Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Aeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuull Capitulo 12.

Bom gente a parte da Bella tah meia xoxinha no começo, mas eu queria que ela aparessesse, porque nos proximos ela só vai aparecer um pouquinho.

Quero compensar a falta do Ed, to acelerando um pouco, pq em breve não terei tempo de escrever muito.

Bom Ed terminou com a Putanya, ops Tanya e está disposto a procurar a Bella será que ele vai encontrar tão fácil assim? E a Tanya aceitou mesmo o rompimento?

Ps2.- Gente eu coloquei algumas lembranças da Bella, só para vocês verem como ela sofreu tadinha. Confesso que quase naum consigo escrever de tanto chorar, mas taí.

Capitulo 13 jah quase concluido também. O 14 promete.

Vlw pelos comentários estou amando escrever, para vocês

Amo vocês.

Obrigada pelo carinho

Robeijos.



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Bella

Os meses passaram-se rápidos, já estávamos no começo de dezembro, fazendo preparativos para o natal. Eu iria passar na casa dos Hastings, já que minha prima ia para casa do pai em Washington, minha tia sempre passava com o namorado dela. Ela disse que passaria comigo, não queria que eu fosse para Phoenix, mas eu não ia fazê-la mudar os hábitos dela e como Tom afirmou que Renée ia passar o natal com a família de Phil na Florida, ela então ela cedeu. Eu também não estava nenhum pouco a vontade de ir para lá, mas eles me garantiram que não iam passar o feriado na casa deles.

Minha vida estava uma correria, como minha prima e suas amigas resolveram me ignorar novamente na escola eu ficava cada vez mais sozinha, elas alegavam ter muito ensaios já que os jogos finais estavam chegando, mas eu sabia que Stacy havia aumentado os treinos das lideres de torcida, para impedir Beck de conversar comigo. Então para ocupar minha mente, me ofereci para organizar os eventos da escola. Como a decoração do baile de inverno, a organização da feira cultural e de ciências, e um show de talentos, uma idéia que deixou a professora de teatro eufórica.

Quando não estava, na escola ou em casa trancada no quarto respondendo os e-mails de Anna ou estudando - eu era a aluna numero 1 da minha turma -, eu ia para o balé, minha tia impôs que eu continuasse, já que eu fazia para melhorar meu equilíbrio eu até gostava, segundo a coreografa eu tinha talento, me inscrevi em um curso de francês e de informática, eu estava fazendo designer gráfico e digital, todos achavam chato, mas eu gostava e sabia que seria bom no meu currículo.

Tinha acabado de chegar em casa, depois de chegar do balé, minha tia e Britanny estavam discutindo.

-- Mãe, por favor? - pedia minha prima chorosa.

-- Nada disso Srta Britanny, você vai para casa do seu pai e ponto já combinei tudo com ele.

-- Mas mãe eu detesto Washington, e eu não quero ficar olhando para a cara daquela mulher sem um pingo de senso de moda. Ta na cara que a família dela me odeia.

-- Não seja dramática, você vai sim, e alias vai poder visitar seu tio Arthur. Faz tempo que ele não vê você.

-- Por que a Bella, não vai também ver o tio Art também? Por que eu tenho que sofrer sozinha?

-- Porque você está indo para a casa do seu pai. E a Bella vai para a casa dos Hastings, já combinei. É só uma semana Britanny, menos que isso, o ano novo vamos passar todas juntas.

-- Mas mãe...

-- Nada de mais, nem menos você vai e pronto.

Fui para a cozinha silenciosamente, não queria ser pega ouvindo a discussão das duas. Comecei a preparar alguma coisa para comer.

-- Oi Bells. - disse minha prima mal-humorada entrando na cozinha.

-- Oi. Com fome?

-- Não, já comi. Não posso comer muito aumentei 50 gramas, não posso me dar ao luxo de aumentar mais. Acho que vou ter que fazer outra dieta.

Olhei para ela incrédula. Como assim outra dieta? Ela super magra. Tudo bem que eu era mais, mas era só porque ela tinha mais corpo que eu.

-- Mas você sabe que não precisa, não é? Quer dizer você é super magra, tem quase o mesmo corpo que eu.

