Red Eyes escrita por Lamartine


Capítulo 5
Capítulo cinco


Notas iniciais do capítulo

Bom, me digam o que acham deste novo rumo da estória.



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Voltei calmamente para o interior acolhedor do castelo. Eu não sabia ao certo a extensão do sentimento de Aro, mas se havia uma pequena possibilidade  de haver algo lá, eu me agarraria a esta possibilidade com todas as minhas forças.

Enquanto eu atravessava o salão abarrotado de vampiros, podia sentir em minhas costas que o olhar de Aro me seguia seja lá onde eu fosse. Ignorando este fato fui até Demetri que estava encostado em uma parede no canto olhando para Heidi dançar com uma expressão sonhadora. Eu estava bastante ciente do inegável amor que emanava de Demetri para Heidi, ela apenas negava-se - ou não - a perceber.

“Preciso de ajuda” - Cheguei ao ponto assim que parei ao lado de Demetri pegando a taça de sangue que ele iria tomar.

“E boa noite para você também Jane” - Brincou Demetri enquanto eu apenas revirei os olhos e tomei um gole do conteúdo da minha taça - “Mas diga-me o que você poderia querer comigo?”

“Eu preciso que você finja ser meu namorado” - Sorri meu sorriso mais doce e ele gargalhou.

“Por que?” - Perguntou quando deixou de gargalhar.

“Isso realmente importa?” - Perguntei chegando mais perto dele de modo que poderia sussurrar em seu ouvido sem ser ouvida pelo resto dos vampiros na sala - “Preciso que finja ser meu namorado e você sairá ganhando porque se ficasse comigo Heidi olharia você mais como um homem do que um amigo. Imagine, ela poderia se dar conta de que te ama se te visse com outra e não estou querendo me gabar, mas tenho ótima posição entre os Volturi. Além de estar com alguém, você estará com Jane Volturi” - Ri e ele me acompanhou enquanto pensava.

“Você pode ter razão, querida” - Disse ele e eu apenas sorri. - “Venha vamos dançar e fazer algo mais convincente” - Disse ele e eu coloquei a taça em cima da mesa indo até ele.

Fomos para o meio do salão e dançamos. Levantei a cabeça do ombro de Demetri apenas o suficiente para olhar sutilmente para Aro. Ele ainda estava sentado em seu trono, mas agora olhando para mim e segurando a taça tão fortemente que fiquei chocada por ela ainda não ter quebrado. Sorri para mim mesma e voltei a focar-me em Demetri.

“Como faremos isso mais convincente?” - Perguntei cuidadosamente.

“Ora, assim” - Antes que eu pudesse pensar os lábios de Demetri estavam no meu em um leve pressão. O beijo foi calmo, ambos surpresos com o ato, mas como éramos amigos a muitos seculos, tudo fluiu normalmente. Ainda que fosse estranho beijar um amigo.

Quando o contato acabou tudo ao nosso redor estava silencioso. O único som que ouvimos foi a de uma taça se espatifando na mão de um vampiro poderoso.

***

Demetri e eu dançamos mais algumas músicas enquanto todos voltaram ao seus pares e tudo se normalizou do choque de ver Jane Volturi e Demetri aos beijos.

“Mas o que foi aquilo?” - Perguntou Alec após eu sentar-me ao seu lado observando todos dançarem.

“Demetri e eu estamos juntos?” - Era para ser uma afirmação, mas eu acreditava que se dissesse isto como uma declaração, acabaria por rir.

“Isso é meio óbvio” - Alec murmurou ranzinza.

“Ora irmão, acalme-se, você ainda continuará sendo o homem mais amado por mim” - Sorri docemente enquanto beijava sua bochecha.

“Eu sei irmã” - Sorriu de volta. Eu sabia que no fundo Alec apenas me protegia.

Meu coração morto quase bateu quando meus olhos encontraram o de Aro. Ele estava conversando com algum vampiro estranho, mas seus olhos estavam colados em mim, mandei um leve sorriso em direção a ele, mas ele apenas fez uma careta e desviou o olhar. Senti meu rosto cair na dor,

“Você não está com Demetri por que o ama” - Alec sussurrou ao meu lado e eu congelei - “Você ama mestre Aro”

“Não” - Retirei sua afirmação.

“Jane, eu conheço você” - Sorriu melancolicamente - “Você não estaria com este rosto triste se fosse mestre Aro que estivesse com você não é?” - Perguntou.

“Não” - Suspirei. Do que adiantaria esconder de Alec?

“Eu entendo” - Riu ele quase como se sentisse dor.

“Renata” - Sorri.

“É” - Ele afirmou e levantou-se.

“Bom, já que não temos o que queremos, nos contentemos com o que temos. Vamos dançar” - Ele me puxou e eu fui.

“Acharemos um jeito de ter tudo, irmão” - Prometi enquanto dançava com ele nunca retirando os olhos do vampiro teimoso que detinha uma expressão de dor em seus olhos vermelhos e recusava-se a olhar-me mais uma vez.

Sim, teríamos tudo.


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Notas finais do capítulo

O que pensam?



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