Minha Namorada Contratada escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 5
Uns Amassos Com a Executiva Higurashi


Notas iniciais do capítulo

Capítulo para a Thali-chan. Obrigada por favoritar a história! Me deu energia para escrever um cap maior!



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Eu me inclinei para frente, ao acabar de reler o contrato que estávamos prestes a firmar com a empresa do Onigumo para aceitar lhe oferecer um financiamento. Pensei novamente no momento em que nós saímos do restaurante. Kagome pediu a conta, mas eu a puxei de sua mão. Ela me sorriu. Um sorriso cúmplice. E vi que, dentro da conta, estava um número de telefone. O garçom me observou, parecendo um tanto constrangido. Eu, então, resolvi acompanhar Kagome e fazer uma pequena demonstração de como seriam seus dias daqui em diante. Claro que eu não estava nem um pouco louco para fazer isso desde o início. Suspirei e amassei o número de telefone.

– Kagome, você tem que parar de seduzir todos ao seu redor. É uma mulher comprometida. – falei.

– Eu não estava tentando seduzir ninguém. Só me arrumei para você, meu amor. – ela sorriu.

Pude ver que ela estava se segurando para não rir. Eu então paguei a conta, encarando feio o garçom, que parecia pálido. Ele rapidamente saiu de perto da nossa mesa. Vitória, seu idiota, pensei, feliz. Então, me levantei e dei a mão para que Kagome se levantasse. Eu a encarei, como se estivesse bravo pelos ciúmes, e ela agarrou meu braço direito. Ela piscou para mim e, sem outro tipo de aviso prévio, me beijou. Tudo bem, ela não me beijou, ela me deu um selinho demorado. Mas, tenho que admitir, se não fosse o choque, eu a teria agarrado. A culpa é dela, por ser gostosa.

– Vamos. – ela segurou minha mão e saiu, me puxando.

Bankotsu seguiu atrás de nós, parecendo chocado. Na verdade, muitos homens me olhavam, chocados e com uma ponta de inveja. Muitos olhavam para Kagome, também, como se estivessem decepcionados. Eu quis gritar “Ela é minha, há, bando de viados!”, mas fiquei quieto. Eu fui arrastado para fora e paramos perto de um volvo.

– Espero que não tenha o incomodado. – ela disse, agora séria, e soltando minha mão – Uma namorada comum precisa desse tipo de demonstração de vez em quando.

– Tudo bem. – falei, tentando parecer indiferente.

– Você não precisava. – disse Bankotsu num fio de voz.

– Ora, vamos lá. Não foi nada demais. Além do mais, se eu vou passar tanto tempo assim com o Sesshoumaru, espero me tornar amiga dele. – ela piscou para mim novamente.

Amigos coloridos, de preferência, pensei. Então, vi Kagura saindo do restaurante, de óculos de sol. Coloquei uma mão na cintura de Kagome e a puxei para perto. Ela pareceu chocada por um momento, mas logo disfarçou.

– Essa é a mulher da qual estou fugindo. – lhe informei, sussurrando em seu ouvido.

Ela fingiu rir como se eu tivesse dito algo engraçado e passou os olhos discretamente por Kagura.

– Não é nada feia. – sussurrou de volta.

– É uma lunática. – esclareci.

Dessa vez, ela riu de verdade. Então, a puxei e lhe dei outro selinho.

– Até. – falei, me virando para ir para o meu carro.

– Até, Sho! – ela gritou, e riu.

Eu voltei a mim, olhando ao meu redor, confuso. Por que eu ainda pensava nesse momento tão simples? Ela não é minha namorada. Está fingindo ser, por um favor para o Bankotsu. Será que ela gostava dele, e estava me usando para fazer ciúmes? Mas não faz sentido. Ele já é louco por ela. Não precisaria fazer isso. A única explicação é que eles são realmente bons amigos, pelo menos da parte dela. Será que ela não via que ele queria mais do que isso?