-- Não mesmo, alias como você consegue comer tanto e não engordar nada. Eu não posso nem se quer passar perto de comidas de altas calorias, se não meu uniforme não entra mais. Não sei como vou fazer no natal, para não ganhar mais calorias.

-- Você também não engorda, a diferença é que você tem mais seios do que eu, mas tirando isso, seu corpo é praticamente igual ao meu.

-- Ah, Bella pára com isso. Olha, a Stacy disse que percebeu que eu dei uma engordada, e tenho que perder.

Ah, então a loira aguada que tava falando isso. O que ela queria que minha prima tivesse anorexia, porque ela quase não comia direito, agora então depois que ela disse isso, a menina só passou a viver de água e salada.

-- Olha, se a gente fosse a um nutricionista. - eu sugeri. - Ele recomenda uma dieta saudável, eu pego algumas receitas light. Você não precisa ficar passando fome para manter a forma e, além disso, você malha tem que se alimentar.

-- Tudo bem. Mas vamos o mais rápido possível.

-- Tá amanhã, eu não vou ter curso por causa dos feriados podíamos ir depois da escola.

-- Tá. - e saiu.

Juro que eu não entendia a cabeça das meninas desse lugar. Como podem achar uma coisa só porque outra pessoa disse? Eu já não acreditaria só pelo fato de vim da boca de Stacy Roberts.

No outro dia, fomos a um nutricionista. Ele como eu suspeitava, disse a minha prima que ela não seu corpo não tinha mudado, e que ela precisava se alimentar  passou uma dieta para ela e fomos para casa. Quer dizer eu fui para casa, ela foi para o treino.

Peguei o livro de receitas que havia comprado e fiquei folheando, vendo as receitas. Todas eram bem praticas e simples, e o mais importante pareciam ser nutritivas e deliciosas, não sei quanto tempo fiquei ali olhando, eu lembrei-me de meu pai, Charlie nunca gostava muito de seguir receitas, mas sempre saia uma delicia. Às vezes ele criava as próprias receitas dele.

                “ Sabe Bells o segredo não está, no que você segue e sim nas suas mãos, não adianta nada você seguir o livro a risca e não ter o dom ou fazer com carinho.” - ele me disse quando eu perguntei porque ele não estava olhando o livro para fazer o Crepe.

                “ Isso, agora coloque uma pitada de orégano.”

                “ Orégano papai?” - perguntei incrédula - “ Acho que não vai ficar bom.”

                “ Confie em mim princesinha, vai ficar uma delicia” - disse ele, me dando um beijo na testa.

Não sei quando tinha começado a chorar, só vi quando minhas lagrimas mancharam a pagina di livro. Eu estava lendo uma receita de crepe light quando me lembrei. Ele sempre cozinhava comigo, era a melhor coisa do mundo. Sentia falta dele segurando minhas mãos quando para adicionar algum ingrediente em algum prato que fazíamos, sentia falta dele me chamando de princesinha.

“ Como vai minha princesinha?” - ele disse me pegando no colo. Apesar de já ter meus onze anos ele ainda me pegava no colo, acho que é porque sempre fui muito pequenininha.

Mesmo magro e abatido pela doença, ele ainda era alegre e mantinha aquela beleza que tanto me fascinava. Eu ficava super feliz quando diziam que eu era parecida com ele.

“ Papai, por que me chama de princesinha? Eu já passei dessa fase”

“ Porque, para mim você vai sempre ser minha menininha, minha princesinha, sempre” - ele disse com intensidade.

                Outras lembranças inundavam minha mente.

                “ Assim Bells, me segue, dó menor” - dizia ele apertando uma tecla no piano e eu repetia. - “ Muito bem, você está ótima meu amor.”

                Abri meu maior sorriso. Ele me deu um beijo na testa.

                “ Papai lembra aquela musica que compôs para mim?”

                “ Sim”

                “ Eu consegui tocar ela no violão.” Peguei o violão e comecei a dedilhar, a mesma melodia que ele tocava para mim antes de me colocar para dormir

                “ Lindo, ficou perfeito.” - ele me deu um beijo na testa - “ Vamos fazer assim, eu toco no piano e você no violão”

                Ficamos tocando por um tempo. Eu coloquei o violão preto com detalhes pratas de lado, com cuidado era o xodó de Charlie depois de mim.

                “ Ei, quando vai me dar o violão?” - perguntei descarada.

