Aquela magia escrita por luud-chan


Capítulo 1
ღ Come on, skinny love, what happened here?


Notas iniciais do capítulo

ALGUÉM ME PARA, AI MEU DEUS, ESCREVI OUTRA, NÃO ERA PRA ISSO TER ACONTECIDO /SURTAMD

T_T Gente, o povo do tumblr tá surtando e estou indo na onda. Tanto que vi um headcanon lindo, sobre a "One magic", aquela lá do amor e blábláblá, e quando o Natsu virar um demônio mesmo, a Lucy vai salvar ele com isso.

JÁ PENSOU? PODEM TRAZER O CAIXÃO E ME ENTERRAR /ÇOCORR

Falando no CAPS LOCK, PQ TÔ MORRENDO. KKKKKKKKKKKKKKK /foge/

Enfim, pra ficar empatado, fiz ao contrário dessa vez... É...

Boa leitura?



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Vamos, frágil amor, apenas dure o ano

Aquela magia. Era isso. Quando ela ainda era pequena, sua mãe tinha lhe falado sobre a origem da magia.

— Embora seja um poder incrível, que possa vencer qualquer coisa, da mesma forma, é extremamente frágil — Layla explicou com o tom de voz ameno.

— O que a senhora quer dizer, mamãe? O que pode ser tão forte e tão frágil ao mesmo tempo? — Lucy perguntou com os olhos castanhos fixos nela, curiosos, pedindo por mais.

Layla dera uma risada.

— O amor. Se for forte o suficiente, ele pode passar por cima de qualquer coisa, resiste aos maus tempos. E ele também pode curar, fazer com que as pessoas sintam vontade de viver.

— E por que é tão frágil? — indagou novamente, com um biquinho, ainda tentando entender.

— Porque se não for cultivado com cuidado, ele simplesmente desaparece. O amor precisa ser regado todos os dias, incentivado a crescer.

— Parece que cuidar do amor é complicado — comentou, arrancando uma risada da mãe, que bagunçou levemente seus cabelos em seguida.

— Quando você for maior, vai entender, minha pequena Lucy.

E agora ela entendia perfeitamente sobre o que a mãe falava. O amor era simples de entender, mas era extremamente difícil de lidar. Mesmo sem saber, Lucy foi cultivando com cuidado o sentimento cálido que sentia por Natsu. Não. Ele também ajudou a cultivar. Invadindo o seu apartamento, protegendo-a e consolando-a. Com seus abraços inconvenientes, seu ciúme quase discreto e seu senso protetor.

No fundo, ela sempre soube. Sempre soube que o amava; só não tinha tido coragem o suficiente para admitir isso para si própria e para ele. Era patética, isso que ela era. Falar sobre o que sentia em um momento como aquele...

Lucy Heartfilia era egoísta.

O sangue continuou descendo por sua testa, mas ela não se importou. Deu um passo à frente, um sorriso preso em seus lábios trêmulos.

Coloque um pouco de sal que nunca tivemos aqui
Meu, meu, meu, meu, meu, meu
Encarando a poça de sangue e verniz esmagado

— Lucy! Não se aproxime! — Gray gritou a vários metros de distância, segurando o braço quebrado. Juvia o abraçava, assustada. — Ele não pode mais ouvir você!

Ela ignorou-o. Se ele não podia mais ouvi-la, tudo que precisava era arrumar uma maneira de alcançá-lo e obrigá-lo a isso.

Tudo em sua volta estava destruído, os pilares caídos, as chamas engolindo as construções, tudo estava um caos. Ele estava parado, encarando o nada, apenas apreciando o próprio trabalho. Parte das chamas a lamberam, mas não queimaram. Ainda que tivessem um sentimento destrutivo, também era extremamente familiar. Ainda havia algo acolhedor ali.

— Lucy-san! — Juvia também gritou, mas ela já não conseguia os ouvir.

