Além dos livros FreMione escrita por Artemis Stark


Capítulo 6
Reconciliação?




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Capítulo 6

Reconciliação?

No final daquele mesmo dia, Hermione e Eric entraram na casa da morena.

– Você tem uma bela casa – ele falou sorrindo. Parecia que o sorriso dele era sempre, sempre sedutor. Hermione estava chateada, triste pela briga com Fred e mesmo assim sorriu ao ver o rosto do rapaz à sua frente.

– Pode parar com o fingimento – ele a olhou interrogativo – Eu sei que você vai se hospedar aqui por causa da ideia maluca de Gina.

– Sim, a ideia dela realmente é maluca, mas seu amigo ruivo parecia que ia me enfeitiçar a qualquer momento.

Hermione rolou os olhos.

– Olha – Eric sentou ao lado dela no sofá – Sei que a ideia era eu vir morar aqui e causar ciúmes no seu amigo, mas... queria que soubesse que tudo que conversamos hoje não foi fingimento. Realmente adorei ter conhecido você. Faz tempo que não tenho uma tarde tão agradável.

O sorriso dela foi sincero, mas triste.

– Obrigada, Eric, não tem noção de quanto isso é importante para mim.

***

Hermione percebeu que dividir o apartamento com Eric não seria tão fácil quanto imaginava. Ela sempre teve amizades masculinas. Mesmo antes de Hogwarts. Sem dúvida, Gina foi sua primeira amiga mulher.

Harry sempre fora um irmão. Mesmo o achando bonito, nunca se sentiu sexualmente atraída. Com Rony aconteceu uma atração, claro, na sua época de Hogwarts. Depois,... percebeu que ele era como Harry. Draco Malfoy era outra história. Apesar de nunca terem morado juntos dividiram a cama por alguns meses. Mesmo com seu porte mais magro e esguio, era bonito e sensual. Fato inegável.

Fred... Ela já havia visto Fred jogando quadribol, andando algumas vezes sem camisa pela Toca. Claro que ela estava apaixonada, tornando tudo mais belo na outra pessoa. Mas, Fred era gostoso. Não tão alto quanto seu irmão caçula, ainda que mais alto que ela. O cabelo ruivo mais alaranjado. Braços musculosos devido à posição de batedor, esporte não abandonado após o término de Hogwarts.

Agora Eric... Tudo nele parecia ser provocador, tentador. Aquele proibido que pede para ser tocado. Sorriso convidativo e enigmático. Sabia o que dizer e como tocar sem ser invasivo: um toque nas costas, nas mãos... transmitia o calor de seu corpo deixando o corpo feminino clamando silenciosamente por mais. E ele sabia o efeito que tinha.

Hermione corava cada vez que o encontrava saindo do banho. Apenas a toalha enrolada no corpo. Ele pedia desculpas em espanhol, sem querer realmente desculpar-se. O corpo bronzeado era um contraste angustiante com a toalha branca. O cabelo escuro pingando água. O cheiro forte e masculino. Os dias em que ele se barbeava eram os piores para Hermione. Às vezes ele ia direto para o quarto, a porta entreaberta. Outras, esparramava-se no sofá de toalha mesmo. Comendo alguma fruta. Geralmente uma maçã. Ele sorria quando pegava a morena olhando para si. Sorria da vermelhidão do rosto dela e das palavras engasgadas e sem sentido.

Não, não estava sendo nada fácil. Com esse pensamento, ela saiu de casa e chegou mais cedo no Ministério. Começou a trabalhar efusivamente. Sua cabeça ia de Eric para Fred. De Fred para Eric. Os olhos de Fred. O corpo de Eric. Fred...

– Senhorita Granger?!

Hermione percebeu que alguém a chamava e olhou para cima. O rosto estava enterrado nos diversos pergaminhos.

– SaintClaire! Senhor! Desculpe!

– Imagina, Hermione. Por isso é uma grande funcionária. Pensando sempre em serviços, estratégias, certo? – ela sorriu sem graça, sabendo que seu pensamento nada estava relacionado ao trabalho.... Bom talvez um pouco, pois gostaria muito de ter seu corpo jogado contra a mesa por Fred e...

– Granger? Você realmente é muito dedicada, mas preciso que venha até a minha sala, pois temos um assunto para tratar – ela seguiu seu chefe, abaixando a cabeça para esconder seu rubor e imaginando que queria ser dedicada a certas partes do corpo de um espanhol que havia deixado seminu no sofá de sua casa. Sentou-se e esperou que ele começasse a falar – Não é de hoje a fama de sua inteligência e obstinação. Tanto que conseguiu a vaga que ocupa hoje por seu mérito – Hermione sorriu para si mesma. Viu que Alec pigarreou antes de continuar – Ainda não publicamos a notícia oficialmente, mas teremos como promovê-la em breve.

– Promoção? Estou há aqui há pouco tempo...

