Winterspell (Magia do Inverno) escrita por ArtGirlLullaby


Capítulo 25
Capítulo 24: Visão


Notas iniciais do capítulo

~~ Adivinhem quem esqueceu de postar ~~

Então, vim aqui humildemente pedir perdão, na correria de preparar tudo pro início das aulas eu realmente esqueci ;-;

Espero que gostem!



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Dizer que foi estranho ver Mizuki naquele estado seria uma mentira.

Os olhos dela tinham um brilho estranho, o cabelo ficou a flutuar como se estivesse na água, as marcas que viram no dia de sua ressureição apareceram repentinamente por todo seu corpo, brilhando na mesma intensidade dos olhos.

Aquilo era, no mínimo, assustador.

Eles levaram um susto, por um momento acharam que podia ser obra das bruxas, porém foi Blume que parou Natsu e Juvia de irem até ela.

– Não é um ataque. É uma Visão.

– Visão? – Natsu indagou.

– É o modo como a Iara guia o nosso caminho durante a missão – Disse Kei se aproximando – Mas realmente está um pouco estranho...

– Pode ser a Lua Azul – Lucy sugeriu, ganhando a atenção deles – É quando acontece duas luas cheias num só mês. Não deveria de ser nada demais, mas ouvi dizer que as fases a lua influenciam o mar, então pode ser algo assim.

– Faz sentido – Blume comentou – Iara só consegue algum contato com Mizuki em luas cheias, algo sobre o elemento água estar mais forte nessas ocasiões.

– Você sente algo? – Gray perguntou a Juvia, que meneou.

– Me senti mais disposta hoje, mas achei que fosse animação para o festival.

– Ainda sim – Kei comentou –, ela nunca ficou num estado de transe tão forte assim.

Gajeel se aproximou com uma carranca um tanto irritada e franziu o cenho como se prestasse atenção. Quando Natsu ia falar algo, ele tapou a boca do mago de fogo.

– Estou tentando ouvir o que ela está dizendo.

Só então Natsu parou de falar e prestou atenção, percebendo que ela falava alguma língua que ele desconhecia e murmurava como se fosse uma canção. Pensando melhor, era sim uma canção, mas ele não entendia nada do que dizia.

Natsu olhou para Wendy que parecia tentar entender também, ela o fitou meneando a cabeça dizendo que não compreendia.

– É Siren – Levy disse – É a mesma língua que foi usada para ressuscitar Mizuki.

– Ela está invocando as sereias? – Indagou Juvia.

– Peixe! – Happy exclamou.

– Não é pra comer! – Lucy reclamou.

– Não sei... As marcas parecem estranhas – Levy comentou.

Kei olhou preocupado e percebeu o mesmo. Elas pareciam tremer como se fossem instáveis, mas isso era impossível. As marcas eram algo da alma de Mizuki, e só apareciam em situações em que era necessário um poder maior. Os desenhos em seu espírito eram o que a diferenciava de outros seres vivos: as marcas de uma semideusa.

Então por que estavam tão estranhas?

– O futuro! – Charles exclamou, assustando a todos e ganhando a total atenção – O futuro... Ele mudou completamente!

– O que está acontecendo, Charles? – Wendy perguntou se abaixando ao seu lado.

– Eu não sei! – A Exceed exclamou apertando as patas contra sua cabeça – Está tudo confuso, ele mudou completamente. Eu não consigo ver com clareza, é como se ele pudesse mudar a todo o tempo...

– Seu dom é a Clarividência? – Blume perguntou se aproximando, Wendy assentiu por Charles – Pelo jeito você ainda não dominou completamente seu dom...

– Não é isso... – Charles respondeu – É como se alguém estivesse alterando o futuro por modificar algo essencial a ele... Minha outra visão continua a mesma, mas o resto não parece concreto...

– Charles... – Happy se aproximou colocando uma mão em seu ombro lhe dando apoio.

– Minha cabeça dói...! – Charles reclamou em seguida desmaiando.

