Minha Namorada Contratada escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 7
Welcome to Burlesque, e Conheça a Família Taisho


Notas iniciais do capítulo

Capítulo para a adorável Naty Paz, que favoritou a história.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/531107/chapter/7

Tenho que admitir, estava super ansioso quando me colocaram no palco. Ainda mais, quando uma luz branca se ascendeu sobre mim. E uma luz vermelha capturou Kagome, que vinha desfilando do canto do palco, em minha direção. As meninas se aproximaram, também, cores diferentes sendo lançadas dos holofotes. Fui arrastado por Kagome na cadeira de escritório com rodas e virado para elas. Ela, então, colocou o joelho entre minhas pernas abertas e os cotovelos nos meus ombros.

– Show a little more… - começou ela, e então se afastou - Show a littleless…

Ela começou a dançar com as garotas, e tive que me controlar. Puta que pariu, agora eu entendo porque esses filhos de uma puta andam tão ansiosos para entrar aqui, pensei. Tenho que admitir que, quando elas abriram as pernas na coreografia, quase tive um sangramento nasal. Infelizmente, a coreografia acabou cedo demais. E, assim que acabaram a coreografia, sorriram. E cada uma veio até mim e me deu um beijo na bochecha. Kagome me mordeu, um pouco forte demais para ser considerada uma provocação. Eu ri e ela se afastou.

– Como é seu primeiro dia, pode escolher uma dançarina para lhe acompanhar a noite inteira. – disse Priscila, enquanto me oferecia a mão para que eu levantasse – Presumo que escolherá a Kagome, não é? – ela sorriu.

– Sim.

– Kagome-senpai! – chamou Priscila, sorrindo e acenando com energia para a morena.

– Estou indo. – ela disse.

Quando parou ao lado da mais nova, Kagome sorriu e passou um braço por seus ombros.

– Diga, Priscila.

– Senpai, você terá que acompanhar o Sesshoumaru hoje. – ela piscou para mim.

– Tudo bem, não é... – suspirou Kagome – Bem, vá fazer o seu trabalho.

– Sim, senpai! – sorriu Priscila.

– Esforce-se! – gritou Kagome, acenando enquanto Priscila se afastava correndo, indo conversar com as outras garotas.

Observei Kagome sorrir maternalmente par Priscila. Realmente, ela parecia se importar com a mais nova. E então, suspirando, se voltou para mim, e me puxou pelo braço para descer do palco. Levou-me até uma mesa mais reservada, porém não tão longe que eu não pudesse assistir. Nela, havia uma placa dourada com o escrito “Sesshoumaru Taisho” em preto. Eu sorri de canto ao me sentar à mesa com Kagome, enquanto ela atraia alguns olhares. Sentei de forma que pudesse escondê-la da maioria dos olhares... E não me pergunte o porquê.

– E então, Kagura lhe deixou em paz depois da cena que você armou? – perguntou Kagome, sua voz soando ácida.

– Na verdade, ela contou à minha família que estou namorando. – respondi, sério, sem entender sua revolta – E agora, a minha madrasta quer conhecer minha namorada.

Ela ergueu uma sobrancelha e me lançou um sorriso irônico.

– Não pode recusar as ordens da mamãe? – perguntou, ainda ácida.

– Posso, mas Izayoi é... Delicada. – murmurei, à contra gosto – Eu não queria machucá-la. Ela sempre se esforça para ser uma mãe para mim, já que a minha morreu. Acho que é um sonho dela, me ver incluso na família.

Porque porras eu estava desabafando? Eu estava fumando? Que merda! Que poder é que essa mulher tem sobre mim, que me faz falar sem pensar? Ela me encarou por um momento, e então suspirou.

– Eu poderia ir à sua casa? – perguntou ela – Você ainda mora com seus pais, certo?

– Sim... Ela não me deixou sair de casa. – confessei, irritado.

