7Things escrita por Ero Hime


Capítulo 2
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Notas iniciais do capítulo

Como prometido. Espero que gostem!



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Provavelmente, eu estaria sendo a mulher mais egoísta do mundo se deixasse por aquilo mesmo, e, de maneira alguma eu sou egoísta. Aquela lista foi uma parte de meu subconsciente que tentava desesperadamente explicar o porquê de ninguém ser perfeito. Mas é impossível, de qualquer maneira. Eu amo o homem mais perfeito do mundo.

Naruto foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, definitivamente. Sua presença me trouxe amor, alegria, paz. Eu era como um buraco de escuridão, e ele foi a minha luz. Ele era meu porto seguro, minha boia salva-vidas, meu farol, minha constelação. Se eu demorasse cem anos para listar seus defeitos, demoraria um milhão deles para listar suas qualidades.

Eu o amo com toda a minha vida, com todo o meu coração e minha alma. Amor se torna uma palavra vazia e sem significado perto de representar o que eu realmente sinto. É mais que um sentimento, uma emoção. É uma vida. Ele me embebeda, me droga, me vicia. Me faz querer viver, ser mais bonita, mais humana. Seus beijos me fazem querer viajar no mais belo céu estrelado, e seus toques me levam as nuvens, e me fazem flutuar. Ele me deixa atônita, sentimental, romântica. Eu passaria anos e anos a fio observando seus traços, memorizando cada detalhe seu.

Sim, certamente é egoísta. Naruto tem sim seus defeitos, muitos deles. Mas toda moeda tem seus dois lados, e com certeza seu outro lado é o mais brilhante e prateado.

Ele é simplesmente a melhor pessoa do mundo. Devo estar enjoando de dizer isso, mas é a mais pura verdade. Ele é tão lindo, por dentro e por fora. Como o Davi. Michelangelo me invejaria. Botticelli desejaria tê-lo como sua musa inspiradora. Naruto contagia todos a sua volta com sua aura pura e verdadeira. Ele é um globo de luz, brilhante, que cega, que inveja, mas, acima de tudo, que se faz apaixonar. Eu me apaixonei por cada parte sua, cada detalhe, sua aparência, e, sobretudo, seu coração. Sei que pode parecer impossível. Ninguém se apaixona pelo coração, isso é coisa de gente feia ou cega. Certamente quem disse isso não sabe nada do amor.

Naruto tem o coração tão enormemente grande, tão cativante, tão puro. Sua alma é tão brilhante que as vezes eu me surpreendo. Assim que o conheci verdadeiramente, soube que seu coração que eu queria conquistar. Ele é tão bondoso, tão preocupado com os outros. Ele sempre se coloca em último lugar, sempre quer que todos a sua volta estejam radiantes, mesmo que ele próprio esteja triste. Sua felicidade é a felicidade alheia.

Olhem só, aqui estou eu, divagando estupidamente.

Como eu já disse, seria egoísta não mostrar o outro lado. Eu odeio muitas coisas nele, mas, definitivamente, amo infinitas mais. São tantas, tantos detalhes, que me sinto incompleta em falar somente de algumas delas. Mas vou tentar não deixar que esse pobre coração apaixonado não se engane e se perca em suas próprias memórias.

7 – Sorriso

Absolutamente maravilhoso. O sorriso de Naruto é como uma porta, que leva diretamente ao seu interior, explorando. Você se hipnotiza por seu sorriso. Involuntariamente, você sorri junto, porque é impossível de resistir.

Naruto tem muitos sorrisos. Milhares deles, cada um destinado a uma ocasião, a alguém em especial, apropriado. Tem o sorriso Naruto, o seu sorriso. Aquele que abre toda sua boca, colando os cantos de seus lábios nas orelhas e escancarando seus dentes. Esse sorriso é como sua marca registrada. Ele é tão grande que parece machucar. Seus olhos se fecham em pequenas fendas quando ele o faz, e suas maçãs repuxam para cima. É o tipo de sorriso que você sorri só de vez, e que dá vontade de rir. Aquele sorriso casual, mas, ao mesmo tempo, engraçado e inapropriado, depois de uma piada sem graça, ou quem sabe uma notícia boa. Para Naruto, nunca havia hora de dar aquele sorriso. Acho que era isso que eu mais amava nele.

E havia o sorriso triste. Não era tão bom recebê-lo, mas ainda assim, era magnífico. Ele sempre dava aquele sorriso quando se sentia pra baixo, deprimido, mas não queria que ninguém soubesse ou se preocupasse. Seus olhos transbordavam em lágrimas e tristeza, mas o sorriso ainda estava lá, puxando seus lábios dolorosamente. Esse sorriso fazia com que todos o imitássemos, tristemente. Foram poucas as vezes que eu o vi dar aquele sorriso. Nenhuma delas para mim. Quando seu pai morreu, ele não o tirou do rosto. E também não parou de chorar um segundo sequer. Seu pai sempre dizia que queria que todos sorrissem em seu enterro, porque em vida ele nunca chorava. Naruto cumpriu seu último pedido. Foi um terrível dia aquele. Se fosse para viver em um mundo solitário, sem luz, tomado pelas trevas ou conviver com aquele seu sorriso, eu escolheria, sem dúvidas, um mundo solitário de trevas.

Havia o meu sorriso, também. O melhor de todos. O mais belo, o mais perfeito, o mais simétrico, o mais contagiante, e uma infinidade de adjetivos dos quais não me daria ao trabalho de citar. Todos eles nem chegam aos pés de elogiar verdadeiramente aquele sorriso. O meu sorriso. Eu fui a única a recebê-lo, a deslumbrar. Ele o deu quando me viu pela primeira vez, naquela festa. Eu estava encantada por seu sorriso. Seus olhos estavam em fendas, brilhantes como duas joias. E havia uma tão linda covinha em seu queixo. A partir daquele dia, apenas eu recebia aquele sorriso. Ele o dava quando estávamos juntos, sozinhos, aproveitando o silêncio. Ele me guardava em seus braços tão grandes e confortáveis e quentes. Então eu me inclinava e apoiava a cabeça sobre seu ombro, e o fitava, sorrindo torto. Sabe, quando você está tão em paz que apenas repuxa no canto, seus olhos transmitindo aquela sensação. E ele me olhava com seus olhos azuis, e sorria. O meu sorriso. Ou então, quando algo bom acontecia. Quando ele conseguia alguma promoção, ou eu fechava algum contrato. No fim do dia, ele me tomava em um abraço, me segurando pela cintura e me beijava calorosa e apaixonadamente, tanto quanto no primeiro dia. E depois do beijo, ele sorria. Aquele sorriso tão lindo e brilhante que iluminaria o mundo todo. O meu sorriso. Com as covinhas e o brilho. Este é o meu sorriso preferido.

