O Coelho Exorcista escrita por DarkAngelS2


Capítulo 11
Disciplina


Notas iniciais do capítulo

AVISO IMPORTANTE!

FALA MEU POVO! BLZ? Galera, antes de começar queria agradecer ao pessoal que tá acompanhando a história. Eu fico muito feliz que estejam lendo e quando puderem, comentando. Em especial a Nat Sem Noção que já deixou 2 comentários aqui! Valeu!

O capitulo de hoje ficou beeem extenso mas era pra ser um especial de Natal ;-; Agora é de Ano Novo u.u
Tem um easter egg nesse capitulo! Quem encontrar ganha um cookie!



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Como assim, Pheles?! – gritava uma voz vinda do telefone de Mephisto – Você não entende o que está acontecendo?!

– Eu entendo perfeitamente. – Mephisto respondeu calmamente apesar de estar irritado – A situação aqui já se acalmou então não há necessidade de mais conversa.

Nós ainda--

– Desculpe, mas aqui já é bem tarde aqui no Japão, preciso desligar. Boa noite!

E com um “bam”, Mephisto enfiou o telefone na sua base com fúria, agora já podendo se ajeitar na sua cadeira fofa e aproveitar a linda manhã.

– Francamente, esses ingleses são irritantes! - resmungou ele.

– Parece frustrado, irmão. - falou Amaymon em sua forma de hamster enquanto corria em uma rodinha para o animal em que estava transformado. – Esses humanos tem ligado bastante pra você.

– Não há o que fazer. Como diretor da filial japonesa, é normal que as filiais dos outros países me liguem, especialmente depois de semana passada. – ele deu um breve suspiro e se afundou ainda mais na cadeira. Mais uma vez o telefone voltou a tocar e desta vez, Mephisto agarrou o aparelho e o trouxe ao seu rosto já enfurecido de tantas ligações.

– O que é?! - um breve silêncio enquanto o homem na outra ligação falava e então alguns papéis começaram a ser impressos pelo fax. - Tá, entendi.

Mephisto pôs o telefone de volta a sua base, parecendo mais calmo e se dirigiu aos papéis que acabaram de serem impressos. Ele os tornou a ler e Amaymon ficou quieto apenas vendo seu irmão ficar cada vez mais interessado enquanto lia o monte de folha.

– O que isso quer dizer?... – ele se perguntava surpreso e continuou ler mais e mais cada palavra contida lá, mudando a expressão de tédio para “que merda é essa?”.

– O que foi, irmão?...

– Calado, Amaymon! Quer que eu te transforme em mosquito para te matar?!

– N-Não, um mosquito não!

Amaymon voltou a ficar quieto no seu canto e Mephisto agarrou seu celular no mesmo momento, teclou tão rápido que errou os números para quem deveria ligar. Depois de três tentativas furiosas ele finalmente conseguiu fazer a ligação.

– Alô?! Sim, sou eu! Preciso de que alguém contate Hibiki Shin imediatamente!... Não interessa o porquê, vocês vão saber depois! O Vaticano já deve estar sabendo também, mas preciso que o resto também saiba!

Assim que terminou de falar, ele desligou o celular e deixou a sua sala.

– Droga. Não posso descansar nem nos fins de semana.

Fim de semana.

Essas eram as palavras sagradas que todo o aluno pensava, falava e desejava ouvir depois de uma semana inteira repleta de provas. Terem dois dias completamente livres apenas para descansar seria um paraíso depois de todos os apertos que os professores passaram para seus alunos.

Para Rin, esse era um de seus dias preferidos. Ele podia dormir até mais tarde, comer mais tarde e ficar jogando ou apenas lendo os mangás do seu irmão até que ele aparecesse e começasse a falar coisas como “Você não devia estar dormindo! Ainda tem mais uma prova segunda-feira!”, ou “Deixe de ser irresponsável! Suas notas continuam baixas!”, e outras coisas do tipo.

Rin sabia que suas notas na escola nunca foram de se gabar e isso continuava igual até hoje e Yukio ficava sempre pegando no pé do irmão, ainda sempre agindo como se fosse o professor, mas Yukio não tinha culpa disso afinal, é ele quem cuida da vigilância de Rin devido aos seus poderes de Satã.

Como Yukio sempre teve uma personalidade mais responsável, ele sentia que deveria estar sempre cuidando do seu irmão que estava sempre se metendo em problemas, e como Yukio também já era um exorcista formado, ele se sentia cada vez mais responsável pelo seu irmão.

– Se continuar dormindo, não vai poder aproveitar a manhã. - disse Yukio enquanto via a figura do irmão debruçado na cama, enrolado com os lençóis. Rin deu um breve gemido e continuou na cama. Yukio não teve escolha a não ser pedir ajuda para Kuro que estava na janela, vendo o movimento das ruas.