— Ei, Natsu — ela começou, os pés nus tocando o chão cheio de detritos, a pele ardendo com o calor das chamas a medida que se aproximava. — Você se lembra da origem da magia? Você se lembra, não é? Eu finalmente entendi o que significa e eu vou usar isso pra salvar você... — Sorriu.

— Você não pode mudar isso — ele rebateu com um sorriso de escárnio. — Natsu Dragneel não existe mais, ele não está mais aqui. — O fogo avançou mais na direção dela, mas isso não foi o suficiente para que a fizesse parar. — Desista, Lucy.

— Não acredito em você — declarou. As lágrimas desceram, deixando uma trilha e manchando seus lábios. Ela esticou a mão na direção dele, mais alguns passos... E tudo ficaria bem. — Eu sinto, até mesmo nas chamas, que o Natsu que eu conheço, ainda está ai.

— Tolices — sibilou e estalou a língua.

Ela juntou as duas mãos no peito e um brilho muito forte começou a surgir dali. Lucy avançou ainda mais, olhando-o diretamente nos olhos verde-musgo. Ele não compreendia, como ela podia sorrir naquela situação? Como ela podia sorrir quando os pés estavam sendo cortados e a pele sendo queimada?

Quando estava perto o suficiente, abraçou com toda a força que ainda tinha, mas aquele Natsu não retribuiu o gesto, apenas ficou parado, incrédulo.

— A origem da magia é o amor— sussurrou para que apenas ele pudesse escutar, ouviu o coração dele bater uma única vez e apertou o rosto contra o peito dele. — Eu imagino que agora, você esteja imerso na escuridão, tão imerso que mal consegue se lembrar de quem realmente é, não é? Eu sinto muito por isso. Não queria que você se sentisse assim. Mas nós vamos mudar isso, certo? — Levantou a cabeça para encará-lo.

— O que você está dizendo? Me solta! — Tentou se desvencilhar do toque dela, o que serviu apenas para que ela apertasse ainda mais os braços em sua volta.

— Está tudo bem agora. — A luz os envolveu, ficando cada vez mais forte. — Lembra quando Jose me raptou e você me salvou? Antes de eu me jogar, eu tinha certeza que você estava ali, por algum motivo, eu sabia que você viria me salvar. Eu senti isso. — A risada dela foi abafada por um grunhido dele. — Talvez... Tenha sido naquele momento que eu realmente me apaixonei por você, Natsu.

— Humana estúpida. Quantas vezes eu vou precisar dizer? — rosnou. — Você não pode fazer NADA! NADA! DESISTA!

— Até mesmo agora você não me escuta, não é? O Natsu que eu conheço é assim, sempre teimoso. — Suspirou. Parecia que havia uma bola entalada em sua garganta.

— Eu vou matar você! — ameaçou.

Eu digo ao meu amor para destruir tudo
Corte todas as cordas e deixar-me cair
Meu, meu, meu, meu, meu, meu

— Se o Natsu realmente não está mais ai... Então por que você está me avisando ao invés de fazer? — Ele arregalou os olhos, tomando consciência dos seus atos. Aquilo era verdade... Por que estava avisando? Por que estava hesitando? Sentiu os dedos dela acariciarem suas bochechas e ficou paralisado. — Eu não queria dizer isso assim. Eu imaginei que estaríamos sozinhos, em um jantar ou algo parecido... E não no meio da destruição. Mas isso é realmente sua cara, não é?

Natsu rugiu, abafando outra vez a voz dela. Sentia como se algo estivesse prestes a rasgá-lo e a sensação era insuportável. Não conseguia lidar com aquilo. Por que estava tão angustiado e amedrontado? Esses eram sentimentos tão humanos. E ele não era um. Então, como poderia se sentir dessa forma? Uma parte de si parecia lutar e querer se libertar, dizendo-lhe que o que estava fazendo não era certo. Enquanto outra, apenas era guiada institivamente, sedenta por sangue, por morte, por mais.

