Mirrors - Seth&Lívia escrita por Leh Black


Capítulo 17
Ataque


Notas iniciais do capítulo

Geeente desculpa, sei que vocês esperavam que com as férias eu pudesse aparecer aqui mais vezes com novos capítulos, mas infelizmente minha criatividade não queria colaborar, mas para a felicidade minha e talvez de vocês comecei a ter surtos de criatividade de ontem para hoje e espero que eles continuem hahaha
Bom, sem mais delongas, espero que gostem! Bjss



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Lívia P.O.V.

– Então o que achou? – indagou Arthur

– É... Maravilhoso! – respondi impressionada

O castelo era deslumbrante, é quase inacreditável pensar que eu seja herdeira disso tudo.

– Por que não volta a descansar? Amanhã terá que se preparar para a festa.

– Mas não é só daqui a dois dias? - perguntei

Ele pareceu pensar um pouco.

– Estão tendo alguns ataques...Revoltas na verdade.

– Reflexio venatores? – um calafrio percorreu meu corpo

– Não só. Mas a população também.

O encarei sem entender.

– O baile ajudará a mantê-los na linha, por isso adiantaremos um pouco.

Não gosto de como Arthur se refere a eles, é frio, distante do que um líder deveria ser.

– Eu quero conhecer a população.

– Depois de hoje? – riu nervoso

– Eu sei... Eu errei, mas você pode escolher qualquer um dos seus guardas pra me levar.

– Por que esse interesse Lívia? – perguntou desconfiado se aproximando

– Porque desde que cheguei aqui vivo como uma prisioneira. – respondi nervosa

Eu sentia suas emoções, o como ele estava desconfiado e com uma mistura de raiva com receio, logo senti uma pontada na cabeça. Ele estava tentando invadir minha mente, frustrando-se ao perceber que eu o bloqueava.

– Se não quer fazer nada demais por que está bloqueando sua mente. – desafiou-me com o olhar

–Faz alguma diferença? Eu fugi mesmo com minha mente aberta e você não pôde me impedir...

Ele veio rápido e segurou no meu braço com força.

– Escuta aqui Lívia, você pode ser minha filha, mas se eu sequer sonhar que você está querendo o meu lugar, eu vou tornar a sua vida um inferno! – rosnou perto do meu rosto, depois sorriu cínico – Kevin te acompanhará, mas não quero que você fale, muito menos se identifique para ninguém. E vista uma capa.

Dito isso deixou o salão acompanhado de 3 guardas, sobrando apenas 1 que parecia me analisar, este virou se dirigindo a uma gaveta e pegou uma capa. Se aproximou e passou a amarrá-la em mim.

– Arthur faz muitos estragos... Fico surpreso que possa ter feito uma filha bonita como você... – disse próximo ao meu rosto, se inclinando e cheirando meu cabelo

Eu que estava petrificada, me afastei abruptamente, isso o fez rir.

– Calma princesa. Já desistiu de sair? – ergueu as sobrancelhas

Com você enchendo o saco bem que dá vontade, pensei.

– Sonha. – sibilei, indo em direção à saída do castelo

*.*.*.*.*

– Uau. – sussurrei- Aqui é tão... – o encarei buscando palavras

– Mágico? – perguntou rindo

Concordei.

Parecia ser algum tipo de festival, Kevin tinha tirado boa parte de suas roupas de guarda permanecendo apenas com as armas escondidas sob sua capa, para não levantar suspeitas.

Haviam muitos músicos tocando, enquanto outras pessoas cantavam, dançavam e batiam palmas. As crianças corriam e giravam rindo. Era quase impossível pensar que aquela população que parecia banhada de felicidade estivesse vivendo em meio a tanta pobreza.

Entretanto ao olhar mais minunciosamente era possível perceber, como a maioria da comida servida era a base de pão e água, dependendo da barraca algum tipo de torta, mas nada em grande quantidade, dando preferência a idosos e crianças.

– Antigamente aqui era um lugar conhecido pela fartura, prosperidade... Viver aqui era uma honra, mas depois de Arthur e suas inacabáveis guerras... Muitos foram exterminados, outros morreram de fome, e aos poucos fomos virando cinzas, isso fortaleceu ainda mais os Reflexio Venatores.

– É impressão minha ou Arthur está rodeado de traidores?

– Nunca o traímos.

– Não entendo – o encarei – vocês não gostam dele nem do seu governo, então porque não fazem nada?