Kuro desceu a escrivaninha, que ficava a frente da janela, assim que Yukio pediu e uns segundos depois que subiu na cama, ele se transformou naquele gato gigante que era sua verdadeira forma. As patas enormes dele se puseram sobre o corpo de Rin e ele sentiu como se estivesse sendo esmagado.

“ACORDA RIN!”, Kuro gritava com um sorriso.

Não levou nem um segundo a mais, Rin já estava de pé e quase morrendo devido às patas pesadas do gato. Ele se levantou na mesma hora em que o gato voltou a sua forma pequena.

– De quem foi essa ideia?! Yukio, foi você, não foi?!

– Achei que seria um jeito interessante de te acordar. – Yukio devolveu um sorriso ao seu irmão apesar de no fundo parecer que ele estivesse se divertindo com todo o drama de Rin fazia. – De qualquer forma, você ainda tem mais uma prova então precisa estudar.

“Por que eu imaginei que ele diria isso?”, Rin disse pra si mesmo, agora mais acordado.

– Eu já estudei o suficiente. Hoje é sábado, você devia relaxar também.

– Você sabe que eu não posso. Ainda tenho aulas pra preparar também.

– Ahh, como sempre. – Rin resmungou com o mau-humor da manhã.

Depois de se trocar e lavar o rosto, Kuro seguiu Rin até a cozinha onde os dois tomaram café da manhã feitos por Ukobach e logo depois, voltaram até o quarto para avisar Yukio que iriam sair. Rin não estava a fim de estudar, muito menos ficar dentro do dormitório. Yukio não iria reclamar se ele fosse só dar uma volta, então eles deixaram o antigo dormitório e fizeram seu caminho sem rumo, passando pelo colégio.

A biblioteca era aberta aos alunos que quisessem estudar ou apenas ler mas mesmo assim, mesmo com todas as salas fechadas, ainda haviam funcionários trabalhando. Rin aproveitou e deu uma passada na cozinha e conversar com os chefs com quem tinha feito amizade depois que começou a ajudar na cozinha com a limpeza(devido à um problema que ele mesmo causou).

– E aí. – Rin saudou todos eles, os quatro chefs do colégio.

Ciao, Rin! - respondeu o chef italiano de cabelos castanhos e curtos.

– Fala, tio Macarroni!

– Giovanni! Me chame pelo nome pelo menos uma vez.

– Foi mal, quando invento um apelido não consigo parar de usar. Há há.

– Francamente… – resmungou Giovanni.

Depois do italiano, surgiu uma francesa alta com lindos cabelos ondulados e loiros, amarrados à um coque. Ela vinha quase que desfilando pelas bancadas da cozinha e acariciando os cabelos rebeldes de Rin. Giovanni sentiu ciúmes por um breve período de tempo.

Oh, Rrin, você veio noss fazerr outrra visita? – ela falava com sotaque mas podia ser bem entendido na maioria das vezes.

– É, fazia um bom tempo. Eu queria saber se eu podia ajudar em alguma coisa.

– Sabe que não pode cozinhar aqui, Rin! – disse uma voz forte e masculina saindo da porta dos fundos da cozinha. Surgiu então um homem de forte e alto que se juntou aos dois chefs, com cabelos igualmente castanhos aos dos olhos, só que mais rebeldes.

– Ah, qual é, tio Ben! – Benjamin ou Ben, como Rin chamava, era um chef inglês que muitas vezes era bastante rigoroso com relação à culinária mas apesar de tudo, era alguém divertido de se conversar. – Eu não tenho nada pra fazer hoje, deixa eu ajudar!

Oui, nós non rrecebemos unma visita do garroto à un tempo…

– Você é gentil demais com ele, Anne. Sabe que não podemos deixar os alunos cozinharem!

Ohhh! Mass eu non possso fazerr nada! Eu amo esste garroto como meu filho! – Anne agarrou Rin com força e trouxe ele até seus peitos, o que o fez ficar vermelho per um tempo e Giovanni e Ben sentiram um loooongo ciúme naquela hora.

Kuro aproveitava que todos estavam distraídos e roubava alguns pedaços de comida das bancadas. Parecia estar delicioso pela expressão alegre em seu rosto mas na mesma hora, uma porta se abriu e uma mulher baixa de cabelos negros apareceu. Kuro se espantou com o rangido da porta e saiu correndo até um canto ao lado das bancadas. Felizmente, ninguém pode ouvi-lo.

– Ben, chegou mais um caminhão…Ah, é o Rin de novo! – dizia ela, trazendo consigo um saco enorme de maçãs que chegavam a arrastar no chão.

– Ei, você não vai conseguir carregar tudo isso. Deixa comigo. – Benjamin se afastou do grupo e foi pegar o resto da carga que o caminhão acabara de trazer, enquanto a mulher de cabelos negros se dirigia à Rin.

