Síndrome de Estocolmo escrita por Babs


Capítulo 4
Quem é ela?


Notas iniciais do capítulo

Olhaaaa, eu aqui de novo, vou tentar aproveitar esse meu surto de inspiração, e as férias da faculdade e escrever o máximo de capitulos possíveis, quem sabe vocês não voltem S2
Bjs



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Capitulo 3 – Quem é ela?

—Chuta mais alto – Ordenou o Agente Ward segurando o saco de pancadas a minha frente

—Eu não consigo – Coloquei as mãos sobre meu joelho e respirando cansada – Mal consigo levantar minha perna, principalmente com esse peso no calcanhar

—Precisa aumentar sua força – Falou Ward levantando minha perna até seu ombro me fazendo gemer de dor.

Ele tinha um metro e noventa quase. E eu nem tinha ideia de que eu tinha elasticidade para tanto

—Você vai deslocar meu quadril – Gemi do dor enquanto ele descia minha perna

—Se você quer aprender a lutar tem que aumentar a elasticidade

—Tecnicamente não quero aprender a lutar, estou sendo obrigada

—Mas é importante ainda – Falou Ward me olhando sério com seus olhos castanhos fazendo eu arrepiar, de medo – Chuta de novo

Suspirei cansada e repeti o movimento mesmo sentindo minha perna protestar de dor.

Se eu não fizesse o que ele queria, sem dúvida ele pegaria mais pesado em outro exercício e com certeza eu ficaria sem andar três dias, novamente.

—Mais duas séries de 15 – Falou Ward cronometrando meu tempo de descanso no relógio

—Eu não aguento mais, minha barriga está dolorida – Falei sentindo o suor cair sobre meu rosto – Não pode ser mais uma série?

—Duas, Tony me disse que você saiu da dieta que a nutricionista fez para você

—Por que parece que estou sendo treinada para um torneio de ufc?

—Por que está. Agora vai 15 repetições abdominal remador

Respirei fundo e comecei a série

—E essa rotina... Vai continuar... Quando eu for... Pra faculdade... – Falei cortada entre as repetições

Eu sentia todos meus órgãos sendo contraídos em minha barriga

Eu estava com uma barriga mais dura que a do Capitão América já.

—Fury não falou nada comigo ainda – Respondeu Ward me jogando a toalha distraído

—E você iria? – Perguntei enxugando meu rosto

—Não sei. Se me ordenassem sim – Ele falou me olhando distraído – O que você tem de especial? Por que você mora com Tony Stark e a SHIELD lhe treina?

—Acredito que isso não é da sua conta – Respondi lhe jogando a toalha de volta e iniciando minha última série de abdominais

Ward ficou me olhando sério, tentando entender o que havia de especial em mim, mas uma coisa Fury havia feito certo. Ele havia guardado segredo sobre qualquer participação minha em Nova Iorque, os agente que estavam no avião tinha ouvido uma história que eu tinha ajudado a construir o teseract com Selvig por isso eu estava ali. E apenas isso

Claro que havia os boatos de meu envolvimento com Loki, mas só, ninguém desconfiava dos meus poderes.

—Quando você parte? – Perguntou Ward enquanto eu me levantava aceitando sua mão como ajuda.

—Amanhã no final da tarde. Tony vai me emprestar seu jatinho.

—Acredito que quando voltar para a SHIELD terei uma resposta sobre seu treinamento. Você está evoluindo, mas ainda precisa de muita prática e um treino pesado

—Mas com meu cronograma de estudos eu não sei se...

—Seu cronograma para a faculdade já está feito Srt. Lewis

Fury adentrou a sala de treinamento de Tony, junto com o mesmo e mais quatro agentes carregando uma grande caixa de metal.

—O que está acontecendo aqui? – Perguntei olhando os agentes largar a caixa em cima do colchonete onde havia feito os abdominais

—Vim lhe trazer uns presentes para a faculdade, e lhe dar uns avisos – Fury fez um aceno com a cabeça e os agentes que carregaram a caixa logo saíram – Agente Ward sua missão foi concluída com sucesso, a Srt. Lewis já está pronta para a próxima fase. Volte a base você tem uma nova missão.

—Certo Senhor – Concordou o Agente Ward vindo até mim e já estendendo a mão – Foi bom lhe treinar

Ele disse num gesto meio robótico e forçado. Ele parecia tão duro quanto uma pedra, e olha que não estou falando do físico dele, que é perfeito diga-se de passagem, mas do seu jeito agente sempre ríspido e linha dura.