                “ Eu já te dei um Bells.”

                “ Isso você me deu um, muito bom e caro, mas eu quero aquele.” - Apontei para o xodó que estava em um pufe.

                “ Desculpa, princesa, mas não posso te dar seu irmãozinho ele faz parte do meu passado macabro” - ele rio - “ Ele me acompanhou por muita coisa, temos historias juntos. Quem sabe na sua formatura do colegial hein?” - ele piscou para mim. E voltou a tocar, eu andei até ele e sentei em seu colo.

As lembranças eram tão dolorosas, que chegavam a ser físicas. Senti que não conseguia respirar, me apoiei na mesa da cozinha para não cair.

Entrei no quarto do hospital, e vi meu Charlie, magro e abatido olhando e sorrindo para mim, seu sorriso era lindo.

“ Oi princesinha” - ele pegou na minha mão, a sua estava fria como se tivesse colocado-a no gelo. - “ Que bom que veio, estava com saudades. Gostou do meu presente, desculpe não ter ido passar o natal com você meu bem.”

“ Tudo bem” - eu disse com a voz fraquinha - “ Adorei o presente, foi o melhor de todos” - Ele finalmente tinha me dado o xodó dele, e antes da minha formatura. - “ Mas meu maior presente seria ver você bom logo, para voltarmos a tocar juntos.”

“ Em breve princesa, em breve. Bells quero que me prometa uma coisa” - ele olhou-me com aqueles olhos castanhos claros, que eu tanto amava.

“ O que?”

“ Prometa-me que jamais vai deixar de tocar e cantar, nem de dançar. Jamais vai deixar de sonhar e não vai deixar ninguém estragar seus sonhos e que vai ser feliz. Você me promete?”

“ Sim” - já estava chorando, ele me puxou delicadamente para perto dei um beijo na bochecha dele, depois deitei perto de sua cama e chorei, percebi que ele também chorava.

Eu já não agüentava mais, queria me livrar da ultima, mas não pude, ela sempre estava ali para me assombrar.

“ Mamãe, por favor, eu quero ver o papai” - pedi mais uma vez.

“ Não vai da Bella, não será possível, os médicos não deixarão entrar de novo” - ela disse, percebi que ela estava triste.

Phil entrou logo em seguida, e olhou a cena, minha mãe sentada no sofá e eu de joelhos, implorando para ela me levar para ver meu pai.

“ Conte logo a ela Renée” - disse Phil - “ Não, vão poder esconder por muito tempo, uma hora ela vai saber”

Minha mãe olhou-me com pena, e me puxou para sentar no colo dela.

“ Meu amor fique calma. E lembre-se eu estarei aqui sempre” - deu-me um beijo no rosto. - “ Ligaram do hospital, e bem Charlie havia piorado, desculpe meu amor, mas seu pai não resistiu ele já estava em fase terminal...”

Não terminei de ouvir o que ela falava, disparei porta afora. Ouvi ela e Phil me gritarem, mas eu corri mais rápido. Ainda não sei como consegui correr tão rápido sem tropeçar. Quando vi já estava dentro do ônibus que me levaria ao hospital. Quando cheguei ao ponto não esperei o veiculo parar completamente, disparei parei para dentro.

Corri procurando um elevador. Parecia que minhas pernas iam fraquejar, mas elas não podiam falhar agora, não agora. Cheguei ao quarto de Charlie, tinha um monte de enfermeiros e dois médicos, vi meus avós perto do leito de papai chorando. Eu cheguei mais perto e pude ver o medico retirando os aparelhos de respirar, e a sonda, o aparelho que marca os batimentos cardíacos estava parado,  não fazia mais aquele barulhinho que significa que o coração está batendo. Fui para mais perto e vi quando a medica fechou os olhos de Charlie.

“ Não” - murmurei. Todos pareciam não ter percebido minha presença, até eu começar a gritar. - “ NÃO” - falei mais alto. -“ Não, papai, não, você não pode me deixar, eu preciso de você, eu preciso. Quem vai cuidar de mim? Quem vai me ligar para me desejar boa noite?” - disse agarrada ao cadáver de meu pai. - “ Por favor, papai abre os lhos abre, por favor...”

