Red Eyes escrita por Lamartine


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Como eu havia informado anteriormente, esta estória está passando por algumas reformas (na forma da escrita). Este capítulo não sofreu quaisquer mudanças no enredo, apenas na forma escrita, mas nos próximos capítulos as mudanças serão visíveis.
O capítulo 4 já está revisado e agora é só aguardarem para que o próximo capítulo seja postado, não irá demorar.
Espero que gostem e obrigada pela paciência que tiveram comigo.
Boa leitura!



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O salão estava cheio. O baile estava com força total e ao longe pude ver que os Cullen acabavam de entrar. Cada vampiro entraria com um acompanhante —  eu iria com Demetri e meu irmão com Heidi.
Cheguei dois minutos atrasada por causa da conversa com Aro. Demetri estava me esperando em frente as portas de carvalho, ele estava lindo — não tão lindo quanto Aro mas não deixava de estar lindo. Quando cheguei perto dele ele me deu um sorriso genuíno e falou com uma voz alegre.

''Você está fantástica Jane, vamos?'' — Me ofereceu o braço e eu agarrei sem hesitar. Atravessamos as portas de carvalho da sala do trono, assim que adentramos o interior cheio a maioria dos vampiros viraram-se para nós e suas feições eram idênticas a de um peixe, com suas bocas abertas e olhos arregalados. Virei meu olhar em direção a quem eu queria ver — Aro — ele estava sentado no seu trono com uma taça de sangue nas mãos, com as costas retas e um olhar de pura apreciação no rosto, após alguns segundos todos voltaram o que estavam fazendo.
Eu definitivamente não era uma pessoa festiva — Provavelmente este era o principal motivo de toda a surpresa no rosto dos vampiros — mas não estava disposta a ficar toda a festa grudada ao lado do trono de Aro esperando que algo desse  errado, portanto decidi ficar perto de Heidi que estava sozinha já que meu irmão tinha tomado seu lugar como guarda. Assim que cheguei perto dela Heidi me passou uma taça de sangue humano e começamos a conversar naturalmente sentadas em duas cadeiras de couro que tinham sido colocadas ao lado da mesa de bebidas. Os casais vampíricos dançavam livremente na pista de dança que ficava em frente aos tronos, enquanto eu observava Demetri se aproximou e me chamou para uma dança, decidi aceitar, dancei várias vezes durante a noite, vários vampiros me chamaram para dançar — O que era definitivamente novo. No final eu estava ''cansada'' de dançar e fui me juntar a Alec em seu posto de guarda.

''Irmã, devo dizer que você se superou dessa vez, está fantástica'' — Falou me atirando um meio sorriso e entrelaçando minha mão com a dele.

''Você também não está nada mau irmão'' — Falei rindo.

''Você percebeu que mestre Aro não tirou os olhos de você desde o momento em que você passou pela porta?'' — Perguntou realmente interessado.

''Não, eu estava dançando, não vi nada, aliás não sei nem onde ele esta'' — Falei.

''Oh irmã, você deu sorte, ele está na pista de dança neste exato momento com Lady Sulpicia em seus braços'' — Falou Alec cauteloso. Eu olhei e lá estava ele dançando com Lady Sulpicia, ela realmente era linda, com sua pele pálida, seus longos cachos castanhos, e sua graça e sorriso falso, ela exalava confiança. Aro dançava graciosamente com ela até o momento que uma música lenta começou a tocar e Sulpicia passou os braços em volta de seu pescoço enquanto Aro passava os braços em sua cintura, eles chegaram mais perto um do outro e ela falou algo baixinho em seu ouvido ao que ele sorriu e a beijou.
Eu não queria/podia mais ver nada. Soltei a mão de Alec e corri para fora daquela tortura pública. Antes eu achava que eu não tinha sorte na vida, mas agora eu tinha certeza, na vida humana meu irmão e eu quase fomos mortos queimados em praça pública e agora na vida vampira isso, é o cumulo. Corri em disparada para fora do castelo até que cheguei aos jardins — eram fantásticos ao luar. Sentei debaixo de uma árvore que ficava de frente a um lago, era escondido e lá eu podia ficar só, me inclinei contra a árvore e explodi em soluços secos eu nunca me senti tão perdida, era como se a razão de eu existir tivesse sido roubada de mim em poucos segundos.

''Jane?! O que aconteceu?''  — A voz que eu mais queria ouvir estava bem ao meu lado.

''Mestre Aro, não… não aconteceu nada''  —  Falei sem olhar no seu rosto, senti que ele sentou ao meu lado e só ficamos assim, sentados um ao lado do outro, ouvindo a música que saia do castelo e rasgavam o silêncio da noite, o lago se movia lentamente com o vento, a lua brilhando magnificamente acima de nós, momentos como esses nunca deveriam acabar.

''Jane, eu sinto que você tem algo a me esconder, por quê?'' — Perguntou e dessa vez me virei de forma que agora eu estava sentada de lado com um dos ombros apoiados na árvore.

''Eu não tenho o porquê esconder nada do senhor mestre'' — Falei determinada a não deixar ele saber.

''Jane, minha doce e ingênua Jane, eu sei que tem algo á incomodando, algo que está lhe fazendo perder o foco, por favor, me diga, dói saber que você não confia em mim'' — Falou acariciando meu rosto com a ponta dos dedos, tentei meu melhor para não inclinar-me em seu carinho, mas meu corpo já não me obedecia, me inclinei em seu toque e fechei os olhos, quando abri novamente seu rosto estava inclinado contra a árvore que eu estava encostada, seu rosto a centímetros do meu.

''Jane, deixe-me saber'' — Pediu e naquele momento eu não poderia negá-lo nada, abri meus pensamentos e deixei tudo ir.


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Notas finais do capítulo

Comentários são mais do que bem-vindos. Deixe-me saber o que pensam!
Até o próximo capítulo.