Devo admitir, algumas vezes ele me dava medo, preferia quando a Natasha me treinava

—Er... Certo, Valeu – Falei meio constrangida retribuindo o aperto de mão

Ward não deu um sorriso, uma piscadela, nem um flerte, apenas saiu da sala me dando as costas.

—E o que você quis dizer com “cronograma de faculdade”?

—Você não será mais uma aluna normal, já pegamos todas as suas grades e horários, temos o nome de seus professores, dias de prova, suas idas a biblioteca e tudo.

—O que? – Perguntei o olhando como se fosse um Chitauri – Você ficou louco? Não dá pra se programar no começo do semestre, eu já tentei, não dá certo, nunca dá certo.

—Dessa vez dará, você terá um agente a sua cola que...

—Espera ai – Falei o cortando – Eu terei uma babá na faculdade?

—Caso alguém queira te raptar de novo – Falou Tony se pronunciando pela primeira vez.

Espera, Tony estava de acordo com isso?

—Essa ideia foi sua Tony?

—Não, mas quando o caolho propôs só o apoiei

—E vocês esqueceram de me consultar né – Falei os olhando irônica – Eu não quero uma babá. Isso só chamará mais atenção, imagina um agente Ward me seguindo na faculdade? Ai que chamaria atenção

—Temos os melhores agentes, mestres em disfarces, você nem ao menos irá reparar que eles estão te seguindo.

—Não, definitivamente não! – Falei os olhando séria – Eu não vou ter um agente a minha cola

—Essa escolha não é sua

—E agora vou deixar você decidir por mim Fury? – Perguntei o olhando irritada – Ou quem sabe deixar você decidir minha vida Tony?

—Kim é para seu bem

—Não, eu tenho 23 anos, não sou uma criança que acabou a aprender de andar

—Não, você é uma criança que acabou de aprender que tem poderes – Quando abrir a boca para retrucar Tony me cortou

—Não adianta você negar Kim seus poderes estão ficando mais fortes e cada vez mais difíceis de esconder

—Eu posso lidar com isso

—Não você não pode – Afirmou Fury com firmeza – E você sabe disso

Suspirei cansada e acenei concordando me dando por vencida

Sabia que não poderia convencer os dois do contrário, nem havia como, não tinha argumentos para isso, meus poderes estavam escapando do controle mais vezes que o desejado, e eu não havia pensado na possibilidade que se no meio de uma prova as cadeiras começassem a voar pela sala seria um ato suspeito

—Quer saber quem será? – Perguntou Fury me estendo uma pasta de arquivo

—Não obrigada, ficarei louca se eu souber quem é, ou quem são. Não quero saber detalhes.

—Você que escolhe – Falou Fury guardando a pasta dentro de seu sobretudo.

—E o que tem nessa caixa? – perguntei já caminhando em direção a caixa que os agente haviam largado

—Trouxemos algumas coisas que vão... – As palavras de Fury sumiram no momento que toquei a caixa.

Oh não, estava acontecendo de novo.

Eu era a espectadora, era como se eu flutuasse pelo tempo e espaço. Tudo escureceu num piscar de olhos que pareceu durar 15 segundo mas quando abri de novo eu não me encontrava mais na academia de Tony. Eu estava em um quarto, um quarto extremamente bonito eu diria.

As paredes eram uma mistura de marfim e dourado, havia uma grande cama no centro do quarto com uma linda coberta azul escura com as bordas em dourado, e sentado nela havia uma mulher. Muito bonita. Seus cabelos eram longos e loiros e desciam presos pelas suas costas em um penteado que eu não reconhecia, seu rosto parecia esculpido em gesso, sua pele era lisa, e ela passava um ar sereno de calmaria que eu não entendia.

—Mãe? O que faz aqui - Soou a sua voz como um trovão

E eu conhecia sua voz, era Thor. Mas por que eu estava vendo isso?

E aquela era a sua mãe?

—Preciso falar com você meu filho – Falou a mulher se levantando e dando um sorriso gentil para o loiro

—Está tudo bem mãe?

—É sobre seu irmão

Thor deu um suspiro cansado e largou seu martelo em uma cadeira de tecido azul e marfim, que havia em seu quarto, e se sentou na cama, onde antes a mãe estava.

—Mãe, sei que você não aceita a sentença que o pai...

—Não é sobre isso que vim falar meu filho – Cortou a mãe colocando a mão sobre o ombro de seu primogênito – Eu estava conversando com seu irmão... – Ela recebeu um olhar reprovador do filho mas isso só a fez aumentar mais o sorriso – Sei que seu pai não aprova minhas visitas mas Loki continua sendo meu filho tanto quanto você meu querido.