Kagome pareceu triste por um momento, mas riu a me ver irritado.

– Você deveria agradecer por ter quem cuide de você. – ela me repreendeu, sorrindo.

– Eu gosto dela. Mas ela irrita às vezes. – suspirei.

– Bem, como vamos fazer isso? – perguntei – Eu acho que um almoço formal é uma má idéia. – argumentou ela.

– Por quê? – perguntei, curioso.

– Pois ela provavelmente estará revoltada com você, porque ainda não me apresentou. O certo seria me apresentar o mais rápido possível. Ou seja... – ela esperou que eu completasse, e eu ergui uma sobrancelha – Eu iria dormir na sua casa.

Ela suspirou, como se fosse óbvio, enquanto eu a encarava, surpreso.

– De qualquer modo, poderíamos argumentar que você não queria me apresentar enquanto não tivesse certeza sobre mim. E que, por isso, tinha ficado até tarde na minha casa algumas vezes. – ela explicou devagar.

– Você está disposta a dormir no mesmo quarto que eu? – perguntei, erguendo uma sobrancelha.

– Você dorme no chão. – ela me sorriu perversamente.

Encarei-a por um momento. Realmente, era uma idéia estúpida. Sem fundamento. Completamente sem noção, pé ou cabeça.

– Tudo bem. – falei – Amanhã eu posso lhe levar para o trabalho, de qualquer modo.

– Você terá que me deixar em casa amanhã, meus ternos e saias estão lá. Não espera que eu vá trabalhar assim. – ela indicou o vestido tubo apertado e franziu a testa – Diga-me, sua madrasta é conservadora? Posso pedir algo emprestado para as outras garotas daqui. – ela deu de ombros.

– Creio que ela não irá ligar para isso. É noite e esses trajes são bem comuns em mulheres de executivos. – falei, simplesmente.

A verdade é que eu não sabia se Izayoi era conservadora ou não. Meu pai não era, então...

– Não quero causar má impressão. – disse Kagome, baixinho.

Eu a encarei por um momento e me lembrei de Jakotsu dizendo antes “Deixe de ser tão puritana”. Ela era conservadora. Sorri internamente. A verdade é que, apesar de gostar dos trajes modernos, não gostava de como ela sempre atraia atenção quando saía vestida daquele jeito. Então, tirei meu terno calmamente e coloquei sobre ela. Ela é tão pequena que ficou até maior do que o vestido. Os ombros e braços ficaram sobrando, também, mas ela vestiu de bom gosto.

– Obrigada. – ela me sorriu.

– Não tem de quê. – dei de ombros – Vamos?

– Já? – perguntou, surpresa – Não quer ver as meninas dançarem? É o seu dia, pode pedir que dança quiser.

– Sim, quero ir logo. – falei, me levantando – Quanto mais esperar, mais Izayoi vai ficar brava.

– Tudo bem. – ela se levantou e então parou por um momento – Tenho que avisar ao Jakotsu.

– Lhe espero na saída. – falei.

Caminhei calmamente, observando os olhares que, mesmo coberta, Kagome atraía. Não sei por que diabos isso me incomoda. Ela não é minha de verdade. Lembre-se, Sesshoumaru, ela é só alguém lhe fazendo um favor, pensei. Então, me recostei na parede perto da porta de saída. Kagome falou com Jakotsu, que pareceu rir, a abraçou e então a empurrou em minha direção. Ela sorriu e se apressou o máximo que pôde, usando saltos. Quando chegou até mim, eu pus uma mão no meio das suas costas e a conduzi para fora do lugar.

– Volte sempre, senhor Sesshoumaru. – pediu o segurança – Até mais, Kagome-senpai.

– Até mais, Yuri. – sorriu Kagome para o segurança.

