*Depois que as aulas acabaram eu fui para a detenção e fiquei mofando lá olhando para a cara do professor que lia um livro, até que a porta se abriu e eu encarei o ser que entrava surpresa. Esse garoto só pode estar me perseguindo! Argh!

Continuação...

—O que está fazendo aqui!? -Eu perguntei entre dentes para Gabriel que se sentou do meu lado.

—Estou de detenção. Não é óbvio? -Ele respondeu sarcástico e eu revirei os olhos)[.

—O que você fez? -Eu perguntei por fim.

—Respondi o professor de história. -Ele deu de ombros.

—Você não é do tipo rebelde e revoltado. -Eu observei irritada. -Admita que só fez isso para ficar de detenção porque você sabia que eu estaria aqui.

—Tudo bem, eu admito! Agora, admita você que aquele balde de tinta era para mim! -Ele me encarou irritado.

—Okay, admito! Mas deu errado. Satisfeito? Agora, admita que você está com raiva.

—Eu não estou com raiva... Estou irritado! E quero uma trégua. -Ele levantou as mãos em sinal de rendimento e eu ri sem humor.

—Agora você quer uma trégua? Mas eu não quero! Advinha quem está de castigo por tempo indeterminado? Graças a quem? A V-O-C-Ê! -Eu respondi lentamente.

—Você quer vingança pelo seu castigo, não é mesmo? -Ele suspirou.

—Yeah! Depois que eu me vingar posso PENSAR na POSSIBILIDADE de uma trégua.

—Admita que você poderia muito bem esquecer dessa vingança.

—Yes! Eu poderia sim, admito! Mas eu não quero! È questão de honra agora.

—Isso significa que você admite que eu não sou tão insignificante assim. -Ele sorriu vitorioso.

—Claro que não! Você é insignificante sim! Tão insignificante que... Ah, você é insignificante e ponto! Você ainda não entendeu isso?

—Ah se eu sou tão insignificante assim srta-eu-sou-vingativa, por quê você liga tanto para a sua vingança contra mim? Se eu fosse tão insignificante assim, você não ia perder seu tempo planejando uma vingança contra mim. -Ele sorriu e droga! Ele venceu!

Merda! Nessa ele me pegou. Cretino! Eu abri a boca para falar mas não saiu nada. Houve uma pausa de silêncio até que eu resolvi quebrar.

—Tudo bem, admito! Você não é tão insignificante quanto deveria ser... Mas você é um idiota e isso é pior do que ser insignificante. -Eu concluí.

—Admita que está apaixonada por mim! -Ele sorriu e eu ri histérica.

—Você é mesmo um idiota! Um completo idiota! -Eu ri debochada.

—Admita Watson! -Ele ainda estava com aquele maldito sorrisinho.

—Não!

—Admita!

—Não!

—Admita!

—Eu já falei que NÃÃÃOOO! -Eu gritei.

—Srta Watson! Quieta! -O professor bradou irritado. -Devo lembrar onde está?

—Desculpe. -Eu murmurei baixando os olhos.

—Admita! -Gabriel murmurou baixinho.

—Não! -Eu murmurei.

—Você tem planos para sábado ou era mentira? -Ele perguntou, mudando de assunto. 

—Isso não te importa. Aliás, por quê a pergunta, ia fazer o quê? Me chamar para sair? -Eu me forcei a rir debochadamente tentando disfarçar a minha curiosidade. -Se você não se lembra, por sua culpa estou de castigo e não posso sair. -Eu acrescentei amargamente.

—Se você não pode sair, significa que você não tem planos para sábado. -Ele concluí. -E eu não ia te chamar para sair. -Ele riu debochadamente. -Não mesmo. E só estava perguntando porquê sei que você é uma ótima mentirosa!

—Bom, se você sabe que eu sou uma ótima mentirosa por quê ainda pergunta? Que interesse é esse na minha vida? E sim eu tenho planos para sábado! Eu não sigo as regras. Elas foram feitas para serem quebradas.

—Eu não tenho nenhum tipo de interesse na sua vida! Só estava tentando puxar assunto e matar uma curiosidade. -Ele se explica e eu não respondo. Alguns minutos de silêncio se fazem presentes. -Então, que planos são esses para sábado? -Ele perguntou, interrompendo o silêncio.

—Eu não vou te contar isso. Pensei que você fosse mais inteligente e soubesse. Agora, admita que está com um possível ciúmes de seja lá com quem eu irei sair sábado! -Eu sorri provocativa e vi ele se embaraçar.

—Não estou não! Não mesmo! -Ele negou rapidamente. -Aliás, com quem você vai sair? -Ele perguntou sério e eu ri.

—Eu já disse que não vou te contar! Que saco! -Eu revirei os olhos. -E você, tem planos para o sábado? -Eu perguntei fingindo indiferença enquanto mexia distraidamente na alça da minha bolsa.

—Yeah. Jantar as 7:00 horas em família. È tradição, lá em casa. Um hábito. -Ele deu de ombros. -Aliás, isso não te importa, não é mesmo? Você me odeia e eu sou quase insignificante...

—E se prepare porque eu ainda vou me vingar. -Eu acrescentei lhe lançando um olhar irritado.  Ficamos mais alguns segundos em silêncio quando eu sorri divertida. -Admita que está louco para a minha vingança...

—Oh, você não sabe o quanto! -Ele murmurou e eu intensifiquei o sorriso.

Assim que saí da detenção eu fui direto para a casa da Vicky, porque depois que eu chegar em casa não vou mais poder sair. Contei tudo para Vicky sobre a detenção.

—Admita que você esta apaixonada por ele! -Vicky falou animada e eu ri histericamente.

—Essa foi a ideia mais maluca que você já teve! Mais maluca do que aquela quando tínhamos 7 anos sobre o papai Noel ser o coelinho da Páscoa. E que ele tinha duas personalidades! -Eu respondi, me lembrando de quando éramos crianças. -Onde já se viu, o papai Noel se disfarçando de coelinho da Páscoa só porque ele era bipolar! 

—Você está mudando de assunto.  -Ela observou.

—Ah, Vicky admita que você só quer que eu fique com o Gabriel para você ficar com o Pedro e formamos os dois casalzinhos mais fofos do planeta! Ah, isso não vai acontecer Vicky! Não mesmo!

—Okay! Okay! Não tá mais aqui quem falou... -Ela se rendeu.

Depois de meia hora eu fui para casa e Peter mandou eu subir já por causa do castigo... Os meus planos para sábado era sair por aí e talvez pichar algum muro com um Spray que eu comprei ano passado e nunca usei. Pichar deve ser legal, e o nome do meu Spray é Leni! Demais, né?

Depois de pensar tanto eu já sei qual será a minha vingança contra o Gabriel... Hahaha, que sábado venha! Uhhhul! Eu sou demais! Oh, Emely você é tão vingativa. Muahahahaha.