E se tudo fosse diferente? escrita por MBS


Capítulo 22
Capítulo 21 - Parte II




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—- Scusa, ho notato che sei qui per un lungo periodo a fissare tutti e con una faccia non molto buona , bisogno di aiuto ? (Com licença, notei que está aqui a um bom tempo só encarando todo mundo e com uma carinha não muito boa, precisa de ajuda?) – Por acaso foi ela quem estava na minha frente com um sorriso gentil.

—- Grazie, la mia vita è quello di essere una frenetica ultimamente e non come faccio davvero . Nonostante tutto , io sono Melanie, piacere. (Agradeço, minha vida está sendo um agito ultimamente e não o que faço na verdade. A pesar de tudo, sou Melanie, prazer.) – falei sorrindo de volta pra ela.

—- Hm, uma americana – disse dando uma risada abafada – faz tempo que não encontro uma.

—- Como reconheceu? Meu italiano é ótimo. – falei sorrindo.

—- Tem sotaque dos de Floreça, estamos em Pádua, soa mais pro de Veneza aqui. – ela falou.

—- Fui pega – falei erguendo as mãos como se estivesse rendida.

—- Sem problema, sou Hel... Jessica – falou estendendo a mão.

—- Prazer em te conhecer Jessica, você foi a unica a me fazer sorrir em dias.

—- Devia sorrir mais, tem um sorriso lindo. – falou sentando-se em minha frente.

—- Obrigada. – falei abaixando o rosto.

—- Por nada, já estamos quase fechando, se quiser me esperar para conversarmos mais e você me falar o que te aflinge seria ótimo. Pra ambas – falou ficando em pé e apontando ao bar quase vazio.

—- Claro, esperarei sim. – Terminei minha Logo o expediente terminou e eu estava do lado de fora esperando Helena/Jessica sair.

—- Mas então, vem de qual parte da américa? – Ela falou parando ao meu lado.

—- Atualmente to em Nova York, trabalhando na empresa de um tio meu... Mas me sinto meio deslocada lá. – Falei encarando-a – E você, de qual parte é?

—- Eu era de Starling City, porém, com algumas coisas que aconteceram por lá, brigas a maior parte, preferi sair e conhecer o mundo, mas sabia que aqui era meu lugar – falou com um ar de sonhadora.

—- Isso é bom, a Itália tem esse poder de fazer as pessoas se sentirem bem. Mas e seus pais? Não se importam de você estar tão longe? Notei que ela enrijeceu.

—- Na verdade ambos estão mortos, então sou só eu por eu mesma – falou me olhando. – Mas vamos mudar de assunto, por que estava tão tristinha lá no bar? – Ela falou batendo ombro a ombro levemente.

—- Problemas em casa, sempre isso – ela deu um leve sorriso e assentiu, como se entendesse. Notei que seu olhar congelou em alguém que estava vindo no fim da rua.

—- Vamos sair daqui. Rápido – Falou me puxando pelo braço.

—- JESSICA – Um homem gritou atrás de nós – VAMOS, NÃO FAÇA ASSIM, SABE QUE EU ODEIO CORRER ATRAS DE VOCÊ. PARE AI MESMO, PRO SEU PRÓPRIO BEM.

—- Quem é ele Jessica? – perguntei a seguindo mais rapidamente.

—- Problemas... Temos que despista-lo, ele não pode me pegar, não posso deixar ele me machucar novamente – ela falou colocando a mão na barriga.

—- Você tá grávida? – Ela apenas olhou pra mim – Ele não sabe?

—- Não pode saber, me mataria provavelmente, e nosso bebe. Eu não posso deixar isto acontecer.

—- JESSICAAA JÁ MANDEI VOCÊ PARAR DE CORRER DE MIM. – Ele falou aproximando-se depressa.

—- Corre – ela olhou pra mim e me puxando com ela.

—- JESSICA – Ele gritou, deu de perceber o quanto estava com raiva – OU DEVERIA TE CHAMAR DE HELENA?

—- Merda – ela falou, notei que estava chorando.

—- Vai, corre, eu acho um jeito de te encontrar – falei pra ela e diminuindo minha velocidade.

—- Não, você não pode me deixar agora, ele vai bater em você, ele...

—- Não vai me bater se eu bater nele primeiro. Corre, se esconde. – Falei, ela assentiu e correu até o fim da rua.

—- Menina, não se meta no meu caminho com ela – ele falou a uma certa distancia de mim.

—- Você não vai encostar um dedo mais nela.

—- E quem é você pra impedir? Só uma menina que ela acabou de conhecer, não sabe nem metade dos podres dessa vadia. – falou aproximando-se.

—- Não chame ela assim, se você fosse homem o suficiente não bateria nela, ou a machucaria. – Falei com um grande tom de sarcasmo na voz. – Vamos, se tem coragem de encostar nela tenta encostar em mim. Porque se conseguir fazer algo comigo ai pode ir atrás dela – falei desafiadora.

—- Isto será divertido. Duas em um dia – falou vindo pra cima de mim.

Ele veio tentando me dar um soco em cheio no rosto, mas fui rápida e desviei e o joguei com força na parede. Notei um baque e quando ele virou para mim seu nariz sangrava.

—- Você quebrou meu nariz vadiazinha. Isso não sairá impune – falou tentando novamente vir pra cima.

Ele vinha com as mãos diretamente pro meu pescoço, eu fui indo para trás até perceber que estava encostada em uma parede já. Quando ele estava perto o suficiente, dei um chute em seu estomago, como ele curvou-se após isto ainda dei uma joelhada em seu rosto. Já caído no chão, bati sua cabeça contra as pedras do asfalto, garantindo que estava desacordado. Sentei no chão, e olhei para minhas mãos. Estavam cheias de sangue, notei que alguém estava se aproximando.

—- Você tá bem Mel? – Erick parou no meu lado.

—- TO, to sim Erick, obrigada. – falei olhando-o.

—- Ele tá desacordado? E quem é ele? – Notei que Helena estava em nossa frente. Ela apontou para Erick se referindo a quem ela não sabia quem era.

—- Está, por um bom tempo provavelmente – falei levantando o rosto e olhando em seus olhos – ele é de confiança.

—- Desculpe por te meter em tudo isto. É que ele não pode saber nada mais... Eu tenho que sair daqui, fugir de novo... – ela falou colocando as mãos nos cabelos negros, escutei ela ainda falando “agora que estava tudo bem”

—- Podemos te ajudar Jessica – Erick falou.

—- Meu nome não é esse, Jessica é um disfarce. Meu nome é Helena – ela disse virando para Erick.

—- Por que disfarce? – perguntei pondo-me em pé.

—- Eu meio que era encrenqueira. Hoje, deixei de lado o manto. – falou com um leve rubor nas bochechas.

—- Calma ai, está me dizendo que era um vigilante? – Erick falou, repreendi-o com um olhar.

—- Exatamente isto, mas por causa do bebe eu abandonei. Preciso garantir a segurança dele, mesmo que isto curte ficar mudando de lugar, ficando longe – apontou para o homem caído no chão – pessoas como está. Mas vamos sair daqui, antes que amigos dele venham pedindo satisfação.

—- Vamos pro nosso hotel, já que sua casa provavelmente eles saibam aonde é. – falei.

—- Sim, é melhor – Ela falou. Seguimos o caminho em silêncio, Erick havia conseguido um carro alugado para nós. Chegamos ao hotel e fomos direto para o quarto. Ela ficou espantada, olhando diretamente para nossas malas.

—- O que vocês são? Ou melhor, quem são? – Ela pediu.

—- Você não é a única vigilante Helena – disse encarando-a. Peguei uma foto que estava na minha bolsa. – Gotham, na verdade é a minha cidade. – Entreguei a foto para ela. Tinha duas, uma com a família toda, inclusive Selina estava naquela foto, como pessoas normais, sorrindo, e a outra era uma que a mamãe tinha insistido para tirarmos, antes de uma missão, todos estavam uniformizados e de máscaras.

—- A bat-familia. Já havia escutado rumores sobre vocês... Mas, por que está me mostrando isto? – Ela ficou encarando a foto em que Selina estava e tocou o rosto dela.

— Eu tenho a impressão que conheço ela. De algum lugar, de alguma forma... Eu conheço essa mulher. Sorri com o que ela disse e peguei o envelope.

— EU sei que é muita coisa em um dia só Helena, mas é necessário, pode gritar, espernear, dizer que estou mentindo, mas é a mais pura verdade, esta mulher é a sua mãe – Ela me olhou como se fosse falar que a mãe estava morta – a sua mãe biológica, e você sabe que és adotada, Selina pediu para eu te encontrar, e te entregar isto – Estendi o envelope para ela. – Ela explica tudo o que ocorreu, por que vocês se separaram, o real motivo dela ter te deixado com o Bertinelli. – Ela me olhou espantada – Sim, eu sabia seu nome desde o começo, o plano não era tudo isso ter ocorrido, era eu ter ganhado sua confiança pra “jogar” toda essa informação, mas eu queria que você entendesse que você faz parte da família, da minha família, e não há justificativas o suficiente para expressar o quanto que eu me importo com vocês... Quando você me falou que estava grávida, eu sabia que a minha “missão” de me aproximar de você e depois expor tudo isso tinha ido por agua abaixo, e eu precisa te ajudar, te proteger, mesmo eu sendo sua irmã mais nova... Então leia a carta da sua mãe, tente entender o lado dela, e se você aceitar vamos encontrar ela, pra vocês se conhecerem...Ela estava me encarando com os olhos cheios de lágrima.

—- Desculpe não poder te dar uma resposta definitiva, mas eu adoraria ser sua irmã... Só que se ela é minha mãe, por que não é sua também?

—- A minha mãe é essa – mostrei na foto, ela estava abraçada com meu pai. – Diana, e ele é seu pai, nosso pai.

—- Ele é bonito. Mas e todas essas outras pessoas na foto?

—- Seus irmãos, bem, nem todos são de sangue, alguns são adotados, como esses – mostrei na foto os que era meus irmãos de criação, de coração – e esses são seus irmãos de sangue – apontei Damian, eu, Henry, Jessie e os pequenos. (Obs: acho que nunca comentei antes, mas enfim que em minha cabeça havia os gêmeos, uma menina e um menino, crianças. Não consegui pensar em nomes para eles, por isso vou me referenciar como pequenos.)

—- Vocês formam uma família feliz...

—- Sua família também Helena, se você quiser. – Falei colocando a mão em seu ombro. – EU vou ir me limpar e dar uma volta, mas vamos estar lá no restaurante do hotel, caso precise. Eu sei que é muita coisa pra digerir, mas tenta... – dei um beijo no topo de sua cabeça e fui no banheiro lavar as mãos, troquei de roupa e dei uma ultima olhada em Helena, a qual já estava lendo a carta. Eu e Erick fomos para o restaurante e ficamos conversando até Helena chegar e sentar junto com nós.

—- Você tava certa, é muita coisa pra digerir. – Ela falou dando meio sorriso – Mas eu entendo o lado dela, não sei se teria a coragem de fazer a mesma coisa mas... é minha mãe.

—- Que bom que entende ela, ela é uma boa pessoa, mesmo causando vários problemas pro papai na cidade mas é uma boa pessoa.

—- Ora ora se não é a Jessica, ou devemos chamar a senhorita de Helena? – Falou um homem entrando no restaurante, ele estava apontando uma arma para todos ali.

— Onde está o AJ?

—- Não sei, não sei mais nada dele a um bom tempo. – Ela falou ríspida.

—- Não se faça, eu sei que alguém bateu nele e o deixou inconsciente.

—- Neste caso fui eu – falei ficando em pé.

—- Ótimo que não precisamos fazer ninguém falar a força já que a senhorita admitiu o que fez. – O tom que ele usava me fazia lembrar de Victor Zsasz. – Pena que vai morrer, assim como todos aqui.

—- O que vai fazer, tentar dar tiros em todos aqui? Boa tentativa – falei irônica, percebi que Helena segurava meu pulso no intuito de me mandar ficar quieta.

—- Tentar dar tiros? É um desaforo isso mocinha. – ele falou me encarando.

—- Você está com a mão tremendo, não consegue segurar firmemente. Vai errar todos os tiros que tentar dar. – falei simplesmente arqueando as sobrancelhas.

—- Vamos ver então – falou engatilhando a arma e mirando em mim.

—- Senhor, está tudo pronto, é só dar a ordem. – Falou outro homem entrando na sala.

—- Então diga que está tudo certo, só liberarem. – o segundo homem assentiu e saiu da sala – Foi com conhecer vocês, façam uma boa viagem ao... inferno. – falou saindo do restaurante sorrindo. Ele fechou as portas e pelo que deu de ouvir ele trancou-as.

Logo após isso começou o tumulto, e uma explosão. Metade do restaurante estava destruído, várias coisas queimando, pessoas chorando, gritando, sangue por muitas partes. Senti meu corpo ser jogado contra uma parede, Helena, Erick, aonde eles estão?

—- Mel, olha pra mim – Erick estava com as mãos do lado do meu rosto, minha visão estava desfocada. Após alguns instantes consegui focar e assenti com a cabeça.

—- Hel... – olhei para o lado.

—- Ela esta respirando, mas precisamos ir pro hospital. – Ele falou ficando em pé e me ajudando a levantar. Pegou Helena no colo, ela chorava e estava cheia de sangue.

—- Eu sinto que o bebe quer sair... Por favor, me leva pro hospital, salva o bebe. – Ela diz em meio ao choro.

—- Vamos salvar sim, nós já vamos chegar lá.

Entramos no carro e eu fui no banco de trás com Helena deitada em meu colo, ela se contorcia de dor. Erick estava indo o mais rápido possível. Em menos de 10 minutos estávamos entrando no hospital.

—- Lei è incinta , hanno bisogno immediatamente l'attenzione . – Falei exasperada, logo um médico veio ao nosso encontro. (Ela está grávida, precisa de atendimento imediatamente.)

—- Portare una barella , ora ! (Tragam uma maca, agora!) – Gritou, logo trouxeram a maca e Helena foi posta, ela gritou de dor. Encaminharam ela para um sala ali perto.

—- Che cosa è la signorina? (O que a senhorita é dela?) – Perguntou virando-se para mim.

—- Io sono sua sorella.(Sou irmã dela.) – disse

—- Mentre noi trasmettiamo bisogno di riempire i ruoli . Infermiere Pizzuti , dopo la signorina riempire i ruoli prendersi cura delle loro ferite. (Enquanto encaminhamos ela precisamos que preencha os papéis. Enfermeira Pizzuti, após a senhorita preencher os papéis cuide dos seus ferimentos.)

Comecei preencher a papelada, na verdade Erick fez isso pra mim, só agora eprcebi que eu tremia. Eu ia ditando cada informação para ele.

—- Signorina Wayne , ho bisogno di riportare me quello che è successo. (Senhorita Wayne, preciso que me relate o que aconteceu. ) – Pediu o médico parando em minha frente e do Erick.

Relatei desde o que Helena havia me contado sobre o pai da criança até o que aconteceu no hotel.

—- Ho bisogno di sapere come Helena è. (Preciso saber como Helena está.) – Falei preocupada com o estado de minha irmã.

—- Stava soffrendo un aborto spontaneo , probabilmente a causa della caduta ha sofferto , ma siamo in grado di contenere , ma si deve riposare ora. (Ela estava sofrendo um aborto, provavelmente por causa do tombo que sofreu, mas conseguimos conter, mas será necessário repouso agora.)

Sentei-me na poltrona com a cabeça entre as mãos. Horas se passaram, fomos informados que ela estava indo pro quarto. Eu já havia comunicado meu pai que ela estava hospitalizada, contando tudo o que havia ocorrido, ele estava vindo pra nos encontrar. Após alguns dias de recuperação, indicações médicas e um longa conversa entre pai e “Nova filha”, Helena veio com nós para Gotham, conheceu Selina, a qual ficou chocada por já estar se tornando avó, segundo ela “era nova demais para ser avó”. Helena rapidamente se adaptou a nova família, gostou de conhecer os irmãos.

Com almoços, jantares, fins de semana com as famílias reunidas (Rogers, Stark, Barton/Romanoff, Fury, Kent...) todos já estavam devidamente apresentados.

—- Aposto que a Helena e o Bucky ainda vão dar um casal – Will falou parando ao meu lado e abraçando minha cintura.

—- Por que acha isso? – Falei rindo e o abraçando de volta.

—- Eles vivem brigando, discutindo, se desaforando, mas quando um deles está realmente mal o outro vai consolar, ou pelo menos fazer rir... Ele formariam um bom casal, e o Enzo gostou do Bucky, se tornou um aliado – Ele ri e eu fico olhando meu sobrinho gargalhando enquanto Bucky fica fazendo cócegas nele e Helena os encara com uma cara de boba.

—- Acho que você está certo – falei.

—- E quando eu não to loirinha?

Flashback off

Percebo que meu celular volta a vibrar e a foto de Anne aparece. Resolvo atender e sofrer o xingão dela.

“Finalmenteeeee, aleluia senhor, achei que ia ter que ficar falando com minha nova melhor amiga senhora Caixa Postal, porque nos últimos dias é ela quem tem mais me escutado.” Percebo a ironia e o tom de brincadeira da Anne do outro lado da linha.

—- Como tá loira? Sentindo minha falta?

“Falta? De você? Nãããão, quase nada, só to com um vontade súbita de te matar, esganar, esquentar tua cara de tapa por ter sumido desse jeito. Celular serve pra que? Pra bonito só pode.”

—- Entendi Anne, entendi, menos ameaças e volte a me amar. – falei enquanto sentava em minha cama.

“Pare de se achar, só to a dias tentando ligar pra você pra pedir quando você volta. Não só eu, mas todo mundo parece que ta mal por você... Ele principalmente.”

—- Como ele tá? – pedi preocupada e ao mesmo tempo angustiada, triste.

“Ta bem, na medida do possível. Acordou, hospitalizado, revoltado por termos deixado você ir, por você não estar lá... Ele ta deixando o coitado do Tony quase louco tentando te achar... Você devia falar com ele, quem sabe ele volte um pouco ao normal...”

—- Não sei se é o certo Anne, eu me... afastei, justamente pra proteger ele... OLHA O QUE EU CAUSEI NELE... Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com o Will. Nunca.

“E você estando longe só piora as coisas...” escutei uma discussão do outro lado da linha, notei que a Anne gritava para alguém devolver o celular dela “Mel? É você?”

—- Oi loiro – falei sorrindo.

“Eu não acredito que ligou pra ela e não veio falar comigo... Eu to sentindo sua falta, volta pra casa, eu to ficando meio paranoico” escutei um ‘isso você sempre foi’ , provavelmente foi a Anne que falou “Eu to tentando te achar desde que eu acordei, aonde você tá? Eu vou te buscar”

—- NÃO, NÃO VEM, por favor. Por mim, não venha.

“Por que? Você não quer sair dai, é isso?”

—- Não Will, não é isso... é que é perigoso, e eu não deixaria você vir aqui... Não me perdoaria. – Falei andando de um lado para o outro no quarto.

—- Então você nunca vai me perdoar pelo que fiz – Ele falou parando atrás de mim, notei que ele havia entrado pela janela – Nunca duvide que eu vou te achar.

—- Você não devia estar aqui. – falei indo pra trás – Vai embora Will, aqui não é lugar pra você.

—- Quer que eu vá mesmo? – ele falou com um olhar desafiador, ele estava se aproximando – Só vou embora se você vier comigo, porque é lá que você deve estar, em um lugar seguro, e comigo.

—- Will, por favor – falei negando com a cabeça.

—- Fala que não me quer mais, me faz ir embora... Mas faz isso olhando nos meus olhos – Ele falou colocando as mãos em meu rosto e me fazendo olhar pra cima.

—- Eu... não posso – falei finalmente.

—- Foi o que imaginei. – Ele me beijou, um beijo cheio de saudade, carinho, fazendo com que toda a preocupação, a culpa, saísse dos meus ombros. – Não tem noção da saudade que eu senti de você.

—- Também senti sua falta. – disse ainda com a testa colada nele. Escutei uma batida na porta e logo Jason entrou no quarto.

—- Não imaginei que estivesse acompanhada – Ele falou sorrindo – Se Ras te pegar com ele aqui, ele vai tortura-lo, até você desistir. – Falou me encarando – Se eu fosse você saia daqui enquanto há tempo Will, sei que é importante pra minha irmã assim como ela é pra você, mas se a ama saia daqui enquanto te resta vida.

—- Ele ta certo Will, eu vou voltar, o mais rápido possível. Eu prometo – disse olhando-o.

—- Por que estão aqui se esse cara é tão ruim assim? – Ele perguntou – Já escutei histórias sobre ele... Vamos embora com nós, o avião não está muito longe.

—- Vai, nos encontramos la. – falei empurrando-o para onde ele tinha entrado. Fiquei na ponta dos pés para falar em seu ouvido – Se camuflem, estaremos lá. – falei dando um beijo em sua bochecha – Se cuida.

Ele assentiu e me deu um selinho, prendeu o cinto novamente em si e desapareceu na escuridão.

—- Ele é louco... mas gostei dele – Jason falou finalmente.

—- Eu sei que é – falei encarando a janela.Talia entra no meu quarto e encara Jason.

—- Melanie, preciso falar com você. A sós.

—- Claro.-- Já estou saindo, nos vemos depois irmãzinha. – Jason saiu fechando a porta.

—- Estou preocupada com você e Damian, meu pai os está treinando da melhor forma possível – ela falou andando impaciente pelo quarto.

—- E isso é ruim?

—- É quando ele quer tornar vocês dois as cabeças do demônio. – Ela falou apreensiva, me olhava com a preocupação de uma mãe realmente.

—- Calma, mas até aonde sei pra se tornar o sucessor, se tornar o cabeça do demônio, tem que haver um casamente entre o herdeiro legitimo e alguém – falei andando e relembrando a história – Isso quer dizer que...

—- Sim, ele quer que você e o Damian se tornem “um só”, por isso ele aceitou você aqui. – Eu estava incrédula, me casar com meu próprio irmão. – Ele irá propor isso hoje no jantar a vocês, Damian também está ciente, e quer que vocês saiam daqui antes disso... se você aceitar, claro. – Ela falou parando em meu lado – Ele já tentou fazer isto comigo e com o pai de vocês, Nyssa e Oliver, mas nenhuma das vezes obteve sucesso, ele quer que vocês dois tenham, mesmo que isso exija eliminar as pessoas que vocês amam para aceitarem a força isso. -- Pensei em Will na hora, em meus amigos, os quais se soubesse provavelmente tentariam impedir, eu não poderia deixar isso acontecer, com nenhum deles.

—- Mas se fugirmos não será pior?

—- Não, porque ai eu saberei que vocês estão protegidos, ai eu poderei agir, conseguirei mantê-lo aqui, fazer aceitar o fato de que isso que ele está pedindo é um absurdo.

—- Entendo, mas eu aceito fugir, porém, como faremos isso?

—- Eu poderei esconder vocês na vila enquanto não tenho apoio aéreo. Depois mandarei vocês para seu pai. – Ela falou me ajudando a arrumar minhas coisas, uma leve batida na porta e ela foi abrir.

—- Estamos prontos – Era Damian e Jason, com caras de poucos amigos.

—- Também estou. – Falei para Talia.

—- Tão parecidos com seu pai, enfim, vamos – Ela falou colocando-se em nossa frente e nos guiando até um túnel subterrâneo, os guerreiros que tentavam nos impedir de seguir acabavam em um sono profundo.Peguei meu celular e liguei para Anne.

—- Tirem a camuflagem, caso contrário não acharei vocês. – Ouvi um grito animado do outro lado da linha e logo um jato apareceu em nossa frente.

—- Belo apoio aéreo, poderia ter me avisado – Talia falou com um sorriso no rosto.Henry e Will vieram nos ajudar com as coisas. Will parou do meu lado.

—- Você deve ser o garoto... Cuide bem dela rapaz – Talia deu um olhar mortal pra ele. Ele apenas assentiu e disse um ‘pode deixar’, pegou minha mochila e minhas bolsas e levou para dentro do jato.

Escutamos o alarme sendo soado, Ras deveria já estar sabendo que fugimos e que Talia esta por trás disso.

—- Tem certeza de que não quer ir conosco? Podemos enfrenta-lo juntos, te ajudaremos. – Falei para ela.

—- Vou ficar bem, sei me virar e eu tenho Nyssa aqui comigo, nós vamos enfrentar nosso pai finalmente. Mas obrigada. – ela disse e me puxou para um abraço – agradeça ao Bruce por ter me deixado ter o gosto do que é ter uma filha tão boa como você, e de rever meu menino.

—- Falo sim, esperamos pro você em Gotham Talia. – disse me afastando e indo em direção ao jato. Acenei para ela e a mesma respondeu e logo após saiu correndo para voltar para a “fortaleza”.


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Notas finais do capítulo

Nyssa (Katrina Law) - http://cinechew.com/wp-content/uploads/2015/03/Nyssa_al_Ghul_Katrina_Law-12-1748x984.jpg

Talia (Miranda Tate) - https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTGTsitcPDL9VnZf2sim2fGlOLQIPYB1fQNVGqa7kPsbZ1dMLcg

Ras ( Liam Neeson ) -http://static.comicvine.com/uploads/original/11119/111190794/4676501-2066534152-43210.png



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