Há o sorriso casual, que ele dá para seus clientes, ou para os vendedores, ou para o caixa do mercado, ou para os velhinhos na rua. É um sorriso fraco, mas, ao mesmo tempo, confiante, e contrasta tão bem com suas proporções perfeitas que qualquer um que o recebe cai imediatamente em seus encantos. Ele também o dá aos seus amigos menos próximos, quando os escuta falar e não está interessado, mas, não quer transpassar e ser mal-educado. Então ele simplesmente sorri. E já basta.

Seu sorriso marcou nossa história. Nos primeiros dias, quando saíamos com todos, e ninguém sabia de nossos encontros secretos, ninguém sabia dos beijos de noite, ninguém sabia dos nossos segredos. Então, tínhamos um código secreto. Eu já estava apaixonada, e ele sempre se declarava, acariciando meu cabelo. Quando não podíamos nos tocar, e eu não queria dar na cara, apenas dizia: “Gosto do seu sorriso”. Aquilo queria dizer todas as coisas que gostaríamos de dizer um ao outro, mas não podíamos. Eu te amo. Beije-me. Você é tão lindo. Simples palavras com tanto sentimento, se transformavam apenas em “Gosto do seu sorriso”. Ele rira quando eu sugeri, me dizendo que eu era o motivo deles. Eu sorri e o beijei. E ele sorriu. E eu soube que estava tudo bem.

Duas semanas dois de termos discutido brevemente, Sakura nos reunira para jantar pizza e dizer besteira. Depois, assistiríamos algum filme e ruim e dormiríamos todos exprimidos na grande sala de estar dos Haruno.

Naruto estava a minha frente, rindo de qualquer coisa de Gaara e Ino, que discutiam novamente. Sasuke observava tudo, dando sinais de um breve sorriso, nada mais. Sakura esquentava as coisas com TenTen, pedindo para que ninguém destruísse a casa. Neji e Itachi arrumavam a sala, e Shikamaru e Temari haviam sumido há algum tempo.

Eu fitei Naruto. Ele estava absurdamente lindo com aquela camiseta preta, ressaltando todos seus músculos e seu peitoral. Seu rosto iluminado pela luz da lua que entrava pela janela parecia ainda mais belo que eu jamais me lembrava. Sorri para ele. Ele olhou de soslaio para mim, e sorriu também. Voltou-se para Gaara e Ino, disfarçando. Seus pés roçaram no meu em um pequeno carinho e eu senti cócegas no estômago.

– Gosto do seu sorriso, Naruto. – disse, de repente, e ele sorriu mais ainda, como se tivesse ganhado algum presente. Eu retribui, e Ino apenas fez um comentário desnecessário qualquer, rindo. Sakura me olhou com as sobrancelhas erguidas, e eu dei de ombros para ela.

– Também gosto do seu sorriso, Hina. – ele entortou a cabeça, me fitando como um adolescente que idolatra o jogador de futebol preferido. Senti-me corar e baixei os olhos. Seus pés entrelaçavam com os meus perfeitamente.

Se eu tivesse que escolher algum motivo por ter ido falar com ele, naquela noite, certamente seria por causa de seu sorriso. O mais belo de todos.

6 – Mãos

Um item um pouco estranho para acrescentar na lista das coisas que você mais gosta em alguém, mas, quando se trata das mãos de Naruto, a história muda.

As mãos dele são simplesmente fantásticas, e tem mil e umas utilidades. São grandes, extremamente grandes comparadas as minhas. Seus dedos são longos, e quentes. Sua pele é macia, e passa uma sensação de tranquilidade através do toque. Eu arrumava todos os pretextos para poder tocá-las e segurá-las. Geralmente ele fingia que não percebia, mas, ao sentir seu aperto firme, eu sabia que tudo terminaria bem.

Naruto tem essa coisa especial. Não sei o que acontece, mas parece que tudo que ele toca, ele contamina com o seu jeito especial. Seu toque é simples, mas confiante. Eu amo suas mãos. Eu amo seus toques. Quando ele coloca meu cabelo atrás da orelha, porque tem alguns fios rebeldes caindo sobre meus olhos. Ele os prende, e deixava sua mão descansando em seu rosto, por vezes sob meu pescoço. Elas são tão grande que cobriam de ponta a ponta, do queixo até a minha mandíbula. Ela era tão quente. Sentia toda a minha pele queimando, mas era um fogo bom. A sensação era gostosa, e eu me reclinava em sua direção, sentindo seu carinho.

Além de sua temperatura e maciez, elas também são o melhor e maior ponto de segurança que eu já tive. Se algo estava errado, era só sentir seu toque sobre meus dedos, brincando com nossa aliança, ao beliscando levemente, e já me sentia mais calma. Suas mãos tem um poder tranquilizador tão forte quanto morfina. Não, maior que morfina. É simplesmente indescritível. Quando seus dedos entrelaçam nos meus, tudo fica bem.

Estávamos deitados sobre a grama do quintal de sua casa. Era uma grande e bela mansão, com muito verde, árvores, e o canteiro de rosas perfumava todo o local. Era tudo muito lindo e meio exótico. Mas, de todo o luxo da mansão Uzumaki, o que eu mais gostava eram os jardins. Kushina cuidava de tudo pessoalmente. Ao contrário de minha querida mãe, ela abominava o trabalho, e Minato pagava milhões de empregados para passar algum tempo com a esposa e o filho. Eu admira-os. Meus pais nunca aprovaram nosso namoro, sempre alfinetando Naruto e sua família. Queriam um casamento arranjado com um garoto muito simpático, filho de um concorrente. Isso uniria as empresas e renderia mais dinheiro e poder. Como se isso fosse tudo na vida.