– Charles! – Wendy exclamou segurando a exceed nos braços.

– Ela deve acordar logo. Foi uma sobrecarga do dom – Blume explicou – Acontece com Hime também quando ela tenta falar mentalmente com muitas pessoas num curto período de tempo.

Wendy aconchegou sua exceed em seus braços e se levantou com um olhar preocupado para Mizuki. Lucy se aproximou, tocando o ombro da Dragon Slayer em conforto. Quando voltou a fitar a Lua Azul por trás de Mizuki, de repente Lucy começou a entender o que ela dizia em murmúrios.

– “Da concha. A canção do mar. Nem quieta, nem calma. Procura por amor de novo”.

– Você entende? – Natsu perguntou surpreso.

– Eu já ouvi isso em algum lugar... – Lucy respondeu.

Mizuki soluçou o ar como se lhe faltasse, então seus olhos pararam de brilhar e seu cabelo voltou ao normal, porém as marcas não sumiram.

– Mizuki...? – Kei indagou se aproximando.

Assim que Kei tocou a mão em seu ombro, ele foi repelido sendo arremessado para trás. Wendy se aproximou para ver se ele estava ferido, enquanto Mizuki continuou para como se ainda estivesse em transe. As marcas da semideusa se racharam e começaram a flutuar para fora de sua pele se desmanchando no ar até não existir mais nada. Enquanto suas marcas sumiam, a Dragon Slayer tombou para trás com Natsu a segurando.

– Mizuki! – Natsu exclamou e assim que a segurou, parte das marcas que ainda estavam no ar se espalhou, tocando nos mais próximos e lhes causou um estranho deslumbre.

Ele não viu nada muito nítido, mas estranhamente sentiu tudo. Ele sentiu um perfume desconhecido no ar, pelos borrões que via, era uma árvore e o cheiro provavelmente vinha dela. A brisa tinha um ar diferente, parecia muito mais leve e etéreo, podia sentir sem que Wendy dissesse. Havia outro borrão que indicava uma figura parada ao lado da árvore, pode ouvir uma doce melodia, mas não sabia dizer o que a melodia ou o que a voz cantada dizia. Na verdade, nem sabia dizer como sabia que era uma canção, pois apenas ouvia um zunido estranho, mas não incomodo. A figura pareceu se virar para ele e então a uma única coisa se tornou nítida como se fosse a única coisa importante ali.

Olhos de prata.

Em seguida ele soltou o ar (que não percebeu segurar) num suspiro, tentando se recuperar daquela experiência estranha. Se virou e viu que Juvia estava no mesmo estado que ele ao seu lado.

Juvia não sabia muito bem onde estava, tudo parecia como um quadro distorcido com figuras manchadas por água. Alguém segurava sua mão, ao seu redor havia apenas o céu em diversas cores. Ao princípio ela não entendeu como ela via o céu e as cores nele tão nitidamente, mas então reparou que não era o céu que ela estava vendo em forma tão nítida. Eram as cores em si, como cada brisa parecia ter uma cor diferente...

Cores ao vento.

– Ei, o que foi isso? – Gray reclamou assustado.

Gray não soube identificar quase nada em sua visão, além de Mizuki que tinha as costas para si e parecia estar num estado péssimo. Sua presença magica estava fraca e seu cabelo balançava como ondas. Sob a brisa do mar a sua frente, ele pode identificar uma canção. Embora não conseguisse ouvir a voz dela, foi capaz de identificar uma única parte.

... vem comigo, para onde o mar encontra o céu”.

Gray fitou Lucy para saber se ela também havia visto. O olhar dela deixou claro que ela também teve um deslumbre como ele. Tudo o que ela soube identificar é que aquele lugar definitivamente não era a Terra, embora visse tudo como se fosse vultos, as estrelas estavam estranhas. A única coisa que se lembrou com clareza foi a lua que havia no céu.

Uma Lua Crescente de Ouro.

