A Garota Da Confusão escrita por Evil Princess


Capítulo 22
Consulta com o Psicologo


Notas iniciais do capítulo

Hey! Sentiram saudades??? *-* Batatinhas, semana que vem é semana de prova entao vou postar 3 capitulos essa semana. Contando com esse! ~Boa Leitura



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*Enfim, amanhã quando todos amanhecerem e meu pai for na escola vão me conhecer como:" Emely, a pichadora" E isso é legal. Mas eu ainda não terminei por aqui... Quer dizer, eu me vinguei do diretor, ainda falta a nossa querida Mel. Risada maléfica!

Continuação...

No dia seguinte eu voltei pra casa da mamãe. Ela queria ter uma conversa séria comigo. Assim que entrei vi que estavam todos na sala. Ui, reunião de família! Isso não é bom. Isso é péssimo! Pedro que estava sentado no sofá de cabeça baixa me ofereceu um sorriso e depois voltou a encarar o chão. Estranho.

—Emely, você chegou... -Peter se levantou do sofá com minha mãe.

—È eu cheguei. -Forcei um sorriso e me joguei no sofá ao lado de Pedro. -Já pode começar com as broncas! -Eu levantei a mão esperando os gritos.

—Na verdade, não. Ontem eu conversei com seu pai e ele concordou em muitas coisas comigo. -Minha mãe começou a falar calmamente. -Emely, acho que te criamos errado. E estamos dispostos a consertar nossos erros. -Ela forçou um sorriso. -Seu pai e eu decidimos que você precisa de um psicólogo. -Ela anunciou e eu pirei.

—O que? Psicólogo? Vocês acham que eu sou louca? -Eu disse com a voz um terço mais alta. Eu não sou louca! Não preciso de psicólogo merda nenhuma!

—Emely, entenda... Ontem depois que ficamos sabendo que você foi parar numa delegacia nos decidimos que um psicólogo seria bom pra você! -Peter falou.

—Não preciso de psicólogo!

—Querida, entenda... Não é saudável, sair por aí pichando muros, arrumando brigas, indo pra delegacia... Terapia não é para "loucos", seu conceito está muito errado e ultrapassado. Saúde mental é para todos. -Minha mãe falou perdendo a paciência. -Não adianta! Esta decidido! Você vai e pronto! -Ela ergueu a voz. -Pro seu bem querida. -Ela baixou a voz e suspirou frustrada. -Você tem uma consulta hoje. As duas da tarde. Depois disso, castigo. Por tempo indefinido.

—Tudo bem! È bom saber, que minha família não deixa eu participar das decisões! Afinal, o voto da Emely não importa, não é mesmo? -Eu subi pro meu quarto.

Eu não preciso pagar ninguém pra me ouvir! Quer dizer, quantas pessoas querem ouvir minhas historias e pensamentos? Todo mundo! Porque eu sou legal! Não tenho problemas e não sou uma delinquente. Sou só uma azarada que se mete em confusão sem querer querendo...

Meu celular tocou e era Vicky. Eu desliguei ele. Não queria falar com ela agora. Não queria falar com ninguém!

—Emely? -Pedro bateu na porta.

—Vai embora! =Eu gritei e coloquei um travesseiro em cima da cabeça. -Aposto que você não foi contra a essa ideia, não é mesmo?

—Eu não fui contra a ideia. Emely, dessa vez você exagerou! Na delegacia? -Ele perguntou indignado.

—Aconteceu, eu não planejei ir pra delegacia! -Eu respondi na defensiva.

—Tudo bem! -Ele suspirou derrotado. -Mas o Dr.Shel é legal! Ele é amigo do meu pai!

—Agora eu o odeio mais ainda! Amigo do Peter? Esse cara deve ser tão chato quanto seu pai! -Eu provoquei.

—Eu tô indo pro meu quarto. Boa sorte com a sua consulta, prisioneira mirim! -Ele riu e foi embora. Revirei os olhos. E sai do quarto.

—Retardado! -Eu gritei quando ele bateu a porta do quarto dele.

Tudo bem! Um psicólogo não é tão ruim assim! Quer dizer, o que ele pode fazer? Tentar entrar na minha mente e me hipnotizar? Seria maneiro. Eu viraria tipo uma garota zumbi. Isso é legal. Sem contar que tem sempre a opção de queimar ele vivo, caso eu não goste dele. Ou posso botar fogo no consultório. Desci as escadas e fui pra cozinha. Comer, é claro!

—Ei, Peter eu acho que vou gostar do Dr. Shel -Eu sorri pra ele que estava na cozinha. Ainda tô pensando em botar fogo no consultório.

—Claro que você vai gostar! Fico feliz que se animou, Emely! -Ele falou surpreso.

—Oh! Você nem sabe o quanto! -Eu sorri maligna.

Horas depois...

—Você deve ser Emely Watson. -O Dr.Shel estendeu a mão e eu apertei.

Minha mãe estava lá fora na sala de espera e eu estava aqui. No consultório do psicólogo! Ele usava óculos e era um velhinho que parecia o Papai Noel, só que sem barba. Eu gostei do coroa. Ele parecia bonzinho. Eu sentei na poltrona de frente pra ele.

—Então Emely, quer me falar sobre o que aconteceu ontem? -Ele perguntou.

—Ah, não! Isso é muito chato! Meu pai pagou a multa, fiança e fim de papo. -Eu sorri. -Sabe até que é maneiro ter uma ficha criminal! Eu penso em montar uma gangue no futuro!

