Winterspell (Magia do Inverno) escrita por ArtGirlLullaby


Capítulo 20
Capítulo 20: Descanso


Notas iniciais do capítulo

Então, cês tão colados com o pessoal do ff.net agora :v

O que pode trazer desespero porque eu posso demorar a postar ^^
Eu tento escrever dois capítulos por semana, porém, se eu tiver passado no curso técnico como acho que aconteceu...

Bem, fudeu. Eu não vou ter tempo pra mais nada ^^

Então me desejem boa sorte, inspiração e tempo o/

Espero que gostem! Esse capítulo é meio que um filler feito pros Shipps lol



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Um grito escapou dos lábios de Wendy e Lucy, Erza estava chocada demais, embora sentisse o grito preso na garganta. A maga da chuva teria caído joelhos pelo choque se não fosse Gray ao seu lado para ampará-la. Wendy também parecia horrorizada pela cena sem saber o que fazer além de observar a fumaça negra que saia das cinzas – O corpo dela havia queimado inesperadamente rápido.

– Por... Por que fez isso?! – Exclamou Erza irritada indo até a semi-deusa.

– Erza, você viu a dificuldade que tivemos em lidar com uma bruxa? – explicou Mizuki – Nem mesmo eu, Kei e Blume que já enfrentamos algumas estamos prontos para esse nível de combate... Enextesia era uma das três irmãs, as líderes das bruxas, se ela voltasse e revelasse o que sabia, não seria só ela ou outra irmã que viria. Viriam todas – Mizuki finalmente se voltou para eles com uma expressão séria carregada de medo – E elas iriam destruir tudo.

– Isso é verdade – Disse Blume se aproximando das cinzas e jogando o que parecia uma poção que fez as cinzas sumirem de vez – As bruxas não ligam se você é mago, exceed ou até mesmo outra bruxa. Elas vão matar qualquer coisa que se coloque no caminho da Winterspell e vão se divertir com isso – Blume se transformou voltando a ser exceed e indo para perto de Mizuki junto com Keitaro.

– Poderíamos tê-la prendido e tirar respostas! – Reclamou Gray – Matar não é a solução.

– Elas não estão mais vivas – Respondeu Kei – A vida é feita do equilíbrio entre luz e trevas. Quando elas são consumidas completamente pela magia negra, elas perdem a vida também. Por isso não viviam muito...

– Até a poção aparecer – Completou Gray estalando a língua irritado – Isso é um problemão.

– É mais do que isso... – Mizuki disse e então voltou a falar – Parte do que ela contou é verdade. O problema da Winterspell é que, como ela disse, o espírito sacrificou sua reminiscência para selar o poder negro e a Rainha que o tinha também não suportou tal magia. Se o selo for quebrado, não haverá mais nada que possa ser feito para conter a maldição de novo.

– Essa não... – Murmurou Wendy.

– Isso significa que teríamos que achar um modo de selar de novo com outra magia... – Pensou Lucy.

– Não – Respondeu Mizuki – Isso significa que se a Winterspell acontecer, teremos que esperar por um milagre, que alguma coisa venha a existir para que seja contida novamente.

– Quanto tempo isso levaria? – Perguntou Juvia.

– Poderia levar de dez a cem anos ou... Toda a eternidade.

Natsu engoliu seco. Passar o resto da vida no frio e escuridão era apavorante no mínimo. Ele fitou Lucy por cima do ombro discretamente e percebeu que ela tremia com medo também. E algo que ele não podia permitir era uma expressão triste ou de medo na maga estelar. Por isso, ele se ergueu e cerrando um punho no outro sorriu determinado.

– Não se preocupe, não vamos deixar isso acontecer! Agora a FairyTail entrou na briga e nós vamos vencer!

Lucy sorriu com o modo simples dele encarar as coisas. Com aquele comentário e o modo animado do Dragon Slayer, a tensão no ar foi aliviada em segundos.A maga estelar correu até os dois Dragon Slayers quando viu que Mizuki amoleceu e ia ao chão, sendo impedida somente pelo amparo de Natsu.

– Você está bem? – Perguntou Natsu preocupado.

– Estou... O selo mágico me deixou mais fraca do que eu esperava – Respondeu ela.

– Vem, vou te levar pra descansar.