Quando Lucy olhou para os outros para ver se mais alguém havia tido as visões, percebeu que a maioria estava confusa com a reação deles. Então a maga estelar viu a guerreira ruiva ao seu lado que tinha engasgado e Gajeel mais além esfregava os olhos confuso.

– Você também viram?

– Eu vi algo... – Erza disse confusa.

– Acho que só quem estava mais próximo da Gota teve essa coisa – Gajeel reclamou.

– O que vocês viram? – Natsu perguntou curioso.

Erza tentou se concentrar para identificar alguma coisa, porém percebeu que por mais que tentasse, as coisas ao redor dela eram linhas distorcidas, como se o mundo a sua volta fosse um rascunho do que deveria ser. Havia apenas uma coisa que ela viu com toda a certeza do mundo. Um agrupado de vidros coloridos, fazendo desenhos e deixando a luz que passava por eles colorida.

– Um vitral – Erza disse – É a única coisa que consigo lembrar com clareza.

– E você? – Gray perguntou a Gajeel.

Ele franziu o cenho. Ele só se lembrava do lugar ser úmido, o som que parecia de chuva e algo estridente, era tudo muito escuro, mas mesmo assim ele soube o que era o objeto na sua frente imediatamente.

Gelo negro.

– Eu não lembro, foi mal – ele respondeu, decidindo manter a informação. Era algo grave demais para se dizer em voz alta e ele teria que falar com Mizuki primeiro.

– E-eu... – Wendy começou, apoiando Kei que acordava – Eu vi algo também.

– O que você viu? – Kei disse se levantando.

– E-eu... Eu vi o Coração de Gelo. Eu sei onde ele está – Wendy disse cabisbaixa e preocupada.

– Isso é mal – Kei reclamou coçando a orelha – Não diga a ninguém, primeiro temos que entender o que está acontecendo... – Ele andou um pouco zonzo até Mizuki e se abaixou ao lado dela. Natsu a entregou em seus braços e Kei acariciou o rosto dela com ternura, a maga abrindo os olhos lentamente ao toque dele – Mizu, você tá bem?

Assim que as palavras saíram de sua boca, os olhos da Dragon Slayer marejaram e ela escondeu o rosto em seu peito, chorando em silêncio. Ele tentou acalmá-la, Natsu e Juvia lhe dando um pouco de apoio ao ficar ao seu lado. Até mesmo Blume se mostrou preocupada e se aproximou.

Por sorte, as crianças mais novas – Como Asuka e Hime – Haviam adormecido e Bizuka havia ido embora assim que Asuka começou a dormir, Hime dormir enquanto Mira lhe fazia carinho e não acordou, então elas não presenciaram o momento e ficariam livres do temor que as pessoas na guilda sentiam no momento.

– Podemos ir embora? – Ela pediu baixo – Eu quero ir pra casa.

Natsu franziu o cenho preocupado. Mizuki nunca havia reagido daquele jeito para nada, mesmo suas missões ela sempre foi bem calma – Até um pouco desleixada. O que poderia ter deixado sua amiga tão preocupada?

– Consegue andar? – Ele perguntou e ela meneou a cabeça.

Kei a levantou em seu colo, Mizuki o abraçou escondendo o rosto em seu ombro como se fosse uma criança indefesa. Ele apenas direcionou um olhar a todos, como se pedisse desculpas e se virou indo embora. Enquanto ele se afastava, a maga de água ainda elevou o olhar, observando todos rapidamente antes de voltar a esconder no colo do namorado.

– Acho que podemos todos ir para casa – Makarov disse e o resto concordou.

– Ei – Blume chamou Juvia que se abaixou para ela – Tudo bem se eu ir para Fairy Hills? Não quero atrapalhar os dois.

– Ah, sim – Juvia disse, a exceed invocou as asas e voou até Mira.

– Eu posso cuidar dela por hoje? – Mira pediu antes que Blume dissesse algo.

– Pode – Ela deu de ombros – Só lembre que ela não pode comer nada com pimenta ou passa o resto da semana se coçando.

