Mirrors - Seth&Lívia escrita por Leh Black


Capítulo 12
Lua Vermelha


Notas iniciais do capítulo

Oiiieee gente desculpa a demora, mas aqui vai mais um capítulo. Está meio parado, mas achei necessário para vocês entenderem mais um pouco sobre como é a situação da dimensão que eles estão. Semana que vem vou viajar, sem wi-fi sinto muito, mas tentarei postar o mais breve possível ok?
Muuuuito obrigada pelos comentários, mas ainda faltam bastantes né? Tenho muitos leitores fantasmas....



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P.O.V. Lívia

Acordei no meio da noite incomodada com uma luz vermelha que mais tarde descobri ser da lua. Será que isso era comum por aqui? Fiquei a encarando até quando levantei e pude ver um pedaço de terra mais em frente, como uma ilha. Seria ali o reino?

Não iria conseguir dormir mais, tentei abrir a porta e me surpreendi que estivesse aberta, caminhei silenciosamente, sem encontrar nenhum sinal de Arthur por lá. Fui para o lado de fora, avistando o imenso tapete vermelho que a neve mais a luz da lua formavam.

Não havia nada além da casa por ali, nenhum sinal de vida que não fossem árvores. Era lindo, porém depressivo, de alguma forma a lua me incomodava com sua cor brilhando fortemente, o silêncio absoluto que reinava o lugar, nem a água do lago a minha frente fazia barulho. Sentei a sua beira colocando a mão naquela água que estava quente, algo impossível uma vez que o clima estava frio, até com neve!

Quando retirei minha mão foi que percebi o porquê: aquilo não era água refletindo o vermelho. Era sangue. Instantaneamente, ouço gritos, apelos, mas não havia ninguém, era de dentro da minha cabeça. Eles não paravam.

Sinto que estou sendo chamada, que estão me mexendo mas não consigo sair de meu transe.

– Lívia! Lívia!

Aos poucos consigo focalizar em Arthur, ele mexe em mim de forma incomoda o que me faz afastar.

– O que foi isso? – perguntei assustada tentando impedir que minhas lágrimas caíssem o que não deu certo

Ele suspirou se sentando ao meu lado.

– Isso, é o que nosso povo está vivendo. – me olhou e continuou – Nosso mundo é o reflexo do que vivemos, em tempos de prosperidade nossa lua sempre fora roxa, agora em tempos de guerra, fome e mortes, as coisas ficam assim, para pessoas menos sensíveis a lua continua roxa, a água ainda é incolor... Mas para você, eu e mais alguns com a sensibilidade acima da média, não vemos água e sim o sangue de milhares de vidas que estão sendo perdidas, sentimos os pedidos de ajuda que não podemos ajudar e então se torna quase impossível sair de dentro de casa.

– Não entendo, por que tantas mortes... – falei baixinho

– De início nosso povo foi quase extinto por uma epidemia, não sabemos como começou, só sabemos que pouco tempo depois começamos a ser atacados mais do que o normal pelos Venatores que tomaram conta do nosso reino, tivemos que nos mudar para algum lugar em que pudéssemos nos refazer, mas o lugar que achamos não tem solos tão férteis, nem um clima muito propenso, são poucas as coisas que conseguimos plantar e colher por aqui. – seu rosto endureceu – As pessoas não tem mais esperança. Nosso número é bem menor do que o deles, as coisas só se tornaram um pouco melhores quando a profecia foi dada, de que um Specula mais poderoso que jamais existiu poderia nos trazer a vitória. Por anos acreditaram que eu era essa pessoa, porém eu sabia que não, sabia que havia alguém com um potencial muito maior do que eu. – ele me encarava firmemente

– Sou eu. – sussurrei sentindo uma onda de energia passar pelo meu corpo

Ele assentiu, logo prosseguindo:

–Eles precisam de você.

Não sei desde quando me tornei algum símbolo de esperança, mas se eu mal sabia me controlar ou nem mesmo me sentia parte daquilo, como eu poderia ajudar? Como eu poderia ajudar quando na verdade a única coisa que quero é voltar pra casa?

– Não sabia que você se preocupava com os outros. – falei tentando fugir daquela conversa

– Não sou mal. – respondeu-me

– Você disse que talvez não fosse tão mal quanto penso.

– Talvez eu seja bipolar! – disse bufando impaciente

O olhei enquanto o mesmo encarava o nada.

– Ou talvez você só não queira admitir que você não é o que quer que os outros vejam.

– Vá dormir Lívia, amanhã será um grande dia.- falou inexpressível

Dessa vez quando deitei, me permiti vagar por lembranças de quando nada disso existia, de quando eu me sentia feliz com a minha família, de quando era desnecessário evitar o olhar de alguém, de quando eu tinha amigos, festas pra ir...

Era uma vida boa, mas não é mais minha. Agora é apenas um lembrete de que a não existem contos de fadas. E que se um sonho não pode ser verdade, um pesadelo pode. E é isso que sinto que minha vida vai se tornar


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Notas finais do capítulo

E aí gente oq acharam desse momento pai e filha???
Bjsss
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