Não vi, mas quando dei por mim já tinha sido arrancada do corpo de Charlie e levada para outra sala. Aplicaram algo no meu braço e eu apaguei.

Aquela lembrança foi demais para mim. Lembrar-me do meu Charlie, que era sempre alegre, pálido, frio, sem vida, sem sorrir para mim, ou falar que eu era sua princesinha.

Lembro-me quando questionei porque ele me chamava de princesinha, se ele não era rei, nem Renée era rainha. Ele sorriu e disse:

“ Todo pai tem uma princesinha. E você é a minha”

Não resisti, não conseguia respirar. E não vi mais nada a não ser a escuridão.

-- Bella? Oh, meu Deus Bells. - Não reconheci a voz.

-- Vamos levá-la para o sofá.

-- Vou pegar água.

Havia um monte de voz, que não conseguia identificar. A minha cabeça estava pesada e meu peito doía e ainda não conseguia respirar. Consegui abrir os olhos, tinha muitas pessoas na sala, mas não conseguia enxergar os rostos.

-- Bella você está bem? - perguntou-me a voz mais uma vez. Consegui balançar a cabeça. - Karen ligue para minha mãe, diga a ela que a Bells está mal.

Não sei se ela foi ou não. Ouvi o telefone tocar e Karen atender.

-- Alô. Alô. - ela disse mais uma vez. - Oh, meu Deus Bella...

Foi a ultima coisa que eu ouvi.

Edward

Já fazia alguns meses, que eu estava no Alasca com minha família. E também alguns meses que eu estava me envolvendo com Tanya, na esperança de esquecer aquela garota que jamais poderia ser minha.

Vezes ou outra eu me perguntava o que será que ela estava fazendo.

Eu me sentia um idiota por não ter escutado Alice. Na esperança vã, de esquecer Bella, eu realmente achei que com o tempo começaria a sentir algo por Tanya. No começo confesso que foi legal, tive experiências com ela que nunca havia tido. Mas depois percebi meu grande erro. Eu nunca me apaixonaria por Tanya.

Eu achei que seria simples, que se eu ficasse com ela. Mas não era, eu estava infeliz e o pior fazia Tanya infeliz, a pesar dela não demonstrar, pelo menos não na frente da minha família. Depois de algumas semanas juntos Tanya começou a cobrar meus sentimentos. Ela dizia que me amava e queria que eu amasse também e dissesse isso. Eu poderia simplesmente dizer que a amava, mesmo sabendo que não era verdade, mas eu não gostava de mentir.

Para piorar minha situação Alice, também não falava comigo e eu ficava cada vez mais deprimido, porque se pelo menos pudesse ouvir-la dizer que meu futuro com Bella estava  certo, já me sentiria feliz, mas ela não me dizia nada, e muito menos deixava-me ler seus pensamentos.

Então para aliviar meu sofrimento eu sempre ligava para a casa da tia de Bella, eu nunca falava nada, quando atendia - que para minha alegria era quase sempre Bella. Às vezes tinha imensa vontade de falar para ela me esperar, que estava indo buscá-la, mas não conseguia, eu era covarde de mais.

Mas só de ouvir sua doce voz, já me deixava feliz. Em alguns dias ela estava tensa. Tentei perguntar para Alice se ela poderia ver o que acontecia com Bella, mas ela sempre me ignorava. Eu tinha uma imensa vontade de me chutar por ouvi Rosálie.

Liguei para Bella, seguidas vezes na semana. As vezes ligava mais de duas vezes por dia. Eu tinha medo que a tia dela mudasse o numero de telefone pensando em se tratar de um trote.

E depois de mais uma discussão com Tanya, por mais uma vez não ter feito sexo com ela - aquilo já estava passando dos limites Tanya era insaciável e eu não queria ferir seus sentimentos. Pois sempre via o rosto de Bella no lugar do de Tanya -. Então mais uma vez fui refugiar-me da minha dor, ligando para Bella, mas desta vez foi uma foz diferente das que eu estava acostumado a ouvir.

-- Alô! Alô! - pediu mais uma vez uma voz desconhecida, ela parecia tensa. - Oh, meu Deus Bella.

Fiquei tenso de repente. Será que aconteceu alguma coisa com minha garota. Ouvi a respiração da garota se acelerar do outro lado da linha.