Mizuki assentiu e passou os braços ao redor do pescoço de Kei, que passou um braço por suas costas e outro pelas pernas segurando ela no colo como se fosse uma princesa. Ela se aninhou em seu colo e deu um leve suspiro, dormindo em seguida. Kei sorriu para ela e deu um leve beijo em sua testa.

Mais uma vez aquela sensação de estranho desconforto bateu em Lucy. Não era como uma inveja, era como se ela sentisse falta de algo que nem sabia que era seu até ver alguém com um igual. A maga desviou o olhar para o Dragon Slayer e teve uma leve surpresa quando percebeu que ele também desviava o olhar para outro lugar. Ele estava a observando? O pensamento fez com que Lucy se sentisse sem graça de repente, as bochechas levemente vermelhas.

– Juvia – Chamou Kei – Onde você e Mizuki estavam ficando?

– No apartamento da Juvia – Ela respondeu.

– Vou levá-las lá – Kei respondeu.

– Mas... – Juvia contestou para a confusão de Kei – Vocês ficaram tanto tempo separados, Juvia acha que devia levar ela pro hotel com você.

– Não – Ele respondeu – Não será bom que ninguém fique sozinho até a viagem. Você precisa ficar com mais alguém, então eu vou com ela...

– Não dá – Erza respondeu por ele – A pensão onde Juvia fica é feminina. Homens não são permitidos – Ela explicou.

– Mas nessa situação...

– Juvia vai ficar bem – A maga tentou argumentar interrompendo o caçador –A Fairy Hills é onde ficam todas as magas da FairyTail, inclusive Juvia.

– Certo... – Kei respondeu – Mas fique num quarto junto com mais alguém. Isso serve para todos – Ele avisou.

– Ok. Então vou voltar para Guilda e avisar Gajeel, Laxus e os outros que está tudo bem por hora – Disse Lily já voando em direção à guilda.

– Vá com ele Blume – Pediu Kei ao que a exceed deu de ombros e seguiu o outro.

– Eu vou para o abrigo onde Mira deve estar com os outros – Disse Erza.

– Eu vou com você! – Avisou Wendy alcançando a maga guerreira – Deve ter alguns feridos.

– Certo então – Erza ergueu o olhar – Não andem sozinhos. Pelo menos não até amanhã de manhã. Só então decidiremos o que vamos fazer! – E então ela saiu correndo com Wendy.

Juvia tentou se levantar, porém se mostrou ainda muito fraca para isso, então Gray a ajudou a se levantar.

– Juvia, se quiser pode ficar lá em casa comigo e Happy – Sugeriu Natsu – A Fairy Hills vai estar vazia até a noite.

Gray engoliu seco, segurando a maga com um pouco mais de força sem que percebesse. Juvia, por sua vez, também parecia tão cansada quanto Mizuki o que a deixava completamente desnorteada para perceber as ações do mago.

– Acho melhor não – o mago de gelo falou – Agora que sabemos que Juvia é a Fonte da Vida e ela está fraca desse jeito, o melhor seria ela ficar perto de alguém que tenha magia compatível para caso ocorra um ataque.

– Não entendi bulhufas do que vocês está falando – Reclamou Natsu.

– Ele quis dizer que seria bom se ficássemos com pessoas que tem magia parecida com as nossas, pois seria mais forte caso precisássemos lutar – Explicou Lucy pacientemente.

– Nisso eu concordo – Disse Kei e explicou – A magia que um mago emite pode ajudar outro a se recuperar se eles tiverem alguma relação, seja sentimental ou mágica. Você é um Dragon Slayer do fogo, então não ia ajudar muito. Além disso, você também teve sua magia absorvida, vai estar na mesma condição que elas duas em pouco tempo, não ia ser de muita ajuda os dois juntos. Precisa de alguém em melhores condições te fazendo companhia também.

– Mas então quem fica com a Juvia? – Ele perguntou coçando a nuca.

– Eu fico com ela – Gray sugeriu.

Natsu ergueu uma sobrancelha num misto de dúvida de desaprovação. Ele sabia que Juvia ainda sentia uma grande atração por Gray, num nível quase irracional. Não que ele tivesse alguma moral para falar sobre isso uma vez que sabia que seu sentimento por Lucy era tão forte e desesperador quanto o dela.

Ainda sim, Natsu não achava uma boa ideia. Se era seu lado protetor com Juvia, implicância com Gray ou se ele tinha medo de que Gray fizesse algo com Juvia que quebraria o coração de Lucy, já não sabia. Talvez um pouco de tudo.