– O que você veio fazer aqui? Você ainda não está em época de prova? Ah, se bem que você não deve ter vindo aqui pra estudar, né? – ela falava com um sorriso mas seus olhos sentiam como se soubesse que ele tinha feito alguma besteira e estava tentando se esconder.

– Não é nada disso, Kikiyo. – Rin tentou esclarecer – Eu não tenho nada pra fazer, achei que pudesse fazer alguma coisa aqui.

– Ei, Giovanni, – Benjamin voltara abrindo a porta com força – tem muita coisa pra carregar. Preciso de ajuda.

– Já vou.

Giovanni se juntou à Bejamin e os dois trouxeram sacos grandes e pesados, todos contendo frutas e legumes. Kikiyo, a chef japonesa, encarou Rin e depois os outros chefs. Em um segundo ela abriu um sorriso e se voltou para Rin de novo.

– Já sei! Por que não ajuda aqueles brutamontes com os sacos?

– Hein? – Rin indagou, podia pensar isso de Benjamin mas não de Giovanni, que não era tão corpulento quanto o outro chef.

Exatament, prrecissamos de homenss forrtes nessta cozinha!

– Ahm… tá!

Rin fez o maior esforço indo e voltando com grandes sacos cheios de frutas. Muitas vezes até Giovanni e Benjamin paravam só para ficar rindo da forma como Rin não aguentava carregar os sacos.

– Força, Rin! – gritou Giovanni.

– Quer ajuda? – Benjamin riu.

– Nããão! Eu...conssiiigo! – Rin quase não conseguia falar direito devido ao esforço que fazia mas suas caretas eram impagáveis. Os chefs não conseguiam parar de rir dele.

Rin passou quase uma hora ajudando a carregar as coisas do caminhão. Depois de muito esforço, Benjamin preparou um sorvete de morango com chocolate para ele, coisa que ele não era acostumado a fazer. Rin achou estranho vindo dele mas aceitou a generosa sobremesa e a devorou na mesma hora. Nunca se sentiu tão bem em comer um sorvete depois de tanto esforço.

– Nossa, isso é muito bom! – ele disse com os olhos brilhando.

– É bom que ache isso. – Benjamin respondeu quase num tom de ameaça.

– Pode me dar mais?!

– Se contente com isso.

– Pão duro!

As risadas surgiram na cozinha. Kikiyo tirou umas boas fotos com o celular de Rin carregando os sacos, em cada foto era uma careta diferente.

– Isso vai pro facebook! – Kikiyo sorriu.

– Não! Por favor, não! – Rin implorou quase se ajoelhando perante Kikiyo, que naquele momento era como se fosse uma deusa para ele. Anne abraçou Rin mais uma vez e a onde de ciúmes rondou entre os dois chefs.

– Mas realmente você foi de grande ajuda hoje. – Kikiyo falou finalmente.

– Se você aparecer outro dia, eu te ensino a fazer aquele sorvete. – Benjamin falou agradecido.

– SÉRIO MESMO?! – os olhos de Rin voltaram a brilhar no mesmo instante. Ele não era de fazer comidas doces e quando teria chance de fazer um sorvete com um dos melhores chefs do mundo? Rin amava cozinhar e aprender com um verdadeiro chef era a maior honra que ele já tinha recebido.

– É mas não hoje. Precisamos guardar toda essa comida. Quem sabe outro dia.

– Certo mas não se esqueça!

– Certo, agora saia daqui. Se o Faust souber que tem um aluno na cozinha é a nossa cabeça que vai decolar.

– Ok, até depois!

Arrivederci!

Au revoir, Rin! Aparreça de novo!

Rin se despediu dos cozinheiros e deixou a cozinha, agora mais alegre do que quando Kuro avançou nele pela manhã. Já deveriam ser umas onze horas agora, e Rin andou mais uma vez sem rumo até a entrada do colégio quando alguém chamou pelo seu nome. Rin se virou e viu a figura de Benjamin se aproximando dele, trazendo um minúsculo pedaço de guardanapo que envolvia algum tipo de comida.

– Ben, o que houve? – Rin perguntou confuso.

– Ei, Rin, preciso te perguntar uma coisa. – Benjamin olhava sério para Rin, e este devolveu o mesmo olhar ainda que confuso. – Esse gato preto...é seu?

Rin ficou surpreso. Estaria ele falando de Kuro? Era óbvio! Que outro gato preto estaria ao lado de Rin naquela hora? Rin demorou a falar mas as palavras finalmente sairam de sua boca.

– Você pode ve-lo?

– Lógico que sim. Faz um tempo que eu comecei a ver demônios. – ele se abaixou e tentou acariciar a cabeça do gato mas este ficou escondido atrás de Rin.

– Como você…?