Um dos motivos pelos quais eu adorava esses jardins.

Deitávamos sobre a grama fresca e aparada. Ele me dava seus braços para apoiar, e eu recostava em seu peitoral, sentindo o cheiro de seu perfume invadir meus pulmões. Aquilo me embriagava. Naruto me embriagava. Estava calor, e usávamos roupas de veraneio. Uma sombra confortável nos cobria, por conta do grande carvalho.

Apenas eu e ele. Em nosso pequeno mundinho. Nossa bolha particular. Quando eu estava com ele, nada mais importava. Eu o amava tanto que chegava a doer. Mas isso me dava medo. Tinha medo de não podermos ficar juntos, no final. Medo de decepcioná-lo. Cada segundo que ficávamos juntos, eu o admirava mais ainda. Ele era tão espontâneo, e eu tão sem graça. Queria que tudo aquilo durasse para sempre. As flores, a grama, o carvalho. Eu e ele deitamos no chão, abraçados. Seu perfume tão doce.

– Hina? – ele me chamou de cima, com a boca sobre meu cabelo. Sua voz de soprano me fez cócegas.

– Sim? – respondi, distraída, brincando com a bainha de sua camiseta.

– Está tudo bem? – o olhei. Seus olhos azuis me fitavam com tranquilidade.

– Por que a pergunta? – o fitei confusa.

– Não sei. Você parece estar meio tensa. – acariciou minha nuca em um leve cafuné. Suspirei, me aconchegando mais a ele – O que acontece, meu bem? – sua voz estava tão tranquila que eu me perguntei se realmente o merecia.

– Nada, é só... – respirei fundo – Não sei. Eu tenho medo disso. Da nossa relação. Tenho medo de que não dure. Medo de te perder. – suspirei, sussurrando. Ele apertou meus ombros, fazendo com que eu deitasse completamente sobre seu peito. Nossas pernas se embaraçavam uma sobre as outras.

– Hina, olhe para mim. – subi o olhar. Ele estava sorrindo, tranquilizador. – Você não vai se livrar de mim tão cedo. Acho... acho que estou apaixonado demais para te deixar ir. – prendi a respiração, sentindo minha boca abrir e meus olhos queimarem. Sorri abobadamente.

– Eu te amo, Naruto. – sussurrei, beijando seu peito. Sua mão livre procurou pela minha, e, quando a encontrou, nossos dedos se uniram em um só. Parecia tão natural, como se houvesse uma forma, que combinava perfeitamente somente com o modelo de Naruto. Éramos um quebra-cabeça, e nossas peças estavam se unindo, formando uma figura desconhecida. Mas eu tinha impressão de que a amaria tanto quanto eu o amo nesse momento.

Suas mãos me guiavam, me sustentavam, me seguravam nos momentos difíceis. Mas também não somente para isso. Só de pensar já fico toda envergonhada!

Naruto é um predador insaciável. Tudo nele parece ascender os instintos mais primitivos de toda mulher. Como se ele fosse feito sob medida, um deus do sexo. E claro que ele nunca se deixou decepcionar. Absolutamente fantástico. Cada noite era melhor que a outra. Mas, antes mesmo de seus beijos quentes, ou de seu potencial, o que mais me excitava eram seus toques.

Ele parecia saber exatamente o que fazer com as mãos. Desde me segurar pela cintura, passear por meu abdômen, tocar meus seios, minhas coxas, tudo. Por onde seus dedos passavam, deixavam um rastro de fogo, que me incendiava por inteiro. Fazer amor com ele era absurdamente incrível, a melhor experiência que eu poderia ter. Ele era carinhoso, paciente, um amante fantástico. Me entreguei de corpo e alma. Ele foi meu primeiro, e espero que seja o último. Era grande, másculo, absolutamente satisfeito.

Quando nos amávamos, tarde da noite, seus beijos me embriagavam como vinho, mas eram seus toques que me hipnotizavam e me faziam atingir o ápice. Ele sempre sabia o que fazer, como fazer, no momento certo. Ele se entregou a mim como eu me entreguei a ele. Mas, desde o princípio, sempre soube que me deleitaria em seus braços, e me marcaria em suas mãos. Nunca houve opção para mim.

Em algum lugar, a porta bateu com força, mas eu não estava ligando. Ocupada demais com os lábios colados nos de Naruto, agarrava sua nuca da maneira que podia, enquanto ia me guiando para não tropeçar.

Era aniversário de Sakura, e ela dera uma grande festa em sua casa. Todos nossos amigos foram, da escola, suas amigas modelos e mais algumas outras pessoas importantes. Estava tudo perfeito, a música, a decoração, a comida. A rosada estava linda, com um vestido vermelho ressaltando todas suas curvas, e Sasuke não a largava por nada. Parecia muito feliz ao lado da namorada. Mas nada, repito, nada se comparava ao deus grego de Naruto.

O loiro estava absurdamente deslumbrante. Usava um terno de botões sem gravata, deixando a mostra uma camiseta branca que marcava todos seus maravilhosos músculos. Seus olhos estavam mais escuros, e ele não os tirou de mim. Sorri satisfeita comigo mesma quando percebi. Havia escolhido o vestido mais provocante que tinha para aquela festa, com a intenção de provocá-lo um pouco.

Há alguns dias eu estava com um... apetite sexual mais ativo que nos outros dias. Nossos beijos eram mais frequentes e desejosos. Ultimamente, andamos explorando nossos corpos tão intensamente que o ambiente ficava quente. Os únicos sons que eu conseguia ouvir eram nossos gemidos e resmungos, misturados em uma sinfonia doce e erótica.