– Senhor Sesshoumaru? – perguntou minha secretária, num fio de voz.

Ela estava parada, com a porta do meu escritório entreaberta, a cabeça para dentro, parecendo nervosa.

– Entre. – pedi.

Minha secretária é uma mulher relativamente nova, em torno dos seus vinte e três anos, com cabelos cacheados loiros, olhos castanhos e um sotaque diferente. Ela era brasileira, ou americana. Não lembro bem. Era muito útil, no entanto.

– Diga, Lea. - ordenei seriamente.

– O senhor Onigumo e sua secretária pessoal estão aqui, para completar o contrato. – ela me esclareceu, parando dois passos longe da porta.

– Traga-os aqui, por favor, e fique comigo. – pedi.

Ela me obedeceu sem mais demoras. Então, um homem de cabelos pretos e olhos castanhos entrou, analisando o seu redor enquanto eu o analisava. Ele parecia bem vestido, e passava uma impressão boa, por ser alto e elegante. Tinha que analisar essas coisas, pois ele ia passar a imagem da empresa também. Então, uma mulher entrou depois dele. Como estava analisando os sapatos do homem, meus olhos pousaram primeiro nas suas pernas, e tenho que dizer, que pernas! Longas e pálidas, as coxas levemente grossas, a cintura fina, o busto grande... Espera um segundo.

– Senhor Sesshoumaru, eu sou Kagome Higurashi, e esse é meu chefe, Naraku Onigumo. – ela ficou na frente de Naraku e piscou para mim, travessa.

Higurashi. Não pude acreditar. Ela não era uma simples secretária, mas sim dona de uma das histórias de vida mais trágica de todas e também de uma grande, poderosa e imensa corporação. Claro, ela não estava em posse da corporação ainda, por complicações relacionadas à sua história, e Naraku estava começando a arrastar a companhia para o buraco. Porém, ainda era a única corporação que competia com a Taisho. Por acaso, a corporação do meu pai.

– Sente-se, senhorita. – falei, por fim, após um momento – E senhor Onigumo, é um prazer conhecê-lo. – fiquei de pé e lhe estendi minha mão.

– Achei que fôssemos ver o presidente da empresa. – disse Naraku enquanto Kagome se sentava numa das cadeiras na frente da minha mesa e puxava alguns papéis de uma maleta – E não o seu filho.

Filho da puta desgraçado, quem você acha que é? O tempo de meu pai é valioso demais para ser gasto com algum merda como você, pensei. Mas, eu sou Sesshoumaru Taisho. Sou um iceberg. Então, o que saiu da minha boca foi um educado:

– Meu pai está numa reunião agora, então me pediu para atendê-lo.

Ele se aproximou e apertou minha mão, relutante.

– O contrato já lhe foi passado, espero. – disse Kagome, e eu assenti, meio desconcertado ao olhar para ela em seus trajes de secretária – Aqui estão algumas cópias para que possa apresentar às suas filiais, caso precise. – ela se levantou com os papéis - Estão traduzidas em: inglês, espanhol, grego, alemão, português e hebraico. – ela ia depositando os papéis na minha mesa enquanto falava.

Então eram aqueles os papéis nos qual ela estava trabalhando anteriormente. Ela falava todas essas línguas? Mas é claro, a condição dela ainda a deixava como uma simples secretária do homem que estava arruinando os negócios de sua família. Assenti, e começamos a falar de negócio. Com o passar da reunião, percebi que era ela que, apesar de ser considerada a aprendiz, entendia dos negócios. Fez-me uma apresentação muito boa dos motivos pelos quais eu deveria ajudar a sua companhia, discutiu os termos comigo e fez tudo com a graça e a educação de uma presidente de uma enorme corporação. Mas que merda, Deus, você não botou um defeito nessa mulher? Está querendo me fuder? Se bem que, se for a Kagome a me fuder, pode continuar com seu plano, pensei.