“ Pelo amor de Deus Karen desliga esse telefone e ligue para minha mãe logo. A Bella desmaiou de novo. Seja lá quem for vai ligar de novo. Anda rápido.” - Uma voz gritou então ela realmente não estava bem. Fiquei nervoso com vontade de pegar um carro e dirigir até chegar na Califórnia.

A menina ainda estava na linha então pude ouvir outra pessoa gritando do outro lado.

“ Ela está ficando roxa, acho que não está resopirando. Pelo amor de Deus Karen desliga a droga do telefone e liga logo para a Claire.” - a voz de outra menina gritou, quando tive coragem suficiente para perguntar o que estava acontecendo o telefone, ficou mudo.

Fiquei tenso andando de um lado para o outro. Só tinha uma pessoa que poderia me ajudar.

Disparei escada acima, e entrei no quarto de Alice. Ela estava separando algumas coisas com Jasper.

-- Nossa Ed. Que tensão é essa? - perguntou Jasper preocupado.

Não lhe respondi, fiquei olhando para a baixinha, que me ignorava.

-- Alice, por favor, eu acabei de ouvir pelo telefone... - respirei fundo. - Preciso saber como ela está.

Ela não respondeu, agiu como se eu não tivesse dito nada.

-- Alice, até quando vai continuar agindo assim? Isso é infantil. Alice me ajuda, por favor? - eu estava quase de joelhos.

“ Como você desejou, eu não irei me intrometer na sua via Edward então nem adianta insistir” Ela pensou. Que ótimo.

Olhei-a com raiva, tive vontade de sacudi-la, até ela me ouvir, Jasper percebeu e se postou ao lado de Alice, me fazendo ficar mais calmo.

“ Calma Edward, você sabe como ela é. E você tem que admitir, que foi grosseiro com ela. Alice ainda está magoada. Sabe como ela é sensível.”

Sai do quarto batendo a porta com raiva. Desci e fui para sala, lá estavam Rosálie e Tanya. Que ótimo. Elas estavam vendo um catalogo de noivas. Ao que parecia, Rosálie planejava se casar de novo.

Sentei-me na banqueta do piano, e encostei minha cabeça no instrumento. Fazia tempo que não me sentia motivado a tocar. Sentia duas mãos acariciar meu peito e meu abdômen por debaixo da camisa.

“ Sabe, vendo aqueles vestidos de noiva com Rosálie me deu uma vontade enorme de casar-me. O que você acha?” Tanya disse-me em pensamentos enquanto beijava meu pescoço.

-- É cedo ainda para pensar em casamento não acha? - Disse da maneira mais cordial que pude. Acho que não seria legal falar que não queria casar-me com ela.

-- Amor? - dizia ela enquanto beijava meu pescoço. - Faz uma música para mim? - pediu manhosa.

-- Você sabe que não é assim Tanya. Eu tenho que está inspirado.

-- Então, que tal de se eu te inspirasse no quarto?

                Ela não me deu tempo de responder, me puxou com toda a sua força para o meu quarto.

                Algum tempo depois consegui que Tanya me deixasse sair do quarto. Não sei mais por quanto tempo eu agüentaria isso. Varias vezes pensei que se fosse com a Bella eu adoraria ficar trancado por dias no quarto com ela.

“ Uhh, Tanya te deu a carta de alforria Ed?”

Tinha que ser o Emmett, para fazer esses tipos de comentários. Jasper estava com ele, me analisou atentamente, mas não disse nada só balançou a cabeça.

-- Edward você está péssimo, mais que péssimo devo dizer.

-- É mesmo Emmett? Então me diz um motivo para eu estar de bom humor?

-- Bom eu não vou te dar motivos, mas você sabe o que tem que fazer. Eu não preciso ler mentes, nem ter o dom do Jazz para saber que você está sofrendo, que está infeliz. Até mais que antes de conhecer aquela garota.

-- O que é vai colocar a culpa nela também Emmett? - perguntei com raiva.

-- Não até porque eu sei, que ela não deve fazer a mínima idéia que o idiota do meu irmão está sofrendo por ela. Vamos ser realista Edward, Alice tinha razão essa sua felicidade alternativa nunca iria dar certo. Você está infeliz e está fazendo Tanya infeliz também. Por que não acabar logo com isso? - Eu nunca havia visto Emmett falar assim comigo.

