixa lilás. Pegou a caixa e a toalha e correu para guardar no closet e depois voltou para a cama, ficando de joelhos de frente para mim. Envolvi sua cintura novamente, não queria nenhum espaço entre a gente.

Beijei-lhe o pescoço, e suas mãos foram para o meu pescoço. Minhas mãos até então, que estavam bem comportadas em sua cintura, começaram a se mover por vontade própria. Segurei a barra de sua blusa e com muito cuidado para não machucá-la eu a tirei. Senti Bella paralisar e arfar baixinho, só que para minha felicidade - infelicidade - ela estava com outra por baixa, era mais curta, mas mesmo assim foi um alivio. Eu sabia que não conseguiria me conter se ela ficasse tão exposta para mim. Ela me olhava meio pasma, meio divertida.

-- O que foi? Você pode e eu não? - Sussurrei em seu ouvido. - Os direitos são iguais, amor. - Disse beijando-lhe o pescoço.

A deitei lentamente enquanto beijava seu pescoço, minhas mãos se moviam por sua cintura e barriga - que eu fiquei fascinado desde a primeira vez que vi. Fiquei mexendo em seu piercing enquanto esperava a pulsação dela normalizar.

Bella ficou um tempo em silencio, pensativa e depois disse algo que me fez gaguejar pela primeira vez em mais de cem anos.

-- Tudo bem você disse que são direitos iguais, certo?

-- Aonde quer chegar, baixinha? - Perguntei rindo e levei um tapa no braço, que não fez dano nenhum, fiquei preocupado em ter quebrado a outra mão dela.

-- Vai me ouvir ou não?

-- Tudo bem.

-- Você disse que era direitos iguais. Então se você tirar meu shorts vou poder tirar sua calça? - Pude sentir meus olhos se arregalando. Onde estava minha doce e tímida namorada?

-- N-não... Quer dizer... - Ela me olhou com a sobrancelha erguida. Que ótimo. - Você reclama da Anna, mas está pior.

-- Ei, não fuja do assunto. - Ela exigiu me olhando feio.

-- Tudo bem, Bella aquilo foi uma brincadeira. Eu sabia que estaria com outra blusa por baixo. - Mentira, fiquei super decepcionado quando encontrei a outra peça. - E você havia tirado minha camisa primeiro lembra?

-- Ah tudo bem. - Ela disse dando de ombros, e depois me puxou para colar seus lábios no meu. Eu só queria saber quem andava ensinando essas coisas para essa garotinha que já possui uma mente tão fértil e maliciosa.

Deitei ao lado dela, mas ficamos de frente um para o outro. A puxei pela cintura e voltamos a nos beijar. Senti suas mãozinhas quentes passar por toda a extensão da minha barriga e não pude reprimir os tremores. Senti que ela sorria enquanto me beijava, acho que para ela era engraçado as reações que meu corpo tinha por causa de seu toque, mas para mim não era nada engraçado. Só Deus sabe o esforço que eu estava fazendo para não fazer besteira. Suas mãos continuavam a passear pelo meu peito e abdômen, e cada vez que meu corpo tremia, ela soltava uma risadinha. Perguntei-me se essa era mesmo a minha doce e tímida Bella que corava com tudo.

Então quando suas mãos desceram pela minha barriga novamente e não voltaram ao meu peito, eu me preocupei, não tinha gostado nada daquela idéia dela, se bem que na verdade a idéia dos direitos iguais foi minha, então foi fácil deduzir o que ela faria. Eu nem precisava ler a mente dela para saber, mas acho que fui lento de mais para evitar, ou então eu realmente queria isso como uma desculpa de usar “os direitos iguais” de novo. Ela havia conseguido - não sei como - abrir o botão da minha calça e descido zíper. Segurei suas mãos antes que fosse tarde de mais.

-- Bella o que está fazendo? - Perguntei exasperado e acho que meio ríspido, porque a expressão dela era de uma pessoa assustada. - Sabe que não pode. Não posso perder o controle com você nunca. E você não ajuda em nada com isso. Agora, por favor, vai dormir, já está tarde e amanhã temos aula.

