*Sorri. Gabriel Johnson, seu idiota! Um completo idiota...

Continuação...

Domingo e eu estou de castigo. Daniel já me ligou contando como havia sido a festa de ontem que ele tinha ido e Vicky disse que estava vindo para casa. Òbvio que a retardada sabia que eu estava de castigo e não poderia atender, ela só que ver o Pedro mesmo...

Desci as escadas e vi Nescau jogado no sofá com o meu caderno. Caderno. Lição de casa! Meu Deus!

—Nescau! Não meu caderno! -eu gritei e me joguei pra cima mais o caderno já estava rasgado com marcas de unhas em toda parte. -Merda. -eu xinguei baixinho.

Dei de ombros. Depois eu compro um caderno novo e boto em dia. Vicky chegou animada.

—E aí biscotinho, o que fez ontem? -ela se sentou ao lado de Nescau.

—Eu fiquei aqui. Estou de castigo, lembra? -eu revirei os olhos teatralmente.

— Tá. Mas você não respeita as regras, lembra? Ah, deixa pra lá. -ela deu de ombros e sorriu. -E o que pretende fazer hoje?

—Me casar com Nescau, talvez... -eu dei de ombros e peguei ele no colo.-Casa comigo? -eu pedi fazendo biquinho. Yeah! Eu vou me casar com meu gato. Ou não.

Ele desceu do meu colo e subiu a escada correndo. Acho que isso foi um não.

—Eu não queria me casar com alguém que não gosta de tomar banho todos os dias mesmo. -eu dei de ombros e me joguei no sofá enquanto Vicky ria. -Pedro! -eu gritei e Vicky parou de rir e ficou rígida no sofá. Pedro desceu as escadas e nem olhou pra mim. Olhou para Vicky! Outro retardado!

—Oi Vicky. O que quer, Emely?

—Eu quero sorvete! -eu sorri. -E também quero que você ligue para o idiota do Gabriel e o mande vir aqui. Ele vai convencer mamãe e Peter me tirar do castigo de vez. -eu pedi e ele tirou o celular do bolso e ligou para o Gabriel que logo estava a caminho. -Òtimo! Agora o sorvete! -eu ordenei e ele fez uma careta.

—Por que você não pega? Tá na cozinha. -ele cruzou os braços.

—Quem manda aqui sou eu, servo inútil! Curve-se perante a rainha! -eu ordenei e ele ficou me encarando irritado. -Ah, pega logo!

—Cadê a palavrinha mágica? -ele debochou. Infeliz! Eu quero sorvete!

—Ô Vicky, sabe quem compôs uma música para voc... -fui interrompida.

—Já tô indo! Com cobertura de chocolate, vossa majestade? -ele disse desesperado indo para cozinha.

—Exatamente! -eu sorri maligna e Vicky ficou com a cara bobona de confusão dela. Mas é lerda mesmo! Meu Deus! Tenha dó. -Quer sorvete, Vicky? -eu ofereci.

—Não obrigada, mas... Quem fez o que pra mim? -ela franziu a testa.

—Esquece! -eu revirei os olhos e ela deu de ombros.

A verdade era que esses dias eu entrei no quarto do Pedro e bisbilhotando eu achei uma das letras de músicas que ele compõe. E no final de dela estava escrita uma dedicatória para Vicky! Agora eu o venho chantageando com isso. Eficiente, né? Ele volta com o sorvete e me entrega enquanto Gabriel chega.

—Me chamaram? -ele se sentou no sofá.

—Não chamamos! Nós invocamos! Você é um bruxo, lembra? O aprendiz do Harry Potter... -eu disse enquanto me melecava com sorvete de chocolate.

—Você é pior do que criança. -ele resmungou olhando minha cara melecada.

—Isso não te desrespeito! Agora se concentre por que você irá desfazer a merda que você fez! -eu retruquei. -Vai lá em cima e convença minha mãe e o idiota do Peter a me liberar de vez do castigo! Nada mais justo, já que você me colocou nessa! -ele suspirou e subiu com Pedro.

Eu e Vicky ficamos na sala assistindo "De repente 30", e eu sei! Esse fillme já passou um monte de vezes na TV e eu acho ele legal. E tô assistindo, algum problema? Ah, eu acho que não né? Por que quem esta assistindo essa bagaça sou eu e não vocês! Ops! Tô pirando! Discutindo com vocês... Ah, esquece tudo. Gabriel, Pedro, Peter e minha mãe descem...

Depois de Peter e minha mãe fazerem um discurso eles finalmente me liberam do castigo e saímos de casa Pedro, Vicky, Gabriel e eu para comemorar! Uhhhul!

—Onde vamos? -eabriel pergunta.

—Uma festa! -eu exclamei.

—Festa? Emely, são 5 horas da tarde... -Gabriel respondeu.

—Ao cinema? -Vicky exclamou.

—Tá. -eu dei de ombros e fomos ao cinema.

Vicky escolheu um filme romântico, meloso e convenceu a gente a assistir! Argh! Se ela não fosse fofa não teria conseguido essa proeza. Entramos na sala e Pedro e Vicky sentaram um do lado do outro e eu tive que sentar do lado do Gabriel.

O filme começou e merda! Acho que vou vomitar! Que filme meloso e rídiculo. Vi Gabriel saindo escondido da sala! Cretino! Eu não vou ficar aqui sozinha segurando vela vendo um filme desses. Fui atrás dele e entramos numa sala onde passava um filme do Thor 2! Cara, eu amo o Thor! Quer dizer eu amo o filme do Thor, pois tem o Loki! Ai, eu amo o Loki! Ele é o mestre do disfarce e ele é vilão! E ele é muuuuito divo! Sento ao lado de Gabriel que me olha surpreso e irritado.

—O que está fazendo aqui?

—O mesmo que você, mané. Assistindo! -eu começo a comer a pipoca que levei.

—Não quero você aqui no meu pé! Vai pra outro lugar! -ele mandou e eu revirei os olhos.

—Vai você, os incomodados que se mudem! -eu retruquei.

—Eu tô falando sério, baixinha! -ele me olhou irritado e eu explodi.

—Baixinha? Ah seu retardado de 2 metros de altura! -eu comecei a tacar pipoca nele e ele em mim.

—Para de tacar pipoca! -ele reclamou.

—Para você primeiro! -eu retruquei.

—Eu tô falando sério, baixinha! -ele reclamou e eu pulei em cima dele. Caímos no chão enquanto o povo do cinema reclamava. Ele tentava segurar meus braços.

Ele de repente parou de segurar meus braços e eu percebi porquê ele ficou paralisado. Ele estava agarrando minha cintura! Porra, minha cintura! Na hora de tentar me tirar de cima dele ele deve ter tentado me empurrar. Só que ele estava me empurrando pela cintura! Ele não poderia me empurrar pela cabeça? Tinha que ser a cintura? Mas que...

—Tira a mão dai! -eu rosnei tirando seus braços da minha cintura.

—O que foi? A culpa não é minha se você tem curvas tão... -seu olhar percorreu meu corpo. -E foi você quem pulo em cima de mim... Eu estava tentando tirar você de cima de mim! -ele tentou se defender e eu comecei a bater nele!

—Ah, seu tarado! -eu voltei a bater nele e ele segurou meus braços quando os seguranças chegaram.

—Merda... -eu resmunguei baixinho.

—Vocês dois! Me sigam! -um deles apontou a lanterninha na nossa cara e nós nos levantamos e os seguimos.

Porque que toda vez que eu estou batendo no Gabriel algum segurança aparece me impedindo de matar ele? Por que? Oh, Deus! E lá vamos nós de novo!