– Quando você visitou a cozinha pela primeira vez. Eu achei que estava ficando louco mas depois eu compreendi, demônios existem mesmo….

Benjamin se levantou, olhando mais uma vez diretamente para Rin que ainda parecia surpreso.

– Você veio aqui pra me falar isso?

– Bem, na verdade não. Sobre isto. – Benjamin estendeu para o garoto o pequeno guardanapo com algumas guloseimais meio mastigadas. – Encontrei a pouco tempo, acho que você já deve saber de quem foi.

Agira, Rin olhava sériamente para Kuro, com um olhar de repreensão. Kuro se escondeu ainda mais por trás das pernas de Rin, querendo evitar o olhar.

– Kuro, você fez isso? – Rin perguntou sério.

“Bem...err...bem…”, as palavras mal saiam de sua boca mas isto acabara o entregando. Benjamin não ouvia nada a não ser o miado do gato mas entendeu que ele parecia estar se sentindo culpado e voltou a falar.

– Com animais, mesmo sendo demônios, é sempre bom ter disciplina.

“Eu não sou um cachorro!”, Kuro resmungou. Bejamin ouviu o miado mais uma vez e entendeu que o pequeno demônio o compreendera e se abaixou novamente. Kuro afastou um passo.

– Escuta, não me importarei de dar comida pra você. Apenas não roube mais, ok?

Os olhos de Kuro brilharam e Benjamin estendeu um outro pedaço de guardanapo cheio de guloseimas que Kuro comeu alegremente.

– Valeu, tio Ben. – Rin respondeu com um sorriso.

– Não tem de quê. Cuide do seu gato.

E com um breve aceno, Benjamin se despediu do garoto e do gato, Rin voltou a perambular, passando pela entrada do colégio e lá encontrou alguém conhecido, e quem era?

– Usagi?

– Ah! – ela levou um pequeno susto quando ele apareceu do nada atrás dela. Ela se levantou rapidamente, não sabendo como agir ou reagir. – Oi….

– Tá fazendo o que aqui?

– Ahm...procurando o Shin. Você viu ele? – ela falou tentando evitar o olhar. Rin ainda achou que ela parecia estranha.

– Não, não vi.

Usagi tomou um leve suspiro, ainda que nervosa, porque não sabia o que responder. O clima parecia meio estranho naquele momento, era como se alguma coisa estivesse prendendo os dois naquele lugar, apenas esperando que um dos dois começasse a falar.

Ainda que fosse difícil de acreditar, Usagi ficava pensando nas coisas que Rin havia dito no hospital mas ela não conseguia aceitar. Rin nunca pareceu realmente um demônio para ela, ele aparentava ser meramente um humano normal (só que com poderes demoníacos) e nada mais era diferente. Não, uma coisa era diferente. Mesmo que ela ainda sentisse um grande ódio pelos demônios (especialmente Satã), Rin ainda assim chegou a chamar ela de amiga e uma pessoa normal não faria isso ao se sentir profundamente rejeitada ou odiada.

Kuro, que já havia ganho seu dia com um agrado do cozinheiro, correu alegremente até o coelho que estava aos pés da garota. Kuro tentava conversar com Fujimaru mas nenhum som vinha da boca do coelho, era quase como um animal sem alma, mas ainda assim Kuro não desanimava. Pareciam exatamente como Rin e Usagi naquela hora.

– Parece que eles ficaram amigos. – Ri quebrou o silêncio estranho.

– Não sei dizer. – mais um silêncio estranho e Rin voltou a falar.

– Por que você tá procurando o Shin?

– Ahh, aquele cara tá me enrolando a semana toda. Eu nunca consigo falar com ele.

– Sei... – o silêncio voltou mais uma vez. Rin se lembrou da história de Shin no hospital mas não tinha certeza se deveria falar naquilo. Foi então que ela voltou a falar.

– Rin, me desculpe... – Rin olhou atento para ela – Você não vai gostar de ouvir isso mas...perder minhas memórias só me deixou com as lembranças ruins. Mesmo que você diga que somos amigos, eu não consigo aceitar....

Ela não olhava para ele mas falava com um tom sério, ainda que soasse triste. Rin não pode deixar de se sentir um pouco triste também mas nada que uma conversa não bastasse. Ele se lembrou do dia do hospital mais uma vez e então do seu pai.

– O Shin, ele falou algumas coisas de você no hospital... – agora era ela quem olhava para ele e respondeu um pequeno sorriso.

– Ahh, imaginei que isso fosse acontecer.

– Como era a sua mãe?

– Minha mãe? ...