E o lado selvagem estava vencendo a batalha.

A luz que vinha dela, cegou-o momentaneamente. Aquilo, seja lá o que poderia ser, doía. Precisava pará-la, antes que algo que não queria acabasse acontecer.

— PARE! — gritou.

— Natsu, eu amo você, sabia? — foi a última coisa que disse, antes da magia cobri-los por completo.

O grito animalesco ecoou pelo campo de batalha, completamente devastado. Gray tentou se levantar e correr na direção de Lucy, mas a magia jogou tanto ele quanto Juvia para longe. O fogo que tomava conta das casas repentinamente se apagou, deixando apenas cinzas. O céu escuro trouxe nuvens espessas e a chuva começou a cair, torrencialmente, encharcando tudo.

Quando a luz se dissipou, Natsu segurava Lucy contra o seu corpo, o sangue borrando os lábios dela, não só a boca sorria, como os olhos também. O buraco em seu estômago não parava de sangrar e ela tossiu.

— Lu...cy — Natsu murmurou, os olhos arregalados de pavor. — Lucy!

No último momento, tentou lutar contra o seu eu, tentou desviar o ataque, realmente tentou. E ainda assim, atingiu-a no estômago, abrindo um buraco tão grande, que nem conseguia imaginar como ela ainda estava viva entre seus braços.

E a dor atingiu como uma faca. Tinha sido ele o causador daquilo. Ele tinha a matado.

Não.

Não podia ser verdade.

— Viu só? — Tocou o rosto dele com a ponta dos dedos, falando com dificuldade. Lucy estava com tanto sono. E a chuva, ah! Adorava dormir ouvindo a chuva no telhado. — Eu disse que poderíamos mudar isso. Você fica bem melhor sem os chifres. — Sua voz não passava de um sussurro engasgado, mas ela continuou: — Você deveria me trazer um cobertor, está realmente frio aqui.

— Lucy. — Tudo que ele conseguia fazer era repetir o nome dela de forma débil. Como ela se atrevia a continuar sorrindo para ele, falando com ele, como se ele fosse inocente? — Eu...

— Você não precisa dizer... — Tossiu mais sangue e deixou o braço cair ao lado do corpo, a vida quase se esvaindo dela. — Só porque eu disse.

Eu amo você. Amo você, estranha. Me desculpe, me desculpe.

Ela riu.

— Por que você está se desculpando? — Fechou os olhos. — Você está vivo, não é? — Ela não sentia mais nada além do toque quente dos dedos dele em sua cintura gelada. — Dessa vez, fui eu quem salvei você.

— Não fale mais — Natsu pediu, o nariz afundado nos cabelos molhados. — Obrigado.

— Vai me deixar dormir agora? Eu estou com sono — sussurrou em um fio de voz.

— Você não pode! — Levantou do chão com ela no colo e correu. — Wendy! Wendy! Alguém!

— Não grite, Natsu — ela pediu. — Eu não posso dormir assim...

Eu te disse para ser paciente
Eu te disse para ficar bem
Eu te disse para ser equilibrado
Eu te disse para ser gentil
De manhã, eu estarei com você
Mas será de um jeito diferente

— Aguenta mais um pouco, que ficaremos bem — implorou, chorando. — Ficaremos bem.

— Nós... — Suspirou, cansada e antes de finalmente se render ao sono, terminou: — Estamos bem.

— Não, Lucy, não. Não faça isso. Por favor, por favor. Acorda, acorda. — Caiu de joelhos no chão e com ela apoiada em seu colo, afastou o cabelo molhado do rosto pálido e balançou de leve os ombros dela. — Lucy! LUCY!

Vamos, frágil amor, o que aconteceu aqui?

Ele a segurou entre os braços, sem vida, pálida, frágil. Juntou os lábios aos dela, com esperança que isso a fizesse voltar. Se o amor era a origem da magia, então teria que funcionar, ela teria que voltar. Ao menos que o seu amor não fosse o suficiente...