Pulei da cama e peguei minha camisa, já que não fazia a mínima idéia onde tinha jogado a blusa dela. Se bem que... Era melhor minha camisa mesmo. Coloquei nela com cuidado por causa de seu braço quebrado - aposto que ela nem se lembrou disso, quando tentava me fazer perder a calma, sinceramente nem eu lembrei - e fechei todos os botões. A deitei na cama e  a cobri.

Olhei para primeira vez depois do meu ataque o seu rostinho, sua expressão ia de incredulidade a magoa. Eu havia sido um bruto com ela. Quando fui pedir desculpas ela virou de costas para mim e cobriu a cabeça. Respirei fundo algumas vezes e a descobri.

-- Desculpe- me, amor. Por favor, me perdoa? - Pedi com a voz mais calma. - Bella? Bella? Isabella? - Ela não disse nada. Nem eu a culpava acho que deveria ter pegado mais leve com ela.

Bella voltou a cobrir a cabeça e eu deitei ai seu lago, passando os braços ao seu redor. Seu corpinho todo tremia e ela estava soluçando. A peguei no colo e abracei forte.

-- Me perdoa por fazê-la chorar? Por favor? Eu te amo.

Ela passou os braços por meu pescoço e voltamos a deitar. Comecei a cantarolar uma cantiga de ninar antiga até que ela pegou no sono.

Mais ou menos às duas da manhã meu celular começou a tocar - a sorte é que o toque era baixo. Mas isso não impediu de que Bella acordasse, ela ficou me encarando enquanto eu atendia:

-- Fale o que quer? - Perguntei irritado.

-- Onde você está? Ah, esquece... Preciso falar com você AGORA! - Era Alice estava  irritada.

-- Não pode deixar isso para mais tarde?

-- NÃO. E vem há rápido. - Ela desligou antes mesmo que eu dissesse mais alguma coisas. Acho que ela previu que eu a mandaria a merda.

-- Ei pode voltar a dormir, era só Alice. - Falei para Bella que ainda me olhava. - Eu preciso ir. Mais tarde eu venho de buscar para irmos para a escola juntos, ok? - Ela não disse nada imaginei que ainda estivesse magoada comigo.

A deitei novamente e a cobri. Dei-lhe um beijo na testa e sai pela janela. Corri como se fosse tirar o pai da forca, como dizem. E para o bem de Alice esperava que fosse importante para me tirar daquele jeito da casa de Bella, quando cheguei em casa  só encontrei Jazz e Emmett na sala. Eles me olharam com os olhos arregalados e logo depois começaram a gargalhar, não me dei ao trabalho de ler suas mentes. Logo depois Alice e Rose desceram as escadas juntas Rosálie estacou e Alice ficou histérica.

-- Ah minha nossa... Vocês... Eu não vi nada, como deixei isso passar. - Ela disse e saiu correndo para a cozinha.

Esme veio logo depois com Carlisle, os dois pararam ao me verem. Eu não sabia  o que estava acontecendo com minha família para me olharem daquele jeito. Emmett e Jasper ainda gargalhavam feito loucos. Virei-me para dar um soco em cada um e acabei me deparando com um espelho que havia ali na sala. Então eu vi o motivo de choque de Rose, Carlisle e Esme, a histeria de Alice e das gargalhadas de Emmett e Jasper: eu estava mais despenteado que o normal, sem camisa e com o zíper da calça a Berta. Lembrei-me do ocorrido no quarto de Bella, e me toquei que eu não tinha nem ao menos  me recomposto.

--Minha... Nossa... O que houve... Com você filho? - Esme conseguiu falar, depois de um tempo muda.

-- Ele foi pego por um furacão mãe... - Jasper disse antes que eu pudesse abrir a boca, mas não conseguiu terminar, porque teve outro acesso de risos. Se ele e Emmett fossem humanos estariam roxos de tanto rir.

-- É... Um mini furacão,  mas muito potente, chamado Bella. - Emmett concluiu entre gargalhadas.

Para minha infelicidade Esme, Carlisle e Rose também começaram a rir. E eu estava furioso.