Foi então que ela pensou, tentou se lembrar de como era a imagem da sua mãe. Qualquer coisa serviria, mesmo que fosse pequena, mas ela não conseguia. Ela ficava séria ao pensar e sua cabeça começou a doer de tanto tentar. Então, veio uma imagem escura em sua mente. Era uma mulher, estava sorrindo, mal podia-se ver o tamanho dos cabelos dela mas eram lisos. Quanto ao rosto não parecia estar muito claro. Será que seria mesmo a sua mãe? Ou apenas uma imagem de como ela imaginasse que fosse? Uma imagem de como ela queria que fosse. Não, tinha que ser real. De alguma forma tinha que ser real.

– Minha mãe...Minha mãe era muito gentil e... era a mulher mais linda que eu já vi.

Enquanto ela falava, pode-se ver um sorriso honesto finalmente se abrindo em seu rosto. Até Fujimaru pareceu mais disposto a brincar com Kuro no gramado. Rin também sorriu, a descrição era quase igual ao de seu pai. Apesar de viver em uma capela, Shiro (o pai dele), era um tarado e deu mais sermões em Rin do que em qualquer outra pessoa. Ainda assim, Shiro lutou até o último momento de sua vida para salvar seu filho e parecia que o mesmo foi com a mãe de Usagi, Yui.

– Isso é bom. – Rin falou sorrindo e Usagi voltou a olhar para ele – Isso quer dizer que você não tem só lembranças ruins.

– É. Realmente.

Ela devolveu o mesmo sorriso, agora tinha entendido a razão dele ter dito que eram amigos. Parecia mais fácil de aceitar isso.

– Ei, Kuro. Vamos indo.

– Hãã? Jáá?

Kuro respondeu como uma criança que não queria sair de um parque de diversões mas Rin insistiu dizendo que Yukio iria reclamar a qualquer minuto que chegassem mais tarde para almoçar. Kuro teve que aceitar e se despedir de Fujimaru. Assim, Rin e Kuro se distanciaram até seus dormitórios e Usagi ficou ali, parecendo mais feliz.

Assim que a imagem deles desapareceu, Usagi voltou a andar, já havia desistido de procurar Shin pela manhã mas então ouviu vozes que surgiram quando uma porta se abrira. Poderia ser normal? Não, já que não havia portas que fossem abertas nos fins de semana a não ser uma que fosse aberta com as chaves douradas.

As vozes ficaram mais fortes, pareciam dois homens. Um deles era Shin e o outro parecia que falava de algo importante, como se fosse uma convocação ou algo do tipo. Usagi não pode ouvir muito bem mas ao se aproximar mais pode ouvir o final da conversa antes que o homem voltasse pela porta.

– Vai ser amanhã? Entende o que eles falaram? – falou o homem.

– Entendi, só estou um pouco nervoso.

– Relaxa, não é nada tão sério. Pelo menos eu acho. – ela parecia não saber do que se tratava o assunto. Parecia que só estava lá para avisa-lo. – Bem, eu vou indo então. Às nove, não se esqueça.

– Pode deixar.

Assim, o homem voltou pela porta e Shin de um longo suspiro, parecendo um pouco preocupado. Os pensamentos dele se desfizeram quando um som perto dos arbustos apareceu do nada e alguém surgiu por de trás deles.

– Usagi, o que você tá fazendo aqui? – ele perguntou surpreso mas ela avançou nele como se estivesse prestes a dar um soco.

– Não vem que não tem. Você tem me enrolado a semana toda e ainda não me ajudou em nada!

– Eu não tenho culpa. Estive ocupado nessa última semana.

– Não vem com desculpa, tá?

Agora ele se sentia como se estivesse sendo encurralado. Tinha que dizer alguma coisa, mas alguma coisa em que ela pudesse acreditar. Começou a ficar mais quente por debaixo do uniforme preto e ele engoliu o seco.

– Escuta. Na verdade, não há muito no que eu possa ajudar. – ele arriscou a falar isso.

– O que?! Você disse que ia—

– Eu sei o que eu disse. Mas o seu problema é algo mais psicológico do que qualquer outro que requeira algum tipo de treinamento.

– Psicológico? Você só tá inventando.

– Não, não estou. Por que você acha que ficou fora de controle no outro dia? – Ela ficou sem fala mas o que ele dizia parecia fazer sentido. – O que aconteceu 9 anos atrás foi seu trauma. Você tem que achar uma maneira de superar isso de alguma forma. Não é algo que eu possa fazer por você.

Ela encarou o chão por um tempo e finalmente conseguiu abrir a boca.

– Acho que faz sentido....

– E isso inclui seu amiguinho. – Shin agarrou do chão o coelho branco e o mostrou para ela, que ficou confusa por um instante.

– O que o Fujimaru tem a ver com isso? – perguntou recebendo o coelho nos braços.

– Originalmente, seu poder todo foi selado dentro desse coelho por isso ele é seu método de ataque. Mas– uma curta pausa – semana passada ele liberou grande parte do poder pra você para que pudesse te proteger. Entende o que eu quero dizer?