– Eu sei disso, no entanto percebi seu empenho, dedicação e propostas para melhorias e relações com outros ministérios e departamentos. Por isso, receberá essa promoção.

– É algo definitivo? – ela perguntou sorrindo e Alec pigarreou mais uma vez. Ela detestava essa mania dele.

– Claro, precisamos apenas reorganizar algumas pessoas, você precisará de um estagiário... Acho que dentro de 10 dias teremos a resposta oficial.

– Muito obrigada! – ela levantou-se e apertou a mão do seu chefe. Saiu da sala sorrindo e tão animada que não percebeu a manhã passando. Estava indo para o almoço quando trombou com Fred.

– Boa tarde, Hermione.

– Fred? Tudo bem? Procurando seu pai?

– Na verdade – ele passou a mão pelos cabelos ruivos – Queria falar com você. Será que podemos almoçar?

– Claro – ela respondeu. Estar com ele era sempre uma onda de sensações e sentimentos. Os dois aparataram e caminharam em silêncio até chegar ao Hipogarfo.

– Queria me desculpar... Eu... eu não tenho por que palpitar com quem você divide sua casa. Foi apenas preocupação – ele disse após fazerem seus pedidos.

– Obrigada, Fred – ela sorriu. Fred sentiu seu coração bater mais forte. Como ele queria estar no lugar do Eric... – Você parece animada hoje. Aconteceu alguma coisa?

– Sim... quer dizer... Acho que serei promovida – Fred abriu um sorriso largo.

– Sério?! Mas isso é ótimo! Você está lá pouco tempo! Isso merece uma comemoração!

– Fred! Calma! – ela escondeu a empolgação por vê-lo tão feliz pela sua promoção. Parecendo que ele percebia o quanto aquilo era importante para ela – Primeiro preciso da certeza... Da oficialização... Serão 10 longos dias...

Fred sorriu sentindo um embrulho diferente no estomago. Nesse momento, os pedidos chegaram.

***

– Hermione, você gostaria de sair para jantar amanhã? – a pergunta a pegou desprevenida.

– Jantar?

– Sim, sim. Apenas nós dois. Sem motivo especial. Minha irmã falou de um lugar ótimo, mas é na Londres trouxa. Eu adoraria conhecer. Conheço pouco do mundo trouxa.

– Claro – Hermione ficou encabulada. Ela estava cortando alguns legumes para o jantar daquele dia sobre ao balcão da cozinha americana. Eric colocou sua mão sobre as delas, interrompendo o movimento. Ele estava sentado do outro lado, sobre uma banqueta.

– Você fica linda quando fica com as bochechas avermelhadas, mas não precisa ter vergonha de mim. É apenas um convite. Deveria estar acostumada com eles.

– Não, não estou. Eles não são muito comuns na verdade – a mão dele continuava repousada sobre a dela. O polegar passeando levemente de maneira aleatória que faziam com que o corpo inteiro de Hermione se arrepiasse. E o olhar... tão intenso... de um azul tão escuro, tão profundo que quase parecia negro. Tão diferente de...

Ela puxou sua mão. Ela estava apaixonada por Fred. Hermione percebeu a estranheza no olhar dele pelo movimento brusco. O ruivo não se importava com ela, não a achava bonita ou atraente realmente. Apenas... uma rata de biblioteca.

– Desculpe – pela primeira vez, ela tomou a iniciativa de toca-lo. O gesto fez com que Eric sorrisse – Claro que podemos sair para jantar. Qual o nome do restaurante que sua irmã sugeriu?

***

Hermione estava quase pronta. Ficara de encontrar com Eric no restaurante, já que ele tinha alguns encontros e pendências de sua empresa para resolver. Ouviu a campainha tocar e, jogava perfume em alguns pontos do corpo, enquanto caminhava apressadamente para porta. Se fosse Gina com mais um de seus conselhos malucos, expulsaria a amiga usando algum feitiço nada agradável.

– Fred?! – Hermione não pôde de pensar que andava exclamando o nome dele muitas vezes ultimamente. E isso era bom. Por que ele andava tão próximo? O simples pensamento de que ele poderia... Ou não? Era apenas uma provocação? Mostrar que ele poderia ter qualquer uma... até uma... as palavras dele ainda habitando seu pensamento.

O ruivo viu a surpresa nos olhos dela. Nos olhos maquiados dela. Sem perceber percorreu todo o corpo. Ela estava linda. Estonteante. Gaguejou antes de proferir as palavras que o levariam a ouvir a resposta que não queria ouvir.

– Acho que vim numa má hora... Está de saída?

– É... na verdade, sim... – era difícil. Ela queria estar se arrumando para ele. Sair com ele, mas depois do último convite, em que ele chamara Lee para o jantar, Hermione não contava que Fred a chamasse para um encontro romântico. Apenas os dois – Vou sair para jantar com o Eric. Vamos a um restaurante na Londres trouxa.

