Never Let Me Go escrita por Little Panda Mei


Capítulo 4
Paraíso - Pietra


Notas iniciais do capítulo

Hello, angels! Volteiiiii :3 Espero que gostem, fiz na pressa por que ainda tenho um trabalho de história para entregar e apresentar amanhã.
Bj Bjs :3

~~Boa Leitura~~



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P.O.V Pietra

Lá estava eu, assistindo ao professor de Biologia se apresentar. Ele estaria substituindo o professor de matemática que faltou ao primeiro dia em que daria aula por motivos desconhecidos. É, seja bem-vindo ao meu colégio. Rabisco coisas aleatórias em meu caderno e vejo o quão mal eu consigo desenhar. Que coisa desastrosa. É eu esqueci de falar que meu segundo nome é desastre, como eu sou esquecida!

Sinto olhares pousarem sobre mim. Ferrou. Estou começando a suspeitar que eu também tenho azar em meu nome.

— Com licença senhorita...

— Pietra Medina.

Ele praticamente me fuzilava com o olhar. O que eu fiz de errado?

— Senhorita Medina, poderia, por gentileza, repetir o que eu acabei de dizer?

Começo ouvir algumas risadas baixas e sentir os olhares de todos na sala voltados para mim.

— Não.

Vejo uma careta se formar em seu rosto e tenho que me controlar para não rir.

— O que disse? — ele coloca uma das mãos na cintura e a outra na orelha, como se isso fosse o ajudar a escutar-me melhor.

— Eu disse não. Como eu vou repetir uma coisa que não escutei o senhor dizer?

Um misto de raiva e superioridade permanece estampado em seu rosto, juntamente da careta que ele persiste em manter. Se ele fizesse ideia de quão ridículo ficava com esta feição, aposto que jamais faria essa careta sem rir de si mesmo.

— Saberia se prestasse atenção.

— Prestaria, se sua aula não fosse tão entediante.

Seus olhos queimam de ódio, e agora sim eu tenho certeza que ferrou para mim.

— Não sou pago para aturar gracinhas de alunos sem educação e respeito. — ele aumenta o tom de voz — A porta da rua é serventia da casa. — diz ele apontando para a porta.

Hesito enquanto paro para pensar no que ele acabou de me dizer e no que minha mãe vai pensar quando eu disser que eu fui desrespeitosa a um professor no primeiro dia de aula.

— Ah! Você quer que eu me retire de sala?

— I-me-dia-ta-men-te! — ele fala pausadamente como tom de voz ainda alterado.

— Beleza então. Tchau. — pego meu material e saio de sala enquanto escuto alguns murmúrios.

Caminho em direção ao pátio do colégio que só não está vazio por causa das pessoas que matam aula para fazer qualquer coisa exceto estudar. Passo por dois garotos que se agarram escondido atrás de um arbusto. Sento-me no chão em um canto qualquer do pátio e pego meu caderno e volto a rabiscar coisas aleatórias. Meu desenho — muito mal feito por sinal — tinha o nome de Christopher em vários cantos, além de corações estrelas e uma tentativa fracassada de um bebê alado. Que desastre. Percebo alguém sentar-se ao meu lado.

— E aí, Pitty. — só tinha uma pessoa que me chamava desta forma.

— Arthur, coisa linda do meu coração! — abraço-o que faz uma careta.

Bagunço seus cabelos castanhos claros e furto seus óculos para então colocá-los em mim. Seus olhos escuros me fitam a todo momento acompanhados por um sorriso que brota lentamente do canto de sua boca. Ele me estuda até que seus olhos param em meu caderno.

— Ainda está afim deste tal de Christopher, garota?

Balanço a cabeça positivamente.

— Eu amo esse garoto que por acaso está estudando aqui agora. E você, nerd rebelde, não devia estar na aula?

— Do professor tédio? Sai logo depois de você. Ele perguntou: Alguém mais gostaria de se retirar da minha aula? — diz ele enquanto tenta imitar a voz grave do professor — E então eu vazei.

— Uau, meu herói. — zombo e ele responde com uma careta.

— Quer dizer que seu príncipe encantado está estudando aqui? Mas ele não era do tipo riquinho mimado que só estuda nas escolas de melhor ensino e blá blá blá...?

Paro para pensar.

— Dizem que ele repetiu, é tudo que eu sei.

— Hum.

Arthur tira a caneta de minha mão e se inclina em minha direção para escrever no caderno.

"Arthur Chase é o amor da minha vida. Assinado: Pietra Medina."

— Sério, Pitty? Que fofo! Mas você sabe, eu sou podre de rico e por isso meu destino é me casar com uma modelo asiática, uma morena quente e uma loira burra. Foi mal aí. — zomba ele.

— Meu Deus! Tinha esquecido como você consegue ser bobo!

Ele me mostra a língua. E tira os óculos que eu já tinha até esquecido que eu estava usando.

Então noto ela: Kiara. Ela joga seus cabelos loiros para trás de forma arrogante. Assim como Christopher, Kiara também era filha de uma família que tinha bastante dinheiro, mas por seus pais descobrirem que a garota começara a apresentar sinais de ser cleptomaníaca, mas eu sei que é mentira.

Vejo a sentar-se vulgarmente no colo de um rapaz loiro enquanto ele lhe acaricia as costas sem pudor algum.

Toca o sinal do segundo tempo e algumas pessoas que mudariam de sala neste instante saem, inclusive ele: Christopher. Ao vê-lo, Kiara praticamente salta do colo do garoto e pula no pescoço do MEU Chris. Ele retribui o abraço e então me vê. Arthur tenta afrouxar minha mão que praticamente perfuravam-lhe a pele. A essa altura ele já sabia que o garoto desconhecido totalmente gato que estava sendo abraçado tão intimamente por Kiara — que só para lembrar ele conheceu hoje — a garota mais... como posso dizer? Ela é tudo de ruim!

Chris desvia o olhar para então a loira olhar para mim com um olhar de superioridade. Não era segredo que a garota me odiava e que eu a odeio na mesma e exata intensidade. Talvez eu agora a odeie um pouquinho mais...

Ela deposita um beijo na bochecha de Chris que sorri para a garota e então se junta a multidão para ir para a sala. Kiara pisca para mim e eu lhe ofereço meu dedo médio que só a faz rir de mim. A essa altura ela já sabe que eu gosto de Christopher.

— Então ele é o Christopher? — assinto com a cabeça — Não é lá grandes coisas.

— Como assim "não é grandes coisas"?

— Não me entenda mal, mas pelo jeito que você fala dele eu imaginava um modelo estrangeiro super gato e musculoso, com um ar de mistério e com um sorriso de tirar o fôlego. E ele, é só um gato quente.

Olho para ele atônita.

— Arthur, você é gay?

Agora é ele que me olha espantado, mas seu espanto é substituído por uma careta engraçada enquanto fingia tentar parecer sensual.

— Posso te provar que não, docinho.

Começo a rir e ele me acompanha. Kiara nos observa com desdém enquanto intensifica seu olhar maligno e diabólico na minha direção. Ela já foi afim de Arthur, mas isso não era uma paixonite muito legal, afinal, eles são primos. E eu sei que enquanto eu andar perto de Arthur e Christopher estudar aqui, ela fará o possível para fazer da minha vida um — sintam a ironia — verdadeiro paraíso.


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Notas finais do capítulo

Oi Oi o/ Gostaram? Reviews, please! Quero saber a opinião de vocês !

Beijos, Besos, Kisses, Kisus :)



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