-- Emm tem razão Ed. - Jasper se pronunciou pela primeira vez. - Você está sofrendo. E quanto a Tanya não se preocupe em dar a noticia a ela.

-- Por que não? - perguntei confuso.

-- Ora Edward está na cara que ela não sente amor por você. Atração sim, desejo. Mas amor não. Ela só resolveu insistir com você porque foi o único que a rejeitou.

-- Eu não sei o que fazer.

-- Você sabe. Claro que sabe Ed. - Emmett suspirou. - Bom eu e Jazz vamos caçar, até mais tarde.

Eles saíram. E eu fiquei sozinho com minhas duvidas. Era difícil saber qual caminho certo a seguir.

Desci as escadas e encontrei justamente quem eu queria, Esme estava sentada no sofá desenhando em um bloco, provavelmente planejando mais uma reforma.

-- Oi, meu bem. - ela me disse com doçura. - Posso ajudá-lo em alho?

-- Sim, acho que preciso de colo de mãe.

Ela riu, deixou o bloco e a caneta em cima da mesinha de centro e abriu os braços. Fui até ela e deitei minha cabeça em seu colo, enquanto ela afagava meus cabelos. Era uma sensação tão boa.

-- Então, o que meu filhinho lindo tem?

-- Eu não sei o que fazer. Eu não estou feliz com Tanya como eu pensei que ficaria, e pior estou fazendo-a sofrer também, eu simplesmente não consigo tirar Bella da cabeça.

-- Bom, eu não falei nada antes, porque vocês tomam suas decisões sozinhos, e eu não gosto de me intrometer, cada um sabe o que é bom para si mesmo, mas como isso está afetando a sua felicidade, vou ter que falar tudo o que penso.

“ Nunca achei que fosse uma boa idéia, essa historia de você se envolver com Tanya. Por isso não falei nada, eu cheguei a repreender Rosálie por isso, mas como você tomou a sua decisão, não pude fazer muita coisa. Mas não gosto de ver você sofrendo Edward, isso me mata.”

Ela respirou fundo, e continuou:

-- Ed, todo relacionamento as duas partes tem que se envolver igualmente, para dar certo ambos têm que estar comprometido. Não adianta vir com essa historia de “eu amo por nós dois”, e só em alguns casos o sentimento mutuo vem com o tempo. Mas você sabe como é para nós Edward nós não mudamos...

-- Mas e se ela não sentir o mesmo Esme? - eu a interrompi. - Quero dizer eu sei que a amo, com todas as minhas forças, mas e se ela não sente o mesmo por mim, o que me adianta?

-- E por isso você se joga em um relacionamento infeliz? - eu virei para olhar eu seus olhos. - E você nem ao menos perguntou para ela. Eu sei que você tem medo, meu amor, eu sei que vai ser difícil, devido ao que nós somos, mas quem sabe a reação dela não seria diferente? E se ela também te amar. Eu sei também que se preocupa pelo fato dela ser uma menina ainda, mas meu bem ela vai ficar mais velha e você pode esperar. Não precisava se envolver com alguém que você não gosta e ficar sofrendo. E sinceramente não acho que Tanya te ame tão profundamente quanto ela diz.

Esme tinha razão, eu estava tão desesperado e com medo, que aceitei o primeiro conselho que me deram. E logo de quem foi Rosálie, eu deveria ter procurado minha mãe, ou meu pai, até mesmo Emmett. Fui um tolo.

-- Eu fui um tolo. - disse por fim.

-- Não meu bem, não foi. Mas ainda da tempo de resolver isso, antes que fique tarde de mais.

-- Tem razão obrigada mãe.

-- De nada. - ela inclinou o rosto e beijou-me na face.

Eu sabia o que tinha que fazer, não podia mais perder tempo, mas tinha medo de machucar Tanya. Então eu não sabia o que fazer nem como fazer.

(*)

Os meses foram se passando a situação estava insuportável e eu cada dia mais infeliz. Eu sentia que meu tempo estava se esgotando, eu tinha que dar um fim nisso  o mais cedo possível.

Então um dia tomei a decisão, eu ia terminar tudo com Tanya era agora ou nunca. Conversei com Carlisle e Esme, eles disseram para fazer o que eu tinha que fazer, eles só não agüentavam me ver sofrer.

