Minha Namorada Contratada escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 24
Traição da Kagome?


Notas iniciais do capítulo

Percebam que a "voz interior" do Sho é como o lado Youkai dele, se pronunciando.
Capítulo dedicado às lindas que responderam minha notinha, e programado terça-feira, 7 de julho de 2015, às 14:26. Boa leitura!



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– Por que não vamos almoçar na casa dos seus pais, mesmo? – perguntou Kagome.

– Porque temos que conversar. – eu disse seriamente.

– Sobre o quê? – perguntou ela, e eu ergui uma sobrancelha.

– Quer conversar no carro mesmo? – perguntei de volta.

– Pode ser. Fico muito nervosa quando falam que querem falar comigo, já estou meio pirando. – ela admitiu – Se é sobre o período de teste, eu não vou abrir mão disso, Sesshoumaru.

– Não é sobre o período de teste, é sobre nós dois. – falei simplesmente – Kagome, por que você reagiu daquele jeito quando eu falei em casamento?

Eu a observei enquanto parava no encostamento. Tinha ido a buscar na academia e pedido que Rin almoçasse na rua. A dei dinheiro, lógico, e ela ficou para a aula de pilates, de qualquer modo. Enquanto encostava, podia ver Kagome pelo canto do olho. Ela ficou gradualmente vermelha, depois roxa, e depois voltou a ficar vermelha. Começou a respirar fundo e abriu a boca, mas a fechou em seguida. Eu só esperava pacientemente e observava suas reações. “Que merda, mulher. Eu nunca nem pensei em casar, e quando eu quero casar com você, você ri da minha cara?” perguntou minha voz interior, mas eu fiquei calado.

– Para mim, casamento não é só uma ideia de papel, de um contrato a ser firmado, Sesshoumaru. Casamento é algo sério, algo sagrado. Por isso eu ri. Eu simplesmente não te vejo... – ela deu de ombros – Você sabe... Casando. Além disso, somos tão novos!

– Nós vamos completar trinta em alguns anos, Kagome. – eu disse.

– Não nesse sentido, Sesshoumaru. Estamos juntos há pouco tempo, nós, a nossa relação, é nova. Entende? Eu não posso ser divorciada. Tenho que ter certeza absoluta disso tudo. Além do mais... – ela começou a ficar vermelha de novo – Toda a ideia de filhos... O que nós faríamos, Sesshoumaru? Eu não quero parar de dançar, você provavelmente não quer parar de ficar na empresa. Eu não vou criar meus filhos sozinha.

– Ei, eu não disse que precisaríamos ter filhos de imediato. – eu disse, assustado – Olha, realmente, nós dois temos uma relação nova. Porém, não é motivo para ficar daquele jeito, completamente louca.

– Eu não estava louca. – ela estreitou os olhos – Mas é que é ridículo você falar disso na frente dos seus pais, ainda mais sem me dizer nada.

– Meu pai que me aconselhou a casar, não vejo nada de mal nisso. – falei.

– Quer dizer que você está fazendo todo esse escândalo por que seu pai lhe aconselhou a casar? Nem foi ideia sua? – perguntou Kagome, parecendo magoada.

– Não exatamente, mas não foi isso que eu quis dizer. Além disso, não estou fazendo escândalo. – eu disse.

– Sesshoumaru, vamos... Adiar essa conversa, ok? Quem sabe para daqui a um ano, ou alguns meses, pelo menos. – ela disse, massageando as têmporas – Você nem passou no período de teste ainda, e já quer começar a planejar casamento? Além disso, esse foi um pedido nada romântico.

Eu ergui uma sobrancelha para ela e suspirei. Após alguns momentos, eu dei a partida no carro e nós fomos comer. Apesar da discussão, estávamos relativamente bem. Só que eu estava incomodado: por que ela evitava tanto essa história? Está decidido. Se ela quer um pedido de casamento cheio de romance, ela vai ter, nem que eu demore um ano para fazê-lo.

Mais Tarde, Na Empresa Taisho.

– Senhor Sesshoumaru. – chamou Lea.

– Pois não, Lea. – eu falei sem erguer meus olhos dos papéis à minha frente.

– A Senhorita Kagura está aqui. – ela disse, e eu ergui minha cabeça, surpreso – É. Ela não fez nenhum escândalo até agora, senhor. – disse minha secretária, desconfiada.

– Você acha que eu deveria deixá-la entrar? – perguntei.

Existem motivos simples para os quais eu confio em Lea. Primeiro: ela trabalha na nossa empresa há anos, recebeu inúmeras ofertas de trabalho melhores, e se recusou a sair. Segundo: ela nunca deu em cima de mim. Nosso relacionamento é extremamente profissional, de ambas as partes. Não vou mentir e dizer que não tentei a seduzir de início, mas após uma conversa séria ficamos acertados. Terceiro: ela é a melhor secretária do mundo, e usa seu tempo livre para escrever seus romances, ou seja, ela nunca me incomoda com chorinhos desnecessários. Além de tudo isso, descobri que ela e Kagome se conheciam. Kagome era uma grande fã de seus livros, e ela disse que eu tinha uma ótima secretária.