– Humm... Eric... certo... Para quê sair para jantar com ele se moram na mesma casa? – Fred tentava controlar seu ciúme.

– É algo que amigos fazem.

– Apenas os dois? – ela assentiu. Ele do lado de fora ainda, sem mover-se.

– Amigos com interesse românticos fazem isso... – ele falou olhando-a firmemente nos olhos castanhos. Hermione deu de ombros.

– Somos ambos solteiros.

– É... ambos solteiros... – ele repetiu – Melhor eu ir embora. Depois nos falamos. – era claro como ele tentara controlar-se. Antes que Hermione pudesse falar qualquer coisa, o ruivo aparatou.

***

Poderia ser inexplicável, mas era óbvio por que Hermione sentia-se tão bem com Eric. Tudo nele parecia combinar consigo e, até em seus pontos contrários ou desacordos, eles pareciam completar-se. Conversar com Eric, sair com ele, tê-lo em sua vida, mostrou para Hermione que era possível sim ter alguém bonito e inteligente interessado nela mais do que por alguns momentos.

Seu relacionamento com Draco fora breve e carnal. Não havia explicação. Nem outras palavras. Com Rony, amigável demais. Com Fred... platônico demais. Com Eric,... as coisas pareciam simplesmente acontecer. E isso acalmava seu coração – mas não seu corpo.

Após o jantar caminharam pelas ruas londrinas. O tempo estava agradável, apenas uma leve corrente de ar percorria as ruas. Hermione sentiu um leve estremecimento.

– Frio?

– Um pouco... – ela disse passando as mãos pelos próprios braços. Então, Hermione sentiu os braços dele a envolvendo em um abraço lateral. Puxando-a para perto dele.

– Melhorou?

– Humhum – foi o que ela conseguiu dizer. Eles andaram uns poucos metros e depois, Hermione sentiu que Eric havia parado de frente para ela. Mesmo sobre seus saltos altos ainda precisou inclinar a cabeça para olhar para o rosto dele que estava sorrindo.

– Hermione – apenas essas palavras. O nome dela. O dedo indicador contornando levemente seu rosto. Como uma pena. A morena sentia um misto de desejo e cócegas e arrepio e desejo. Muito desejo. A mão dele foi até a nuca puxando-a ainda mais para perto de si. Respirando sobre ela. Profundamente. Hermione estava entorpecida pelo cheiro dele. Pelo aroma do vinho na respiração dele. Pelo cheiro dele. Quente. Fechou os olhos. Os lábios dele tocaram superficialmente os seus. Continuaram seguindo até sua orelha. Torpor. - Amanhã eu preparo o jantar. Acho que está precisando de um toque latino em sua vida – sentiu o corpo dele envolvendo o seu e a conhecida sensação de aparatação.

Assim como o toque começou, terminou. E era fato que Hermione precisava de um banho. Frio.

***

Fred pediu o sábado de folga. Precisava, definitivamente, espairecer. A relação com Hermione era algo que fugia do comum. Ele e George sempre foram bem resolvidos quando se tratava de paquera. Só que com Hermione tudo parecia sair às avessas. Agia como um adolescente imbecil. Parecia Rony aos 14 anos e aquilo o deixava extremamente irritado.

Quando as coisas pareciam estar se encaixando, ele fazia alguma merda. Ou alguma merda acontecia e a merda da vez havia sido o aparecimento de Eric.

Uma festa. Simples. Algumas pessoas. Não havia o peso do encontro íntimo e, ainda teria oportunidade para encontrar Hermione. Eric. Merda. Obviamente ele estaria presente. Como convidar Hermione, para uma festa e não chamar o cara que estava morando com sua... Bem... Morando com ela.

Riu de lado. Algumas pessoas o olhavam entrando o rapaz que estava sentado no banco rindo e falando sozinho. Uma ideia genial. Simples e genial.

***

Hermione estava concentrada em seu trabalho quando a porta foi aberta e Fred entrou. Ela sorriu.

– Olá, Fred.

– Sabia que você tira todo o divertimento por saber nos diferenciar?

– Não o meu divertimento – ela sorriu. Fred sentou-se sobre a mesa, meio de lado sem deixar de observa-la.

– Você está convidada para uma festa grifinória.

– Festa grifinória?

– Isso mesmo. Sei que está meio em cima da hora, mas a ideia veio... de repente – ele piscou – George e Angelina estão me ajudando a enviar os convites. Já tivemos algumas confirmações e meus pais emprestaram a Toca.

– Ainda não entendi.

– Uma festa apenas para ex-estudantes da grifinória. Da nossa época. Tivemos que cortar a pobre Luna da lista, mas ela é uma pessoa bem compreensível. O tema será nosso salão comunal!

– Adorei a ideia! Claro que irei – Fred não disfarçou seu sorriso.

– Quando é?

– Hoje a noite.

– Hoje a noite? – Hermione repetiu a pergunta. Fred percebeu a mudança no rosto dela.

