Aliquam Tempus escrita por gab do gaara


Capítulo 3
2. Avada Kedavra


Notas iniciais do capítulo

Hello! Queria agradecer os comentários no capítulo anterior valeu mesmo!
Nos vemos lá embaixo...






EDITADO 08/05/18



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Aliquam Tempus

REESCRITA

|Capítulo 2 - Avada Kedavra|

 

Risos e barulhos de panelas fizeram Hermione abrir os olhos mais uma vez. Alguma coisa estava errada.... Sem via de dúvidas! Há poucos segundos atrás estava chorando no colo de um pequeno Severus Snape e em um piscar de olhos...

Estava sentada em uma cadeira na cozinha, olhando a si mesma ajudando o homem da foto a cozinhar. Ambos estavam sujos de farinha desde o cabelo até os pés. Eles riam olhando para alguém na porta. Se virando ela, conseguiu ver a mulher os encarando com uma falsa carranca e de braços cruzados.

— Posso saber que bagunça é essa? — a mulher apontou para o chão, as paredes e eles próprios. Se não fosse pela óbvia diferença de seus cabelos e corpo, Hermione podia jurar que estava olhando para Molly Weasley quando os gêmeos aprontavam: ela estava irritada, mas secretamente amava cada uma das brincadeiras.

— Não, é surpresa! —a pequena Hermione disse e logo, depois tampou a boca e arregalou os olhos olhando para seu pai que deu um suspiro colocando a mão sobre os olhos.

— Mia, não devemos dizer para alguém quando estamos fazendo surpresas —disse Severus com um tom sábio ao passar por uma porta escondida ao fundo da cozinha fazendo a mulher rir. O garoto também se sujara de farinha, apenas menos do que seu pai e irmã.

Isso é surreal...

Nunca imaginou ver Snape em uma cena tão reconfortante. E se ver ao lado deles era ainda pior. Era tão errado, mas, ao mesmo tempo tão certo.

Chegando à conclusão de que poderia se mover pela cozinha sem ser notada, Hermione foi para o balcão onde pai e filha estavam tentando cozinhar. Um livro de receitas flutuava a poucos centímetros da mesa, com algum feitiço impermeável para evitar que se juntasse a bagunça. A ilustração de um lindo e simples bolo seguido de instruções coloriam as páginas.

Se aventurando mais pela cena, decidiu dar uma espiada em uma janela que estava fechada, apenas para descobrir que não poderia tocar em nada. Sua mão simplesmente atravessou a janela causando o sentimento de colocar a mão embaixo d'agua.

Fazia sentindo, ela era apenas uma espectadora ali. Não poderia alterar algo que já aconteceu e estava apenas sendo lembrado.

Assim que esse pensamento a atingiu, tudo a sua volta derreteu em tinta. Em um piscar de olhos, se viu em um campo aberto. O cheio de grama fresca infestou seu olfato de um jeito que a fez sorrir suavemente para o céu livre de nuvens. Seu coração apertou em uma saudade que não diretamente lhe pertencia.

— Mas, pai-

— Sem desculpas, você vai subir nessa vassoura como sempre fez— sua atenção foi atraída pela voz do Snape mais velho e o tom grave da mesma a fez perceber que ele não estava para brincadeiras naquele momento.

Ora vamos, Tobias! Não seja tão mau sobre isso, Sev tem todo o direito de não querer subir na vassoura após-

Hermione piscou quando viu a mulher paralisar assim como o resto da família e antes que pudesse pensar em algo, sua visão periférica pegou um movimento no céu. Alguém estava caindo de uma vassoura. Alguém pequeno estava caindo da vassoura em uma velocidade alarmante. Seu coração se acelerou e sentiu seu estomago gelar ao chegar à conclusão de que era Severus.

— SEV!

— TOBIAS! RÁPIDO!

O homem mergulhou no ar em direção ao pequeno corpo, o pegando antes que atingisse o chão. De onde estava, Hermione pode ver que o menino tremia agarrado a roupa do pai e soltou a respiração, que nem sabia ter segurado.

— ... aquele dia — a cena de antes voltou ao normal.

A garota se sentia dentro de uma televisão.

Eileen, ele tem que superar isso! Já se passou 1 ano, se ele não enfrentar seu medo agora, aí então teremos um problema mais tarde — ele lhe deu um olhar significativo. Hermione inclinou a cabeça tentando entender o gesto.

A mulher - Eileen - suspirou derrotada e abraçou Severus, beijando seus cabelos e se afastando, indo para sua própria vassoura.

Vamos, Hermione — se viu acompanhando a mulher, antes de se lembrar da versão menor de si mesma. Merlin, isso era estranho. Com pesar, viu a menina seguindo a mãe, depois de dar um último sorriso hesitante de encorajamento para o irmão, que respondeu com o mesmo.

Como antes, a cena derreteu para dar lugar a outra, o espaço sendo pintado como uma aquarela.

Agora estavam em uma sala ampla e clara, onde alguns instrumentos, muitos livros -sobre magia ou não- e um cavalete em um canto afastado.

Um piano lustroso ocupava um grande espaço na sala, mas, não tanto quanto a estante de livros que ia do chão até o teto. Um par de sofás foi colocado próximo a estante.