Ficamos nos encarando a noite inteira, até que ele me puxou para algum canto escondido atrás das cortinas, atacando furiosamente meu pescoço. Eu havia gemido involuntariamente. Ele propôs que fôssemos para seu apartamento, afastado da cidade, que ele mantinha para ter 'privacidade'. Eu aceitei, sentindo meu corpo ferver. Eu ainda era virgem, e tinha um pouco de medo, mas, de qualquer maneira, não era isso que ocupava minha mente durante todo o trajeto era suas mãos sobre minhas coxas.

Eu estava as cegas, sentindo a língua eficiente de Naruto explorando minha boca profissionalmente. Eu estava tropeçando sobre meus pés e os saltos que joguei pelo caminho, até que senti o chão sumir sobre meus pés. Uma de suas mãos apertava minha cintura, prendendo-me ao seu corpo, enquanto a outra apertava possessivamente a minha nádega esquerda. Gemi contra o beijo, prendendo minhas pernas contra sua cintura, mantendo-me suspensa.

Ele nos guiou até o quarto, abrindo o zíper de meu vestido. Eu já estava em chamas, ofegante, e quando nos separamos, pude ver seus olhos, em um azul tão intenso e escuro quanto nunca. Ele me derrubou na cama, deitando por cima de mim. Arrancou seu terno e a camiseta, jogando-os para qualquer lado, e eu passei a mão por seu peitoral, mordendo meus lábios. Ele sorriu maliciosamente, tornando a me beijar, dessa vez com mais fúria e urgência.

Quando o ar faltou, ele começou a descer por meu pescoço, marcando-o com possessividade, como sempre. Mas, daquela vez, eu estava gostando. Seus lábios deixando um rastro sobre minha pele era, de longe, a melhor sensação que eu já senti.

Enquanto isso, suas mãos trabalhavam, percorrendo cada centímetro demarcado de meu corpo, já sem o vestido, apenas com a lingerie. Trabalhavam em meus seios, cobrindo-os completamente entre suas mãos. Elas eram tão grandes e macias...

A outra descia e subia por minhas laterais, por ora parando nas coxas, por ora em minhas omoplatas. Cada toque era uma sensação nova que eu aprendia, e parecia nunca ter sentido tanto prazer em toda a minha vida.

Minha respiração estava ofegante em sua nuca, e ele parou por um momento, me fitando com os olhos cheios de expectativa e um sorriso muito pronunciado. De repente, senti sua mão deslizando sobre o elástico de minha calcinha, escorregando para baixo. Ofeguei baixinho, inconscientemente me inclinando para trás, friccionado meu quadril contra os seus.

Senti seus dedos acariciarem levemente meu clitóris, e um arrepio gostoso percorreu toda a minha coluna. Arfei, sentindo-me subitamente quente. Seus movimentos eram circulares, e seus dedos percorriam de cima a baixo, preguiçosamente. Ele ria baixinho, enquanto a outra mão apoiava seu peso por cima de meus seios, acariciando seu bico intumescido.

Sem aviso-prévio, ele introduzia o indicador, me fazendo gemer manhosamente e inclinar o quadril contra seu dedo. Ele rosnou baixo com a garganta.

– N-naruto... – gemi seu nome, em pausas, respirando com dificuldade. Meu estômago repuxava dolorosamente, e por minha coluna, um arrepio ia e vinha.

– Tão apertada, Hinatinha. – ele resmungou, fazendo um movimento de ida e volta lento. Parecia que eu estava lubrificada, pois ia e vinha com facilidade. Meus olhos reviraram nas órbitas.

Quando eu acostumei com a sensação, ele colocou dois, e eu arfei alto. Eu queria mais e mais e mais. Seus dedos eram tão quentes e macios, e ele o fazia com tanta prática e naturalidade. Eu parecia estar no céu, tamanho prazer que eu senti. De repente, o repuxão tornou-se mais intenso e frenético, me fazendo revirar. Sua mão começou a me massagear, sem parar o movimento.

Eu então eu vim em um primeiro – glorioso – orgasmo.

Nada mais a declarar.

5 – Jeito carinhoso/protetor

Eu não poderia querer mais. Naruto era como uma muralha grande e atenciosa. Ele era o tipo de cara que tratava qualquer mulher – principalmente a qual ele estava apaixonado – a pão de ló. Desde o começo de nosso namoro, sempre fui tratada como uma princesa, mimada todo o tempo, tendo todas as minhas vontades realizadas. Ele se preocupava a cada segundo se eu estava bem, como um pai, um irmão, um amante, um namorado. Ele tinha a capacidade de ser todos ao mesmo tempo.

Se eu dizia que estava com vontade de comer tal coisa, ele me arrastava até o mercado para comprar, as vezes até mesmo várias marcas da mesma coisa. Se eu dizia que precisava de alguma roupa ou acessório, ele ia até o shopping e comprava um de cada cor. Quando chovia, ele me protegia com sua jaqueta ou com qualquer coisa que tivesse em mãos, para que eu não pegasse um resfriado. Depois, me fazia tomar remédios para prevenir. Me cobria com uma manta grossa e quentinha, me aconchegava em nossa cama e fazia carinho para que eu dormisse, porque eu tinha medo de tempestades. Quando, porventura eu adoecida, ele nunca saía do meu lado. Pedia licença no trabalho, fazia sopas e chás todo o tempo, me dando na boca. Dormia comigo, mesmo com o risco de ficar doente também. Fechava todas as janelas para que não piorasse, e quando eu melhorava rápido, ele me comprava sorvete, do meu sabor preferido.

Ele gostava de sair passear comigo na praça de mãos dadas, para dizer a todos que estava comigo, como se fosse o Prêmio Nobel. Ele sempre estendia uma manta na grama para que não manchasse minhas roupas, e não me deixava comer restos de comida que sobravam no decorrer da semana. Quando eu estava cansada, ele me carregava no colo. Quando eu tinha muitos livros, ele carregava minha bolsa e me ajudava. Quando eu tinha muitos trabalhos, ou não entendia alguma matéria, ele sacrificava suas noites de sono para me ajudar e me explicar tudo de novo. Quando alguém zombava de meus óculos de descanso, ou de meus olhos estranhos, ou das minhas roupas, ele sempre me defendia. Sempre. Dizia para todos que eles não eram um milésimo da pessoa que eu era. E então me beijava e dizia que eu era linda, maravilhosa, e que ele era o homem mais sortudo do mundo.

