Never Let Me Go escrita por Little Panda Mei


Capítulo 9
Lembranças - Pietra


Notas iniciais do capítulo

Oii Oii o/

Queria me desculpar pelos erros do outro capítulo e pelos capítulos serem tão pequenos, mas aqui estou eu novamente :)

Bj Bjs
~~Boa Leitura~~



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— Uma festa?

— É, — diz Arthur — de boas vindas aos alunos novos. — Christopher — As oito na casa da Heather. Até você é bem-vinda.

Nossa, esse "até você é bem-vinda" foi de doer.

— Muito obrigada, Arthur. Me fez me sentir ótima agora.

Ele levanta as mãos em sinal de paz.

— Não me entenda mal, são elas que te odeiam.

— Espera um pouco, é na casa daquela Heather, melhor amiga da Kiara e da Ludmilla, o trio encapetado que veio direto do inferno para nos atormentar mas que sempre dão as festas que sempre rendem um assunto que vira a novidade do ano?

Sam revira os olhos com o comentário de Jessie.

— Essa mesma. — confirma Arthur.

— Tô dentro.

— Se a Jessie vai eu tenho que ir, se não quem é que vai impedi-la de cometer algum ato que a leve para a cadeia... — concordo com Sam.

Os três olham para mim aguardando a minha resposta.

Olho para os lados para ver se alguém mais no pátio do colégio notava nossa conversa.

— Bom, a festa é de boas-vindas... Chris, festa, e eu, quem sabe eu tenha uma chance, não é?

Sam abre a boca para comentar algo, mas se impede de dizer. Arthur fala por ela.

— Olha, Pitty, não acho que é muito bom você ficar com essa "paixão" toda para cima dele. Se ele gostasse mesmo de você, acho que ele já teria se aproximado. Quando eu gosto de alguém é o que eu faço...

Não me deixo abater.

— Eu tenho minhas esperanças.

...

Estava voltando para casa com Noah, decidimos voltar a pé e por não ver Christopher na hora da saída, me pergunto se ele foi ou não avisado da festa. Noah tagarela sobre coisas aleatórias que não estou nem prestando atenção, quando de repente ele me chama e inicia um assunto diferente que consiguiu prender a minha atenção por completo:

— Pietra..

— Hum.

— Sabe, eu preciso da sua ajuda. — ele está usando a sua voz pidona.

— Para...

— Relacionamentos. — Ótimo. Eu podia ajuda-lo em tanta coisa, e ele vai me pedir ajuda logo no quesito onde sou tão azarada? — Eu... meio que acho que — assim não vai muito longe, nem tem certeza... penso — estou ficando apaixonado... não, apaixonado não. — ele se corrige — Estou gostando muito de alguém, mas não tenho certeza se ela gosta de mim do mesmo jeito. Eu quero falar com ela, mas eu não quero ser rejeitado. Eu já pedi para os meus amigos falarem com ela e...

— Você fez o que? — o interrompo — Ficou doido, menino? Primeiro, o que tem de errado em se apaixonar? Segundo, cadê sua coragem, menino? — olha quem fala... — Terceiro, nunca queira que seus amigos falem por você. É ridículo! Pelo menos na minha opinião. Se gosta dela, fale você mesmo, coloque a sua cara a tapa e deixe de ser medroso pedindo que seus amigos falem por você. Sendo que se algum dos seus "amigos" estiver afim dela pode muito bem sabotar os seus planos e falarem para a garota mais esquisitona da sala que é apaixonada por rosa que você é afim dela, quando você não está nem aí para a menina! — digo exaltada.

Eu sei que pareci grossa falando com ele, mas isso me fez me lembrar um situação bem antiga.

Flashback on:

"Falo com Samanta e Jessica sobre como eu estou começando a suspeitar que Christopher esteja começando a ficar afim de mim.

— Eu estava passando na frente da casa dele, foi quando eu o vi me olhando da janela dele, eu senti a minha bochecha esquentar e ele riu. Mas aí então apareceu a chata da mãe dele que interrompeu o nosso lance e ainda me olhou de cara feia, assim como o marido dela vive fazendo para mim, mas eles não vão me intimidar.

Samanta me olha atônita e Jessica faz cara de paisagem.

— Caramba, Pietra, ele está mesmo super afim de você.

— Verdade. — concorda Jessie — Por falar nisso, olha lá ele e os amiguinhos dele.

Olho para trás e vejo Chris com os seus dois amigos inseparáveis Tommy e Charlie. Ao nos verem ambos riem, e Chris os acompanha logo em seguida. Que sorriso lindo!, penso. De repente Tommy começa a vir em nossa direção enquanto eu, Sam e Jessie ficamos histéricas. Jessica fica um pouco menos, ela não faz o estilo de garota mega animada como Samanta.

— E aí, meninas. — cumprimenta — É meu amigo Chris está gostando de você. — diz ele olhando para mim. Nunca estive tão feliz em toda minha vida e o meu sorriso enorme já lhe deu a resposta que ele queria. Tommy se vira e volta para onde Charlie e Chris o esperam.

