Minha Namorada Contratada escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 26
Tudo Está Tão Bem Que Estou Até Com Medo


Notas iniciais do capítulo

Tenho as melhores leitoras do mundo, sim ou claro? Estou quase chegando ao marco de me superar com os comentários de vocês! Minha fic de mais sucesso teve 134 comentários... Já estamos em 121! ~desmaia
O link da coreografia da Rin: https://youtu.be/aDARrFe5DOc
Pensem nela como a menina de kimono branco com flores rosa.
Boa leitura!



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Kagome e eu fomos para a minha casa depois que seguimos Sango e Miroku até a casa deles (minha namorada é uma tia coruja de primeira, com direito a descer para verificar se o Kou estava bem antes de irmos), onde foi bem recebida como sempre. Izayoi pareceu mais do que encantada de me ver com a minha namorada em casa. Ela correu e deu um abraço em Kagome, alegando que sempre soube que íamos nos resolver e que ficaríamos muito bem como sempre. Como meu pai não estava ainda e Rin estava ensaiando na Academia, fato que eu havia esquecido, foi a única recepção que ela teve, mas até Jaken parecia estar tratando-a melhor.

Eu me troquei para dançar e fui até a sala da casa onde Rin costuma ensaiar. Kagome disse que queria ver até onde eu dançava, e até onde eu estava enferrujado. Após algum tempo de aquecimento, ela me pediu para fazer alguns passos. Eu fiquei levemente constrangido em dançar com a minha namorada, mas fui me soltando com o tempo. Uma coisa é dançar com sua madrasta que simplesmente é uma mulher louca por dança e um tanto estabanada, e outra completamente diferente é dançar com a sua namorada professora profissional de dança.

No entanto, fui elogiado e minha morena até riu quando eu comecei a puxá-la para dançar comigo. Percebi que ela estava mais feliz, aliás... Mais do que feliz, a palavra certa para descrever seu humor seria “derretida”. Sabe quando você faz algo muito certo com a sua namorada e ela passa o dia de bom humor, te adorando? Pois é, esse era o estado de espírito dela agora. Estava simplesmente admirada com tudo ao seu redor, rindo à toa e dançando grudada comigo. Já estávamos ensaiando há algum tempo quando ela finalmente resolveu conversar de verdade comigo.

– Você realmente não é nada ruim. Mas precisamos começar uma coreografia nova. – ela disse enquanto eu a girava.

– Por quê? – eu ergui uma sobrancelha.

– Existia toda uma variedade de passos que eu não fazia com Houjo porque não podia ter intimidades com ele, mas como somos namorados – ela destacou a palavra com um sorriso – acho que posso me dar o luxo de fazer uma coreografia mais permissiva.

– Eu gosto de permissiva. – brinquei, agarrando sua bunda.

– Não tão permissiva. – ela riu, corada.

– Você quer um tempo para pensar na coreografia, senhorita professora profissional de dança de uma academia renomada? – perguntei sorrindo.

– Não, senhor vice-presidente da segunda melhor companhia do Japão. – ela riu.

– A segunda, é? – perguntei a apertando contra mim.

– Claro que sim, a primeira é a minha. – ela me deu língua.

Eu sorri e mordi sua língua, deixando-a surpresa, e a beijando em seguida. Estava adorando todo esse bom humor dela. Não sei o que a deixou assim, mas quem sou eu para reclamar dele? Logo, estávamos praticamente nos engolindo de pé, então fui a empurrando levemente para um sofá. Quando vi que ela bateu os pés no sofá, joguei-a, me deitando sobre ela e a beijando novamente. Ela riu contra a minha boca e comecei a acariciar sua cintura quando a porta da sala foi aberta.

– Então... Acho que está tudo bem entre vocês. – disse meu pai.