– Qual o problema?

– Eu tinha combinado de jantar com Eric hoje...

– De novo? Mas, vocês não saíram ontem mesmo? – Fred perguntou levantando-se abruptamente.

– Sim, mas ele pensou em cozinhar algo hoje...

– Deveria desmarcar afinal eu... quer dizer... outros grifinórios estarão lá... e eu.... e todos sentirão sua falta se você não aparecer.

– Desculpe, Fred... Eu não sabia... Posso tentar aparecer depois do jantar...

Tentar? – ele suspirou longamente – Nem sei por que inventei essa merda... – e saiu batendo a porta.

Chegou à Loja e George o levou para os fundos, enquanto isso Verity orientou alguns clientes e escreveu um rápido pergaminho:

Mione,

Não acredito que não irá à festa que Fred organizou para você! Deixa de ser tonta e vá para Toca!

V.

Assim que despachou a coruja viu um moreno alto chegar, lindo. Sua fala gaguejou e o ar faltou. Não, ela ainda não conhecia Eric. No dia da festa da Hermione, seu filho estava gripado e Verity não pôde comparecer.

***

Assim que George estava a sós com seu irmão, Fred esbravejou:

– Pode cancelar toda essa merda!

– Cancelar? Já temos confirmações! Nossos pais deixaram a casa livre e passarão a noite na Tia Muriel!

– O babaca espanhol com um bronzeado de merda e sotaque fajuto vai preparar um jantar para ela. Um jantar. Ele vai preparar. Um jantar. Para ela.

– Ei! Eu entendi! Você não está explicando transfiguração avançada para o Longbottom! – George interrompeu o falatório do seu gêmeo.

– Bom, isso significa que você, finalmente, vai assumir que está apaixonado pela certinha Hermione Granger? – o outro ficou vermelho.

– Apaixonado?! Agora você está realmente lembrando o Longbottom por falar tamanha besteira! É apenas... apenas...

– Desculpe interromper – Verity apareceu na porta – Mas tem um rapaz, aliás O RAPAZ, um lindo, alto, moreno, espanhol... ai ai... Procurando por você, Fred.

– Eric Rodriguez? Esse filho da puta está aqui?! – Fred apertou os dedos e fechou o punho.

– Sim... Mas quem é ele?

– Irmão da Kathy que joga com a Gina. Ele está morando no apê da Mione – George respondeu.

– Ahhh esse Eric...

– Esse mesmo. Que, aliás, sairá daqui com alguns dentes faltando... – ele foi contido pelo gêmeo.

– Você fica aqui e se acalma.

– Mas, ele quer falar comigo! Você não pode simplesmente aparecer! – eles apenas se olharam nos olhos. Verity detestava quando “falavam” assim.

– E eu que lembro o Longbottom... E você – ele olhou para Verity – Nenhuma palavra sobre isso, entendeu?

– Sim, senhor – ela fez um gesto típico de um soldado trouxa e seguiu George para frente da loja.

– Eric, meu querido! – George deu a volta no balcão cumprimentando o espanhol – Que bons ares o trazem aqui?!

Verity precisou afastar-se ou começaria a rir.

– Minha irmã sempre falou dessa loja e resolvi dar uma passada para conhecê-la. E seria interessante levar alguns desses logros para uns amigos espanhóis!

– Sem dúvida.

– Então, Fred – ele perguntou enquanto acompanhava o ruivo pelos corredores e pegando alguns produtos.

– O que acha de Hermione?

– Uma garota inteligente.

– Não a acha bonita? Na minha opinião é uma das garotas mais lindas que já conheci – George elogiou-se mentalmente por ter tomado o lugar do irmão.

– Claro que é bonita. Beleza e inteligência.

– Sem dúvida algo difícil de encontrar... – Eric falou pegando mais um produto.

– Soube que fará um jantar para ela hoje.

– Soube? – o outro perguntando olhando para George.

– Sim, passei no Ministério mais cedo e ela falou que você ia preparar um jantar... Vejo alguém querendo se aproveitar da posição de colega de casa??? – disse piscando. Eric encarou seriamente o ruivo.

– Não sou de aproveitar dos outros. Hermione é bonita, inteligente e divertida. Ontem tivemos uma noite maravilhosa. Quis apenas algo... mais íntimo. Nós dois. Vinha e música ao fundo – sim, George se “auto-elogiava” por ter vindo no lugar de Fred.

– Quer mais alguma coisa? – cortou para encerrar a discussão, logo seu gêmeo poderia aparecer.

– Por hoje é só – foram até o caixa, George do outro lado do balcão olhou para baixo e um sorriso maroto nasceu em seu rosto. Fechou a conta, empacotou e encolheu os produtos de Eric.

– Sabe, é a primeira vez que vem aqui e fez uma ótima compra. Leve uns desses docinhos – e passou um saco com vários chocolates.

– Sério?

