O Romance de Uma Trouxa e Um Sangue-puro escrita por Alien
Acordou na manhã seguinte com Gina gritando em seu ouvido.
- Vamos! Você vai se atrasar, Granger!
Hermione não queria se levantar aquele dia. Estava com medo. Mas
sabia que aquilo deveria ser feito, então, vestiu sua roupa e pegou o
papel com a autorização de seus pais.
Avisou à seus amigos sobre a compra do material escolar, e antes que
eles pudessem se afastar, ela sussurrou:
- Se eu não voltar em no máximo 4 horas, olhem embaixo da minha
cama, ok?
Nenhum dos três entendeu bem o que aquilo significava, mas Hermione
viu em seus olhos que eles fariam isso.
Caminhou vinte minutos até chegar ao local onde ficava a Casa dos
Gritos.
Respirou fundo e pulou a cerca de arame farpado que rodeava o lugar.
Caminhou lentamente até a porta, e bateu três vezes.
Subitamente, a mesma se abriu sozinha, deixando Hermione mais
assustada do que antes.
Entrou e se surpreendeu com o que viu.
A casa era simplesmente maravilhosa! Não parecia com o que as
pessoas costumavam ver do lado de fora.
Sentou-se em uma poltrona cor de marfim, e esperou.
Suas pernas estavam agitadas e seu ferimento na cabeça doía
fortemente.
Hermione estava submersa em seus pensamentos quando um barulho
no 2º andar lhe tirou toda a concentração.
Sem pensar muito, subiu as escadas e viu uma porta entreaberta.
Bateu duas vezes e como viu que ninguém iria responder, entrou.
O que percebeu foi um garoto jovem, parado de frente para uma lareira.
- O-Olá ? - ela gaguejou tentando parecer tranquila.
O garoto virou-se e sorriu calorosamente.
- Sabe, poucas pessoas me visitam. Gostaria de se sentar?
Hermione ficou confusa e ao ver a ternura do menino, logo relaxou.
- Sim, claro.
- Prazer, Tom Riddle - disse ele estendendo a mão direita.
Ao tocar a pele gélida do garoto, Hermione sentiu um mal-estar lhe subir
as entranhas e de repente tudo escureceu.
Quando abriu seus olhos, estava amarrada em uma cadeira.
O lugar era extremamente nojento, e um cheiro pútrido subia do chão.
- Alguém aí? - Hermione gritava, mas tudo que conseguia ouvir, era o
seu próprio eco.
De repente, um ser nojento surge de uma das portas. Era branco, sem
cabelos pelo o corpo, e coberto apenas por uma manta, além de trazer
consigo um odor terrível de carne podre.
- Granger, eu gostaria que me conhecesse em uma ocasião melhor, mas
estou sem tempo para formalidades. Vamos direto ao assunto.
O estômago de Hermione parecia estar digerindo um turbilhão com
aquele mal cheiro.
- Do que você está falando?
A figura sentou-se em uma cadeira com sua varinha posta em mãos.
- Eu lhe trouxe aqui, para que você aceite minha proposta. - a criatura
falava cada palavra como se estivesse ditando um texto - Quero que
você me deixe assumir o controle.
Hermione franziu as sombrancelhas, e quando conseguiu afastar aquele
cheiro ruim de suas narinas, disse:
- O que você quer dizer com isso?
A criatura riu. Uma risada estrondosa e maléfica.
- Quero que você me deixe possuí-la - disse entre risos.
Hermione sentiu seu sangue ferver, e ao olhar para seu bolso esquerdo,
agradeceu à Merlin por sua varinha permanecer ali.
- Jamais Voldermort.
Aquelas duas palavras bastaram, para que a criatura destruísse tudo
que estava ao redor dos dois com apenas um movimento.
De repente, 2 vultos aparataram no local.
Um deles, parecia familiar para Hermione, que não precisou de muito
trabalho para reconhecer quem era.
Quando os dois tiraram suas capas, nada mais fazia sentido.
Draco e Snape estavam ali, entre os comensais da morte.
Hermione chorava sem parar, e Draco parecia aguentar firmemente para
não fazer o mesmo.
Voldemort aproximou-se dele, e cochichou algo em seu ouvido.
Segundos depois, todos desapareceram, menos Draco.