Samanta pula e dá uns gritinhos histéricos, Jessie me abraça e eu sinto uma emoção, uma alegria, que não cabem dentro de mim.

— Eu sabia! Eu sabia! — dizia Sam e Jessie juntas.

— Então é verdade mesmo, ele gosta de mim!

De repente Tommy volta, interrompendo nossa comemoração.

— Er... desculpa aí, me enganei, ele quer ficar com você. — ele aponta para Jessica, que ainda tinha seus cabelos castanhos diferentes do loiro da irmã.

Jessica o fuzila com o olhar e o mesmo vai embora, se sentindo ameaçado com a minha amiga. Jessica me abraça e me pede desculpas por algo que ela não tem culpa. Todas chocadas ficamos naquele silêncio constrangedor enquanto eu tentava juntar os caquinhos do meu coração. Sinto uma lágrima solitária escorrer do meu rosto antes mesmo dos soluços começarem e ela me levarem para casa enquanto me consolavam.

Meu mundo caiu. E o dia que eu achei que seria o melhor da minha vida, acabou se tornando o pior."

Flashback off.

Minha nada mole vida... Noah me olha como se pedisse desculpas e então ficou em silêncio pelo resto do trajeto.

Ao chegar em casa, peço para Noah entrar e descido bater a casa de Chris para avisá-lo amigavelmente sobre a festa.

Bato na porta de sua casa e uma mulher de cabelos loiros abre a porta com um lindo sorriso estampado. Ao me ver, seu sorriso some e a mesma fica extremamente séria.

— Pois não. — diz a mãe de Christopher rígida.

— Olá, Sra. Ryans, o Chris está?

Ela olha para os lados antes de responder.

— Não. Eu tenho mais o que fazer, então se me der licença... — ela diz ante de bater a porta na minha cara.

Insistente como sou, bato na porta de novo. Esta demora um pouco mais a ser aberta, mas quando abre, surge uma garota um pouco mais velha do que Chris, de cabelos castanhos claros quase loiros e lindos olhos esverdeados.

— Olá, Pietra, quanto tempo!

— Oi, Kylie. — apesar de Kylie não gostar muito de mim, e ser contra a minha paixão ao Chris, ela nunca me tratou mal — Pode transmitir uma mensagem ao Chris?

— Claro. — ela sorria, e o seu sorriso é tão belo quanto ao de Chris.

— Avise-o por favor que hoje tem uma festa de boas-vindas na casa da Heather e que ele e todos são bem-vindos. É só ele ir em direção ao colégio e seguir o barulho ensurdecedor da música que ele está lá. Vai ser às oito.

— Tudo bem, obrigada por avisar. Até mais, Pietra.

— Até.

Ando em direção a minha casa onde de longe sinto o cheiro delicioso da comida da minha mãe.

Lasanha.

Entro em casa e vou cumprimentar minha mãe que tinha seus cabelos presos em um coque soltinho enquanto limpava as mãos em seu avental, que a impedia de sujar o vestido azul marinho que usava. Além disso estava de salto, o que raramente acontecia.

— Olá, querida, como foi seu dia hoje?

Tranquilo, vai onde vestida assim?

— Só vou terminar a comida de vocês e vou para um encontro e antes que você pergunte é com o Bob, colega de trabalho meu extremamente gato que me chamou para sair, com licença. — brinca ela enquanto eu dou uma risada.

— Que isso, hein, arrasando corações.

Ela ri.

— Posso estar ficando velha mas ainda sei namorar.

Finjo estar surpresa.

— Está muito assanhadinha, hein, mãe. Tô de olho. Quero você de volta as oito. — ela me dá um tapinha de brincadeira no braço — Sério, mãe. Eu tenho uma festa as oito e eu não posso levar o Noah.

Ela me olha desconfiada.

— Como vai ficar seu irmão? Eu estou contando com você, e se as coisas saírem bem hoje, eu não volto nem depois das dez, minha querida.

— Posso deixa-lo com a tia Margô.

— Sabe que eu não quero Noah perto da retardada da Diana.

Reviro os olhos, até hoje ela insiste com esse lance de retardada.

— A Diana não é retardada, ela é só uma criança que nasceu com um problema que inclusive eu e Noah poderíamos ter nascido com. E qualquer coisa é só o Noah ficar jogando os joguinhos dele no quarto da tia Margô e ficar longe da Diana... Não tem problema algum e Síndrome de Down não é contagiosa. Pare de ser tão preconceituosa.

Ela me olha feio mais pelo "preconceituosa" do que pelo resto.

— Olhe o jeito que você fala comigo! Ainda sou sua mãe! Mas tudo bem, pode deixar Noah na casa da Margô.

Abraço-a e lhe dou um beijo na bochecha.

— Obrigada, mãe. Você é a melhor.


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Notas finais do capítulo

E aí? Me contem o que acharam nos reviews.... Até mais, angels :3



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