– Claro! Irmão da amiga de Gina é nosso amigo!

Eric cometeu um pequeno grande erro. O erro de aceitar algo dos gêmeos. Pois, todos que conheciam Fred e George Weasley sabiam que nada de bom acontecia de algo que eles dessem.

***

Eric separou os ingredientes para o jantar. Um jantar preparado por um homem era sempre algo que as mulheres apreciavam. E ele era um bom cozinheiro. Porém, antes de começar, encheu a mão dos pequenos chocolates e comeu vários ao mesmo tempo.

Foi até a cozinha e começou a descascar umas batatas. De repente começou sentiu um grande calor. Abanou-se. O fogão nem estava ligado, o dia tampouco estava tão quente, mas ele suava excessivamente. Lavou as mãos, jogou água no rosto, na nuca. Hermione chegou e o encontrou com o cabelo meio molhado, a camisa colada ao corpo. Sua aparência não estava das melhores, mas mesmo assim continuava sensual.

– Eric? Você está bem?

– Sim... quer dizer, não... Estou só com um pouco de calor... Você não quer tomar um banho enquanto eu preparo o jantar? – ela o olhou firmemente antes de sair da cozinha. Ele definitivamente não parecia bem.

Hermione arrumou-se de forma simples, mas estava bonita. Foi para sala e Eric parecia pior ainda.

– Eric?!

– Hermione, estou bem.

– Você não parece bem... – ela ouviu um ruído característico e bem... como diremos, vexatório. Eric corou imediatamente e passou correndo por ela.

– Preciso ir ao banheiro.

Hermione afastou-se dando bastante espaço.

– Arghhhhh – ela exclamou tapando o nariz. Alcançou sua varinha e fez um feitiço. O cheiro aos poucos se dissipou. Ouviu a voz dele a chamando e foi até a porta do banheiro.

– Olha... eu... não ‘tô passando bem... eu vou... o jantar fica para outra hora! Estou aparatando na casa de Kathy! – ela ouviu um suave pop e a porta do banheiro sendo destrancada. Pensou em abrir, mas deu uns passos para trás. Era melhor não se arriscar...

Foi para cozinha e arrumou a bagunça de alimentos espalhados. Guardou tudo na geladeira, mas não viu o pacote de chocolates da Gemialidades Weasley. Esse foi largado sobre a cama de Eric. Livre de qualquer suspeita.

***

George olhava com divertimento no olhar Fred andando de forma tensa e sorrindo forçosamente para os convidados.

– O que você aprontou? – ouviu a voz de sua namorada perguntar-lhe.

– Apenas dando um empurrãozinho para ajudar meu irmão teimoso.

– Fred ainda não assumiu que está gostando da Granger?

– Pois é... Quando o chamei de Ron Senior ele ficou emputecido. Não sei como não me enfeitiçou... ah, eu sei! Deixei uma varinha falsa ao seu alcance! – Angelina riu e deu um beijo rápido na boca do namorado.

– Isso está uma chatice – Fred falou aproximando-se do casal.

– Estou curtindo. E você, meu amor? – George falou abraçando a namorada.

– Adorei a ideia, Fred! Tem um pessoal que eu não via há anos! Como o Creevey!

– E ainda fotografando!

– Talvez porque agora ele seja fotógrafo profissional – Fred soltou de maneira irônica.

George sussurrou algo para Angelina que sorriu e saiu de perto dos dois.

– Que Angie não me escute, mas... tem uma morena chegando... Olhe aquele rebolado... Bem que eu imaginei que Finnigan sentia alguma coisa por ela. – Fred virou o pescoço e viu quem se chegara. E viu Finnigan conversando e a cumprimentando com muito exagero. Mas, afinal, o que ela estava fazendo ali? – Se sua pergunta, querido irmão, é o que ela está fazendo aqui... Digamos que eu cuidei para que seu amigo tivesse um pequeno problema e não pudesse fazer o tal jantar... Não achei, no entanto, que o efeito seria tão rápido...

– Por isso eu te amo! – Fred exclamou sorrindo e puxando o irmão para um abraço rápido, depois saiu correndo na direção de Hermione. Sem cerimônia, passou o braço pelo ombro dela, puxando-a para longe de Simas que nem pensou em protestar ao ver o olhar que Fred lançou.

– O que houve com seu jantar romântico?

– Era apenas um jantar entre amigos. Eric não está se sentindo muito bem.

– Que pena... – ele falou sem esconder o fingimento. Hermione riu.

– Você mente muito mal quando quer... – ela riu. O coração palpitando. A mão dele ainda sobre seu ombro em um abraço lateral. Foram até onde estavam as bebidas e serviu um copo de uísque para cada.

– E sua promoção? – ele perguntou.

– Ainda na espera. Essa semana SaintClaire deve responder. Confirmar. Estou tão animada! Você está bem? – ela perguntou ao ver um brilho diferente no olhar do ruivo.