A atenção de Hermione foi rapidamente para o piano de cauda e não demorou muito antes de uma mini Hermione correr para se sentar no banquinho em frente ao mesmo, sua pequena forma mal era vista diante do piano. Seus pequenos dedos correram sobre as teclas de ébano e marfim, causando uma suave melodia soar pelo ambiente. Hermione viu Eileen e Tobias sorrindo entre si enquanto Severus olhava orgulhoso para a irmã.

Assim, o resto da família se espalhou pela sala. Eileen se dirigiu até o cavalete enquanto, Tobias e Severus se sentavam em um dos sofás. Tobias conjurou alguns livros e passou a ler aos sussurros para Severus, que vez ou outra fazia perguntas ou observações.

Hermione Granger nunca teria sequer pensado presenciar uma cena tão tranquila e relaxante em qualquer lugar que não fosse um comercial de TV. Eles pareciam tão felizes e em paz quando juntos.

Então, quando a cena se derreteu, ela quase gemeu desapontada. Queria poder observar mais da família, querendo ver seu professor, que sempre estava com uma carranca gigantesca no rosto, sorrindo ouvindo seu pai lhe contar uma história qualquer.

O mesmo campo de antes preencheu sua visão. Mas algo estava errado, ela podia sentir isso. Sua magia se agitou naquele momento, e seus pelos se arrepiaram.

Com o mau pressentimento, Hermione olhou ao redor buscando a família e a garota dona da memória. Depois de uma pequena busca pode ver Eileen em cima da vassoura falando algo para Tobias, que estava ao lado das crianças. Ela ria enquanto dava uma volta ao redor deles, parecia estar o provocando por algo pois, o mesmo estava com os braços cruzados e com uma carranca.

Olhando uma segunda vez, Hermione viu que o braço do homem estava enfaixado. Agora ela entendia o motivo da expressão irritada de Tobias e a risonha de Eileen, e não pode deixar de relaxar e sorrir.

Oque se seguiu ocorreu rapidamente para uma Hermione distraída.

Os sons de bruxos aparatando encheu o campo e imediatamente, Tobias cobriu as crianças com seu corpo as tampando de vista. Eileen desceu da vassoura ao mesmo tempo em que estendia a varinha em direção aos recém-chegados. Eram homens vestidos completamente de preto além de mascaras cobrindo a face.

Comensais da morte...

Ora, para que tamanha hostilidade?—o homem iniciou arrancando o fôlego de Hermione. Era Voldemort. Ela não confundiria aquela voz com a de ninguém, nunca em sua vida se esqueceria daquela voz ecoando em sua mente todas as noites após a Batalha Final. Se lembrava da descrição que Harry lhe deu e a Ron, sobre a aparência de Tom Riddle nas memórias do diário e na Câmara Secreta. Era um Voldemort mais jovem e com nariz, porém continuava sendo Voldemort!

O que está fazendo aqui?—Hermione suspirou com a fala de sua mãe. A mulher se manteve firme encarando Voldemort olhos nos olhos e, para confusão de Hermione, ele parecia divertido com a situação.

Como ousa falar assim com o Lorde, sua traidor-

Basta—Voldemort levantou sua mão e o seguidor se calou- Continua petulante como sempre, não é mesmo? Eileen Prince-

Snape. Eileen Snape.—seu pai entrou na conversa fazendo o olhar de Voldemort se voltar para ele. Hermione quase se pôs na frente de Tobias ao ver o ódio nos olhos do homem.

Ah, claro. Como pude me esquecer que ela se casou com você? Tobias Snape, um sangue-ruim da Lufa-Lufa...—o tom de deboche estava explicito para todos ali.

Volto a perguntar, Tom... O que está fazendo aqui?

Você sabe muito bem o que vim fazer. Volto a te convidar para fazer parte da minha causa...—Voldemort voltou a encarar sua mãe, se aproximando dela. De onde estava pode ver que Eileen cerrou os dentes enquanto seu braço tremeu- Eileen, você é uma bruxa excelente! Ao meu lado, pode se tornar a bruxa mais forte do século! Você e eu podemos ser oque Merlin e Morgana já foram um dia.

Chega! Chega...—Eileen, agora, não parecia tão forte quanto antes. Sua força anterior parecia ter sido drenada- O que vocês fazem é errado! Matar pessoas, matar qualquer coisa, é desumano! Deixe eu e minha família em paz de uma vez por todas!—ela gritou. Seu corpo todo tremia assim como sua voz.

Atrás de Tobias, Hermione ouviu um soluço baixo junto de alguém pedindo silêncio. Ali, naquele momento, Hermione sabia que as crianças tinham acabado de assinar um contrato com a própria Morte.

Riddle riu.

Alto.

Vejo que temos ratinhos ouvindo nosso pequeno desentendimento—Voldemort voltou sua varinha para Tobias em um piscar de olhos- Vejam bem, crianças, é isso que acontece quando vocês vão contra o Lorde das Trevas—ele andou alguns passos para entrar na linha de visão das crianças tentando olhar para elas. Tobias continuou tentando cobrir os pequenos da melhor forma que pôde- Você fez sua escolha, Prince. —ele mudou seus olhos para Eileen por alguns segundos, enquanto a mesma arregalava os olhos.

Tudo pareceu acontecer em câmera lenta: Voldemort se virou para Tobias com a varinha levantada; as crianças soltaram guinchos horripilantes e Eileen se jogou a frente de Tobias ao mesmo tempo em que o Lorde pronunciou:

Avada Kedavra.

E Hermione acordou.


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Notas finais do capítulo

(Obrigada pela leitura, se possível deixe seu review!)