Eu sorri para ele e vi que Kagome ia mudando de cor gradativamente. Primeiro ela ficou vermelha, depois roxa, e então escondeu seu rosto em meu peito. Meu pai riu, bem-humorado, e fechou a porta antes de sair. Levou uns momentos para acalmar minha namorada até que ela parasse de se sentir completamente morta de vergonha pelo, palavras dela, “gesto completamente íntimo e muito vergonhoso que meu sogro acabou de presenciar” e a convencer de que não de pode morrer de vergonha.

– Olá? – perguntou Izayoi um pouco antes de abrir a porta.

Por sorte, nesse momento, Kagome e eu já estávamos sentados no sofá enquanto eu passava minha mão pelos seus cabelos, o que não poderia mais ser considerado um ato vergonhoso de ser assistido, pelo menos pela mulher ao meu lado. Minha namorada pareceu surpresa por ver Izayoi novamente, e eu também não esperava que ela viesse falar conosco. Normalmente ela ficava somente com Inuyasha, ou então fazendo algum artesanato.

– O jantar está pronto, venham comer. – ela chamou docemente.

– Ah, eu não quero incomodar... – foi dizendo Kagome.

– Mas por mim, você se mudava para cá, querida, não há necessidade de vergonha. – disse minha madrasta.

Kagome ficou tão vermelha que eu achei divertido. É incrível a capacidade dessa mulher de ficar envergonhada por coisas assim. Eu a puxei calmamente para a mesa, onde tudo já estava disposto. Tínhamos frango, macarrão, panquecas recheadas, pães e até uma lasanha. Eu me sentei ao lado esquerdo de meu pai, com Izayoi na minha frente e Kagome ao meu lado, de frente para Inuyasha. Depois dos lugares de Inuyasha ainda havia mais duas cadeiras, e a cadeira da ponta. Às vezes eu tinha alguns vislumbres da minha mãe sentada na outra ponta da mesa, criticando os criados. Hoje foi uma dessas ocasiões, acho que por ter tocado nesse assunto anteriormente com Kagome.

– Você está bem? – perguntou minha namorada ao perceber minha carranca.

– Ah, sim. – eu falei, um tanto surpreso.

Olhei brevemente para meu pai, que assentiu como se entendesse o rumo dos meus pensamentos. Senti-me culpado no mesmo momento, afinal ele nunca tinha superado minha mãe, e sempre que tocávamos nesse assunto, ele ficava muito tenso. Ficamos um tanto mal todo o resto da noite, tanto eu quanto ele, mas a presença de Rin animou tudo quando ela chegou com notícias de seu ensaio com as meninas. Ela começou a contar atropelando fatos o que havia acontecido hoje no auditório e então me deu novidades.

– Eu consegui entrar num grupo de garotas, estamos decidindo nosso estilo, mas acho que vamos focar o lado doce e inocente da dança, com alguns floreios das danças tradicionais japonesas, como aquelas dos templos. – ela disse e então respirou fundo, recuperando o fôlego – O que você acha, pai?

– Eu acho ótimo, minha filha. – ele sorriu – Na verdade, estava preocupado que você resolvesse ser como aquelas novas dançarinas, todas rebolando e fazendo aqueles passos de... Como é o nome daquilo mesmo?

– Cabaré? – sugeriu Izayoi.

– Sim, isso. Acho aquele tipo de dança tão vulgar. – disse meu pai.

Senti Kagome enrijecer ao meu lado, ficando imediatamente tensa. Eu também fiquei, lembrando-me dos tempos em que ela ainda dançava com as outras meninas no estabelecimento de Jakotsu. Pensei por uns momentos, e então decidi que não partilhava da opinião de meu pai. Na verdade, as danças, pelo menos as que Kagome executava, nunca me pareciam vulgares. Ela sabia muito bem qual é o limite entre sensual e vulgar e, apesar de que eu realmente a havia chamado de puta mentalmente no passado, podia ver que não tinha nada a ver.

– Você quer ver um vídeo do meu ensaio? – perguntou Rin, animada – É só uma prévia ainda.

– Claro, vamos assistir assim que acabarmos aqui. – disse meu pai.