-- Pelo menos você nunca vai poder reclamar que a baixinha humana nega fogo, nem precisar comparando o desempenho dela com o de Tanya. - Emmett disse ainda rindo. Ele não tinha percebido a besteira que havia falado, nem teve tempo porque no segundo seguinte eu estava em cima dele o esmurrando. Onde já se viu comparar minha doce Bella com a ninfomaníaca da Tanya?

Foi um esforço enorme me tirar de cima de Emmett, precisou de Carlisle, Jasper e Rosálie, e mesmo assim não conseguiram. Eu sabia que se Emmett quisesse ele poderia revidar e me mandar parar no Japão com um soco seu, mas ele nem ao menos se defendia.

-- Edward Anthony Masen Cullen, pare de atacar seu irmão, AGORA! - Gritou minha mãe, eu parei na hora olhando para minha doce e pequena Esme, com as mãos da cintura e cara de brava parecendo uma mãe mesmo. - Emmett peça desculpa para o seu irmão! Seu comentário não foi nada legal.

-- Ah, é verdade. Me desculpa mano. - Disse Emmett sem jeito.

-- Edward, peça desculpa a Emmett! Que a pesar de ter feito um comentário desagradável não merecia ser atacado daquele jeito.

-- Me desculpe Emm, eu perdi a cabeça - Me aproximei dele e nos abraçamos.

Algum tempo depois Alice voltou de sei lá onde. Ela já estava mais calma, então era hora de saber por que ela me importunou.

-- Então Alice, o que era tão importante, que me fez sair daquele jeito da casa de Bella? - Vi Jasper reprimir uma risada. Eu olhei feio para ele, mas é claro ele tentou me acalmar. Ele era tão trapaceiro quanto Alice.

-- Bom, seu aniversário de “16 anos” - fez aspas com os dedos - está chegando, então temos que começar os preparativos.

-- Alice - Eu disse contendo minha raiva, na verdade não estava contendo coisa nenhuma, o Jasper trapaceiro estava interferindo - faltam um mês e meio para o meu aniversário, e eu não quero festa nenhuma, e mesmo se eu quisesse você conseguiria fazer tudo em uma semana.

-- Não seja estraga prazeres, eu quero fazer tudo perfeito. Desde a roupa até a decoração, ainda temos que decidir se iremos fazer aqui ou alugar um salão. São tantas coisas, o que acha de festa da fantasia... - Ela continuou tagarelando eu me sentei no sofá e me coloquei no modo paciência. Esme e Rosálie estavam dando apoio as insanidades de Alice, e o pior Carlisle entrou no meio dizendo que era uma excelente idéia.

Fui para o meu quarto e fiquei lá até dar a hora de ir pegar Bella.

Como sabia de minhas limitações locomotivas, Alice me chantageou dizendo que iria buscar Bella comigo se eu aceitasse a festa. Ela era tão maquiavélica, pervertida, e chantagista. Chegamos à casa de Bella. Vi quando Britanny saiu da casa e arregalou os olhos ao nos ver. Ela deu uma olhada significativa no conversível vermelho de Rosálie - que nos emprestou, por algum milagre - deu um sorriso e veio em nossa direção.

-- Oi o que fazem aqui? - Ela perguntou, mas acho que ela já sabia a resposta.

“ Esse cara é tão bobinha, o que ele vê na songa monga? Eu sou muito mais gostosa.”

-- Esperando a Bella, afinal de contas eu sou o namorado dela, não é mesmo? - Frisei bem as palavras namorado e dela, para ver se ela se tocava.

A loira sebosa Junior fez uma careta de desaprovação, mas nem dei atenção porque logo em seguida Bella saiu de casa. Era incrível como ficava cada dia mais linda. Hoje ela usava uma saia jeans, uma blusa três quartos branca com touca, com um casaco por cima e all star branco. Simplesmente linda.

Não consegui esperar ela chegar até onde estávamos, fui até ela e a abracei, que para minha felicidade retribuiu.

-- Como você está? - Perguntei em seu ouvido.

-- Bem. - Ela respondeu de uma forma automática.