– Claro que sim. Gostei que tenha vindo. A festa não é a mesma sem você.

– Hermione! – a conversa foi interrompida pela chegada de Ron que abraçou a amiga. Fred queria ter essa intimidade com ela. Chegar e simplesmente abraça-la. No entanto, o abraço estava sendo longo demais, na opinião de Fred, claro – Estou com saudades!

– Eu também, Ron – ela respondeu sinceramente.

– Vamos sair – ainda a abraçando e Fred ficando nervoso – Eu, você e Harry. Topa?

– Claro! Vamos jantar na próxima semana, que tal? – ele a afastou e olhou para seu irmão.

– O que você anda aprontando, Fred?

– Eu? Não estou aprontando nada! – o outro respondeu.

– Você e George estão sempre aprontando. Se fizer algo contra ela, acerta as contas comigo.

– Ron, por favor! Estamos apenas conversando e, além do mais, eu sei me cuidar muito bem – e Fred tinha a certeza disso, afinal ela havia mandando sapos de VERDADE para que ele comesse.

– O aviso está dado – e saiu para cumprimentar Dino Thomas.

– Ron, às vezes, fica bem... nervoso com suas brincadeiras.

– No fundo ele nunca nos perdoou por transformar seu urso em uma aranha gigante.

Hermione riu.

– Coitado... Ele morre de medo até hoje! Ele acordava muitas vezes durante a noite com medo das aranhas,... Ainda mais depois de Aragogue.

– Como sabe que ele tem esses pesadelos? – o ciúme percorrendo seu corpo.

– Talvez porque ficamos dormindo na mesma tenda por meses na época da caça às horcruxes? – Fred sentiu o rosto ficar vermelho. Claro. As horcruxes.

– Como foi essa época? – ele perguntou. Os dois caminharam até uma mesa e Fred puxou uma cadeira para ela sentar.

– Horrível. Necessária, mas horrível. O medalhão afetava a todos, principalmente o Rony – ela lançou um olhar para o amigo que conversava animadamente, provavelmente sobre quadribol.

– O que você sentia? – ela tornou a encontrar os azuis dos olhos de Fred. Não podia negar, nem esconder. Estava apaixonada por ele e era bom dividir seu peso com mais alguém. Ron e Harry carregavam seus próprios pensamentos e lembranças.

– Não acho que é a mesma sensação dos dementadores. Eu sentia como se não merecesse ter Ron e Harry. Nem merecesse ser bruxa. Muito menos estar ali. A palavra “sangue-ruim” era como um sussurro frio no meu ouvido. Eu não tinha nome, nem identidade. Apenas mais uma sangue-ruim que veio para fazer com que mais abortos nascessem no mundo.

– Isso não é verdade, Hermione – ele alcançou a mão dela. Sentiu um arrepio. Via a tristeza e a dor nos olhos castanhos.

– Nessas horas toda minha razão e inteligência não serviam de nada, porque o sentimento... era muito forte. Harry e Rony viviam brigando. Discutindo. Eu e seu irmão sempre tivemos nossas brigas, assim como ele e Harry.

– Rony é um idiota muitas vezes. A maioria das vezes

– Não fale assim do seu irmão – ela brigou – Ele sofre muita pressão e cobrança.

– Ele nunca foi cobrado por ninguém! – Fred rebateu, mais bravo por ela estar defendendo Ronald.

– Ele era cobrado por ele mesmo. Crescer com cinco irmãos como vocês... Não estou falando apenas de você e George. Mas, de Percy, Bill e Charlie. Tudo que ele queria era tem um pouco de cada e mesmo assim ser único. Gina não passou por isso por ser a única mulher, isso garantiu algo particular. Mas, Rony? Ele era apenas mais um ruivo. Mais um grifinório. Mais um Weasley no meio de tantos.

Fred pareceu entender um pouco o irmão, mas não gostava de ver Hermione defendê-lo dessa forma. Tentou mudar o foco.

– Harry e eu conseguíamos conversar com mais calma e conseguíamos engolir e esconder o efeito do medalhão.

– Você nunca sentiu nada por Harry? Sabe que durante um tempo, na época do Torneio Tribuxo... – ele foi interrompido por Hermione.

– Não me fale sobre as fofocas de Rita Skeeter! – Fred convocou uma garrafa de uísque quando percebeu que ambos os copos estavam vazios – Harry e eu... Sempre foi um lance fraternal. Sempre. Somos, um para o outro, o irmão que não tivemos.

– E isso é possível? Amizade entre homem e mulher sem nada... nada de...

– De...? – ela levantou a sobrancelha pedindo que ele continuasse.

– Sexual! – ela riu.

– Isso porque você e seu irmão e maioria população masculina só pensa com outra cabeça – ele não esperava ouvir Hermione falando desse jeito – Não há e nunca houve nada sexual.

– Não acredito. Você não acha Harry um cara bonito?

– Você acha Gina bonita?

