*Eu revirei os olhos! Dai-me PACIÊNCIA! Porque se me der uma arma eu vou dar um tiro neles! Enfim, quando meus amiguinhos pararem de discutir eu vou finalmente acabar com a nossa amada Alice. Muahahahaha.

Continuação...

Eu tinha um plano. Eu e meu esquadrão da confusion (~Le um Gay que ama mandar indiretas, uma patricinha animada, e uma romântica incorrigível) iríamos fazer com que Alice fosse expulsa da escola.

O corredor da escola estava vazio. O sinal já havia tocado e todos estavam na sala. Eu caminhei lentamente até o armário da Alice. Eu peguei um grampo e abri o armário colocando panfletos lá dentro e fechando o armário de novo. Vi isso num filme e deu certo! O lance do grampo funciona!

Algum tempo atrás eu descobri que os meus queridos professores estavam namorando! A professora de História e o de Matemática. Isso era contra as regras da escola. Mas eu não contei para ninguém porque eu sabia que uma hora eu precisaria desse segredo.

Vocês sabem que segredos não são só segredos! São armas que usamos quando precisamos. O plano era o seguinte:

Eu iria espalhar panfletos por todo o corredor dando a noticia que nossos professores estavam namorando. Eu iria espalhar os panfletos pela escola toda! Eu passei horas fazendo os malditos panfletos! Daniel estava vigiando Alice. Ele impediria ela de chegar ao armário dela! Porque eu coloquei o resto dos panfletos no armário dela!

Melaine e Vicky ficaram de vigia nos outros corredores, mandando mensagem quando o corredor estivesse vazio. Eu sentia muito por estar dedurando os nossos professores. Coitados! Eles eram legaizinhos, né? Mas fazer o que... È o circulo da vida! A corda sempre arrebenta pro lado mais fraco...

Eles iriam ficar furiosos quando vissem que os panfletos que estavam rondando a escola toda, vinham do armário da Alice! Eles iriam fazer da vida dela um inferno! Posso até ver... Vários trabalhos com notas vermelhas, provas mais difíceis para ela, contariam mentiras pros pais dela na reunião só pra ela ficar de castigo... E então ela não aguentaria o ódio deles e iria para outra escola!

Esses professores quando ficam furiosos são que nem demônios! Acreditem em mim! Eu falo por experiência própria... Nunca faça nada para merecer esse ódio mortal deles!

Eu espalhei os panfletos por toda a escola! Quando o diretor vesse aquilo... Ui! Pobres professores! E quando eles descobrirem que foi a Alice... Ui! Pobre Alice! O sinal tocou anunciando o intervalo. Corri para o pátio que estava enchendo de pessoas, a maioria pegando os panfletos do chão e lendo as "novidades".

—Uau. Bom trabalho, biscoitinho. -Vicky murmurou olhando os panfletos no chão do pátio.

—Yeah. -Melaine chegou animada. -Daqui a pouco o diretor aparece.

—Isso vai dar treta! -Daniel avisou. Como se ele não amasse treta!

Logo todos estavam falando dos panfletos. O nosso casal de professores desceram as escadas acompanhados do diretor. Eu sorri. Que o show comece!

—Atenção! Eu gostaria de saber o que esta acontecendo! -O diretor exclamou irritado.

A pequena multidão se juntou próximo a eles com os panfletos na mão.

—Aparentemente, seus funcionários estão namorando escondido e o Sr. nem sabe! Seu inocente! -Melaine gritou do fundo e algumas gargalhadas foram ouvidas.

O diretor sério e carrancudo pegou um dos panfletos e leu a noticia! Ele lançou um olhar mortal para o casal de professores.

—Conversaremos depois. -Ele apontou para os professores. -E quanto a vocês... -Ele se voltou para nós. -Eu quero saber quem foi a engraçadinha que fez isso! -Ele ergueu o panfleto. Todos ficaram em silêncio. O diretor olhava diretamente para mim. -Emely? -Ele perguntou. Seus olhos se estreitaram me avaliando.

—O que? Você acha que eu fiz isso?! -Eu coloquei a mão no peito indignada. -Ah, mas é claro! Porque tudo que a acontece nessa merda é a Emely! Daqui a pouco vão me culpar pela falta de água no planeta! -Eu exclamei e Daniel riu atrás de mim.