Eu a levei para o meu carro e abri a porta para ela. Ela entrou e então abriu a porta por dentro para mim. Eu quase parei, chocado. Eu havia saído com muitas mulheres, mas nenhuma delas jamais se importou em me retribuir a gentileza de abrir a porta do carro. No entanto, continuei andando enquanto uma voz irritante dizia na minha cabeça “Você tem que conquistá-la, ela é perfeita!”. Porém, ignorei a voz e me sentei no banco do motorista. Só queria tê-la em minha cama, nada mais.

– Você tem algum aviso para mim? – perguntou Kagome, gentil.

– Sim. Temos alguns criados um tanto revoltos. Eles podem lhe tratar com um pouco de insubordinação, mas ignore, por favor. Eles só querem que entre na mansão Taisho as pessoas mais famosas na mídia. Porém, não são eles que irão escolher minha namorada. – falei, um tanto irritado.

– Mansão Taisho? Criadagem? – ela perguntou, perplexa – Eu sabia que você era rico, mas milionário...

– Tentamos não fazer alarde sobre detalhes. – eu dei de ombros.

Ela pareceu ainda mais nervosa. Sorri internamente. Ela parecia se esforçar em tudo que fazia. Era uma ótima executiva, uma dançarina perfeita e uma mulher impressionante. Realmente, alguém que valia a pena conhecer. Porém, é claro que eu morreria antes de admitir isso. Ela ficou quieta o resto do caminho e parecia muito nervosa. Quando parei em frente ao portão e pressionei o botão para chamar o porteiro, ela pareceu chocada com o tamanho da mansão.

– Identificação. – pediu uma voz pelo auto-falante.

– Sesshoumaru Taisho. – informei, calmamente, enquanto Kagome dava um pulo ao meu lado – Filho mais velho. Abobrinha branca.

O portão se abriu com um clique e eu dei a partida novamente no carro, entrando para o nosso estacionamento particular.

– Abobrinha branca? – ela parecia querer se acalmar.

– É a senha do dia. Izayoi escolhe. – eu sorri, pensando na mulher me dando a senha pela manhã.

Ela sorriu também e eu saí do carro. Abri novamente a porta para ela, que saiu do carro com elegância. Enquanto ela admirava a casa, eu tranquei o carro e coloquei novamente a mão em suas costas, a conduzindo com cuidado. Quando chegamos à porta principal da mansão, ela parou. Respirou fundo.

– Acho melhor você ir primeiro. - ela me sorriu, sem graça.

– Tudo bem. – lhe falei e então empurrei a porta dupla.

Foi quando eu percebi que toda a sala estava silenciosa e escura. Porém, assim que as portas se abriram, uma luz de um abajur foi acesa. Perto dele, sentada numa poltrona, estava Izayoi. Ela é uma mulher bela, de quarenta anos, aparentando vinte e oito, com longos cabelos pretos e olhos castanhos. Parecia Kagome, exceto pela franja. Enquanto a de Izayoi era cuidadosamente arrumada, a de Kagome era facilmente levada pelo vento e ela não se importava.

– Sesshoumaru. – ela rosnou – Sabe o quanto eu estou magoada?

Então sua farsa de pessoa revoltada caiu e ela me olhou, chorosa. Meu pai, Inutaisho, colocou uma mão em seu ombro, tentando consolá-la. Meu meio-irmão mais novo apareceu, sorrindo. Rin estava lá também, embora quase oculta pelas sombras. Então, ouvi passos de sapato alto atrás de mim. Então, Kagome parou ao meu lado, vermelha como um pimentão.

– Senhora Taisho, é um prazer conhecê-la. – ela sorriu e se curvou respeitosamente – Eu sou Kagome... Namorada de Sesshoumaru.

Então, rapidamente como um raio caindo, a expressão de Izayoi mudou. De mágoa e revolta, foi para admiração e alegria. Ela sorriu e se pôs de pé de repente. Eu puxei Kagome pela cintura para perto de mim. Definitivamente, Izayoi me assusta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço reviews?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Minha Namorada Contratada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.