-- Não me diga que ainda está brava comigo por causa de ontem? - Eu suspirei - Bella, eu já te pedi desculpas, sei que você está magoada, mas tente entender meu lado.

-- Eu não faço a mínima idéia do que você está falando, mas tudo bem. - Ela era tão péssima mentirosa. Eu ia retrucar, mas Alice saiu do carro nos chamando.

-- Ei temos que ir agora ou chegaremos atrasados.

Segurei a mão de Bella e a guiei para o carro. Britanny ficou nos olhando como uma idiota ao invés de entrar no carro dela. O que ela esperava que déssemos uma carona para ela? Vai sonhando.

“ Ah, minha nossa. Será que vão me oferecer uma carona? Seria o máximo chegar na escola com um carro desses e ainda mais, junto com os Cullens”

Alice saiu do carro, deu um beijo na bochecha de Bella e piscou para mim. O que será que essa projeto de vampiro estava aprontando?

“ Relaxa Ed, eu sei o que estou fazendo”

-- Britanny? - Chamou Alice. A menina a olhou cheia de esperança - Não gostaria de uma carona?

-- Ah, claro.

“ Ótimo. Provavelmente Edward vai sentar na frente, é só eu sentar do mesmo lado que ele atrás, e eu posso agarrá-lo e dizer que foi sem querer.” - Pobre Britanny mal ela sabe que não terá chance de chegar perto de mim. Serio esse pensamento dela foi terrível. Muito clichê pareceu àqueles pensamentos de novelas mexicanas ou de seriados, só faltou à risadinha maléfica.

-- Britanny será que você poderia sentar na frente comigo? - Dizia Alice mansamente. Ela nem deu tempo para a menina pensar já abriu a porta do carona e fez garota entrar. Eu fui para o banco de trás com Bella.

“ Edward, você está muito mole. Não acredito que não pegou a essência da minha idéia.” - Alice resmungou por pensamentos.

Fiquei um tempo parado enquanto Alice colocava o carro em movimento. Depois peguei Bella pela cintura e a puxei para o meu colo. Ela me olhou assustada, mas eu só balancei a cabeça e ataqueis seus lábios. Ela que me desculpasse, mas eu não daria tempo para ela respirar dessa vez. Enquanto isso os pensamentos de Britanny eram hilários. Quer dizer não tanto quando a sua cara pasmada.

“ Ah, minha nossa que pegada. Ah... Ah... Eu não acredito, eles estão fazendo isso mesmo aqui na nossa frente.”

Alice premia uma gargalhava. - “ Era disso que eu estava falando. A cara dela é hilária Ed”

Para deixar as coisas um pouco mais quentes - na verdade eu queria ver a próxima careta da priminha - eu coloquei a mão no joelho de Bella e fui subindo levando sua saia junto e apertei sua cocha. Ela soltou um pequeno gemido em meus lábios.

“ Putaqueopariu... Eu não acredito...” - Dito e feito a cara que ela fez nesse momento foi impagável continuei beijando Bella. Percebia que ela precisava de ar, mas não podia parar agora. E só parei quando Alice disse que havíamos chegado.

Britanny foi a primeira a sair do carro, logo depois saiu uma Alice saltitante. Eu sai depois de Alice e ajudei Bella a sair nesse momento parecia que a escola toda parou vendo-nos de mãos dadas. Vi Jessica, Lauren e Katie cochicharem entre si. Mike Newton não escondeu seu rosto de desagrado. Vi Ângela e Ben de mãos dadas acenarem alegremente para nós, retribui o aceno enquanto Bella me puxava para ir ao encontro da amiga. Enquanto caminhávamos até eles podia ouvir as conversas e os pensamentos também.

-- Eu não acredito o Cullen está com aquela garota nova.

-- Cullen idiota, quem ele pensa que é?  Acha que pode ter a garota mais bonita com ele. É o que vamos ver.

-- Não acredito, essa garota chegou aqui esses dias é já fisgou o único mais gato da escola que estava solteiro.

Vi quando Britanny se juntou à Jessica e as outras garotas. Lauren a puxou para mais perto, ela parecia estar com muita raiva.