– Muito obrigado, Senhorita Higurashi. Acho que podemos aceitar seus termos. – falei, enquanto puxava o contrato – Porém, devo confirmar antes com meu pai. Obrigado pelo seu trabalho duro.

– Agradeço pela sua cooperação. – ela disse, formalmente.

– Kagome, vamos. – disse Naraku, parecendo irritado.

– Gostaria de falar com a senhorita antes. – pedi.

Ele me encarou, com raiva. Kagome olhou para ele e pediu que fosse na frente, que ela poderia cuidar do resto dos negócios sozinha. Ele a puxou com violência pelo braço e disse algo em seu ouvido, parecendo estar com raiva. Ela o encarou de volta e o mandou sair. Ele obedeceu. Eu saí de trás da mesa e fiquei de frente para ela, que estava em pé ao lado da cadeira.

– Aceitou o contrato de Bankotsu para ganhar financiamento da minha empresa? – perguntei, direto.

– Não, até porque não sabia que ia ser você a nos atender. Não uso truques assim, Senhor Taisho. Até para evitar, não lhe disse meu sobrenome. – ela me respondeu, grossa – Além disso, tenho plena consciência da minha competência no trabalho, não precisaria disso.

Eu ergui uma sobrancelha para ela. Por que diabos quando ela falava com ferocidade me deixava tão... Fora de mim? Então eu a puxei, fazendo com que ela derrubasse a maleta, surpresa. Coloquei-a de costas para a mesa e a prendi entre os meus braços.

– Acho bom, Senhorita Higurashi. – falei, com ferocidade – Ou juro que jamais será perdoada. E que irá se arrepender.

Na verdade, eu havia feito aquilo para ver se conseguia afetá-la. Porém, ela ergueu a cabeça (era muito mais baixa que eu) e me olhou com determinação, embora seu peito subisse e descesse de forma irregular, como se não conseguisse respirar direito pela minha aproximação. Quase sorri. Escutei, lá fora, murmúrios. A voz de Kagura chegou aos meus ouvidos enquanto Lea gritava que alguém parasse. Kagura tinha o costume de invadir meu escritório às vezes, e provavelmente queria falar de Kagome.

Nunca gostei tanto de Kagura. O timing era perfeito. Ergui Kagome, a colocando sentada na mesa, abri suas pernas e me coloquei entre elas. Coloquei uma mão em sua perna direita e outra em sua cintura, puxando-a para mim. Simples assim, beijei-a com ferocidade. Até aí, nada de novo. O que me surpreendeu, foi que ela pareceu suspirar e me retribuiu com uma ferocidade maior ainda.

Aquele simples suspiro me fez esquecer de que eu estava no escritório da companhia de meu pai. Esquecer de Kagura lá fora. Esquecer de tudo, que não fosse Kagome. Apertei sua coxa, aprofundando o beijo, e ela gemeu contra meus lábios. A porta foi escancarada e ela se afastou, confusa e assustada. Virei-me, relutante, a respiração alterada e o coração palpitando forte. Que merda, Kagura, volte para o inferno que é de onde nunca deveria ter saído, pensei. E ela me obedeceu.

Kagura se virou e saiu, parecendo revoltada, e por um momento eu pensei em como a vida era linda. Porra, estava tudo começando a dar certo para mim. Virei-me para Kagome, dando um sorriso de triunfo, e ela me esbofeteou. Sim. Ela me deu um tapa na cara. A encarei, confuso, porém, ainda sentindo sua perna macia contra a minha mão, a sua proximidade e quanto ela parecia alterada. Será que ela gostava desse tipo de coisa? Porém, ela me afastou com ferocidade.

– Nunca mais faça isso sem avisar por que. – ela disse, recolheu sua maleta, e saiu tempestuosamente da sala.

Mas que porra houve com aquela mulher?


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Notas finais do capítulo

E então, mereço reviews?