– Não acho uma boa ideia – Natsu admitiu.

– Você não tem que achar nada – Gray respondeu irritado.

Um pouco de tudo. Definitivamente.

– Mas e a Lucy? – Ele perguntou – Vai deixar ela sozinha?

– Você podia ficar em casa comigo – Lucy sugeriu.

Natsu olhou para ela com um careta ainda mais confuso. O que é que estava acontecendo? Gray queria ir com Juvia e ela com ele? Ela não deveria querer ficar com o namorado? Não a pergunta era: por que eles pareciam não ter nenhuma vontade de ficar juntos e nem mesmo discutir isso? Quer dizer, até mesmo ele sabia que namorados querem ficar juntos o máximo que podem e trocar afeto... E estamos falando de Natsu.

Então por que eles pareciam nem mesmo se importar com isso? Quer dizer, não fazia sentido!

Lucy reparou que Natsu parecia perturbado com a situação, quase arrancando os cabelos. Ela não entendeu, mas então ela pensou em mais uma alternativa.

– Ou então podemos todos ir lá pra casa – Ela comentou.

– Não – Respondeu Natsu fazendo careta – Sua casa não tem espaço suficiente para nós cinco, talvez oito se Erza, Charles e Wendy decidirem se juntar, acho que seria bom nos separarmos.

– Bem, decidam logo. Eu vou indo pro hotel, Mizuki realmente precisa descansar, assim como Juvia.

Ao mencionar o nome da maga, todos a fitaram, só então percebendo o quanto a maga parecia numa luta cansativa contra si mesma para se manter em pé e acordada, ela claramente já não entendia mais nada do que diziam devido seu cansaço.

– Certo – Natsu concordou relutante e cruzou os braços – Cuide bem da Juvia, ou então eu e Mizuki vamos acabar com a sua raça.

– Natsu! – Reclamou Lucy ao que ele só deu de ombros. Ao ver a situação resolvida e o mago implicando com o outro, Kei suspirou rolando os olhos e se despediu com um aceno respondido apenas por Lucy.

– Não vai se achando só porque você quem derrubou a bruxa de uma vassoura – Respondeu Gray.

– Ela não usava uma vassoura. E você que nem conseguiu acertar ela?

– Tá afim de briga?

– Cai dentro! – Os dois já estavam com os punhos erguidos quando Lucy ficou entre eles.

– Meninos, vocês estão esquecendo da prioridade no momento – Lucy reclamou fitando Juvia que estava dormindo em pé de algum modo.

– Ah... Certo... – Gray ecoou – Então... Te vejo amanhã na guilda? – Ele perguntou para Lucy.

– Sim – Ela assentiu.

Gray se inclinou dando um rápido beijo de despedida nela, o que fez o peito de Natsu se contrair numa dor quase gritante, ao que ele virou as costas para o casal e cerrou os dentes. O mago de gelo foi até Juvia que já estava até de olhos fechados e disse que poderiam ir, mas ao tocar na maga, ela simplesmente desabou.

– Oi, Juvia! - Ele a segurou com mais firmeza e percebeu que a maga não aguentou e finalmente tinha cedido ao sono.

– Ela está bem? – Perguntou Lucy, o que fez Natsu se virar de novo e observar a nova situação.

– Tá, só está dormindo. Me ajuda para colocar ela nas minhas costas.

Ao pedido de Gray, os dois foram ajudá-lo a colocar Juvia em suas costas para carregá-la até seu apartamento. Ele se despediu novamente e foi embora carregando a maga da chuva num sono pesado.

– Bem, acho que podemos ir também – Constatou Natsu se virando com os dedos entrelaçados atrás da cabeça, descendo a rua na direção oposta a Juvia e Gray.

– Cadê o Happy? – Lucy perguntou finalmente notando a ausência do exceed.

– Ele disse algo sobre estar cansado e ir comer peixe. Pensando bem, estou com fome também – Natsu comentou.

– Depois eu faço algo pra você comer – Comentou Lucy se apressando para alcança-lo.

– Nah, depois eu peço pra Mira fazer algum tipo de fogo pra mim.

– Por que essa aversão a minha comida? Você não era assim – Lucy reclamou.

Ele trocou de posição, desconfortável com o rumo da conversa.