— Natsu... — era a voz de Gray, mas ele não podia dar atenção para ele agora. Tudo que importava era Lucy. — Natsu, pare, ela está...

— NÃO! — Balançou a cabeça. — Vamos lá, Lucy. — Beijou-a outra vez. — Me bata por ter feito o seu primeiro beijo ser assim. Se você acordar, eu prometo que vou tomar mais cuidado e não vou queimar seus livros. — Soluçou. — Vamos lá, Luce!

— Natsu, pare com isso! Ela está morta! — Gray gritou entre as lágrimas. — Apenas, pare...

— Não faça isso comigo — sussurrou, abraçando o corpo dela com força. — Não morra.

Era tarde demais.

— Mamãe, eu acho que apesar de tudo, quando eu realmente entender sobre o que a senhora está falando, vou fazer de tudo para que o amor não morra, como aconteceu com as tulipas do nosso jardim. Eu vou cuidar dele, para que continue vivendo, independente de qualquer coisa.

— Você está certa, Lucy. Se você ama, pode fazer qualquer coisa.

— Eu prometo que vou!

Agora todo o seu amor é desperdiçado?
Quem vai te amar?
Quem vai lutar?
Quem vai cair para trás?
Vamos, frágil amor...
Meu, meu, meu, meu, meu, meu, meu, meu


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Notas finais do capítulo

._. Oi? Acho que não vou ser crucificada, então ok eu aparecer novamente. hehehe.

O que eu posso dizer? Eu realmente estou cheia das teorias (não leia a partir daqui se você não gostar de teorias ou whatever), e vou ser cara de pau e comentar ela aqui né.

Tudo aponta que o Natsu é realmente o END ou ao menos tem algo a ver com isso. Desde o começo, quando a gente para pra ver, foram os detalhes. Antes do Igneel, parece que o Natsu não se lembra mais de nada. Ok que ele era pequeno, mas mesmo assim, ele lembra do Igneel, não é? E na saga da Phantom (não me recordo se foi o mestre ou a Erza), disseram que sentiam algo muito poderoso vindo e no caso era o Natsu. Ok que temos o protagonismo e tal, mas não acho que era só isso. Mashima faz umas coisas que vai se ligando ao decorrer do manga, então fiquei cheio de suspeitas. Quando tem aquela 'competição' do Laxus, o Natsu não conseguiu sair pela barreira (o furo aqui, é que o Gajeel também não. Será que ele é um demo tbm? /nn), mas minha teoria pra essa parte é por causa da magia deles, que é muito antiga. Mas sei lá, né. Vai que cola. E o Zeref? POR QUE RAIOS O ZEREF FICA ATRÁS DELE QUE NEM UMA EX-NAMORADA CHUTADA E FALANDO "NATSU..." "NATSU..."? u_u Não me conformo, e ainda mais porque ele disse que o Natsu era o único que poderia pará-lo. Então penso que ele é sim o demo mais forte, só que selado.

Sussurrando: o que o Maxxima está aprontando? Estou no aguardo por muito feels, ÇOCORR.

Enfim, chega de falar, porque falei demais, né? Mentira, tem mais uma coisa: acho que se o Natsu machucasse a Lucy de alguma forma, ele ia ficar depressivo pra sempre. Ou no caso, matasse a bixinha sem querer ou algo do tipo. :'( /corre

Ok, tô indo. Espero que alguém leia isso, sério mermo, hehehe. E que comentem também, vamo bater um papo sobre as teorias! (Pena que aqui não tem aquilo de reply, daria uma boa conversa, não é?)

Beijo e boa noite!

ps: será que por causa do beijo eu deveria colocar um aviso de necrofilia? UAHAUAHUAH /foge

02/08: Deixando isso aqui, por motivos de feels http://phantombones.tumblr.com/post/93638162787/the-one-magic-1-2-3-4