Minha Namorada Contratada escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 19
Farei meu melhor.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curto de presente de virada de ano. Programado às 5:30 da manhã de 30/12/2014



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Não sou o namorado de Kagome novamente. Ainda. Ela me deu uma segunda chance, mas disse que só me daria uma resposta daqui a um mês. Mas como ela me disse isso ontem, são 29 dias até que ela decida. Eu voltei a fazer minhas coisas: trabalhar, ter higiene, comer... Minha família está mais feliz. Rin voltou a falar comigo, soltando aos quatro ventos que eu estava de quatro e que estava feliz por finalmente ter me dado conta disso. Izayoi fez praticamente um banquete (ou mandou fazer), e me fez comer muito mais do que um ser humano normal precisa. Meu pai me chamou para o seu escritório. Ele me perguntou, sem rodeios, o que tinha acontecido. Eu o contei.

– Você foi estúpido e ela foi impulsiva. Mas vamos agradecer à menina Priscila e ao seu irmão por ajudarem. – ele disse simplesmente, bebendo mais do seu uísque – A verdade é meu filho, que você está mais sério sobre ela do que consegue ver. Diga-me, Sesshoumaru, você tem intenção de se casar?

– Nunca pensei nisso. – respondi honestamente.

– Pensa em se casar com qualquer uma que não seja a Kagome? – perguntou ele.

– Não. – respondi de imediato.

Meu pai me sorriu e me deu um copo com uísque. Eu bebi com ele por um tempo, calado. Estava refletindo. Eu jamais havia pensado em casamento. Mas, pensando bem, não seria uma má ideia. Kagome e eu. Indo morar juntos. A gente podia, não sei... Passar uns cinco anos a sós antes de termos um filho. Talvez dois ou três. Meninas com a aparência dela. Ou poderiam ser loiras como eu. Mas tinham que se parecer com ela, no intelecto. Selvagens, independentes. Meninos como ela, também. Não quero que passem o que eu passei por me apegar a uma garota tanto assim.

– Está imaginando seus filhos, não é? – perguntou meu pai.

Eu o encarei surpreso.

– Eu também fazia isso. Sempre quis um filho que parecesse bastante comigo, e um que parecesse com a Izayoi. E nunca fui agraciado com uma menina, então adotei a Rin. Ela é boa, mas não parece exatamente com nenhum de nós. Eu gosto disso, traz diversidade à nossa família. – ele murmurou.

– Por que um filho igual a você? – perguntei.

– Assim eu teria como lhe ensinar. Sei os erros estúpidos que cometo. Posso aconselhar sobre eles. – ele revelou.

– Me aconselhe pai. – pedi.

– Não a deixe escapar, meu filho. – ele me deu um sorriso – Não perca tempo. Não seja seu namorado. Seja seu marido. Conquiste-a e nunca a perca. A perda de uma mulher que amamos jamais será compensada, mesmo com um novo amor.

Eu o encarei perplexo. Meu pai estava falando da minha mãe. Da minha mãe biológica. Eu sentia isso. Eu achei que ele amasse Izayoi. Ele ama Izayoi. E mesmo assim, não esqueceu Satori. Ele nunca esqueceu minha mãe. Isso simplesmente não encaixava na minha mente. Eles eram tão felizes juntos, meu pai e Izayoi. Como assim, ele não havia superado a Satori?

– Não sei o que faria, sabe. Se Satori me pedisse para voltar. – murmurou ele – Izayoi sabe disso. Ela se esforça para me fazer gostar dela. Satori nunca se esforçou. Ela não precisava disso. Eu gostava dela naturalmente. Qual das duas é Kagome para você, Sesshoumaru?

Ele me encarou, sério. Então me lembrei do modo que estava apaixonado antes mesmo de me dar conta. Do modo como não consigo evitar meus ciúmes e do modo que a Kagome, mesmo bêbada e exausta, atrai minha admiração. Ela era uma boa pessoa, sua natureza era boa. Mas ela nunca se esforçou arduamente para que eu gostasse dela. Eu simplesmente gosto. Eu sou louco por ela.

– Satori. – murmurei.

– Esteja preparado para sofrer, então. – ele riu sarcasticamente – Mas deixe-me contar um segredo, filho. – ele me encarou, sério – Vale a pena.

Eu ainda estou processando essa conversa, enquanto estou aqui, deitado na minha cama. Será que Kagome realmente me faria sofrer? Ela era tão boa. Simplesmente maravilhosa, por ser do jeito dela. Será que ela se esforçava, e eu não via isso? Pensei em todas as vezes em que ela deixou de dormir para satisfazer minhas necessidades. Mesmo cansada, não reclamava quando eu saía tarde de sua casa. Sempre cozinhava para mim. Sempre dava o seu melhor. Eu era um namorado pior do que imaginava. Eu não procurei sobre ela. Simplesmente adivinhei coisas. Droga. Meu celular piscou e eu o encarei um tanto desconcertado. Depois o segurei e li a mensagem com calma.

Soube que ela vai te dar outra chance. Não seja idiota o suficiente para achar que as inseguranças e desconfianças dela serão os únicos obstáculos. – B

Bankotsu. Aquele idiota. Eu tinha que começar a entender como controlar meus ciúmes. Como ser mais compreensivo e como não sair espancando as pessoas. Porque isso foi uma das coisas da qual Kagome se queixou quando eu perguntei no que poderia melhorar. Eu faria isso por ela. Só por ela.

Dê o seu melhor. Eu farei o mesmo. – ST

E é isso que eu farei, simplesmente. Meu melhor, sem rodeios ou floreios. Na verdade, por que não mandar flores? Seria ótimo que ela não as recusasse. Lembrei-me, então, do vaso sobre o seu kotatsu, cujas flores sempre estavam murchas. Ali cabiam mais ou menos cinco rosas. E foi isso que fiz: tarde da noite, encomendei cinco rosas brancas a serem entregues na casa dela antes das sete, para que ela pudesse trocar o vaso. Ainda fiz um cartão e combinei tudo com o meu entregador particular.

Ao começo de uma nova chance.

Lembrei que seu vaso em cima do kotatsu está sempre com rosas murchas ou vazio.

Faça bom uso.

Não ouse devolver.

Por favor.

–Sho


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Notas finais do capítulo

Comentários ajudam. Feliz ano novo!