-- O que houve? Você não disse que depois da briga de sábado eles não ficariam mais juntos? - Perguntou uma Lauren aborrecida.

-- É eu também achei, mas meu tio ficou sabendo da história verdadeira e depois apareceu os pais do Edward para interceder a favor do casalzinho. O que queria que eu fizesse era a palavra deles contra minha? -  Britanny retrucou irritada.

-- É sério? O Dr. e a Sra. Cullen estiveram na sua casa? - Perguntou Jessica encantada.

-- Sim, mas eles foram por causa de Bella. E eles já gostam dela.

-- Olha aqui Britanny, eu não desisti de ficar o Edward para você deixar sua prima ficar com ele. Temos que fazer alguma coisa. - Disse Katie super aborrecida. E como assim dela desistiu de ficar comigo? Ela nunca teve chances, nem uma delas teriam chances.

Continuei andando com Bella até Ângela, que a recebeu com um grande abraço. Era tão bom está ao lado de pessoas sinceras e amigas de verdade.

-- Oi Bella, Oi Edward. - Cumprimentou Ben.

-- Oi Bem. - Bella e eu dissemos juntos. - Oi Ângela.

Ficamos conversando por um tempo até o sinal bater e Ângela arrastar Bella para primeira aula, já que teriam aulas juntas. Para minha sorte eu teria minha primeira aula com Ben então continuamos conversando sobre reagentes químicos. Ben era super inteligente, entendia de tudo um pouco. O engraçado era que ele jogava no time da escola, mas não era como os outros, tipo; Mike, Tyler, Eric e os outros que se achavam o máximo ele era legal. E apesar de jogar melhor que todos os outros juntos recusou a oferta de ser capitão do time, ele era feliz por poder representar a escola, mas ele não queria assumir essa responsabilidade, ele queria se dedicar aos estudos para conseguir uma bolsa de medicina em alguma universidade boa. Eu conversaria com Carlisle para ajudá-lo nisso.

-- Então Edward, não pensa em entrar para o time mesmo? - Perguntou ele, quando tocamos no assunto do campeonato municipal que estava chegando.

-- Ah, eu não sei Ben...

-- Deixa disso, sei que você e seus irmãos devem jogar melhor do que aqueles idiotas do time. Qualquer um de vocês seriam um capitão melhor do que Mike.

-- Você também seria.

-- É, mas eu não tenho influencia como Mike.

E assim continuamos conversando até o sinal tocar para a próxima aula, que passou rápido, assim como as outras e já estava indo buscar minha namorada para o intervalo. Chegando à porta da sala encontrei Ben. Ficamos conversando por um tempo até a porta se abrir, que para minha infelicidade não foi Bella que saiu primeiro e sim sua prima. Ela abriu um sorriso malicioso e enorme ao me ver parado.

-- Cara essa garota não desiste nunca? - Perguntou Ben, com certeza ele já percebeu as intenções de Britanny. - Ela sabe que você namora a prima dela e não desiste. Angel a ouviu  tramando com a Katie e com a Lauren em fazerem uma surpresinha para Bella.

-- É eu sei bem as intenções dela, mas nada do que ela fizer vai me afastar de Bella.

-- Que bom. E se eu fosse você não deixaria Bella sozinha, eu vou tentar não deixá-las chegarem perto de Bella. E só para avisar o Newton também está as ajudando eu o ouvi no treino. Ele é tão burro que não consegue ficar calado tem que se vangloriar para o vestiário inteiro.

-- Obrigado Ben - Nesse momento a loira do mal chegou perto da gente. Ela se acha muito esperta, mas eu sou mais. E aposto que Alice já tinha previsto isso.

-- Nossa você de novo. - Como pode ser tão cínica? - Está me seguindo? Oi Ben. - Ben não respondeu só ficou a olhando desconfiado.

-- Bem eu não estou te seguindo, até onde sei Bella também tem essa aula e a estou esperando. - O sorriso se desfez no mesmo momento.

-- Ah claro a Bella.

“ Droga sempre a meiguissima Bella. Quero ver se ele vai ficar com ela depois de vê-la agarrada com Mike.”

