Minha Namorada Contratada escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 29
Morar juntos com Kagome?


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo, as coisas começam a ficar animadas novamente. E tem treta vindo!
Acho que vou dar uma pausa esses dias, e quero perguntar se vocês querem bônus do Inu Taisho. Nele, posso contar a história da Satori e da Izayoi, que tal?
Estão gostando? Boa leitura!



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Quando eu acordei, estava bem mais calmo do que na noite anterior. Minha namorada estava ao meu lado, entre os meus braços, respirando pacificamente e com os cabelos completamente bagunçados. Eu sorri enquanto me ajeitava para ficar de lado e vê-la melhor, apoiando meu cotovelo na cama e o rosto na mão. Ela estava com um pijama de shorts e blusa, sendo que a blusa havia subido e deixado sua barriga descoberta. Nosso cobertor estava embolado sob nossos pés. Passei minha mão pelas suas curvas, incapaz de não ficar animado com aquela linda visão matinal, toda ali para mim. Quando percebi que ela estava começando a acordar, lhe dei um leve beijo.

– Bom dia. – eu disse.

– Bom dia. – ela respondeu com a voz rouca.

Primeiro, eu terminei o que tinha começado, intensificando as carícias e os beijos. Vocês já sabem o que aconteceu em seguida. Então ela se espreguiçou devagar, bocejando com vontade. Após isso, ela se sentou e começou a se alongar. Eu tinha estranhado esse costume de Kagome antigamente, mas sempre que ela tinha tempo, se alongava assim que acordava. Acabei me acostumando com isso e eu até me espreguiçava um pouco ao levantar agora. Deixei minha namorada se alongando e fui lavar meu rosto no banheiro.

Minha cara estava péssima. Mesmo em paz, eu parecia cansado e abatido. Meus olhos ardiam levemente e eu estava tenso como uma presa que sente um predador prestes a atacar. Quando acabei de lavar o rosto, fui até a cozinha, onde achei minha namorada nos fazendo café da manhã. Ela parou por uns momentos e ficou no celular um pouco, e depois continuou a cozinhar. Enquanto comíamos, o silêncio reinou. Diferentemente de todas as outras refeições que partilhamos, naquela o silêncio que nos dominava agora era tenso e incômodo. Por fim, quando acabamos de comer, minha morena me olhou.

– Você está melhor? – perguntou ela timidamente.

– Estou sim. – eu disse – Muito obrigada por me acalmar ontem.

– Está tudo bem. – ela sorriu – Acho que hoje você terá uma melhor perspectiva disso.

– Sim, concordo com você. – eu disse enquanto a ajudava a levar a louça para a pia.

– Tenho algo a te dizer. – disse Kagome seriamente enquanto começava a lavar os pratos.

– Diga. – eu respondi pegando o pano.

– Eu não vou poder almoçar com você hoje. – fiz uma cara de espanto – Vou ver as casas com Izayoi. Acho que hoje podemos achar algo realmente bom, e começar a dar entrada em tudo.

– Tudo bem. – eu respondi – Mas você tem certeza disso?

– Você foi criado com a Izayoi, o seu pai e o Inuyasha. Por mais que não queira admitir, eu sei que os ama. – ela foi esfregando os pratos com uma bucha – E eu quero isso também. Eu quero uma família, mesmo que ela se resuma a uma pessoa. Tenho certeza que podemos conviver.

– Se você tem certeza, está tudo ótimo. – eu disse – Só estava pensando em como será estranho ter minha mãe e minha namorada morando no mesmo lugar.

– Sobre isso... – Kagome ficou vermelha e pigarreou – Sabe, você poderia morar conosco. Não morar comigo, mas com a sua mãe.

Eu deixei que o choque se apossasse de mim por alguns momentos. Morar com Kagome e minha mãe? Lógico que eu estava sem casa nesse momento, mas... Nunca achei que me proporiam algo assim. Se elas me quisessem realmente lá, isso ia ser ótimo. Eu ia poder dormir com a minha namorada todo dia, acordar com ela, e também poderíamos começar a experimentar a nossa vida de casal assim. Além do mais, poderia ter a tão esperada chance de me reconciliar com a minha mãe e de conhecê-la melhor. Matar dois coelhos em uma cajadada só.

– Claro que eu quero. – eu disse – Mas com uma condição.

– Eu não vou cobrar atenção nem nada. – prometeu Kagome enquanto colocava alguns pratos no escorredor.

– Na verdade, eu ia exigir poder dormir no mesmo quarto que você. – pedi descaradamente enquanto pegava os pratos e começava a enxugá-los.

– Sério? – ela quase deixou uma xícara cair.

– Sério. – eu sorri e lhe dei um beijo.

Acertamos-nos depois disso. Ela iria e voltaria com a minha mãe, e eu a encontraria em casa. Ela me sugeriu que almoçasse com o meu pai. Deixei-a na Academia antes de ir embora, recebendo um beijo carinhoso e provocante. Ela saiu antes que eu permitisse e eu sorri enquanto saía. Assim que cheguei à empresa, resolvi todos os meus compromissos e pedi para Lea me marcar um almoço com o meu pai. Mais uma vez se mostrando eficiente e não muito curiosa, ela marcou o almoço sem mais perguntas.