—Depois de tudo que ele fez em Midgard como a Senhora pode agir como se nada tivesse acontecido

—Eu conheço Loki, e seus desejos mais profundos, ele fez isso por atenção, para mostrar que...

—Mãe ele foi um pouco longe demais ele...

—Não quero discutir isso com você mais uma vez meu filho – Falou a mãe num tom calma mas ainda ríspido que fez Thor se calar

Ela parecia doce e gentil mas ainda era um mãe, e sem dúvida sabia como impor respeito no filho.

—Então sobre o que quer falar comigo mãe. O que Loki fez?

A mulher deu sorriso curioso e se sentou ao lado dele colocando sua mão sobre a do filho

—Ele comentou algo sobre uma mulher, uma criança seu nome era...

—Kim – Cortou Thor dando um sorriso feliz – Kimberly, é uma garota da Terra, um pouco mais nova que Jane. Ela é diferente, ela tem um poder que emana dela, a gente sente, é como se fossemos atraídos para ela. É difícil explicar, é como se ela tivesse uma grande poder dentro dela

—Eu percebi – A mãe sorriu carinhosa – Seu irmão falou dela de forma... Diferente.

—Diferente como mãe?

—Admirado, ele parecia surpreso e admirado com a terráquea.

—O que ele lhe contou?

—Nada, apenas citou o quanto a força e a determinação dela eram surpreendente, mas logo mudou de assunto, mas seu olhar... Parecia distante, parecia na Terra, nela.

—Mãe, é Loki, em 3000 mil anos não vimos ele se envolver com ninguém apenas travessuras e casos de pouco tempo. Talvez seja isso e...

—Você não conhece seu irmão tão bem quanto eu – Falou a mulher se levanto e balançando a cabeça negativamente – Eu conheço seu irmão, conheço os casos e as travessuras dele, ela não é uma.

—Mãe você tem certeza?

—Eu quero conhece-la meu filho, quero saber quem ela é – Falou a mulher em tom de ordem.

—Kim! KIM! – Abri os olhos assustas e percebi que estava ajoelhada no chão ao lado da caixa. Tony estava ao meu lado me sacudindo como uma boneca de pano

—O que foi? – Perguntei me levantando rápido – Por que você está me sacudindo?

—Você ficou quieta se ajoelhou de repente, não nos respondia – Falou Tony me olhando preocupado – Você estava usando drogas com o agente é?

—Você teve uma visão não é mesmo? – Falou Fury me olhando inquisidor

—Acredito que não deve ser meu Whisky, esqueci algumas ervas dentro de uma das garrafas, elas dão uma brisa duradora – Brincou Tony – Seria bom você tomar um gole deles

—Não mais que dois copos ou você ficará assim – Brinquei olhando para minhas mãos e abrindo e fechando elas como se tivesse algo especial nelas.

Eu nunca havia fumado maconha como eu iria saber como eles agiam?

—Vocês acham que nasci ontem? – Cuspiu furioso Fury

—Claro que não, por isso acreditamos que você conhece bem do que estamos falando – Me acobertou Tony mas era obvio que Fury não havia caído nessa, nem minha mãe cairia nessa.

—O que tem mesmo na caixa? – Perguntei já abrindo-a e tentando mudar de assunto o mais rápido.

Haviam três armas na caixa uma Desert Eagle, uma Taurus 840BC e uma HK USP. Como eu sabia disso? Ward. Ele havia me ensinado sobre armas, assim como me ensinado a atirar.

Além das armas e dos pentes haviam um celular, e um colar com pingente de gota.

—Para que a joia? – Perguntei levantando o colar curiosa

—É um rastreador e um comunicador, se você estiver em perigo basta puxar a gota e um botão irá aparecer.

Fiz o que Fury mandou e um botão do tamanho da unha do um mindinho apareceu

—E ele é a prova d’água?

—E fogo

—E eu devo andar armada pela faculdade? – Perguntei levantando a Eagle

—Se achar necessário

—E acho tudo isso muito desnecessário mas sei que ainda serei obrigada a levar não? – Falei suspirando cansada e fechando a caixa – Algum presente mais Senhor? – Falei olhando irônica mas Fury não se deixou abalar apenas me olhou furiosamente e sério.

—Estou de olho em você

—Que bom que você disse no singular – Falei dando um sorriso irônico que foi ignorado por Fury que já se retirava da sala a passos firmes.

Sem dúvida ele não tinha caído na da maconha, mas ele daria outro jeito de descobrir e controlar minhas visões, e eu tinha que ficar atenta a isso.

—O que você viu? – Perguntou Tony me olhando curioso quando Fury finalmente saiu

—Você não acreditaria se eu dissesse.


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