– Sim, claro... Urgh! Hermione! Ela é realmente minha irmã!

– E Harry também é meu irmão! Eu já o vi sem camisa, quase nu, inclusive... bonito, apenas isso. É diferente de quando... – ela parou no meio da frase. Fred pensou em pedir para que ela continuasse, mas tinha medo de que a resposta fosse que era diferente quando ela via Rony ou... Eric. Já Hermione corou, por que ela diria que é diferente de quando ela olhava para ele. Para Fred. E ele nem precisava estar sem camisa. Sá presença dele. Seu cheiro... Balançou a cabeça.

– Não sei como a conversa tomou esse rumo – Fred murmurou bebendo de seu uísque – Continue a falar sobre a caça.

– Não tem muito que falar... Foram meses vagando sem rumo, comendo quase nada, brigando, tentando acalmar Ron que começou a achar que eu e Harry estávamos planejando as coisas pelas costas dele. Sempre foi difícil, mas de alguma forma quando Ron partiu as coisas ficaram mais difíceis. Sempre fomos o trio e bem...

– Espera – Fred parou de repente, parecendo se dar conta do que acabara de ouvir - Você está me dizendo que Rony abandonou você? – ele nem pensara em acrescentar Harry porque, naquele momento, realmente não importava.

– Foi culpa do medalhão... – Hermione percebera que falara demais.

– Para puta que pariu com o medalhão! Harry não fugiu! Está me dizendo que meu irmão simplesmente abandonou você? No meio de uma floresta? Enquanto eram perseguidos por todos os Comensais e sequestradores e Greyback?

– Fred, acalme-se... Ele e Harry tiveram uma discussão... Bem... Ele achava que eu e Harry tínhamos algo. O medalhão o afetava demais... – Hermione viu que Fred virou seu copo e encheu novamente – E bem... naquela época eu e ele sentíamos ou achávamos que éramos apaixonados. Ron perdeu a cabeça e partiu.

– Partiu? Simplesmente saiu da tenda e foi embora? – Fred perguntava sem acreditar que seu irmão havia realmente feito aquilo.

– Entenda, Fred... Eu e Harry o perdoamos. Ele acabou voltando, salvando a vida de Harry e destruindo o medalhão.

– Não, não. Hermione... Ele te abandonou... E se... – então Fred percebeu que não adiantava negar o que há tanto negava e escondia. Ele se importava com ela mais do que com qualquer coisa. Mesmo antes... Um cuidado escondido, afinal nunca havia pregado peças em Hermione, nunca tirara sarro e a defendeu pelos corredores quando alguém dizia alguma besteira. E, anos depois, via-se assim... Completa e inegavelmente apaixonado.

– Não aconteceu nada, Fred. Ele cometeu um erro. A gente conversou se acertou e bem... quando nos beijamos percebemos que nada entre nós poderia realmente acontecer. – Fred sentiu o mundo ruir sob seus pés. Ficou olhando para ela atônito. Muita informação em pouco tempo. Ela, sua garota, sua Hermione havia beijado seu irmão caçula.

– Você está me dizendo... – ele falava pausadamente – Que meu irmão abandonou você e depois... depois a beijou?

Hermione não respondeu. Via a raiva nos olhos azuis que estavam levemente mais escuros. O ruivo levantou-se num supetão, a cadeira caindo para trás e seguiu em direção ao irmão. Hermione levou uns segundos para reagir, levantando-se em seguida.

– Merda!

– Nós precisamos conversar. Agora – Fred puxou Ron pelo cotovelo.

– Estou ocupado, Fred.

– Agora. No seu quarto. Vamos – ele puxou Rony que se desequilibrou, mas não caiu.

– Fred, pare com isso – alguns grifinórios olhavam a cena sem entender. Gina sorriu, mas Harry estava sério.

– Para de me puxar! – Rony brigou tentando se desvencilhar. Hermione seguia atrás dos dois pedindo para que Fred parasse. Chegaram ao quarto, os três entraram. Hermione lançou um feitiço silenciador – Que merda está acontecendo? Você está louco de agir assim na frente de tanta gente?

– Louco? Eu? Como você... como você teve coragem? – Rony olhava sem entender. Hermione encarando o chão.

– Coragem? Não sei do que está falando!

– Acha mesmo que é um grifinório, não?

– Fred, pare com isso... por favor – Hermione pediu, mas ele continuava encarando seu irmão.

– Você a abandonou – Rony ficou olhando ainda tentando entender o sentido das palavras que acabara de ouvir. Hermione calada. O rosto estampado a culpa por ter deixado escapar algo do trio – Na caça às horcruxes. Você a abandonou.

– Eu falei sem querer... – ela disse ainda encarando o chão.

– Isso não diz respeito a você – Rony respondeu – Já resolvi com Hermione e Harry.

– Você a abandonou! – ele continuou ignorando a fala do irmão – E depois... depois a beijou! Você é um imbecil!

