Minha Namorada Contratada escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 20
A Academia de Dança de Tókio e o Pirralho Shippou.


Notas iniciais do capítulo

Bem, mais uma vez a inspiração me veio de madrugada. Em breve programarei um outro capítulo. Espero que estejam gostando e quero que saibam: os comentários estão me deixando muito feliz e me motivando cada vez mais a escrever! Obrigada!



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Kagome deixou que eu a buscasse na Academia. Hoje é sábado, e ela está trabalhando lá. Eu insisti bastante com a desculpa de que queria participar mais da sua vida como dançarina profissional. Apesar de parecer muito surpresa, ela deixou. Era meio verdade isso. Eu queria, sim, participar da vida de dançarina profissional da minha namorada. Mas também queria ficar de olho no Houjo, já que não tinha permissão oficial para esmurrar ninguém por ciúmes desde que meu soco acidentalmente acertou a Kagome. E não estava muito a fim de desobedecê-la, afinal, ela ainda não tinha decidido se ia ou não voltar para mim.

Sim, agora Kagome é uma dançarina profissional. Mais que isso: ela está residindo na Academia como professora de dança. Qual é a matéria que ela ensina realmente, eu não sei. Acho que é alguma coisa contemporânea. Sério, eu tenho que começar a aprender sobre isso, uma vez que ela vai trabalhar com isso três vezes na semana, meio período. Principalmente quando todos aqueles da minha família estão interessados. Além disso, o Houjo provavelmente deve saber o que ela faz. E não posso perder de ninguém quando o assunto é ela, não mais.

– Eu sou Sesshoumaru Taisho. Vim ver Kagome Higurashi. – anunciei ao segurança.

Ele me olhou feio, como se me analisasse. Após um telefonema onde só disse “hm” e “sim” além do meu nome, eu fui autorizado a entrar. Percebi que a Academia era muito luxuosa para uma instituição que pertencia ao estado e também que as meninas se vestiam todas iguais com um collant e uma saia, enquanto os homens vestiam leggings folgadas e camisetas também folgadas. Vi alguns indo e vindo de collant como se estivessem apressados. Talvez estivessem atrasados para se trocar ou algo do tipo.

Só depois que andei um pouco percebi que não sabia onde Kagome estava. Olhei ao redor, um tanto perdido, até que vi o garoto de cabelos ruivos que esteve com a Rin na festa do Sota. Fui até ele, um tanto envergonhado, e lhe cutuquei. Ele estava conversando com três garotos e duas garotas, sendo o centro das atenções do grupo. Parecia um daqueles moleques populares que se acham incríveis. Mas talvez isso seja só minha má impressão, já que ele está saindo com minha irmã.

– Ah. Taisho. – ele me sorriu – Você está procurando a Rin?

– Na verdade, a Kagome. – falei.

– Bem, não importa. – ele deu de ombros e eu ergui uma sobrancelha – Elas estarão no mesmo lugar. Daqui a trinta minutos, o espetáculo das novas professoras vai começar. E, como a Rin é ficcionada na Kagome, ela vai assistir. – ele virou para os seus amigos – Gente, esse é o Taisho. Ele é namorado da Kagome-sensei e irmão mais velho da Rin.

Os seus colegas me encararam como se não pudessem acreditar no que viam. Eles me olharam de cima a baixo, como se me analisassem. Depois de um tempo, uma das garotas, com cabelos loiros e curtos, veio até mim.

– Eu sou uma colega de classe da Rin. Meu nome é Yuuki. Prazer em conhecê-lo. – ela estendeu a mão.

– Prazer. – respondi simplesmente, apertando a mão da garota e soltando em poucos segundos – Pirralho. Você vai até o espetáculo ou não?

– Eu não me apresentei, não é? – ele riu, nem de longe incomodado – Eu sou um dos alunos da Kagome e colega de classe e dupla oficial da Rin. Meu nome é Shippou.

– Dupla oficial? – perguntei, cerrando os olhos.

– Na Academia, eles definem uma dupla oficial para os exercícios e coreografias em dupla. Ajuda a manter o nível e também nas amizades. – ele me sorriu.

– Shippou, vamos nos atrasar. – disse uma menina de longos cabelos negros, que parecia chateada.

– Ah, claro. – ele disse, sem se preocupar – Vamos, a Rin já deve estar lá faz séculos. Incrível aquela garota, muito esforçada. – ele comentou como se nem tivesse se dado conta de que acabou de elogiar minha irmã na minha frente.