Mira sorriu assentindo e logo depois Blume foi até Juvia, indo embora com ela e mais algumas garotas que iam para Fairy Hills. Natsu chamou Happy e disse que iriam ajudar a levar as coisas para a Guilda. Gajeel já tinha embora, assim como Gray e Lucy. Os que restaram ajudaram a arrumar e em poucas horas depois todos estavam em suas respectivas casas.

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– Tem certeza disso? – Perguntou Kei, sentado de frente para Mizuki em sua cama.

– Tenho. Não tem como errar... Mas eu não entendo porque ela decidiu isso.

– E a Visão? Não tinha nenhuma pista? – Mizuki meneou a cabeça, Kei abraçou a namorada e se deitou, deixando-a sobre ele – Estou com medo – Ela confessou.

– Eu sei – Kei respondeu – Todos estamos.

– Eu não posso arriscar tantas vidas... – Mizuki pensou – vamos ter que mudar quem vai nesta missão. Somente quem é necessário vai – Mizuki constatou.

– Tudo bem – Kei disse acariciando sua cabeça – Eu vou te apoiar qualquer que seja sua decisão.

Percebendo como Mizuki ainda estava tensa, Kei segurou seu rosto e juntou seus lábios ao dela. A Dragon Slayer deu um suspiro relaxando sem deixar que os lábios se afastassem, colocando uma de suas mãos em seus cabelos como se ele fosse fugir. Quando Kei afastou seus lábios dela – mesmo depois dela tentar continuar e ele impedir – ela fez um bico e ele riu baixo. A maga detestava quando ele parava seus momentos de um jeito que a deixava com um gosto de “quero mais”. E Kei fazia isso frequentemente porque adorava a careta que ela sempre fazia.

– Vai dar tudo certo – Ele sorriu acariciando o rosto dela.

– Como sabe disso?

– Vamos estar juntos. Então vamos dar um jeito – Ele sorriu.

Mizuki sorriu para ele. Tentou se lembrar como foi que algum dia chegou a pensar que odiava aquele sorriso cheio de segurança ou que a simplesmente presença dele a irritava. Quando foi que aquilo tudo mudou para o estado de amor profundo e mútuo que tinham agora? A Dragon Slayer voltou a abraça-lo, mais calma com ele ali lhe aquecendo e dando carinho.

– Kei, você não me deu meu presente... – Ela falou baixo e ele riu.

– Alguém está com fome aqui, hã?

Mizuki fez bico de novo, Kei riu e começou a depositar leves beijos por seu rosto.

– Você sabe que eu não resisto... – Ele parou por um momento e olhou no fundo dos olhos dela – Seu presente tá com você há algum tempo, só você não percebeu.

Mizuki fez uma careta antes de se sentar e começar a olhar onde poderia estar, nos bolsos, no vestido, no calçado... Keitaro começou a rir pelo jeito que ela procurava. Foi quando ela começou a apalpar para ver onde estava que achou. Mizuki olhou para Kei que sorria, mas antes que conseguisse falar qualquer coisa, a Dragon Slayer havia o abraçado novamente e o beijava como se não houvesse amanhã.

A maga sentiu o namorado sorrir contra seus lábios e riu. Sem perder nenhum tempo para falar algo desnecessário, ela não parou de beijá-lo e começou a tentar retirar o casaco dele com uma certa dificuldade, sem que ele relutasse contra suas ações. Tudo o que ela podia fazer por hora era esperar que o destino fosse bondoso com todos eles e se agarrar a única certeza.

E sua única certeza no momento, era do amor de Kei.


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Notas finais do capítulo

O que será que Kei deu? *aquela carinha*

Então, o que acham que as visões podem significar? Que raios aconteceu com Mizuki para ela ficar tão preocupada? Vocês querem ver as sereias novamente e saber mais sobre elas? Ninguém quis saber o que a Mizukie aJuvia conversaram, mas todo mundo quer saber da conversa do Gray e da Lucy... O que posso dizer? A conversa vai ser o próximo capítulo ~~

Beijos, até semana que vem! (espero)

~-AGL



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