E se tudo fosse diferente? escrita por MBS


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Tá, eu assisti muito Grey's Anatomy nos ultimos dias e eu queria fazer alguem sofrer um acidente tipo o da Callie, mas sem estar grávida. Enfim, tá ai.



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POV Melanie

Dessa vez quem aumentou o som fui eu, peguei meu celular pra mandar uma mensagem pra Anne, contando que ele tinha feito alguma coisa pra mim na casa, mas antes de eu terminar de digitar a mensagem...

—- Sem celular mocinha, é o nosso fim de semana, tecnicamente sem formas de comunicação com o meio externo. – Tony falou tomando meu celular das minhas mãos e jogando ele pro banco de traz.

—- Não não, nem vem, sem meios de comunicação seria tipo, você sem qualquer meio de tecnologia. – Falei soltando meu sinto e me virando pra traz pra procurar meu celular.

—- Mel, volta pro banco, sério – Ele falou calmamente. Percebi que ele foi diminuindo um pouco dos seus cento e poucos quilômetros por hora e passou um dos braços em volta da minha cintura – Melanie Isabelle Wayne pare de ser teimosa e volta agora pra esse banco e coloca o cinto por favor?

Eu simplesmente virei minha cabeça olhando pra ele. E fiz um sinal negativo com a cabeça e voltei a procurar. Percebi ele me puxando pra frente, e como o mais forte sempre prevalece eu acabei voltando ao meu banco. Cruzei os braços, coloquei meu óculos e fiquei encarando a paisagem.

—- Tá, agora vai ficar reinando? – Ele falou sem entender mais nada.

—- Vou – foi só o que respondi.

—- Baby, por favor, para com isso, é pra hoje ser um dia especial e você ta estragando tudo. Tá reinando porque não pode mandar mensagem pra Anne, conta pra ela depois. Poxa.

—- Tá – continuei não olhando pra ele.

—- Faz o favor de olhar pra mim – falou ele meio alterado. Acreditem, ver ele assim te dá um leve medo.

Virei o rosto e o encarei. Ele continuou encarando e fez sinal pros óculos. Bufei e levantei-os.

—- Que foi? – falei.

—- Você me deixa fora de mim, eu tento te proteger, e eu melhorei, quer dizer, to tentando, poxa pequena, eu te amo, e to te levando essa semana pra casa de veraneio pra te mostra que eu mudei, que eu não sou mais aquele idiota de uns dias atrás. Se tudo desse certo eu ia te propor casamento, mas você fica ai toda brava só porque não quero que fique espalhando o que a gente veio fazer aqui... – ele suspirou e continuou me olhando, sem prestar atenção na estrada.

Eu estava pasma, eu não sabia o que responder. Eu ainda estava realmente brava com ele, mas dava de ver que ele estava se esforçando pra me agradar.

—- To-Tony eu... não sei o que dizer – falei meio constrangida. Mas foi ai que tudo mudou, eu olhei pra frente a tempo de ver nós batendo o carro e bem, eu não lembro de mais nada.

POV Tony

Quando ela se espantou eu olhei pra frente, mas ai o airberg me protegeu do impacto, mas ela, ela tava sem cinto. MERDA. PORQUE ELA TINHA QUE SER TEIMOSA E SE ESQUECER DISSO? Tudo voltou ao “normal” e eu sai do carro, ela estava com os olhos abertos, aparentemente consciente.

—- Pequena, fica acordada, não fecha os olhos, tudo vai ficar bem, a ambulância já ta chegando. – Falei tentando me acalmar na verdade. Ela nem se mexia e só afirmava levemente com a cabeça.

—- AAI MEU DEUS, EU JÁ CHAMEI A AMBULÂNCIA, ELES JÁ ESTÃO VINDO. – falou o cara carro.

—- O-Obrigado. Fica falando com ela, não deixa ela fechar os olhos, faz ela ficar acordada. – Pedi para ele indicando pra ficar falando com ela. Voltei pro carro a procura do meu celular, quando o encontrei liguei pra Tia Diana.

—- Alo tia? – tentava parecer calmo, mas pelo jeito não deu.

—- Tony, querido, o que aconteceu? Cade vocês? Era pra vocês estarem aqui já. – Ela falou já preocupada do outro lado da linha.

—- Eu sei, mas a gente... bateu o carro e ela... ela... ta muito... – Tentei falar, mas minha ficha caiu de como ela tava.

—- Cadê vocês Tony? – Ela perguntou se mantendo calma. Vantagens de ser medica é que em situações difíceis você consegue se manter nos eixos... eu acho.

—- Na autoestrada ainda, quase perto da entrada – falei.

—- Já chegamos ai, tudo vai dar certo Tony, ela vai sair dessa. – Ela falou antes de desligar.