A expressão em seu rosto era dura como gelo, o que deixou Hermione
com medo. Muito medo.
Draco se ajoelhou de frente para a cadeira onde ela estava, e falou
permitindo que lágrimas descessem de seus olhos:
- Eu sabia que isso iria acontecer. Eu não podia deixar você vir sozinha,
então eu aceitei a proposta que ele me fez. Mas agora não há mais
volta. Eu vou tentar lhe tirar daqui, mas nunca mais poderemos nos ver
novamente.
Hermione abaixou a cabeça e tentou limpar as lágrimas que desciam do
seu rosto em direção ao queixo, passando a cabeça nos ombros.
- Tem que existir alguma outra forma, Draco. Não faça isso comigo, por
favor. Mais certo seria se você tivesse me deixado morrer, mas com a
certeza de que você ainda iria poder continuar comigo, se eu existisse.
Os dois permaneceram por longos minutos fitando um ao outro, com um
silêncio assustador.
Sem que Hermione esperasse, Draco a desamarrou, e a levou para fora
do local.
O que ela pôde notar ao sair do lugar, era que não estava mais na Casa
dos Gritos e sim, em um esconderijo no subsolo.
- Draco o que você está fazend... - mas antes que ela tivesse chance de
completar a frase, ele pôs a mão em sua boca e parou. Depois de olhar
para os dois lados, sussurrou:
- Não faça qualquer tipo de barulho. Se eles descobrirem, nós
estaremos mortos.
E antes que os dois pudessem caminhar para fora do local, algo
aparatou no meio do túnel.
- Ora ora, Senhor Draco. Trair as ordens do chefe não é a melhor saída
para salvar sua namoradinha.
Snape mantinha o olhar fixo em Hermione.
- Vocês não podem machucá-la! Ela não tem nada a ver com isso tudo! -
exclamava Draco,tentando a toda hora, se colocar na frente de
Hermione.
- Claro que podemos. Você é que não pode bancar o rebelde e cheio de
vontades justo agora. Porque, caso não saiba, o chefe não tolera
criançinhas mimadas.
Hermione puxou delicadamente sua varinha e apontou para Snape.A
expressão do mesmo era de preocupação e não, de raiva.
- Ou você deixa a gente sair desse lugar horroroso, ou eu jogo uma
Avada Kedavra sem piedade alguma!
Diferente do que ela esperava, Snape soltou uma risada de desprezo. E
também tomou sua varinha em mãos.
- Sua sangue-ruim miserável. Eu sabia que um dia iria me pagar pelo o
que fez todos esses anos. Sempre bancando a certinha e aplicada nas
aulas, tentando disfarçar os planos de acabar com todos nós. Mas
agora, você me paga! - e sem piedade alguma Snape conjurou a
Maldição Cruciatus.
Hermione se contorcia de dor no chão, enquanto Draco pedia
piedosamente à Snape que parasse.
- Só irei parar quando ela implorar pela a própria morte!
E sem pensar muito, Draco tomou a varinha das mãos de Snape, e
desfez o feitiço.
Hermione estava desmaiada no chão.
- Então é assim, Draco? Você prefere uma sangue-ruim do que a nós? É
assim que você agradece tudo que o Lord fez por você?
- Ele nunca fez nada por mim! E eu vou lutar pela a Granger enquanto
houver sangue correndo nas minhas veias, entendeu?
Rapidamente, Draco pegou Hermione em seu colo e a levou para fora do
lugar.
Caminhou por bastante tempo, até chegar no fim de Hogsmead.
Os olhares de Harry,Gina e Rony eram de pavor.
- O que aconteceu com ela, seu miserável? - gritava Rony, enquanto
tentava avançar em cima de Draco.
- Não posso explicar agora, apenas leve-a para a enfermaria
imediatamente- dito isso, o garoto seguiu a trilha de gelo que levava
até Horgwats.
Harry segurou Hermione em seu colo e a carregou até o castelo.
Todos perguntavam para ele o que havia acontecido, e tudo que ele
dizia era: Abram caminho.
Ao chegar na enfermaria, Hermione foi medicada e deitada em uma das
camas.
Dormiu um sono tão profundo que seus amigos cansaram de esperar
que a mesma acordasse, e deixaram-na descansando sozinha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
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