—Uma gangue? -Ele me olhou um pouco assustado.

—Hum... Você tem razão! Uma gangue dá muito trabalho! Na verdade, eu quero ser cirurgiã pediatra.

—È uma boa profissão. -Ele sorriu.

—È, e eu ganharei muito quando sequestrar as crianças e as vender ilegalmente! -Eu sorri maligna tentando assustar ele que esbugalhou os olhos. Cai na risada. -Eu estava brincando! Não precisa ficar assustado, Dr.Shel. Eu sou do bem! Quando eu quero, é claro. -Eu acrescentei a última frase mais séria.

—Eu sei querida. Pode me chamar só de Shel. -Ele pediu e eu assenti. -E você tem amigos, Emely?

—Oh, sim! Só dois, pra falar a verdade. Sou um pouco antissocial... -Eu dei de ombros.

—Dois? -Ele falou fazendo sinal pra que eu continuasse.

—Yeah. Vicky e Daniel. Vicky tem um cabelo curto e preto muito legal. Ele é pintado de roxo nas pontas. E Daniel tem cabelos pretos. Ele é gay e muuuuito festeiro. -Eu sorri. Gostava de falar sobre os meus dois amigos.

—E Pedro, seu "irmão"? Ele não é seu amigo?

—Ah, nem me fale daquela praga! Ele me lembra Peter. Sempre responsável e santo demais! Porém eu gosto do Pedro, e ele não é meu irmão de sangue mas eu o considero. Ele só anda comigo porque tem uma queda pela Vicky. Mas eu não sou a favor dele ficar com ela. Quer dizer, eu já vi esse filme antes. Melhores amigas não podem ficar com seus irmãos! Sempre da errado, pros dois lados.

—Hum... e tem alguém na sua escola que você odeia?

—Oh! Eu não tenho essa de odiar mais um do que o outro. Odeio a todos igualmente! Sem preconceitos! -Eu sorri.

—Uau. Você quer falar sobre a briga com Melaine?

—Na verdade, não. Não quero estragar meu dia falando daquela coisa.

—E sobre Denise? Sua mãe me falou que você não se da bem com ela.

—Ah, Denise! Ultimamente eu não venho pegando muito no pé dela. Você sabe, pelo fato de eu odiar a todos meio que fica difícil irritar ela. Sabe, são muitas pessoas pra irritar! Eu tenho o Gabriel, a Melaine e etc..

—Gabriel?

—Yeah. Eu conheci ele numa briga por batatinhas. E desde então ele vem me atormentando! Bendita hora que eu fui ao mercado! -Eu sorri lembrando do dia em que nos conhecemos.

—Você disse que o irrita?

—Sempre que posso. Mas ele me irrita mais do que eu irrito ele! Cretino... -Eu ainda estava sorrindo. E comecei a rir lembrando das nossas diversas brigas.

—Algo engraçado? -Ele perguntou confuso.

—Nada, Shel! Eu só estava me lembrando... Enfim! Alguma outra pergunta?

—Eu acho que não. Por hoje é só!

Eu me despedi do Shel e fui embora com minha mãe. Até que foi legal conversar com ele. Quando cheguei em casa me deparei com Vicky, Gabriel, Daniel e Pedro jogando videogame.

—Oi Emely. -Eles me cumprimentaram.

—Mas que merda estão fazendo aqui? Será possível! Eu não tenho paz na minha própria casa? -Eu cruzei os braços, mas eu até que estava feliz de ver eles ali. Não que eu fosse admitir isso! Jamais! -Oh céus! -Eu me joguei no sofá que não tinha ninguém.

—Emely Watson! Se comporte melhor com seus amigos! -Minha mãe gritou da cozinha.

—Amigos? Não tô vendo nenhum aqui! -Eu revirei os olhos. -Aliás, cadê o Nescau?

—Esta aqui! -Peter desceu do andar de cima com o gato no colo.

—Meu Lindo! Esse homem feio e mau fez alguma coisa com você? -Eu peguei o gato do colo dele. -Não se preocupe. -Eu acariciei seu pelo e me virei pra Peter irritada. -Fique longe do meu felino! -Eu rosnei e me joguei de volta no sofá com o gato no colo enquanto Peter saía da sala.

—Pedro nos contou sobre sua noite na cadeia. -Vicky me olhou cuidadosamente.

—È foi legal. -Eu dei de ombros. -Então querido, como foi seu dia? -Eu perguntei pra Nescau e comecei a conversar com ele. Eu amo meu gato e converso com ele, okay?

—Oh, sim! Eu sei esse lugar é muito chato! Nós nos mudaremos em breve pra Rússia! La é bem legal! E quem sabe você pode conhecer uma gata nova? Uma gata russa?

—Bem que você precisa de um psicólogo mesmo... -Pedro murmurou e eu me virei pra olhar pra ele e percebi que todos me encaravam como se eu fosse loca.

—Calado! Agora se vocês me dão licença vou ir pro meu castigo! -Eu levantei com Nescau no colo e o botei no chão. -Vamos, Nescau! E não se misture com essa gentalha! -Eu imitei a dona Florinda do Chaves e bati o cabelo me virando e subindo as escadas enquanto eles riam. Nescau me seguiu miando. Aposto que se ele falasse a minha língua estaria dizendo:" Gentalha! Gentalha!" 


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Notas finais do capítulo

Hey! E ai? Gostaram? Bjss