—Dependendo da quantidade que você gasta de água, eu não duvido que seja sua culpa. -Ele resmungou irritado.

—Eu não falei... -Eu murmurei. -Sempre, Emely! Eu sou tão inocente quanto todos aqui!

—Ah, Srta. Watson! Tenho meus motivos para desconfiar de você! -Ele estava perdendo a paciência.

—Claro! Sempre tem motivos... -Eu resmunguei cruzando os braços. -Eu tenho uma proposta! Reviste os armários de todos! O culpado não deve ter ido muito longe! Não existe crime perfeito! Tem que haver alguma evidência por aí...

Eu fiz a minha grande jogada. Yes! Todos fomos até o corredor, revistando armário por armário. E finalmente chegou no da Alice. Ela girou a senha e abriu lentamente o armário. Os panfletos caíram lá de dentro. O diretor a olhou furioso. Ela abriu os lábios cobertos de gloss e os fechou de novo. Franziu a testa e encarou os panfletos como se fossem coisa de outro mundo.

—Eu... -Alice começou confusa. Depois olhou para mim e estreitou os olhos. Seu rosto se iluminou. Droga! Agora ela já sabia que tinha sido eu! Ah! Que se foda também!

—Srta. Cooper! Eu estou decepcionado! Francamente! Esperava mais de você! -O Diretor falou. Sua voz séria e fria.

—Eu... -Ela olhou para os professores. -Não sei como isso foi parar aí... Eu sou uma boa garota! (-Ela fez aquela cara de inocente! Argh! Boa uma ova! Eles não podem se deixar enganar pela mascara dela! -Nunca me meto em problemas... -Ela olhou sugestivamente para mim. -E eu amo os meus professores... -Ela lançou ao casal um sorriso doce.

—Olha, quer saber?! Pra mim já chega! -O professor de matemática pronunciou tomando coragem. -Eu acho essa regra totalmente idiota! Judith e eu não nós agarramos na frente dos alunos. Sempre respeitamos! Além de tudo eles precisam seguir o nosso exemplo! -Sua voz era corajosa. A professora Judith assentiu. -E se o amor for proibido aqui nessa escola, então o que você quer que ensinemos aos alunos?! Tudo se constrói na base do amor e da confiança. Seja amor de aluno e professor, amor de amigo, ou qualquer outro amor... Nós respeitamos nossos alunos e não demonstramos afeto em público... Acho que se não podemos dar aula aqui mostrando quem realmente somos, deveríamos procurar outra escola...

Ele acabou. O diretor o olhou surpreso. Eu também! Professor Vicent botou ordem aqui! Tá com a moral! Os alunos começaram a aplaudir e assobiar. O diretor se recompôs e pediu silencio.

—Tudo bem. Talvez essa regra deva ser mudada mesmo. -Ele começou calmo! Oque? -Vocês podem namorar, mas sem demonstrações na minha escola. -Ele lançou um olhar de aviso aos professores. -E quanto a você mocinha... -Ele se virou para Alice. -Cuidado com os seus panfletos... -Alertou e saiu andando.

Meu queixo foi até o chão! Eu estava feliz pelos meus professores, mas Alice não foi expulsa! Argh! Agora ela era a heroína da história! Era para o diretor ter expulsado ela e ter dado no máximo uma bronca para os profs...

—Alice! Obrigado! Você nós fez ter coragem para assumir o namoro! E tirou um peso enorme das nossas costas! -A professora a abraçou.

—Alice! Alice! Alice! -Os alunos gritavam e assobiavam.

—Ah, eu só fiz a coisa certa a se fazer... -Ela deu um sorriso sínico se curvando para a multidão. -Obrigada, Emely. -Ela murmurou quando passou esbarrando em mim.

A pequena multidão a seguiu gritando seu nome! Aposto que se fosse comigo eu já teria sido expulsa! Argh! droga! Droga! Droga!

—Eme, você está bem? -Gabriel que ficara no canto só observando a cena toda sem saber direito o que estava acontecendo, se aproximou preocupado.

—Não... -Eu murmurei olhando fixamente para a porta pela qual Alice tinha acabado de passar com a sua multidão em torno dela. -Mas vou ficar.