Cap.10 Invenção

Londres 11 de Março 1903

Tessa acordou lenta e demoradamente, o peso do sono forçando os olhos a permanecerem fechados. Ela sentia os braços de Will ao seu redor, sentia que estava sendo observada. Ela abriu os olhos lentamente.

A luz do sol passava pelas cortinas brancas e simples das janelas no quarto de casal. Ele era azul, como os olhos de Will, o piso branco, contra a cama de mármore preta, os moveis eram rústicos e pratas, com adornos aleatórios. Ela piscou, e encontrou seus olhos com os de seu marido.

– Bom Dia Tess – Falou Will, seus olhos em um azul profundo de serenidade, os cabelos escuros bagunçados – Não quis te acordar

Ela sentiu-se corar. Parecia estar em uma galáxia diferente, pulando de estrelas em estrelas... Ele sorriu, vendo-a corar. Tessa levou seus braços ao redor de Will, puxando-o para si. E Ele deslizou em cima dela, um sorriso invadindo seus lábios. Will tinha cheiro de menta, sol e... Will... Seu Will... Lentamente a boca dele roçou sua clavícula, contornando ao norte com a língua. Um suspiro saiu dos lábios de Tessa involuntariamente, ela sentia borboletas voando em disparada em seu estomago e seu coração batia violentamente. Finalmente, a boca de Will encontrou a sua, doce, um simples roçar alucinante de lábios e eletricidade percorreu Tessa, ela puxou-o mais para si, e Will deslizou suas mãos pelos seus ombros, descendo ao sul e puxando o lençol para longe, ele se afastou devagar, seus olhos observando a boca de sua esposa, descendo ao sul, prendendo-se lentamente em seus seios nus, o sorriso pervertido se formando nos lábios de Will, Tessa se sentia esquentar em vários lugares, observando os olhos azuis de Will dilatados de desejo que continuavam a descer... Descer... Passando pelas regiões intimas... Pela coxa... Tessa prendeu seus tornozelos ao redor de Will e puxou-o novamente para si, ele não a parou, as mãos dela deslizando pelas costas nuas do marido, e ele virou-se, de modo que Tessa ficasse em cima dele. Ela soltou um risinho abafado e ele passou suas mãos para o cabelo castanho de Tessa e ela encarou a boca dele, e beijou-o, inicialmente de forma doce e lenta, e aprofundando-se em um beijo feroz, seus corpos enroscando e acariciando um ao outro. Ela sentia-se flutuar, eletricidade correndo por suas veias e o coração cada vez mais rápido, ela sempre se sentia assim com Will... Tanto amor, que sentia que poderia rasgá-la em pedaços e junta-los novamente os colando um por um com beijos, os beijos de Will... E ela estaria inteira novamente. Os anos se passaram, e ela continuava a se parecer com uma menina de 17 anos, mas em sua família era normal, embora Will tivesse agora 47 e os aspectos de um homem mais velho, no entanto, isso nunca os incomodara. Os olhos de seu marido... Como o céu do inferno, parecia nunca envelhecer... Agora eles tinham dois filhos, James tinha 18 e Lucie tinha 13... Tão jovens ,Tessa pensou... Eles tem o jeito do pai. O sorriso sarcástico... O olhar malicioso...

– Tess – Will parou, acariciando-lhe os cabelos castanhos. Seus olhos a encaravam – Hoje temos uma reunião da Clave em Idris.

– Devemos ir? – Ela perguntou, sabia que provavelmente não poderia ir. Teria que cuidar do instituto, já que Will era o chefe e estaria fora. Ele acenou.

– Recebi uma carta de Charlotte – Ele disse, seus olhos ainda pairando sobre os dela, a boca entreaberta.

– E o que ela contou? – Tessa perguntou, curiosa. Alguma coisa deve ter acontecido, ela pensou, é Dificil Charlotte mandar uma mensagem direta.

– É para nós todos do instituto irmos a Idris – Seus olhos desciam para a boca de Tessa, ela sentiu-se suspirar – Parece que Henry fez uma nova invenção.

– Hã? – Tessa perguntou, encarando a boca de Will – E o que é essa invenção?

– Viagem no tempo... – Ela o interrompeu, o puxando e colando sua boca na dele, quente, vorazmente. Um beijo longo...