Não preciso dizer mais, não? Naruto sempre foi romântico, cavalheiro. Acho que por culpa de Kushina, que sempre o ensinou a tratar bem as mulheres. Ela sempre nos apoiou e incentivou nosso relacionamento. Ele me dava flores e bombons. Me dava joias e dizia poesia. Com ele, nunca havia tempo ruim. Eu era a mulher mais realizada e mais feliz da face da terra.

Era o nosso aniversário de namoro, e eu tinha aula na faculdade. Estávamos estudando a parte técnica da fotografia, e eu estava estressada. Não entendia o assunto muito bem, e frequentemente ficava até depois do tempo para sanar dúvidas. Eu queria alguma coisa especial, preparar um bom jantar, lhe dar um presente adequado, mas me atolei em provas e exercícios, passando o dia todo enfurnada na sala de aula, tal como 90% da classe.

Acordei mais cedo, para poder estudar e ter tempo de lhe preparar alguma coisa ao menos especial para café da manhã. Coloquei o despertador para tocar mais cedo, e relutei em deixar seus braços, que rodeavam minha cintura confortavelmente. Ele parecia um anjo dormindo, seu cabelo loiro já tão grande espalhado pelos travesseiros brancos. Depositei um beijo em seus lábios e acariciei sua bochecha, sorrindo para os tão lindos risquinhos de nascença. Sempre disse que ele parecia um gato, e, com o passar do tempo, comecei a chamá-lo de koneko (gatinho). Fui para o banheiro tomar uma ducha fria, para me despertar, e roubei uma de suas camisetas, para ir a aula com ele. Se não podia tê-lo, pelo menos seu cheiro me acompanharia por onde eu fosse.

Arrumei o cabelo e a maquiagem para disfarçar as olheiras das poucas horas de sono que tive. Peguei frutas frescas na quitanda e preparei uma salada para ele. Suco, leite, geleia e torradas. Montei tudo em uma bandeja, deixando um lírio e um bilhete. Ele sempre dizia minha pele era tão macia quanto lírios.

Depois, me afundei nos livros. Ele sempre me dizia para não estudar tanto, mas, naquela semana, eu precisava de toda nota que conseguisse.

Quando deu o horário, sai as pressas, arrastando minha mochila e livros comigo, além da minha Polaroid velha, para experimentos. Cheguei com alguns minutos de antecedência, estressada, com sono, cansada e deprimida. Não tinha folga nem ao menos em meu aniversário de namoro.

O professor estava tirando dúvidas no balcão a frente da sala, e nós fazíamos alguns exercícios básicos para estudo. Eu estava tão concentrada que algumas gotículas de suor escorriam por minha testa, e bufava muito, porque não conseguia fazer um deles, e tinha empacado.

De repente, alguém bateu na porta da sala.

– Com licença, Sr. Asuma? – virei a cabeça tão rápido que a ouvi estalar, incrédula. Metade da sala – que correspondiam as garotas – pareciam tão chocadas quanto eu, encarando nossa visita com os olhos arregalados. Logo, burburinhos encheram o ambiente, vindo das meninas, que faziam comentários emocionados e incrédulos. Os garotos se entreolhavam, alguns culpados, outros rindo divertidos. Todos olharam para mim, sentada mais ao fundo, em uma das bancadas do canto. Todos ali conheciam Naruto.

Lá estava ele, estupidamente lindo. Usava uma calça jegging (que eu me perguntei como passara por suas coxas enormes e sua linda e ainda assim grande bunda, mas não que eu fosse reclamar daquilo) e uma camiseta de mangas três/quartos branca, destacando todos os gominhos de seu peitoral. Mas eu sabia que o motivo não era vaidade, ou chamar atenção. Há alguns meses, eu havia comentado com ele que ele ficava muito bonito nela, e que eu a adorava. Me surpreendi por ele sequer lembrar daquilo.

Seu cabelo estava lindamente bagunçado, e, em suas mãos, um gigantesco buquê de rosas vermelhas e brancas. Uma, no meio, era amarela, e obviamente de plástico. Na outra mão, uma caixinha de veludo.

– Claro, entre, filho. – Asuma, meu professor de teorias, parecia se divertir e ao mesmo tempo orgulhoso, com seu tão habitual cigarro entre os lábios.

Naruto se aproximou, e as meninas ofegaram baixinho e fizeram um 'aaawn' e 'quero um assim para mim'. Hunf. Vadias. Tirem o olho.

Ele se aproximou da minha bancada. A essa altura, todos já nos olhavam, ansiosos e com expectativa. Eu estava estática, sem saber como reagir. Me levantei, ainda atônita, o olhando confusa e emocionada. Ele sorriu para a minha – sua – blusa. Naruto sorriu lindamente, me entregando o buquê. Eu o segurei, sorrindo abobadamente, quase chorando de emoção. Ele segurou meu queixo, depositando um leve beijo, mas cheio de carinho.

– Feliz aniversário de namoro, Hina. – todos fizeram um coro de 'awn', e eu corei. Ri tolamente, ainda desacreditando. O buquê era lindo, e o cheiro era maravilhoso.

– Naruto, isso é... – não consegui encontrar as palavras perdidas em minha garganta.

– Esse é só o primeiro de muitos. – deu de ombros, sorrindo – Vou te amar até que todas essas flores no buquê morram. – apontou. Eu o fitei confusa.

– Mas essa daqui no meio, a amarela, é de plástico. – questionei, o fitando. Seu sorriso era gigantesco.

– Exatamente. – e então eu entendi. A primeira lágrima derramou no mesmo instante que eu pulei em seu pescoço, o beijando na frente de todos os meus colegas, que aplaudiam animados e assoviavam. Até mesmo Asuma aplaudiu. Quando nos separamos, ele limpou meus olhos com lágrimas.

– Eu te amo, Naruto. – ele pegou a caixinha de veludo, revelando um lindo anel de diamantes. O colocou em meu dedo anelar esquerdo, e beijou cada uma das pontas.