– Isso aconteceu há anos! Você nunca se importou com Hermione, porque importa agora se eu a beijei ou deixei de beijar? Não interessa se nós nos beijamos ou se nós transamos todas as noites – Hermione exclamou um Ron – na maldita tenda! – aquelas palavras irritaram Fred que tentou acertar o irmão, porém Ron foi mais rápido. Desviou do golpe e acertou Fred no supercílio. Ron segurou a mão com força. Aquilo havia doído. O gêmeo cambaleou, mas não chegou a cair.

– Nem pense em revidar! – Hermione interveio na discussão – Vocês são irmãos! Ron, eu não falei por mal...

– Não precisa se desculpar, Mione. Eu sei a merda que fiz – ela pegou a mão dele e a curou com um toque da varinha – Faça com que ele se acalme. Vou descer e falar com Harry – sem olhar para Fred, saiu batendo a porta estrondosamente atrás de si.

Fred sentou-se na cama, com mais raiva que antes. Quer dizer que seu irmão não apenas beijou Hermione como... como... O simples pensamento, a ideia de Ron passando a mão... o corpo dela... Tudo aquilo fazia com que ele piorasse.

Hermione puxou uma cadeira e sentou-se à frente dele. Estancou o sangue, conjurou um pano úmido e limpou o rastro de sangue. Sentia a respiração pesada dele.

– Daqui um tempo começa a desinchar – ela falou sem saber exatamente o que dizer.

– Achei que tinham apenas se beijado – Fred disse com raiva transparente.

– Foi apenas um beijo, Fred. Em Hogwarts. Durante a batalha. Não houve nada entre nós durante a caça – estavam próximos. - Por que ficou tão bravo? Isso faz muitos anos – ela perguntava enquanto limpava delicadamente o ferimento. Estavam próximos. Próximos demais.

Fred estava cansado de meias verdades.

– Porque ele te abandonou – ela encarou o mar azul à sua frente. Nunca estiveram tão próximos.

– Foi um erro, Fred.

– Eu jamais cometeria um erro desses – Hermione não respirava. Não tinha ar. Que tipo de declaração era aquela? Viu o olhar dele vacilar entre seus olhos e seus lábios. Mordeu o lábio inferior. Fred suspirou. A mão dela ainda em seu rosto, o pano úmido percorrendo a bochecha. O tempo parou. Mas, não Fred. Ele aproximou-se. Estavam inebriados.

– Você está bem? – a porta foi aberta violentamente e eles se separaram bruscamente. Assim que viu seu gêmeo, George percebeu que acabara de cometer um erro. Inconscientemente, deu um passo para trás.

– Sim, apenas uma briga idiota com Ron. Como ele está? – Fred perguntou olhando George com raiva.

– Está bem. Tentando se acalmar. Acho melhor não conversarem hoje... Eu... bem... vou indo... – ele saiu fechando a porta novamente.

– Vou... é... – Hermione não sabia o que dizer. Fred estava em pé já, olhando para ela. Calado – Acho que vou descer... – ela fez o caminho para porta, mas não deu nem dois passos.

– Não vai mesmo – Fred a puxou e sem pedir ou esperar um momento romântico ou qualquer coisa, beijou-a. Não um beijo calmo. Um beijo necessitado. Logo pedindo passagem para sua língua. Ela gemeu baixinho e não hesitou em abrir os lábios.

Aquilo foi como fogo em palha para Fred. Ele andou com ela em seus braços e deitou-a sobre uma das camas. Sua boca percorrendo a linha do maxilar, o pescoço. Então duas mãos o empurraram gentilmente.

– Rápido demais, não? – ele falou apoiando-se sobre seus braços. Aquela era uma das cenas mais linda que viu. Fred estava certo disso. O cabelo esparramado sobre o travesseiro, a boca vermelha e o rosto corado. Afastou o pensamento, enquanto, relutantemente, afastava-se dela. Estendeu uma mão, ajudando-a a se levantar.

– Um pouco – ela sorriu timidamente sem saber o que fazer. Quanto tempo não beijava alguém por quem nutria um sentimento de paixão?! – Vou voltar para casa.

– Fique aqui... durma no quarto de Gina – ele falou segurando a mão dela. Não queria que ela dividisse o mesmo ambiente que Eric.

– Estou sozinha, Fred. Eric foi para casa de Kathy. Não há com o que se preocupar – ela ficou na ponta dos pés, inclinou-se dando um selinho nele e saiu correndo.

– Agora é um bom momento? – Fred ouviu uma voz idêntica a sua falar.

– Você quase estragou tudo, sabia?!

– Percebi... mas pelo rosto de Hermione, você corrigiu isso não?

– Sim... – ele falou sonhador caindo sobre a cama. George sorriu olhando a cara de abobalhado de seu gêmeo. Fred apenas encarava o teto. Jamais se sentira assim. Hermione... era tudo que sonhara e que jamais pensara encontrar.


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