Ah eu não gosto de me apresentar mas vamos lá... Meu nome é Emely Watson tenho 16 anos, amo rock, tenho um melhor amigo gay muito idiota chamado Daniel Beson, tenho cabelos loiros que vivem bagunçados e olhos verdes que mostram o quanto eu sou uma "anja", sentiu a ironia? Pois é, o Daniel costuma dizer que meus olhos verdes mostram o quanto eu vivo me metendo em confusão! Pra você ver o tipo de melhor amigo que eu tenho!

Eu sou considerada antissocial e mini capeta pela minha mãe, valeu Dona Rose! Meus pais são divorciados, minha mãe é advogada e namora com um cara chamado Peter cuja função é encher a minha paciência! Eu o odeio e eu sei que ele me odeia, mas por educação finge se preocupar comigo! E meu pai David é um empresário. Ele mora com a Denise que é minha "madrasta", ou melhor loira oxigenada como eu chamo! Ela é do tipo "sou linda mas não tenho um cérebro", sabe? Odeio esse tipo! Aquela mulher me ama! Sentiram a ironia de novo? E eu sou bem irônica também, isso vocês já perceberam...

Enfim meus pais moram perto e se dão bem mesmo depois do divórcio, isso significa que eu sempre estou de uma casa pra outra.Às vezes passo uma semana com meu pai e a outra com minha mãe.

Hoje é sábado e eu estou na casa do meu pai e todo sábado meu pai e a loira oxigenada vão de manha pro mercado! Acredita que aquela mulher infeliz me acordou as 9:00 horas da manhã? Puta que pariu! Quem acorda essa hora no sábado?!

Depois de vestir uma calça jeans escura meu All Star azul marinho, uma blusa preta do Nirvana e pentear o meu cabelo deixando ele solto e bagunçado, me arrastei até o carro do meu pai onde eles já estavam sentados na frente. Me joguei no banco de trás e coloquei os fones de ouvido do meu celular e aumentei até o ultimo volume uma música do Imagine Dragons (uma das minhas bandas favoritas.) Até porque ninguém merece ouvir Denise e sua voz irritante logo de cedo.

Depois de chegar ao mercado fui pegar minhas "coisinhas" que necessito pra sobreviver. Depois de pegar umas latas de coca, fui em direção a seção dos salgadinhos. Eu amo Ruffles! Não posso viver sem! O corredor estava vazio, e comecei andar na direção da pratilheira até que eu o vi.

O garoto usava calça jeans preta e uma blusa preta também, os cabelos caiam nos olhos azuis acinzentados. Ele estava indo na direção da pratilheira das batatinhas. Olhei na pratilheira e só tinha um pacote de Ruffles.

Droga! Era o último saco de Ruffles! Eu não poderia perder por nada! Sinto muito garoto da juba castanha mas esse saco de batatinhas já é meu! Corri e ele correu também! Merda! Dei um pulo monstro e consegui chegar na pratilheira e agarrei o saco de batatinhas com toda minha força, mas o infeliz também!

—Solta!!! -Ele gritou tentando tirar o saco de mim, a voz grave.

—Nem pensar! Solta você, eu vi primeiro! -Eu gritei de volta ainda agarrada com as batatinha.

—Solta logo pirralha! Eu vi primeiro! -Ele não largava o saco de batatinhas.

—Viu primeiro uma ova! Solta logo garoto! -Eu agarrei o pacote com mais força.

Ninguém merece! Pleno sábado de manhã e eu já estou metida numa confusão! Dessa vez você se superou Emely Watson! Eu pensei ainda agarrada com o saco de batatinhas...

—Olha aqui loirinha, solta agora! Esse pacote é meu! -Ele disse puxando ainda mas forte.

—Seu o caralho! Eu peguei primeiro! -Eu puxei de volta.

—Olha aqui o nanica, essa batatinha é minha e pronto final! Solta meio-metro! -Ele retrucou irritado.

Eu explodi! NINGUÉM fala da minha altura! Eu sou baixinha mas eu sei usar uma faca! E esse infeliz tava pedindo pra morrer!

—Como é que é?! Ah Sr. Gigante você me paga! -Eu pulei em cima dele que caio no chão comigo em cima agarrada no pacote de Ruffles. -Ninguém fala da minha altura! Tá me ouvindo Sr. Eu sou muito alto?! -Eu gritei dando vários tapas neles e soltando o pacote de Ruffles. -Ninguém fala! Seu idiota! -Voltei a dar vários socos nele.

—Ai! Para! Para! Louca! Sai de cima de mim, menina louca! -Ele gritou tentando defender meus socos, segurando meus pulsos. -Não falo mais da sua altura! Agora sai de cima de mim, nanica... -Ele disse tentando me empurrar de cima dele.

—NANICA!? Argh!!! Sua peste agora você morre! -Eu volto a bater nele.

—Opps... Foi mal loirinha! Foi mal! Sai de cima de mim! Malucaaaa! -Ele gritou e consegui me empurrar e sair debaixo de mim.

Eu levantei um pouco atordoada, mas percebi que o saco de batatinhas estava no chão e que o Sr.eu-sou-mais-alto tinha pegado! Merda! Cretino!

—Devolve as batatas infeliz! -Eu agarrei o pacote na sua mão.

—Ah não mesmo! Solta você perdeu! -Ele puxou.

—Eu não vou soltar, solta você! -Eu puxei.

E começamos um tipo de cabo de guerra mas com o pacote, ele puxava de um lado e eu de outro até que o saco se arrebentou e as batatinhas foram todas para o chão!

—Merda! -Eu disse olhando as batatinhas no chão.

—A culpa é sua! -Ele apontou pra mim. -Viu só o quê você fez!?

—Ah seu cretino! Me fez desperdiçar comida! Argh! -Eu rosnei e pulei em cima dele de novo batendo nele e socando.

—Tirem essa maluca de cima de mim! -Ele gritou tentando bloquear os meus socos.

—Agora você me paga! Pelas batatinhas! -Eu gritei batendo mais.

Eu estava arrebentando e arrasando como a vingadora das batatinhas quando um segurança me tirou de cima dele e me segurou.

—Me solta! Eu ainda não acabei! -Tentei me soltar mas ele era mais forte não deixou.

—Vocês viram o quê fizeram?! Sujaram todo o corredor e ainda deram um show! -O segurança falou irritado.

Foi aí que eu percebi que tinha um monte de gente olhando a minha briga com o Sr.eu-mereço-ficar-com-as-batatinhas, tinha mães horrorizadas, crianças rindo e alguns senhores que nos olhavam como se tivéssemos cometido o maior crime da face da Terra.

*Continua....