– Hyuuga Hinata, eu também te amo.

As vezes eu penso que não o mereço ao meu lado. Ele é como uma miragem, um príncipe que saltou dos livros de contos de fadas que eu costumava ler quando criança. Era surreal demais para ser verdade. Perfeito demais para ser verdade.

4 – Olhos

Não há como negar. Dizem que os olhos são as janelas para a alma. No caso de Naruto, seus olhos eram as janelas para o infinito. Você se perdia dentro da imensidão daqueles olhos tão intensos e azuis. Era um azul único. Um azul tranquilo, calmo, que transpassava cada emoção. Como o mar. Você nunca sabe de que cor ele poderá ficar. E eu amo cada uma delas.

Eu amo o azul-claro de seus olhos de quando ele acorda. Eu amo o azul-celeste habitual de seus olhos, do dia-a-dia. Eu amo o azul-escuro de seus olhos quando está excitado ou sentindo prazer. Eu amo o azul quase verde de seus olhos, quando o sol reflete neles. Eu amo o azul anil de quando ele está se divertindo com seus amigos. Eu amo o azul brilhante de quando ele me olha, ou me beija, ou me toca. Eu amo o azul opaco de quando ele está triste, ou chorando. Eu amo o azul intenso de quando ele olha para seus pais, quase louvável. Eu amo o azul mar de quando ele fica preocupado, ou ansioso. Eu amo cada tom de azul de seus olhos.

Ele os herdou de Minato, e Kushina costumava me contar, quando estávamos apenas nós duas, que se apaixonara instantaneamente pelos olhos de Minato. Eu sabia como ela se sentia, uma vez que eu me apaixonara instantaneamente pelo meu 'olhos azuis'.

Quando tudo estava indo mal, bastava ele me olhar e eu me sentia mais calma. Quando palavras lhe faltavam, seus olhos diziam tudo que eu precisava ouvir. Aqueles olhos sempre foram como um salva-vidas, nas piores horas. Nas melhores, eles eram minha alegria, minha felicidade. Uma fotografia é a captura eterna de um segundo, mas, acho que nem a melhor fotografia do mundo poderia capturar a perfeição de seus olhos.

No começo, eu costumava ficar encarando-o todo o momento, vendo seus olhos. Eles tinham umas manchinhas pretos quando estávamos no escuro, com pouca luz. Ele sempre ficara envergonhado quando eu comentava, mas eu não ligava. Eu gostava de o ver envergonhada. O azul lápis-lazúli de seus olhos quando ele ficava envergonhado era maravilhoso.

Era junho, e fazia muito calor. Naruto me tirara de casa escondido de minha mãe, que me colocara de castigo na noite anterior. Hanabi me ajudou. Ele me pegou pela sacada do segundo andar, através de um galho mais forte que dava direito na janela. Quando saímos, corremos o mais rápido que pudemos, gargalhando.

Suas mãos estavam entrelaçadas nas minhas de uma maneira protetora. Ele entrou em seu carro e pisou no acelerador, fugindo como um ladrão que roubou o Banco Central.

Quando estávamos mais tranquilos, eu beijei sua bochecha, agradecendo. Ele sorriu, e disse que era um prazer. Perguntei onde íamos, e ele perguntou se eu queria tomar um sorvete. Eu disse que amava sorvete.

Paramos em uma sorveteria grande no centro, com mesas do lado de fora e um toldo grande e azul listrado. Pegávamos o que queríamos e depois pesava na balança. Eu peguei uma casquinha por muitas bolas, caldas e castanhas. Naruto fizera a maior cestinha de sorvete que eu já vira, caprichando na calda. Ele insistiu em pagar para nós dois, e nos sentamos do lado de fora, em uma mesinha abaixo de uma sombra muito boa.

Nos sentamos um de frente para o outro, ele brincando com nossos pés, o empurrando para frente e para trás nos meus, uma vez que a cadeira era muito alta e eu não alcançava o chão. Pedi para ele não rir, mas ele gargalhou tão alto que algumas pessoas se viraram para nós.

Tomamos nossos sorvetes, rimos, contamos piadas e ficamos curtindo um ao outro. Ele era a melhor pessoa para se passar o dia, e se sujava com a calda, tentando lamber todos os cantos para limpar, e eu ria de suas tentativas e caretas.

Eu terminei primeiro, e me limpei, vendo-o terminar o seu. Fiquei observando o que ele fazia, cada detalhe, milimetricamente. Ele sempre lambia da direita para a esquerda, e de cima para baixo logo após. Sua língua era muito vermelha, e sua boca estava colorida. Seus lábios eram rubros. Ele franzia a sobrancelha a cada lambida, e piscava repetidamente quando muito gelado. Os seus olhos eram o que mais me chamava atenção. Eram grande, e redondos, e lindos. Tão brilhantes quanto duas joias. Ele tinha os olhos azuis mais lindos que eu já vira.

– O que você está olhando? – perguntou, curioso, brincando com meus dedos nos seus.

– Você. – disse, simples e docemente. Ele corou e sorriu torto – Seus olhos. Eles são lindos.

– Pare com isso. – murmurou, envergonhado, e eu ri. Inclinei-me sobre a mesa e depositei um beijo suave em seus lábios gelados e com gosto de flocos.

– Seus olhos são lindos. – repeti, convicta e sorrindo para ele – Você é lindo. – ele sorriu e me puxou para um beijo. Sua língua estava gelada, e foi fantástico.

Arrisco-me a dizer que foram seus olhos que me prenderam, antes de tudo. Se um dia nós tivermos filhos, quero que eles puxem o azul de seus olhos. E então serão os bebês mais lindos do mundo.

3 – Corpo

Não tem como falar de Naruto sem falar de seu corpo. Eu ainda fico um pouco envergonhada por isso, mas não é como se meus mais sórdidos pensamentos fossem ser descobertos – risos. Absolutamente, sem sobre de dúvida, Naruto tem o corpo mais quente de todos.