– Eu só estou mais cansado do que com fome. Só isso – Ele respondeu dando de ombros.

– Nossa, se é assim o que Kei disse realmente verdade – Ela comentou estranhando a falta de apetite do Dragon Slayer. Ele bocejou como se comprovasse o que tinha acabado de dizer.

– Sei lá.

Os dois andaram por mais dez minutos até chegarem no apartamento da loira. Enquanto ela abria a porta Natsu observou a janela por onde ele teve tanto costume de entrar e agora já não fazia mais. Ele sentia falta de andar com ela o tempo todo, de invadir seu apartamento e a cama tão fofinha... Contudo, não era algo que ele poderia voltar a fazer sempre que quisesse.

Assim que entraram no apartamento, Natsu se jogou na cama dela e suspirou.

– Ah, senti sua falta! – Ele comentou abraçando o colchão.

– Ei! Vai tomar um banho primeiro! – Lucy reclamou jogando a toalha nele – Você está todo suado e sujo! Vai sujar minha cama.

– Tá, tá, tá! – Natsu reclamou se levantando e indo para o banheiro.

Ele não levou mais de dez minutos. As queimaduras e ferimentos arderam, então ele não demorou em baixo do chuveiro. Ele saiu colocando um par de calças largas que Lucy arranjou para ele. Tentou não pensar que deviam ser roupas que o Gray deixou lá, apenas colocou e se dirigiu para a cama novamente.

– Espera um pouco – Lucy pediu pegando uma caixinha branca que tinha uma cruz vermelha na frente – Deixa eu dar um jeito nesses machucados.

– Não precisa – Natsu disse fazendo uma careta para os curativos.

– Deixa de ser mole – Lucy reclamou rolando os olhos – Os remédios não vão arder, prometo.

– Se você estiver enganada, o que eu ganho?

– Sei lá... Eu deixo você dormir na minha cama mais vezes? – Ela inquiriu.

– Nah – Natsu respondeu se sentando na cama com as pernas cruzadas e Lucy se sentando de joelhos a sua frente abrindo a caixinha de primeiros socorros ao seu lado – Eu faço isso sempre que quiser já.

– Se é assim... – Lucy disse devagar colocando um pouco da solução numa gaze para limpar as feridas – Então porque deixou de vir? – Ela perguntou baixo, como se tivesse medo da resposta.

– Porque... – Natsu começou tentando achar as palavras certas – Achei que seria estranho.

– Isso nunca te impediu antes – Ela respondeu colocando a gaze numa ferida em seu braço ao que Natsu se encolheu gemendo de dor – Desculpa! – Ela exclamou, mas o Dragon Slayer riu baixo e ela deu um tapa leve – Seu sem graça idiota!

– Desculpa, não resisti – Ele riu baixo e ela voltou a colocar a gaze na ferida limpando-a com cuidado – É que achei que fosse incomodar e isso poderia ser ruim para você.

– Como assim? – Ela perguntou sem tirar a atenção do que fazia.

– Bem... – Natsu coçou a nuca com a mão livre – Se eu tivesse uma namorada, não ia gostar de ver ela saindo com outro cara direto e nem ver esse cara sempre na casa dela... – Ele admitiu e depois fitou o outro ferimento que ela limpava tentando focar em alguma outra coisa – Eu não queria atrapalhar o seu relacionamento.

– Você nunca atrapalharia – Lucy respondeu terminando de limpar as feridas de um braço. Passando um creme por cima dos machucados e colocou curativos – Vira de costas – Ela pediu e ele o fez, poucos segundos depois ele sentiu ela fazendo a mesma coisa com os ferimentos de suas costas – Eu não me incomodaria.

– Mas e Gray? Ele não se incomodaria?

– Eu não sei, mas não importa.

– Como não importa? – Natsu perguntou confuso – Ele é seu namorado, Lucy. Como não importaria?

Lucy mordeu o lábio inferior, largando a gaze de lado e pegando uma pomada para queimaduras e passando em nas costas dele.

– Eu... – Ela tentou achar as palavras – Eu quero dizer que o Gray teria que entender. Você é meu melhor amigo e eu quero você por perto. Não quero e não vou perder sua amizade por conta de um namoro. Você é mais importante que isso.

– Eu não quero ser o motivo de você ser infeliz, Lucy.

– Eu nunca seria infeliz por isso, