E se tudo fosse diferente? escrita por MBS


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu mereço ser morta, principalmente pela parte de ter passado 5 meses sem postar um capítulo sendo que eu prometi que iria postar "logo" um... Me desculpem, mas muitas coisas aconteceram nesses meses e eu havia perdido meu "dom" pra escrita, eu não sabia mais o que por aqui e estava desmotivada.
Minha razão de voltar: Minha melhor amiga, a qual também tem conta aqui e eu superindico as fic dela, senhorita B_M_P_C me incentivou a voltar a escrever, e cá estou eu.
Então, sendo assim, este capítulo é totalmente dedicado a ela.
Espero que gostem, e o capítulo não foi revisado, ainda, então perdoem qualquer erro.



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Quando o elevador parou estávamos em um corredor que eu sabia que não era o do meu quarto, era do quarto dele. Ele abriu a porta e entramos. Ele tirou o paletó, colete, desfez a gravata.

— Bem, sinta-se a vontade, vou achar uma camiseta minha pra te emprestar pra dormir. – Assenti enquanto ele ia em direção de sua mala pra procurar.

 Eu soltei minha bolsa em cima de um dos bidês do quarto, sentei em uma cadeira e fui tirando meus anéis, colar, sentei na cama para tirar os sapatos. Fiquei em pé e fui em direção ao Conner.

— Pode me ajudar? – Pedi ficando em costas pra ele, ele entendeu que era pra abrir o zíper do vestido.

— Claro – notei ele engolindo seco e dando um sorriso de canto – isto aqui está como nos velhos tempos não é?!

— Sim... dessa vez só promete que quando eu acordar você ainda vai tá aqui, que não vai ter um bilhete dizendo que não pode mais continuar com isso porque é perigoso por causa da vida que levamos e de quem somos filhos... – abaixei a cabeça e não conseguia virar o rosto e olhar para o seu rosto – foram os motivos mais idiotas que eu já li em toda a minha vida – sussurrei a ultima parte, mas sei que ele escutou.

Quando notei que o vestido estava aberto peguei a camiseta que estava sobre a cama e me dirigi ao banheiro, fechando a porta do mesmo, terminei de tirar o vestido e coloquei a camiseta. Soltei meu cabelo e retirei a maquiagem. A porta do banheiro foi aberta lentamente.

— Pode entrar Conner. – falei sem virar o rosto pra ele, apenas o acompanhando pelo espelho do banheiro. – Precisa de algo?

— Sim... não... não sei. Eu to confuso. – falou sentando em uma cadeira que havia no banheiro e ficou me encarando pelo espelho. – Eu achei        que tinha passado Mel, tudo, que eu havia superado, que eu ia conseguir vir aqui, ir de boa na missão e fingir que está tudo bem, mas não dá... tudo voltou, desde a hora que eu te acordei de manhã até agora, não é só uma queda, é um tombo... desculpa por tudo Mel, mas eu não posso fingir mais que eu não me importo, que eu não quero te proteger de novo...

— Eu não preciso ser protegida – falei encarando-o.

— E você acha que eu não sei? Eu disse que eu ainda vejo aquela menina na minha frente, mas eu também vejo a mulher forte e independente que você se tornou... eu sei que você não precisa de mim, eu sei que você não precisa de nenhum homem do seu lado pra te proteger, pois você é a sua própria arma, com essa carinha de anjo que faz qualquer um cair aos seus pés, assim como pode levar a pessoa ao inferno, pode se tornar o pior pesadelo em questão de segundos, pois ESSA É VOCÊ... mas sabe o quão impotente eu me senti quando você disse que aquele cara tava lá na festa e eu vi o pavor em seus olhos, eu vi toda a ira e medo que você estava sentindo, eu queria ir lá e quebrar a cara dele, fazer ele desaparecer da existência do universo por te fazer se sentir assim, mas eu não podia, pois tinha que ser forte por você. Eu ainda te amo Mel, e eu não posso evitar tudo isso... só me perdoa por tudo o que aconteceu, prometo estar do seu lado a partir de agora sempre que eu puder e você me permitir... eu estou disposto a tentar tudo de novo, a ser melhor por você, pra você.

— Conner, eu... – comecei já com os olhos marejados notando que ele havia se aproximado.

— Não fala nada loirinha ok? Eu só precisava desabafar, você vai ter tempo pra me falar algo e eu espero o tempo que for. – pegou meu rosto com suas mãos secando as lágrimas que teimavam em cair com beijos, finalizando com um beijo na minha testa. – Vamos dormir?

Assenti e fui juntamente com ele até a cama. Deitamos e ficamos em um silencio absoluto e desconfortável. Eu sabia que ele ainda estava acordado, porém deitado de costas pra mim.

— Conner – chamei enquanto encarava o teto.

— Oi – falou com uma voz forçada de quem já estava quase dormindo.

— Me promete que ainda vai estar aqui de manhã? – receosa pedi.

— Eu prometi pra você que não ia sair do seu lado loirinha – respondeu ainda de costas.

— Não foi isso que eu quis dizer, quis dizer que eu vou acordar de manhã e você ainda vai estar aqui, não vai ter deixado um bilhete com uma desculpa ridícula e sim vai estar ainda deitado do meu lado.

— Você sabe que sim.

— Ok – respondi soltando o ar que eu nem sabia que havia prendido – E mais uma coisa...

— O que?

— Deita direito.

— Eu to deitado direito – falou ainda de costas.

— Não, você não dorme assim.

— Mel...

— Deita de barriga pra cima, é assim que você dorme, não virado de lado. – falei sorrindo de canto e fechando meus olhos, senti ele se virando.

— Feliz agora? – perguntou com uma leve alteração na voz, como se estivesse irritado com minha insistência.

Lembrei da promessa que fiz pra mim mesma pela manhã, que ele queria me provocar e eu iria entrar no jogo, mesmo depois da declaração dele eu não sabia quais eram as consequências no final, não sabia o que eu tava sentindo e o porque eu tinha essa necessidade de tirar a lucidez dele, ou a minha, já não sabia mais.

Com isso puxei o braço dele que estava do lado do meu corpo pra trás da minha cabeça e deitei em seu peito, abraçando sua barriga. Senti seu corpo tenso com minha atitude, mas que logo relaxou. Ele passou a mão pela minha cintura e depositou um beijo no topo da minha cabeça, eu sabia que ele estava esperando minha respiração acalmar alegando que eu já havia caído no sono.

— Você ainda vai me deixar louco pequena – disse em um sussurro logo seguido de uma inspirada profunda – Eu nunca sei o que você quer mas a cada vez você me surpreende mais. – apoiou sua cabeça na minha e deu um leve beijo nos meus cabelos. Notei que ele havia dormido, assim como eu logo fui.

....

Acordei de manhã com uma estranha claridade no meu rosto, esse não era meu quarto, essa não era minha cama, e tinha alguém do meu lado. Mas aquele perfume, aquela pele sob a minha, eu sabia perfeitamente quem era e com isso senti receio de abrir os olhos, mas mesmo assim abri os olhos e recebi um sorriso de canto de um certo moreno dos olhos incrivelmente azuis.

— Achei que não iria abrir os olhos. – me encarou.

— Só estava garantindo que não era um sonho e que você realmente estava aqui e não havia ido embora. – falei sorrindo de canto e tentando levantar meu corpo, o qual estava preço por um par de braços e me mantinham firmes junto ao seu corpo. Escutei um sussurro “eu disse que não ia embora teimosa”.

— Tentando fugir? – manteve os braços ainda mais firmes em torno de minha cintura e recebi um sorriso debochado.

— Não, apenas tentando manter o lado racional do meu cérebro funcionando perfeitamente. – falei tentando me soltar de novo e novamente foi uma tentativa frustrada. Voltai à posição que eu estava quando acordei e juntamente com um suspiro  – Con...

— Hm? – falou me encarando

— Me solta, por favor. – falei escondendo a cabeça em seu pescoço.

— Já te disse que não vou te soltar.

— Não, tecnicamente você me pediu se eu iria fugir, eu não vou... só quero manter meu lado racional funcionando perfeitamente. – olhei diretamente em seus olhos.

— Esquece seu lado racional, ainda temos tempo pra ficar aqui. – falou me puxando para deitar em seu peito e mais próximo de si.

— Você não ta ajudando... – disse enquanto revirava os olhos e passava a mão carinhosamente em seus braços.

— Não to ajudando com o que? Não revire os olhos pra mim Melanie – perguntou levantando a cabeça levemente para me olhar nos olhos.

— Com isso, você mais do que ninguém deveria entender que precisamos manter a fachada da missão.

— Estamos mantendo a fachada oras, somos um casal na missão e estamos noivos, o que é que não estamos fazendo certo? – respondeu em tom debochado dando um sorriso de canto. Odeio quando ele estava certo.

— Não quis dizer isso idiota, eu quis dizer que nós, Melanie e Conner, não somos um casal, não mais pelo menos, e você não ta ajudando na parte que eu to tentando entender tudo o que ta acontecendo, nós precisamos de dis... – parei de falar quando fui surpreendida com um beijo, calmo, transmitindo paz, mas eu sabia que era só pra me fazer calar a boca. O beijo que era calmo tornou-se urgente, logo eu já estava deitada sob ele até que um fio de consciência se fez presente novamente e eu me afastei dos seus lábios. Ele estava com um sorriso enorme, como o de uma criança quando ganha um brinquedo novo.

— Você fala demais – ele disse e logo recebeu um tapa no braço por isso. – Ai pequena, não precisa bater. – falou descendo os beijos até meu pescoço o que me causou um gemino involuntário saindo dos lábios.

— Co-Conner não.faz.isso  -- falei pausadamente.

— Fazer o que? – continuou mesmo assim.

Uma pequena parte do meu cérebro tomou conta de mim novamente fazendo com que eu o empurrasse de volta para a cama, desvencilhando-me de seus braços.

— Isso de me provocar, se lembre de que eu ainda sei jogar melhor que você – dei uma piscadela enquanto arrumava com as mãos a camiseta que ele havia me emprestado. Levei meu corpo até ao lado do seu novamente e dei um beijo demorado em seus lábios. – Nos vemos no café da manhã. – respondi levantando-me da cama e pegando minhas roupas.

— Deus Melanie, você vai me deixar louco – falou jogando a cabeça sobre o travesseiro e me olhando, retirando um sorriso meu. – A proposito, o que nós somos? – perguntou virando-se de lado e me encarando de cima a baixo.

— Não me olhe assim, me sinto como se estivesse sem roupa na sua frente. – falei sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas.

— Tecnicamente você está... quase. – falou com um sorriso malicioso no lábio.

— CONNER KENT – repreendi-o.

— O que? É verdade, você está apenas com uma camiseta minha cobrindo seu corpo, quer que eu fale o que... – falou rindo – mas você está fugindo da pergunta principal... o que nós somos?

— Eu te respondo no café da manhã. – soprei um beijo no ar e sai do quarto dele indo para o andar aonde era o meu quarto.

Chegando lá soltei minhas coisas em cima do sofá e fui em direção ao mini closet que havia no quarto escolhendo algumas outras peças para ir pro café da manhã.

O que nós somos?” A verdade era que eu não sabia o que responder pra ele. O que eu tinha com ele? Ou ele quis dizer apenas na missão? Mas com hoje de manhã e levando em conta tudo o que ele me falou ontem à noite, até que ponto era só o nosso casal da missão e não Melinner (como Anne havia nos apelidado quando éramos um casal de fato)?

Com toda essa guerra interna entrei embaixo do chuveiro e deixei com que a água levasse minhas preocupações embora, mas eu sentia que algo estava errado, o fato de ter lembrado o apelido que a Anne tinha nos dado me fez lembrar a minha amiga, a qual não havia me retornado as ligações, nem mandado mensagem. Será que ela estava tendo algo tão importante que não podia dispor de um tempinho pra falar comigo?

pare de criar neuroses Melanie, Anne deve estar bem, só aproveitando com o namorado o tempo livre e esqueceu-se de retornar” minha consciência começou a me convencer disso.

— É, deve ser isso. – respondi para mim mesma quanto terminava o banho.

Sequei meus cabelos e coloquei uma roupa (Roupa - Restaurante) e dirigi-me para fora do quarto em direção ao elevador, fiquei concentrada no celular mandando mensagem para Anne.

Anne

M: Babyyyyy

M: Você não vai acreditar quem é meu parceiro nessa missão...

M: Vamos lá Annieeeee

M: Me responde

M: Eu sei que você tá ai

M: Ok

M: Depois não reclama que é a ultima a saber --‘.

Guardei o celular no bolso de trás da calça e continuei andando em direção ao restaurante do hotel até que alguém se coloca em minha frente.

— Olá Melanie, quanto tempo – não, ele não. Minha respiração ficou descompassada, mas meu rosto ficou sem expressar nada.


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Notas finais do capítulo

Caso não consigam abrir o link, aqui está ele:
http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=210438682

Mandem suas opiniões.
Beijinhos



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