– Assim... – Lea deu de ombros – Achar eu não acho, mas a gente tem escolha? – perguntou ela.

– Você tem razão. – suspirei – Deixe-a entrar, mas mande um segurança subir, só de precaução.

– Sim, senhor. – ela disse e saiu.

Após alguns momentos em que eu lia meus documentos calmamente, Kagura apareceu. Ela estava com um terno e uma saia lápis, uns óculos de armação tartaruga, uma bolsa de couro marrom e usando saltos. Eu ergui uma sobrancelha, porque reconheci aquele modo de se vestir: ela estava fazendo cosplay de Kagome, é isso? Essa mulher é louca, só pode. Fiquei feliz ao constatar que meu instrumento estava mais que calmo, e que eu só conseguia pensar em como Kagome ficava bem melhor com aquelas roupas.

– O que você quer, Kagura? – perguntei.

– Só queria lhe avisar, querido, que enquanto você está tão preocupado em dar uma falsa impressão para a sua namoradinha ela está lhe traindo. – disse ela simplesmente.

– Ok. Tá. – eu disse – Ótima tentativa. Agora pode sair, você conhece o caminho. – falei, voltando para os meus papéis.

– Eu sabia que você ia confiar nela. Coitadinho, Sesshoumaru. Felizmente, eu tenho provas. – disse ela, puxando um envelope da bolsa.

– Kagura, por favor, me poupe das suas fotos cheias de mentiras. Se retire. – pedi.

Ela espalhou as fotos em cima da minha mesa e dos meus papéis, e eu tenho que admitir que vi vermelho, mas continuei com minha expressão de porta, a muito custo. Na primeira foto, Kagome estava andando pela rua com Houjo, sorrindo. Na segunda, ele estava com o braço passado pela cintura dela. Na terceira, eles estavam no que parecia ser uma sala de dança, coladinhos, quase se beijando. Na quarta, ela estava sendo abraçada por trás por ele, e ele estava sorrindo abertamente enquanto ela sorria minimamente. Que merda é essa? Mil vezes: Que. Merda. É. Essa?

– Muito obrigado, Kagura. Agora, se me permite, eu tenho trabalho a realizar. – eu disse, usando todas as minhas forças para não dar ousadia a essa vadia.

– Tem mais. – ela disse, e puxou por fim uma foto dos dois se beijando – Você sabe onde ela estava ontem à tarde, Sesshoumaru?

Merda. Eu realmente não sabia, e ontem foi justo o dia em que Houjo mandou mensagem para ela, e ela combinou que ia se encontrar com ele. Ela tinha dito sim, e agora que eu mencionei isso, eles também tinham que conversar sobre “aquilo”. Minha fera interior começou a rosnar, perplexa e revoltada. Eu quase soquei Kagura naquele momento. Apesar disso, pedi novamente que ela se retirasse. Ela saiu, parecendo chocada. Contei cinco minutos, tempo mais que o suficiente para que Kagura saísse do meu prédio, e então levantei. Com um urro de puro ódio, joguei a cadeira na qual estava sentado com toda a força contra a parede.

– Senhor Sesshoumaru! – gritou Lea, a me ver derrubando a estante.

– Saia! – gritei de volta.

Em uma lufada de cabelos loiros, a garota sumiu da minha frente. Garota esperta, evitou uns murros. Não, eu não estou bem. Em poucos momentos depois, enquanto eu chutava a estante, meu pai apareceu. Eu gritei que ele saísse, e ele me segurou com força. Então ele olhou para a minha mesa e me soltou, indo ver as fotos. Ele estava chocado, eu podia ver isso. Eu comecei a respirar fundo, andando de um lado para o outro. Precisava conversar aquilo com ele, eu confiava em meu pai, além disso, ele é mais velho, experiente, e vai saber resolver essa palhaçada.

– Quem foi que te deu isso? – perguntou meu pai.

– Kagura. – falei.

– Não tem como acreditar nela. – falou ele simplesmente.

– O SMS que ela recebeu ontem no almoço, era dele. E ela disse que ia encontrar com ele depois. Eles precisavam discutir “aquilo”. – fiz aspas com as mãos, e, com um urro de raiva, chutei outra cadeira da minha sala, que saiu voando.

– Olha só... Desconte sua raiva. Depois fale com ela, vou lhe passar o endereço da empresa. Tem alguma coisa errada aqui, você sabe disso tanto quanto eu. – ele disse, apontando para as fotos.

– Obrigado, pai. – falei, e quebrei outra cadeira.

– Só tenha em mente para não rasgar papéis importantes, e que todos os móveis que você quebrar vai ter que repor com o seu salário. – ele disse e saiu da minha sala.

Eu respirei fundo, olhando para o teto e fechando os olhos, tentando me acalmar. Então, em mais um ataque de ódio, quebrei a mesa em duas. “Estamos perdendo tempo aqui! Temos que pegar aquele filho da puta que ousou tocar na nossa mulher, e então ir nela e ensinar quem manda!” mandou minha voz interior “E vamos castigá-la de acordo, e então faremos muito sexo com ela”. Eu admito que não foi uma ideia ruim.


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Notas finais do capítulo

E então, estão gostando? O que acham sobre essa história de traição?