– Arthur pode não ser o melhor rei, mas sabe ser uma ótima ameaça. –respondeu com ódio embutido na voz – Ele tem suas armas.

Tentei raciocinar o que aquilo significava, mas sou interrompida por duas mãozinhas me puxando, uma menina e um menino de aparentemente uns 7 anos me puxavam em direção ao centro da roda, me girando e incentivando a dançar, encarei Kevin perdida, este no entanto, só ria.

Comecei então a me entregar o ritmo até então desconhecido, me balançando, girando os pequenos que me olhavam com os olhinhos brilhando.

Era libertador de certa forma. E assim o tempo passava, com muitas danças e brincadeiras com as crianças, até um barulho ser ouvido.

Imediatamente todas as atividades cessaram, o barulho foi ouvido novamente e agora os altos portões (que só agora percebi estarem fechados) vibravam, as mulheres e crianças corriam em busca de esconderijos, enquanto os homens buscavam por armas, procuro Kevin com o olhar e percebo que este se juntou com outros guardas armados em frente ao portão, ao me ver leio seus lábios que dizem “Volte para o castelo”, assim que essas palavras são ditas o portão se abre num rompante, entrando muitos Reflexio Venatores comandados pelo homem da máscara, o mesmo que eu havia visto no meio da floresta de La Push.

Seus olhos então pousaram em mim, o terror parecia me dominar, eu já sentia os pontos pretos na minha vista, mas eu não deixaria ele vencer, bloquei minha mente fortemente, tentei entrar na dele, mas parecia impossível, ele era muito experiente. Comecei então a correr o mais rápido que eu podia em meio a tantas pessoas, entretanto não tive tempo de frear antes de esbarrar em alguém me fazendo cair.

– Desculpa. – falei

Uma senhora de olhos brancos (provavelmente cega) segurou meus pulsos murmurando palavras incompreensíveis, porém aos poucos era possível compreender algumas palavras ou frases soltas.

– A maldição... O bebê... Morte, muita morte! – suas mãos tremiam, olhei pra trás vendo o homem mascarado se aproximando – Rainha... Eles vão te buscar, todos eles!

– Quem? – perguntei tentando me soltar de seu apertou que doía cada vez mais

– Ele! Ele vai libertá-los! Você precisa salvar... – suas palavras foram interrompidas por uma lança que atravessou seu corpo, seus olhos se arregalaram e antes de morrer a mesma sussurra apertando meus pulsos sugestivamente – De nada.

O homem mascarado, me encarava com um brilho estranho nos olhos, largou então o corpo da senhora no chão.

– Você vem comigo. – falou com sua voz profunda

Disparei correndo para logo sentir seus braços me rodeando.

– ME SOLTA! – eu gritava e esperneava

– Não ouviu a garota? – diz Kevin pulando sobre o homem, o fazendo me soltar

Corri o mais rápido que pude, no caminho desviava de corpos ensanguentados, porém sem tempo para deixar o pavor me consumir, aos poucos pude ver a entrada do castelo, que contava com vários guardas, incluindo Ian que assim que me viu me puxou para dentro do castelo.

– Você está bem? – perguntou me analizando

– To!

– Ian, leve-a para o quarto. – bradou Arthur que parecia a ponto de cuspir fogo enquanto comandava tropas

Subimos as escadas correndo. Era palpável a tensão de todos, afinal a guerra parecia se aproximar cada vez mais do castelo.

– Não saia daqui até que alguém mande. – começou Ian enquanto fechava todas as janelas e possíveis entradas – Haverá 2 guardas do lado de fora da sua porta, se algo acontecer basta gritar. E por favor, - suspirou – tenta não se colocar em perigo.

Com isso saiu trancando a porta e me deixando estática. Joguei-me na cama tentando processar tudo aquilo, mas principalmente o que a senhorinha parecia tentar me dizer. Nesse momento meu pulso parecia incomodar ainda mais. Ao encará-lo me assustei.

Este estava sangrando por causa do corte feito pela senhora com a unha, porém o corte ao invés de cicatrizar rapidamente parecia abrir-se ainda mais. Não era uma dor somente de um corte, parecia queimar ao mesmo tempo. As palavras pareciam se repetir incansavelmente na minha cabeça cada vez mais altas. Minha visão escureceu me permitindo ver apenas os flashes daquela tarde, até que tudo parou. A visão, a dor, mas eu permanecia no escuro, até que minha própria consciência foi perdida.


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Notas finais do capítulo

E aí estou desculpada? Beijinhos
Até o próximo!



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