Não importa quão NERD você seja, nunca chegará ao meu nível. Enquanto adolescentes da minha idade fecham os computadores quando os pais estão próximos, a fim de esconder conteúdo erótico; o único medo que eu tinha era minha mãe descobrir que meu clipe favorito chama-se “A Balada de Bilbo Bolseiro” o qual traz nada mais, que o primeiro ator a interpretar Spock em Star Trek vestido a caráter num ambiente totalmente alternativo.

Vocês devem estar se perguntando “Por que isso seria motivo de vergonha?”. Acho que alguém que vive repetindo o refrão “Bilbo! Bilbo! Bilbo Bolseiro, o mais corajoso pequeno Hobbit de todos”, não pode ser levado tão a sério.

Fora isso, por ironia do destino, meu nome é Dexter. E, quando falo que meus pais foram muito sacanas comigo, é porque não me pareço nada com aquele Dexter Morgan, serial killer, que possui uma série de livros e um seriado com 8 temporadas. Nele vemos um cara alto, definido, bonito, trabalhando como analista forense que, aliás, não deve ser muito creditado já que na primeira temporada consegui encontrar vários problemas na investigação.

Bom, eu sou baixo, gordo e, só não pareço mais com o personagem principal de O Laboratório de Dexter, porque não sou ruivo. Apesar de todas essas “qualidades” eu até que sou um cara bem popular.

Popular entre meus amigos, caso tenha esquecido de mencionar. Faço parte do grupo que participa das Olimpíadas Escolares, coleciono vários troféus como campeão das provas de física, matemática, astronomia e biologia (não sou muito ‘chegado’ na área de humanas, apesar de ter médias próximas a 9,5). Fora isso, sou um adolescente comum, gosto de seriados, videogame, cinema, música, livros, programação, automação industrial, física nuclear, história da conspiração, engenharia genética, enfim. Talvez não tão normal assim.

Além de ser extremamente ocupado durante todos os dias da semana, principalmente sábado e domingo em que reservo meu tempo para construir o Georgio que, nada mais é que meu robô-empregado YBR 54967 Versão 2.7 W2. Acho que esse nome precisa ser melhorado, mas não me vem nada mais simples à cabeça agora.

Ah, tem uma coisa que não contei para vocês. Além de toda essa “nerdice”, escrevo fanfics. Possuo três fanfics sobre “Game Of Thrones”, porque as pessoas precisam saber mais sobre as personagens que R. R. Martin acaba matando e toda a teoria por trás da ‘breve-vida’ delas porque, vamos combinar, se o livro pingasse sangue eu não ficaria surpreso.

Minhas outras histórias são sobre assuntos do cotidiano. Tenho uma sobre “A psicanálise aplicada em As Crônicas de Nárnia”, e outra “Teorias do Futuro Finito em O Senhor dos Anéis”.

O que me incomoda, em certo ponto, é que elas não fazem tanto sucesso e não entendo o porquê. Já recebi comentários de pessoas perguntando se eu era deste mundo, como eu poderia ‘viajar’ tanto nas minhas ideias. Mas elas simplesmente aparecem.

É por isso que agora estou decidido, irei mudar. Cansei de ser o NERD que tropeçava no cadarço do tênis quando via o ‘valentão’ da escola vindo em sua direção. Ou engasgava com a água do bebedouro quando as meninas da ginástica me olhavam para sacanear.

Apresento “O Manual NERD para Quase-adultos”. Um livro que ensinará a você, pobre Hobbit abandonado a sobreviver.

Nota 1: Nenhum testrálio ou quimera foi ferido neste Prólogo.

Nota 2: Em caso de amor platônico por sereias, aguarde o próximo volume da série intitulado “O Guia do namoro sereiano: uma análise psicológica de Ariel em A Pequena Sereia”.