– Mas antes coma toda a sua janta, ou nada de sobremesa. – disse Izayoi.

– Sim, senhora, mamãe. – Rin sorriu e piscou para Kagome.

– Sabe, Rin, se você gosta tanto de dança tradicional japonesa, talvez deva ver uns vídeos da Hatsune Miku para se inspirar. É ótimo aprender primeiro as coreografias dela, e depois ir criando as suas próprias. – sugeriu Kagome e minha irmã riu e assentiu.

O clima ficou bem mais leve depois disso. Depois que acabamos de comer, vimos o vídeo do ensaio de Rin, que na verdade estava ótimo para algo que fora ensaiado somente por algumas horas, segundo ela. Eu achei muito bem coreografado e com um ritmo envolvente, mas quem sou eu para opinar? Então, como o típico Sesshoumaru Taisho, somente assenti e disse um “bom”. Claro que Kagome riu e disse que não podia compartilhar sua opinião, mas o clima continuou muito bom após isso. Eu subi com minha namorada casualmente para o meu quarto, mas não pude deixar de ouvir as provocações de Rin e os risos de Izayoi. Quando chegamos, minha namorada já estava tão vermelha que estava emanando calor do rosto.

Eu sorri e a mordisquei de leve a bochecha. Ela sorriu e foi tomar um banho, colocando uma camisa minha logo depois para usar como pijama, mas dessa vez ela estava de calcinha e de sutiã, ao contrário da última vez que havia dormido aqui. Uma pena. Fui tomar meu banho e coloquei, novamente, somente a calça do pijama. Quando saí do banho fui colocar desodorante e encontrei Kagome deitada na minha cama, se espreguiçando, toda à vontade. Eu cheguei perto e mordi seus lábios e ela riu.

– Espera, Sho. – ela disse quando eu tentei abrir um dos botões da minha blusa social que ela estava usando.

Eu a encarei, surpreso, e então ergui somente uma sobrancelha. Será que ela ia fazer greve agora? Ah, merda. Não pode ser. Ela sorriu e se sentou na cama, ficando face a face comigo, ou o mais que ela podia, já que sua altura era bem menor do que a minha. Ela tocou minha bochecha com carinho, e então começou a passar a ponta dos dedos pelo meu rosto. Eu a mordi quando ela passou a mão perto demais da minha boca, e ela riu.

– Eu vou te liberar do seu período de teste. – ela disse.

Eu arregalei meus olhos e a encarei, confuso. Por mais que eu gostasse de ser liberado do meu castigo, eu me lembrava o quanto essa experiência era importante para ela e não queria que ela abrisse mão de nada por mim. Eu queria acrescentar à sua vida, e não tirar. Nossa, como isso soou brega, apaga isso da minha mente.

– Você tem certeza? Lembro que isso era importante para você. Por mais que eu goste, Kagome... Você não precisa se sentir pressionada a nada. – eu acariciei seu rosto – Eu não vou a lugar nenhum, sabe.

– Eu sei, é só que... – ela começou a chorar – Você tem sido tão fofo, tão atencioso, tão paciente... E hoje, com toda aquela história do Houjo, você foi tão maduro. Eu sinto que estou sendo tão má com você, duvidando dessa forma do que nós temos.

– Ei, você não precisa sentir que está sendo má. Não é uma dúvida. – eu disse.

– É sim, uma dúvida que eu já deixei para trás, Sesshoumaru. Eu quero realmente isso. – ela sorriu.

Eu a puxei para o meu peito e acariciei seu cabelo até que ela se acalmasse, então a beijei com ternura. Depois de algum tempo, os beijos foram ficando mais intensos, e logo estávamos embolados sob o colchão. O que eu posso dizer sobre essa noite? Foi uma das melhores da minha vida, a noite toda, embora eu não tenha dormido muito, se é que me entendem.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo será um pouco mais tenso, hehe
Não me matem.
Mereço reviews?



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