Ele é alto por natureza, com os ombros largos, absurdamente másculo. Os anos de treino, corrida, academia e afins definiram seus braços, dando-lhe massa muscular e alguns músculos a mais. Trabalhando a parte de baixo, suas pernas definiram também, suas panturrilhas endureceram e suas coxas – Deus o abençoe – fartas e grossas. Naruto era a personificação dos pecados e fantasias de qualquer mulher em sã consciência (menos sua mãe, eu espero).

Eu já o tive por inteiro em meus lençóis. Já toquei cada milímetro daquele corpo fantasticamente incrível. Apertei, mordisquei, beijei, marquei. Eu tinha um tara por seu abdômen, coberto por uma tatuagem absolutamente provocante, cheio de quadradinhos e com a melhor V line de todo o continente, e sua bunda. Tudo bem, eu admito. Sua bunda era arredondada e bronzeada, como todo o resto de seu corpo majestoso, e macia para apertar. Ele era – como eu usualmente costumava a me referir a ele – um verdadeiro deus grego do sexo.

Eu era apaixonada pelo corpo de Naruto. Afinal, que mulher não era? Naruto era desejado e invejado para onde quer que fosse. Os olhos alheios o seguiam ao usar uma camiseta mais apertada, ou uma calça que marcasse mais. Seu bom gosto e aparência impecável ajudava para aquilo, mas, convenhamos, quem não iria admirar e desejar em sua cama um loiro alto de corpo escultural?

Eu o desejava, e amava observar cada parte de seu corpo, quando ele saia do banho com apenas uma pequena toalha cobrindo suas partes, que, admitindo, fazia parte de toda sua majestade escultural. Grande, grosso e absolutamente satisfatório. E todo meu.

Até mesmo os menores detalhes. Suas omoplatas eram simetricamente perfeitas. Seus joelhos eram lindos. Suas coxas, além de fartas e grossas, eram firmes, e eu simplesmente amava sentar sobre elas a noite, ou durante o dia, para descansar, ou quando ele me segurava pela cintura, me encaixando contra seu quadril deliciosamente. Como eu havia dito, O Davi, de Michelangelo, teria inveja das proporções épicas e simétricas de Naruto.

Era sábado, e eu já havia acabado as lições, mas cedo que das outras vezes. Naruto havia saído, como de costume, para ir a academia com Sasuke. Resolvi fazer uma surpresa. Queria passar algum tempo com ele, uma vez que mal nos víamos durante a semana, ele no estágio e terminando os projetos, e eu na faculdade.

Coloquei uma roupa bonita, passei um gloss nude e peguei minhas coisas. O lugar que eles iam não ficava muito longe dali, algumas quadras abaixo. Provavelmente ele já estaria terminando as sessões, uma vez que era extremamente vaidoso com as questões de seu corpo e sua saúde.

Quando cheguei, perguntei a recepcionista qual era o andar do boxe. Era uma propriedade grande, com três andares, cheia de aparelhos estranhos e que eu não sabia – e nem fazia questão de saber – para que serviam. Graças a algum tipo de milagre eu não engordava facilmente, e os quilômetros que eu percorria todos os dias dentro do campus já eram o suficiente para me livrar dos quilinhos extras.

Subi as escadas, passando por muitas pessoas. Parecia um lugar muito frequentado, com personal trainers por todos os lados, músicas tocando nos rádios e uma grande televisão com alguns programas de exercícios e alongamentos.

Subi mais um pouco e o barulho começou a diminuir. Cheguei no andar indicado, e vi que estava completamente deserto, mas cercado com sacos de areia para chutes e socos, além de colchonetes e uma piscina média coberta. Perguntei-me como raios eles mantinham uma piscina de fibra de aparentemente 5.000 litros no terceiro andar, mas parecia algo como 'foda-se a gravidade'.

Não encontrei Sasuke, mas ouvi o barulho dos chuveiros, e supus que ele estava tomando banho nos vestiários. Naruto estava no fundo, deitando sobre um dos colchonetes, fazendo flexões. Recostei no batente, o observando, e mordi os lábios, ficando subitamente quente. Foram poucas as vezes que eu o vi seminu, apenas com um short de fibra, que subia a cada movimento. Naruto era quente.

Seus braços faziam força para subir e descer, e estavam encharcados pelo suor. Suas costas, retas, eram largas e proporcionais as pernas, perfeitamente alinhadas, revelando as coxas bronzeadas. Em seu rosto, algumas caretas por fazer força, e gotículas e mais gotículas de suor escorriam, pingando e escorrendo por seu pescoço, sumindo em seu peitoral desprotegido.

Abanei-me, arfando. Ainda não havíamos passado das preliminares, e eu nunca me senti tão quente em apenas observá-lo. Um incômodo se passou por meu estômago, e um repuxão em meu baixo-ventre. No meu de minhas coxas, ficou subitamente molhado.

Finalmente ele percebeu minha presença. Se levantou, respirando pausadamente, e pegou uma toalha, espirrando a água de dentro da garrafinha sobre sua cabeça. Escorreu por todo o seu corpo, as gotas sumindo dentro de seu short. Mordi mais os lábios. Ele sorriu maliciosamente em minha direção.

– Gostando do que vê, Hinatinha? – ergueu uma sobrancelha, e eu corei extremamente. Balancei a cabeça, olhando para o chão, e ele riu. Nunca daria o gostinho de ser pega o observando e gostando a ele.

Nem mesmo mil Davi's chegariam aos pés de Naruto.

2 – Coração

Mais que seu corpo, ou seus olhos, ou seu toque, ou seus detalhes, eu amava o seu interior. Já disse sobre isso, mas é impossível descrever em palavras concretas. Ele tem o coração tão grande, tão cheio, tão puro. Eu simplesmente não consigo parar de admirá-lo, parar de tentar entender. É como uma pintura, sabe. A mais bela da exposição. Aquela pintura que tem o maior destaque, e todos a observam maravilhados. Nunca viram nada como aquilo, mas não conseguem entender. Assim é Naruto. Assim é o seu interior.