– Nada. – disse honestamente.

– O que eu quero dizer é que SE você mandar atacar, ele atacará. SE você tiver medo, ele te protegerá. E se você mandar matar, ele matará.

A última frase pareceu forte para ela, já que nunca poderia imaginar Fujimaru realmente matando alguém de verdade mas ela entendeu o que ele quis dizer no fim. Pareceu triste que depois de tudo, ela teria que enfrentar tudo isso sozinha e ninguém poderia lhe dar uma dica de como conseguir isso.

Shin afagou a cabeça dela e sorriu.

– Não se preocupe. Eu sei que você consegue.

– Eu não teria tanta certeza....

– Você precisa ser mais confiante em si mesma. E não se esqueça, você não está sozinha.

Ela pode deixar seu rosto triste para sorrir mais uma vez, mesmo que fosse um sorriso pequeno.

– É uma questão de disciplina, não só o Fujimaru mas você também.

– Entendi.

– Ótimo. Bem, eu tenho que ir.

– Aonde você vai? – ela perguntou quando Shin agarrou um molho de chaves douradas. Ele tinha muuuuitas delas.

– À exorcizaria. Tem umas coisas que eu preciso comprar lá.

– À EXORCIZARIA?! ME LEVA! ME LEVA! ME LEVA! EU QUERO IR TAMBÉM!

Usagi agarrou Shin com tanta força, quase impedindo ele de mergulhar a chave na porta, seus olhos faiscando como fogos de artificio. Teve muito esforço para separar ela do seu corpo mas consegui finalmente, apesar de não ter conseguido conter a irrespondível empolgação dela.

– Que saco! Por que você quer ir afinal?!

– Eu soube que a Shiemi mora lá. Eu sempre quis visitar ela. – disse sorrindo como uma criança.

– Não pode.

– Por que não?! – respondeu também como uma criança.

– Eu estou indo lá por razões importantes. Não pra ser sua babá.

– Você é responsável por mim, não é a mesma coisa?!

– Esquece. Você não vai.

– Qual éééé?! Deixa, por favor!

– AH! Tá bom, saco!

Shin ficou bem irritado já que nunca viu alguém insistir tanto na vida mas tudo bem, seria rápido. Eles iriam apenas ir, comprar e depois voltar. Ao menos, era isso que Shin planejava. Ele pegou uma das milhares chaves do bolso e a enfiou na porta. Ao abri-la, um vento forte bagunçou seus cabelos e então uma visão completamente azul estava diante dos olhos deles. Estavam caminhando sobre uma ponte longa e larga feita de mármore, ao final dela estava exorcizaria.

O lugar era cercado de plantas como árvores e arbustos, que separavam dois caminhos de pedra. Um deles dava até uma casa de madeira bem feita e o outro levava à um grande portão preto que guardava um imenso jardim ao lado da casa. Nele puderam se ouvir as vozes de Shiemi conversando com alguém.

– Eu vou ver se ela está lá. – Usagi falou indo pelo segundo caminho enquanto Shin entrava na loja. Ao chegar no grande portão, Shiemi estava regando algumas mudas com Nii-chan na sua cabeça. – Shiemi?

Shiemi virou seu rosto e viu a imagem da amiga acenando para ela do outro lado do portão. Na mesma hora pôs o regador no chão e foi até ela para deixa-la entrar.

– Totsuka-san, o que você está fazendo aqui? – ela disse surpresa, deixando a outra entrar.

– Shin veio comprar algumas coisas então eu passei aqui pra dar uma visita.

As duas ficaram conversando no jardim enquanto Shiemi regava as mudas, depois elas se sentaram nos degraus da varanda comendo onigiris que a mãe de Shiemi havia preparado. Ao longo da conversa, um demônio do jardim, uma aranha não muito grande com um enorme olho nas costas começou a subir pelo braço de Shiemi e Usagi quase que se engasgou com o onigiri na boca. Depois de tossir algumas vezes, ela recuperou o ar e apontou para o aracnídeo que subia até o ombro de Shiemi.

– Sh-Sh-Shiemi…t-tem uma aranha no seu ombro – ela gaguejava.

Embora a aranha estivesse inocentemente parada, a mão de Usagi tremia freneticamente e foi quando Shiemi reparou no demônio em seu ombro.

– Ah, é verdade. Eu nem reparei. Como vai você? – Shiemi sorriu e acariciou a pequena aranha que também devolveu um leve sorriso. Ao contrário de Shiemi que estava frequentemente lidando com plantas, estava acostumada com alguns demônios pequenos que viviam por perto, por isso ela não tinha medo deles mas Usagi era diferente. Ela tinha medo de aranhas, mesmo as menores sempre causavam um extremo nojo nela mas ela conseguia encontrar coragem para esmaga-las com os sapatos.