Ela vai sair dessa. Ela vai sair dessa. Ela TEM que sair dessa. Fiquei não sei quantas vezes repetindo isso até voltar pro lado dela.

—- Hey pequena, eu sei que ta doendo, que você ta com sono, mas pensa que tudo vai melhorar daqui pra frente, que nossas viagens eu deixo você escolher os roteiros, fazer tudo do seu jeitinho, mas fica comigo, não me deixa agora. Eu preciso de você. Eu preciso de você aqui comigo e do meu lado... Fica acordada Mel, por favor. – ela começou a chorar.

—- Eu to com medo Tony. To com frio. Ta tudo doendo. – Ela falou quase em um sussurro.

—- Eu to do seu lado meu bem, não precisa ficar com medo, a ambulância já ta chegando, sua mãe também, tudo vai ficar bem – beijei com um extremo cuidado a sua cabeça e ela começou a fechar os olhos de novo – Mel... MEL acorda, não dorme, por favor.

—- Eu.. eu só vou descansar meus olhos um pouquinho, eu vou ta acordada bem aqui, todo tempo tá bom? – Ela falou já com a voz mais baixa, que se eu não estivesse perto dela o bastante provavelmente não escutaria.

—- Não, Mel, acorda, você não pode dormir, não agora. Fica comigo – Falei já chorando ao lado dela.

Notei alguns carros parando e pessoas vindo em minha direção, assim como escutei a ambulância.

—- Tony, eu fico com ela agora. Vai lá com a sua mãe que eu cuido dela – minha tia estava tentando me puxar pra longe dela.

—- Cuida dela tia, faz ela ficar aqui. – falei indo pro outro lado do carro, ficando perto dela mesmo assim.

Tia Diana analisava os cortes e fazia cara feia como se fosse um dos piores casos que ela já pegou. Escutei os bombeiro falando “Por favor se afastem” e pedindo pra ela sair de perto da filha, mas ela se recusou.

—- Eu sou médica cardiologista, eu não vou sair de perto da minha filha! Então façam o favor de tira-la desses escombros pra que eu possa fazer o meu trabalho e faze-la acordar de novo. – Ela falou em um tom autoritário.

Ela e mais alguns bombeiros e enfermeiros conseguiram tirá-la de lá. Ela foi pra maca e de lá direto pra ambulância. Eu quis chegar perto, mas nesse momento meu pai e minha mãe me seguraram até a ambulância ir.

—- Acho melhor eu ligar pra Anne avisando o que aconteceu. Ela precisa estar do lado da Mel quando ela acordar – falei já tentando parar de chorar.

Minha mãe assentiu e eu peguei meu telefone e disquei o numero da Anne.

—- Vai me dar uma boa explicação pra ela não ter me respondido a mensagem até agora ou vai mandar eu não interferir essa semana no lance de vocês?— Anne falou em um tom autoritária do outro lado da linha.

—- A gente sofreu um acidente Anne, ela ta muito mal e levaram ela pro hospital. Eu to perdido, eu não sei o que fazer... – a linha praticamente ficou muda -- Anne?

—- Pra qual hospital Tony?— ela perguntou

—- Eu já te mando o endereço. Por favor, não faz um alarme, vem só você e o Barry. Ela ia querer vocês aqui. – falei calmo. Mesmo não gostando de ter o Allen perto dela, mas, ela tava mal e ele era o melhor amigo dela, e isso é um fato.

—- Pode deixar, estaremos ai já já.

E assim eu passei o endereço por mensagem pra ela, entrei no carro da minha mãe e esperei ate chegarmos no hospital. Que merda eu fui fazer? Eu não queria machuca-la, mas pelo jeito era só isso que acontecia.

Alguns minutos se passaram e chegamos ao hospital, eu fui levado ao pronto-socorro pra fazer curativos nos meus cortes e ver se eu não tinha quebrado nada, vi em qual sala de trauma ela estava e percebi que tinha muitos médicos com ela. Ouvi quando seu coração parou e sai correndo da minha maca, assustando a residente que estava cuidando de mim, fiquei na janela do quarto dela só vendo aquela linha reta e eles pegando as pás e colocando em seu peito... E nada. De novo... e nada. Depois da quinta vez ela voltou e levaram ela pra sala de cirurgia, depois disso, eu fui levado a sala de espera, assim como todos da família.

Sentei em uma das poltronas e cruzei minhas mãos. Nunca fui muito religioso, mas se Deus realmente existe, eu estava implorando pra ele deixar ela viver, salvar ela.

—- O QUE VOCÊ FEZ COM ELA STARK? – Barry entrou na sala já fazendo um escândalo e me puxando pra ficar em pé e encara-lo.


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Notas finais do capítulo

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