Eu acredito que todos tenham uma alma. Uma essência interior, que guia entre o bem e o mal, que ampara e julga os erros. E também acredito que cada alma brilha de acordo com o merecimento de cada um. Eu já errei muito, admito, mas tento seguir o melhor caminho. Tento imitar os passos de Naruto, pisar em suas pegadas na lama em uma noite chuvosa, porque sei que ele me guiará de volta para casa. Se almas existem mesmo, então a de Naruto é como uma estrela cadente, ou um meteoro. No escuro, brilha intensamente. Todos olham e desejam. Ela é cheia de força, de esperança, de poder. Atravessa o universo imponentemente, exibindo todo seu esplendor pelos céus estrelados. Esse é Naruto.

Ele sempre é tão bondoso. Tenta ver o lado bom de todos, mesmo daqueles que pisam em seus calos. Ele pode ser estressado, birrento, orgulhoso. Mas nunca nega ajuda a quem realmente precisa, seja dinheiro, um ombro amigo, conselhos. Qualquer coisa. Ele estará lá, do seu lado, te suportando.

Ele é como o meu pilar de segurança, de sustentação. Ele quem me apoiara quando eu precisava, ele quem me incentivava quando eu estava prestes a desistir, ele quem limpara minhas lágrimas e recolhera os pedaços do meu coração, colando todos pacientemente.

Nunca vi Naruto realmente tão triste que não pudesse colocar o sorriso em outra pessoa. Quando Minato morreu, foi um dos piores dia da nossa vida. Ele estava abatido, completamente despedaçado. Seus dedos contra os meus eram desesperados, como se eu também pudesse ir, deixá-lo. Mas, mesmo assim, ele estava ali para sua mãe. Ele superou sua própria dor e a consolou, arrancando forças dos céus e do inferno para poder reerguê-la quando ela estava no chão. Ninguém o reergueu, mas ele estava ali, suportando os outros. E por isso eu o admiro.

Ele sempre pensa no próximo, e por isso eu o admiro. Ele sempre está pronto para enfrentar as dificuldades e os problemas alheios, e por isso eu o admiro. Ele pega para si as lágrimas dos outros e lhe dá o seu sorriso, e por isso eu o admiro. Seu coração infla, nunca se dividindo para distribuir seu amor. Ele sempre multiplica de tamanho, e, mesmo assim, nunca deixou de me amar. E por isso eu o admiro. Mais que isso. Por isso eu o amo.

Acho que, depois de todas as dificuldades pelas quais ele já passou, pelas quais nós já passamos, me surpreendo que ele não tenha perdido alguns órgãos, quem sabe um rim, um fígado, para dar lugar ao distribuidor de sangue que bombeia em suas veias. Não há sangue correndo por elas, e sim bondade. Seu cérebro não absorve vitaminas, proteínas ou aminoácidos. Se alimenta de amor, de sorrisos, da felicidade ao seu redor.

E é por isso que eu o amo tanto. Eu amo amá-lo. Eu amo o seu amor. Eu amo o seu jeitinho de se preocupar, de cuidar. Eu amo seu coração. Eu o amo.

1 – Naruto

Depois de toda essa lista, de tanto pensar, de tanto explicar, não podia ser diferente. Gastei muito tempo pensando em tudo que odeio e tudo que gosto, quando, na verdade, a resposta é bem simples. Branco no preto. Bem no mal. Luz na escuridão. Estava ali o tempo todo, escancarada. Não há uma lista de defeitos, ou uma lista de qualidades. Porque, no final, todas elas foram apenas uma pessoa: Naruto.

Cada defeito, cada mínima coisa que eu odeio. E cada qualidade, cada infinita qualidade que ele tem, todas essas coisas são partes de um todo. Ele é esse todo. Esses pequenos detalhes, essas pequenas coisas, formam, no final, Naruto. O meu Naruto. E ele é a coisa que eu mais gosto.

Eu o amo infinitamente. Como todas as estrelas do céu, como todas as gotas do mar, como todos os grãos do oceano, como todos os pássaros que voam no céu. Meu amor por ele é infinito, indimensível, imutável, incompreendido. Gigante, imenso, belo, lindo. Puro, intenso, complexo, completo. A cada dia que passa, e eu acordo ao seu lado, cercada por seus braços, rodeada por seu cheiro, eu me apaixono mais e mais. Eu olho para cada detalhe, cada mínimo detalhe, e me pergunto se ele é real. Tenho medo de acordar um dia, anos atrás, e descobrir que minhas mais doces e deliciosas fantasias se reproduziram em uma noite de sono interminável, embalada pelo meu eterno 'olhos azuis'.

Ele me embebeda, me deixa embrigada, viciada. Me faz querer viver para sempre em seus braços, deitados na sombra de uma árvore qualquer, olhando o céu azul. Suas mãos nas minhas, apoiada em seu peito, adormecendo em seus braços.

Porque, no final, é ele. Sempre foi ele, e sempre será.

Não tenho como amá-lo pela metade, ou amar somente suas qualidades. Eu o amo assim, completo, com todas as suas pequenas coisas. Eu amo todos os seus defeitos, cada um deles. Eu me apaixonei por cada um deles. E suas qualidades, ah, sim. Eu já era apaixonada por elas antes mesmo de conhecê-las. Ele estava escrito no meu futuro. Eu já me apaixonei por ele sem nem ao menos conhecê-lo.

Eu me apaixonei pelas coisas que eu gosto, e pelas coisas que eu odeio.

Eu o amo por inteiro.

E são essas grandes coisas nele que fazem com que eu me apaixone cada vez mais a cada manhã, e mais a cada noite. Eu o amo mais que ontem, e menos que amanhã. Eu amo cada defeito com a mesma intensidade que eu amo suas qualidades. Não existe Hyuuga Hinata sem cada pedacinho daquele homem.

Essas são as sete coisas que eu mais gosto em Uzumaki Naruto.

Não.

Essas são as sete coisas que eu mais amo em Uzumaki Naruto.

E a sétima coisa

Que eu mais gosto que você faz
É que você me faz te amar

7 Things (Miley Cyrus)


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Notas finais do capítulo

Aqui está. Apenas um projeto antigo que eu resolvi postar. Obrigada a quem leu, acompanhou e comentou. Espero realmente que tenham gostado. Até qualquer outra fanfic por ai.