– Claro. Você fala isso toda hora. – a morena reclamou.

Há. Acho que estou me tornando um especialista em ciúmes. Consigo detectar sinais aqui.

– Bem, alguém tem que reconhecer o esforço dela. Todos vocês desprezam a menina por ela ser rica. Como se isso fosse culpa dela, ou se mudasse algo sobre a sua personalidade. Ela entrou aqui assim como todos nós, sabia? Dando duro. Ensaiando. E vocês agem como se ela conseguisse tudo o que quer por dinheiro.

Incrível. Era a primeira vez que ele parecia incomodado. Será que ele está a fim da minha irmã? Bem... Não era tão ruim, no final de tudo. Mas ainda não gosto dele.

– Claro. Com um professor profissional de dança, provavelmente. Num grande estúdio. Com o dinheiro dos papais dela e... – a morena despejou.

– Rin ensaiou com Kagome porque lhe pediu que, por favor, a ajudasse. Além disso, ela usou a própria casa e nunca desembolsou um centavo das corporações Taisho para pagar seus estudos no quesito dança. Ela fez o que fez sem apoio financeiro. – me intrometi.

– O que é essa confusão aqui? – perguntou uma voz familiar.

E irritante. Houjo estava vindo em nossa direção com uma roupa ridícula, nada comparada aos collants e leggings dos outros garotos. Se bem que ele é professor aqui também, então deve ter esse privilégio.

– Houjo-sensei. – disseram os alunos em uníssono com uma reverência.

– Não incomodem os convidados das suas professoras. Elas podem ficar irritadas com vocês depois. Principalmente a Kagome, vocês sabem como ela é exigente. Querem reprovar? – ele ameaçou, sério.

– Não estavam procurando confusão nem me desrespeitando. Só difamando a imagem da minha irmã sem nenhum fundo verdadeiro. – falei calmamente – Desculpe se chamei atenção.

Eu odiava esse cara, sim. Mas ele era professor e, agora que percebi, tinha uma séria multidão se formando ao meu redor, como se estivessem querendo saber o que eu tinha a falar. Isso deve lhe dar trabalho, uma vez que a diretora não está aqui. E eu respeito o trabalho dos outros, mesmo que seja o de um verme.

– Tudo bem, Taisho. – ele botou uma mão no meu ombro e me lançou um sorriso enquanto eu lhe lançava um olhar mortal – Só não se exalte, ok? Não queremos nenhum ferido.

Ele acabou de me fazer uma piada, esse verme? Eu gostaria de me exaltar agora e ferir essa fuça sem vergonha desse filho de uma puta. Não. Coitada da puta que tiver um filho como ele. Filho de chocadeira. Vou socar a cara dele, ah se vou. Deixa só eu sair desse período de teste com a Kagome, e ele vai ficar tão deformado que jamais poderá ser visto em público novamente. Ídolo adolescente de merda.

– Taisho. – disse Shippou, ao meu lado – Vamos. Kagome vai começar e nós perderemos seu discurso se não nos apressarmos.

Pirralho esperto, prezando pela vida do seu sensei. Se bem que ele não parecia muito feliz com Houjo, no entanto. E então, com um sorriso, ele disse a frase que me faria gostar dele, embora eu jamais fosse admitir.

– Você não deveria interagir demais com os alunos, sensei, ou vão começar boatos de envolvimento com as meninas. Quem sabe com os meninos. E todos nós sabemos que, já que isso é uma instituição do Estado, seria um crime se envolver com qualquer aluno ou aluna. – ele sorriu como se estivesse comentando sobre sua comida favorita – E não vamos esquecer que o envolvimento entre professores é proibido também. Além disso, ninguém quer que o Taisho se exalte e faça feridos aqui.

Pirralho incrível. Adoro esse pirralho. Falou tudo, moleque. Depois dessa, não te mato se aparecer lá em casa. Só deixo o Inuyasha e o papai o fazerem sem interferir. Quê? Prova de admiração e amizade entre homens, essa. Houjo o encarou como se estivesse diante de uma criança fazendo pirraça.

– Você deveria ter cuidado com o que fala, garoto. Não esqueça que sou seu sensei. – ele praticamente cuspiu entredentes.

– O menino não está desrespeitando ninguém, Houjo. – falei simplesmente, erguendo minha cabeça um pouco.

– Essa não é sua área, Taisho. – ele disse os olhos cerrados.