Fui para meu quarto, trocar de roupa depois de caçar. Quando cheguei no quarto encontrei Tanya deitada na minha cama.

-- Oi Ed. - disse ela sorrindo maliciosamente.

-- Oi Tanya. Quem bom que está aqui. Precisamos conversar.

“ Oh, será que ele finalmente vai dizer que me ama, e me pedir em casamento?”

-- Não Tanya, não é nada disso. - Ela me olhou confusa. Respirei fundo e continuei. - Você sabe que estamos juntos já faz algum tempo, na esperança de que eu, um dia fosse sentir algo por você. E juro que eu tentei retribuir todo o sentimento que você tem por mim, mas eu não consegui. E ao invés de ser feliz e fazer você feliz, estamos os dois sofrendo.

-- Edward... - ela começou a falar, mas eu a impedi.

-- Não adianta esconder Tanya, eu sei que você sofre também e muito. Eu não agüento te fazer infeliz. Desculpe Tanya, mas não podemos mais continuar com isso. Não quero mais magoar você.

-- Então você está realmente terminando comigo?

-- Sim. Eu sinto muito Tanya.

-- Tudo bem, eu sabia os riscos. Só me responde uma coisa. É por causa da garota não é?

-- Não só por ela, mas também por mim e por você.

Ela abaixou a cabeça e depois levantou sorrindo para mim.

-- Bem não se pode ter tudo  o que deseja na vida. Ainda amigos? - ela estendeu a mão.

-- Sempre. - Ela se aproximou de mim e me deu um abraço e em seguida me beijou nos lábios, eu retribui por um tempo depois me afastei. - Tanya?

-- Desculpe, mas se é despedida, tenho que aproveitar. - Ela piscou para mim e saiu em seguida.

Fui de novo para sala, toda a família estava reunida, e pelo que eu pude perceber todos ouviram, meu rompimento com Tanya.

-- Como você pode fazer isso, com minha amiga seu insensível? - Rosálie levantou-se vindo em minha direção. Emmett a segurou.

-- Rosálie, já chega Rosálie! - disse Esme. - Você sabe o quanto eles estavam infelizes juntos. Bom estamos reunidos aqui porque Carlisle tem uma novidade muito importante.

-- Obrigada, querida. - disse Carlisle pegando a mão dela. - Bom, recebi uma proposta para dirigir um hospital em uma cidade em Washington D.C., Forks o nome da cidade, é uma cidade pequena, mas a boa noticia é que vive nublado o ano todo, poderemos andar de dia tranquilamente. Alias toda a Península Olympic é nublada, praticamente o Estado inteiro de Washington, podemos andar livremente e é claro as opções de caça são muito boas. Então o que acham.

-- Eu topo. - fui o primeiro a dizer, ia ser bom voltar para os EUA. Alem disso ia ficar um clima chato com Tanya depois do nosso rompimento.

-- Opa, também estou dentro. - disse Emmett, eu sabia o que ele estava tramando. Mais competições.

Alice e Jasper trocaram  um olhar e assentiram um para o outro. Era estranho como eles conseguiam se comunicar mesmo sem poder ler a mente um do outro, mas era como se pudessem.

-- Alice e eu também vamos. - disse Jasper por fim.

-- Eu também topo, vai ser bom mudar um pouco. - disse Rosálie e abraçou Emmett.

-- Bom já que estão todos de acordo. Nos mudamos em agosto. E se vocês quiserem podem estudar de novo. - disse Carlisle rindo.

-- Isso é ótimo, tenho vontade de voltar ao ensino médio. - comentou Rosálie. Que por incrível que pareça estava animada.

-- Bom então tudo resolvido. Já temos uma casa lá, só precisa fazer uma pequena reforma e isso não será problema, podemos ficar em Seattle enquanto a casa não fica pronta.

Todos nós concordamos, estavam todos animados, até eu exceto o fato de freqüentar a escola, passar pelo ensino médio de novo. Enfrentar um bando de adolescentes me bombardeando com pensamentos não era nada atraente, os pensamentos das garotas humanas eram os piores, elas sempre pensavam coisas impróprias.

Mas ia ser bom, estaríamos todos juntos, era o começo de uma nova vida. E também tinha outros planos como procurar por Bella e contar tudo a ela.


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