Ah, Britanny quando você está indo eu já estou voltando.

Bella saiu da sala junto com Ângela, e Ben e eu fomos ao encontro de nossas garotas, que estavam rindo pelo fato da professora de calculo ter dado prova surpresa  e ninguém terem estudado, exceto as duas, e o melhor é que a prova foi em dupla e as duas fizeram juntas, ou seja, o resto da classe se ferraram.

Fomos para a cantina, Ben foi se sentar com Ângela perto de alguns amigos dele do grupo de química. E eu segui com Bella para a mesa dos meus irmãos. Nem preciso falar dos pensamentos pasmados e muitas pessoas de bocas abertas e olhos arregalados depois dessa cena. Alice já tinha pegado comida para ela e para mim - para eu fingir que comia na verdade. Logo ela entrou no assunto que nos interessaria e muito.

-- Britanny está tramando fazer Mike te beijar para Edward ver. Tenha muito cuidado. - Bella  não teve nenhuma reação, acho que depois do que a prima tramou no sábado aquilo não era nada.

-- Nossa as idéias dela caíram de nível. - Disse Bella divertida. - Ah esqueci o cérebro dela está com a Stacy, então ela não tem muita capacidade.

-- Não se preocupe Alice, Ben me disse isso mais cedo. Vamos tentar não deixar Bella sozinha.

Ficamos conversando normalmente, não íamos nos abalar por isso, afinal de contas mesmo que ela consiga, eu saberia que era armação.

Alguns minutos antes do sinal bater para a penúltima aula Ben veio até nós junto com Ângela, meus irmãos os cumprimentaram alegremente, o que fez com que eles relaxassem. Afinal de contas Emmett era assustador. Até mesmo Rosálie ou Alice poderiam ser assustadoras quando queriam, na verdade Rosálie era assustadora quase sempre até mesmo para os vampiros.

-- Oi desculpem se interrompo, mas é que queremos montar o time de futebol americano, mas não temos o numero de participantes adequado. Mike não queria vir pedir a vocês porque ele é muito idiota, mas eu quero participar da liga o que vocês acham? - Sua voz era de suplica.

“ Ed, quer dar uma lição em Mike Newton antecipada?” - Perguntou Jazz por pensamentos. Eu entendi o que ele quis dizer e assenti com a cabeça.

-- Claro, pode colocar nossos nomes na lista. - Disse Emmett alegre.

-- Nossa, obrigado mesmo. - Disse Ben escrevendo nosso nome em um papel numa prancheta. - O treino de avaliação será no sábado. Eles vão avaliar quem serão os jogadores titulares e quem serão os reservas, fora que vão escolher o capitão do time também. - Seu olhar passou pelos rostos de meus irmãos e pelo meu. - Bom é só, até amanhã.

-- Ah, bem as inscrições para lideres de torcida também começaram - Disse Ângela meio sem jeito. Ela era tão tímida quanto Bella. - Eles já elegeram a Britanny porque ninguém mais tem a experiência que ela tem, quer dizer nenhuma das outras garotas, mas eu acho que deveríamos ter outras opções.

-- Você vai participar Angel? - Perguntou Rosálie animada. Ela realmente chamou Ângela pelo apelido dela?

-- Eu não curto muito isso. Mas imaginei que vocês gostariam saber. Por exemplo, a Bella que faz balé, provavelmente seria melhor do que a Britanny.

-- Uhm. - Alice colocou a mão no queixo pensativa. - Ângela você também faz balé, não fez? - A menina assentiu para minha irmã baixinha. - Ótimo Rose e eu também. Quando será os testes Angel?

-- Daqui há duas semanas.

-- Ótimo até lá, Bella já terá tirado o gesso e poderá regressar ao balé. - Disse Rosálie radiante.

-- No que estão pensando? - Perguntou Bella temerosa.

-- Em uma pequena vingança para sua prima falsa e cara de pau. - Nessa hora nos surpreendemos, porque não foi nem Alice nem Rose que falaram a pesar de terem pensado, foi a doce e tímida Ângela.


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