A mão no meu ombro deixou de ser um peso leve e ele me apertou como quem quer avisar algo.

– Me surpreende que um professor esteja sendo visto no meio de uma confusão. – disse uma voz severa – Não é, Houjo-sensei?

– Erin. – ele me largou imediatamente.

– Diretora. – os alunos falaram, surpresos.

– Vocês, para o anfiteatro. Suas professoras irão ficar magoadas se faltarem ao espetáculo. Todos menos você, Shippou. Eu tenho algo a conversar com você. – ela disse e o menino pareceu sério.

A multidão se dispersou, até que somente eu, Shippou e Houjo estávamos diante de Erin. Ela suspirou e olhou para o menor.

– Você sabe quais são as condições de sua matrícula. Não pode se meter em confusão, menino. – ela o repreendeu, séria.

– Não farei novamente, Erin. – ele abaixou a cabeça.

– Ele não estava armando confusão. – falei um tanto preocupado.

Ela ergueu uma sobrancelha para mim e então voltou a olhar para o garoto.

– O aceitamos porque tem talento e Kagome prometeu se responsabilizar por sua conduta. Quer que ela perca seu emprego, menino? – ela disse.

– Não, senhora. – ele disse, ficando ereto e sério.

– Então se comporte e honre a sua academia e sua turma. Honestamente... – ela suspirou – Dispensado. Ache a menina Rin e vá para o espetáculo. Acho que ela está ensaiando em alguma sala vazia.

– Sim, senhora. – ele sorriu e foi saindo devagar.

– Shippou? – ela o chamou.

– Sim, Erin-sensei? – ele falou, parando.

– Quando uma das partes da dupla oficial é expulsa, o outro aluno deve fazer o teste de admissão novamente e começar o curso do zero. Se você aprontar, não só a Kagome perderá o emprego como a Rin perderá o curso. Ela não passará de novo. Ninguém nunca passa duas vezes. – ela disse completamente séria.

O olhar que ela lançou no Shippou era de tanta pressão que até a mim surpreendeu. O menino assentiu com o semblante sério, colocou as mãos nos bolsos e saiu, provavelmente procurando a minha irmã. Eu então me virei para Erin com uma expressão fria enquanto a analisava. Ela parecia ser o tipo de diretora que meu pai era: rígida, fria e impetuosa. Mas, assim que o menino saiu, ela abriu um sorriso.

– O trabalho da Sango é estressante. Esse é um bom rapaz, apesar de tudo. – ela deu de ombros – E vocês, senhores. Houjo, não provoque o Taisho. Mantenha-se longe da Rin e da Kagome. Puxa, você sabe que é um ídolo. Todos comentam se você sequer olha para uma aluna, quanto mais ajudar pessoalmente quando elas têm problemas. A menina Rin é uma garota esforçada, ela vai se sair bem.

Houjo suspirou e assentiu, como se na verdade estivesse apenas escutando uma coisa e esperando o momento certo para descartá-la de sua mente como um verme que não desejava por perto. Erin então olhou para mim, curiosa.

– Você é o namorado da Kagome... Soube que brigaram. – ela deu de ombros e sorriu – Tente não procurar confusões, senhor Taisho. Aqui, o senhor é tão responsável pela sua própria imagem quanto a da sua namorada. Kagome será malvista se o senhor se envolver em brigas.

– Não me envolvi em brigas. Fui a defesa da minha irmã, que estava sendo difamada. – falei, cerrando os olhos.

– Eu pretendia falar sobre isso numa reunião de pais. A menina Rin está constantemente sendo descriminada por ser uma Taisho. Aqui, ser rico é um ponto ruim. – ela pareceu triste – Não importa quanto se esforce, todos sempre dirão que ela é boa pelo dinheiro. Mas sua intervenção não ajuda. Deixe que ela se defenda. Ela aprenderá lições importantes sendo alvo de comentários assim. E mais ainda quando conseguir acabar com eles. – ela sorriu.

– Tentarei. – murmurei, um tanto contrariado.

– Não os prenderei mais aqui. Você tem um espetáculo para apresentar, Houjo. E o Taisho tem uma irmã para achar e um espetáculo a assistir. Bem-vindo à Academia de Dança de Tókio, Senhor Taisho. Espero que aprecie nossos modos de ensino.

Com esse comentário, ela se virou e me deixou sozinho com Houjo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos comentários desde já! Até mais!



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