Quando eu finalmente terminei todos os meus trabalhos, olhei para o relógio, e já eram uma e meia da tarde. Levantei-me e respirei fundo, exausto, saindo da sala para tomar o elevador presidencial. Peguei o cartão da minha carteira e inseri no pequeno leitor de cartão magnético. Após alguns segundos, meu passe foi liberado e o elevador abriu suas portas, pronto para me levar ao andar presidencial. Para quem não entendeu: o elevador da empresa só vai até o andar de número quinze. O andar de número dezesseis, o presidencial, era exclusivo de meu pai e com acesso restrito. Somente entrava nele quem tinha o cartão-passe do elevador: eu, ele, Inuyasha e Izayoi.

Meu pai tem uma secretária um tanto não tão confiável: ela é alta, ruiva, de corpo curvilíneo e vivia se oferecendo para todos os homens da família Taisho. Ouvi comentários horrendos sobre ela de algumas colegas de Lea, mas a loira se recusou a falar sobre o assunto, o que já dizia tudo: Lea nunca falava de ninguém a não ser que pudesse defender as pessoas. E acredite em mim, se até a minha secretária não pode te defender, tem algo muito errado com você. Além disso, desde que eu comecei a estar muito satisfeito com Kagome, as outras mulheres simplesmente não me pareciam mais tão fantásticas. Quando a ruiva me viu, ela sorriu de orelha a orelha.

– Olá, senhor Sesshoumaru. – ela disse.

– Olá, meu pai está? – perguntei curto e grosso.

– Sim, já está a sua espera. – ela mordeu um lápis e se abaixou para que eu visse seu decote, tentando ser sedutora.

Suspirei e tentei me concentrar agora. Eu já tinha decidido o que fazer. Kagome estava certa: eu amo minha família. E mesmo que seja completamente louca e as pessoas nela não sejam perfeitas, eu vou tentar reconciliá-la, e fazer parte dela. Entrei sem bater no escritório do meu pai e ele estava lá, com os olhos grudados em alguns papéis. Eu esperei que ele guardasse tudo e trancasse, e então saímos juntos. Trancou também a sala e nós pegamos o elevador com um “Bom almoço” ronronado da sua secretária.

Quando entramos no elevador, um silêncio um tanto incômodo se fez cada vez mais tenso. Saímos do elevador, fomos andando até o restaurante do outro lado da rua e nos sentamos numa mesa para dois. Após analisar o cardápio, resolvi pedir algo mais gorduroso: costelas de porco com batatas fritas e arroz. Meu pai pediu sua comum macarronada. Então ele respirou fundo, e vi que chegara ao momento de conversar. Eu ergui minha mão para ele, indicando que me deixasse falar.

– Eu não vou fingir que isso não me afetou. Estou decepcionado e não consigo mais confiar inteiramente em vocês. Porém, vocês são minha família. Eu vou seguir como se essa palhaçada nunca tivesse acontecido. – meu pai sorriu aliviado – Mas eu vou me mudar da sua casa e morar com a Satori e a Kagome.

– Como assim, morar com a Satori e a Kagome? – perguntou meu pai.

– Vamos comprar uma casa para morarmos os três. Pode me visitar se quiser. – dei de ombros – Não vou garantir que a minha mãe queira lhe ver e provavelmente seria sábio não levar a Izayoi e o Inuyasha com você, mas eu ainda vou visitá-los de vez em quando.

– Tudo bem. – ele suspirou – Sabe filho... Eu tenho algo que quero que diga à sua mãe.

– Pode esquecer, eu não sou garoto de recados. – falei simplesmente.

Onde já se viu, Sesshoumaru Taisho, levando recadinhos entre os pais separados? Não, por favor. Eles são grandinhos, eles que se resolvam. Onde já se viu isso? Além disso, tinha quase certeza de que minha mãe me ouviria somente por ser eu e então pediria que o mandasse catar coquinho numa praia bem distante, tipo o Havaí. E eu também não estou a fim de ouvir as declarações de amor do meu pai para a minha mãe. Porém percebi que era algo sério quando ele cruzou os dedos das duas mãos uns nos outros e apoiou os cotovelos na mesa.

– É importante, e a Satori não me atende. – ele disse seriamente – Eu fiz algo realmente errado, além de toda essa história.

– O que você fez agora, pai? – perguntei preocupado.

– Bem, eu nunca assinei os papéis do divórcio com a sua mãe. – disse ele.

Eu deixei meu queixo cair e o encarei, surpreso. Como assim? Mas ele tinha casado na igreja com Izayoi e tudo! Claro que eu nunca realmente havia visto os papéis... Pensando realmente nisso, eu não havia nem chegado a ouvir nenhuma conversa sobre o contrato de casamento propriamente falado. Então ele realmente não tinha nada com aquela mulher, aos olhos da lei? Isso é absurdo. Mas pelo que parece ela aceitou, então...

– Mas e Izayoi? – perguntei.

– Tecnicamente... Sua mãe é minha esposa, e como não posso sair casando com várias mulheres – disse meu pai seriamente – Izayoi não é nada minha, aos olhos da lei.


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Notas finais do capítulo

Oobrigada por lerem! E aí, o que vocês acharam?
Já deu para perceber que eu não gosto muito da Izayoi, não é... Vocês querem bônus? Querem que eu pare de focar a história deles?
Próximo capítulo tem vídeo da mãe da Kagome com a Satori e Sesshoumaru sendo super romântico, hehe!



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