– Ele não é mal, olha. – a aranha desceu até a mão de Shiemi e se aproximou de Usagi mas na mesma hora ela bateu com força no demônio e ele caiu no jardim, parecendo muito triste. Fujimaru, que escutou a dona gemer de medo, saltou na mesma hora e abocanhou a pequena aranha e ela ficou grunhindo de dor.

É uma questão de disciplina, não só o Fujimaru mas você também

As palavras de Shin vieram na cabeça dela quando Fujimaru atacou a aranha. Usagi não podia deixar que continuasse assim, embora ela tivesse medo de aranhas, Shiemi confirmou que ele não era um demônio ruim. Se tivesse que começar de algum lugar, teria que ser agora.

– Solta ele, Fujimaru! – ela gritou e o coelho se afastou da aranha, que saiu choramingando como uma criança até o meio das árvores do jardim. Fujimaru ficou confuso com esse tipo de atitude da dona e se sentiu mal quando ela lhe lançou um olhar de repreensão. Ele andou encolhido até ela e se afundou no seu colo mas ela não quis bancar a boazinha com ele e o tirou de cima das pernas. Fujimaru ficou deitado na varanda, se sentindo confuso e um pouco irritado.

– Escuta, você não pode sair batendo em qualquer demônio que aparece! – Usagi voltou a falar com o coelho mas, com raiva, ele não lhe deu atenção e virou de costas para ela. Era de se esperar, afinal ele fazia isso frequentemente, era seu trabalho e porque ele deveria ser repreendido como um simples bichinho de estimação só por proteger sua dona?

– Calma, calma. – Shiemi falou – Ele só achou que você estava com medo. Não pode culpar ele assim.

– Eu sei, mas se eu não disser a ele quando deve atacar, coisas como aquele dia podem acontecer de novo. – Usagi cruzou os braços, parecendo preocupada. Ao se lembrar do demônio aranha choramingando fez ela sentir um pouco de pena, mesmo que ela odiasse aranhas de corpo e alma. Quando viu ele chorando aquele jeito, não pareceu tão assustador.

Shin já deveria estar terminando de comprar as coisas que deveria. Logo, logo ele iria sair pela porta e chamar Usagi, e então os dois iriam voltar novamente para a academia mas nessa hora, sem aviso nenhum, as árvores começaram a tremer, o chão começou a tremer. Alguns pássaros e outros insetos deixaram os galhos das árvores e as flores para voarem muito além de onde estavam.

Todos naquele lugar ficaram atentos e um pouco assustados, Shin abriu a porta quando estranhou tal tremor e então se deparou com a imagem gigante de uma aranha completamente preta e peluda com alguns designs em vermelho por todo o corpo e um enorme olho nas costas.

– Quem é esse aí?! – Usagi gritou.

– Acho que é a mãe daquele demoniozinho.... – Shiemi respondeu.

– A mãe?!

– Não, – a voz de Shin se destacou por de trás delas – é uma Gohma e pelo visto, é a rainha.... – Shin soltou um leve suspiro, podia lidar com esse tipo de demônio mas a aranha cobria quase todo o jardim! Lutar ali seria impossível.

– Shiemi, venha logo pra cá! É perigoso! – atrás de Shin, vinha a mãe de Shiemi, uma mulher grande e de cabelos castanhos, muito diferente da filha.

Shin ficou na frente das duas garotas que deram um passo para trás até a porta da casa. Shin tirou sua arma e a apontou para Gohma. Ela ainda não tinha movido um músculo mas seu enorme olho se movia freneticamente e então, quando Shin se aproximou ela começou a mexer suas presas. Usagi já achava que ia desmaiar.

– Cara, Gohma. – Shin falou de forma cordial com a aranha rainha, como se fizesse um esforço para não ser devorado. – Alguma coisa aconteceu?

Com uma voz grossa e maléfica, a enorme aranha negra respondeu a Shin, como se quisesse mesmo devorá-lo.

Você é...um exorcista.... Lembro-me de você....

– Sim, na primeira vez que te encontrei você era do tamanho de uma folha. – Shin sorriu – Isso foi quando? Dois meses atrás?

CALADO! – Gohma gritou com uma voz feroz, queria muuuito devorar Shin naquela hora. – Um de meus filhos foi ferido! Tragam o culpado e não irei ferir nenhum de vocês!

Fujimaru encolheu um passo para trás de Usagi e esta engoliu seco. Gohma estava atrás de Fujimaru, certamente tinha sido aquela pequena aranha que havia denunciado ele. O que ela deveria fazer agora? Não podia entregar Fujimaru mas será que Shin daria conta da situação?

– Ferido? – Shin indagou, já podia imaginar quem teria sido. – Desculpe mas eu não faço ideia. Tem certeza de que—

NÃO SE FAÇA DE TOLO, HUMANO! – com um feroz rugido Gohma tapou a boca de Shin para que ele não falasse mais. Shin sabia que esse era um tipo de demônio difícil de se lidar e, por mais que fosse de um nível baixo, não poderia arriscar a vida de pessoas agora. Se pudesse evitar uma luta, ele evitaria e era isso que estava tentando fazer. Com mais um suspiro, ele voltou a falar.

– Eu realmente sinto muito, mas eu realmente não sei. Tem ideia de quem possa ter sido?

A rainha deixou seu filho, a pequena aranha que havia sido maltratada por Fujimaru, passar por entre suas pernas e chegar até os pés de Shin. Ele se abaixou e ergueu sua mão até a pequena aranha, com lagrimas nos olhos.

– Quem fez isso com você?

A pequena aranha mexeu os olhos e percorreu o braço de Shin até seu ombro e encarou a garota de cabelos roxos. O demônio fez um gemindo agudo apontou uma de suas patas para ela.

– Eu?! – Usagi indagou surpresa. Gohma virou seu olho gigante para ela. – E-Espera...! – não havia como mentir, de fato, foi ela quem bateu no demônio aranha primeiro de tudo. E foi por causa disso que Fujimaru o atacou.

Venha até aqui agora! – ordenou Gohma, já querendo saciar sua fome.

– E-Espera. – ela se aproximou de Gohma tentando explicar a situação mas mal conseguia conter a tremedeira de suas pernas e mãos. – Olha, isso foi um mal-entendido. Eu não queria machucar ele, eu fiquei com medo—

CHEGA DE DESCULPAS!

Gohma já ia se aproximar cada vez mais para agarrar ela com suas presas enormes mas no entre as duas, Fujimaru se meteu e ficou encarando a grande rainha.

META-SE NISSO E ACABAREI COM A SUA VIDA TAMBÉM!

Fujimaru não hesitou em nenhum momento, estava disposto a lutar por ela, a morrer por ela. Foi então que Usagi entendeu mais claramente as palavras de Shin.

O que eu quero dizer é que SE você mandar atacar, ele atacará. SE você tiver medo, ele te protegerá. E se você mandar matar, ele matará.”

Ela encarou Shin que parecia ter lido exatamente os pensamentos dela.

É questão de disciplina

Gohma estava certa. Ela estava dando desculpas só para se salvar e seu companheiro também, mas já era hora de parar e assumir seus erros.

– Espere por favor! – da varanda se aproximava Shiemi que ficou ao lado de Usagi e Gohma desviou sua atenção para a loira. – Isso foi não foi intencional! Ela estava com medo e fui eu quem fez ela reagir daquela maneira. Foi um acidente!

– Não! – Usagi parou Shiemi no momento em que ela terminou de falar – Gohma está certa, fui eu quem machucou seu filho. – ela olhou para Gohma sem saber o que esperar. Fujimaru desfez sua posição de ataque e encarou a dona, confuso. – Eu fiz isso, a culpa é minha. Eu sinto muito....

Gohma voltou a olhar Usagi com mais atenção.

– Mas – ela encarou Fujimaru, mais uma vez com o olhar de repreensão – você também fez isso! Desculpe-se agora!

Fujimaru ficou inquieto, confuso e ao mesmo tempo irritado por ter que assumir uma posição humilhando como a que ela pedia mas os olhos de Usagi não paravam de fuzilar o coelho e ele, ainda relutante, tentou mostrar-se arrependido de seus atos. O filho de Gohma, que estava com Shin, agora estava em frente à sua mãe e ao ver a expressão insatisfeita do coelho, achou que já era suficiente para ele.

Gohma ouviu a vozinha aguda do filho e olhou para Shiemi.

Eu conheço você. Você é a Shiemi, não é? – por incrível que parecesse, ela falou com calma dessa vez.

– Ah, sim! – Shiemi respondeu tímida.

Entendo. – Gohma soltou um suspiro e encarou os culpados – Hoje vocês vivem... pela sua coragem perante a mim e pela sua amiga.

Assim que tudo foi resolvido, o corpo de Gohma foi diminuindo de tamanho até ficar no de uma aranha normal e despareceu em meio as plantas. O silêncio ficou no jardim por uns minutos até todos se darem conta de que tinha realmente acabado. Shin quebrou o silêncio.

– Pelo menos sabemos como ela vivia aqui.


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Notas finais do capítulo

Agradeço a todos que sem empenharam a ler até aqui.
Eu sei que ficou beeem grande, eu não sei se vou dividir o capitulo mas era pra ser especial de natal né ;-;
Galera, se vocês puderem, por favor comentem e me digam o que estão achando. Pode falar bem e mal, eu quero melhorar e quanto mais ideias melhor!

O easter egg desse capitulo é *tambores*.....GOHMA! Um dos bosses da série The Legend of Zelda! Quem acertou?



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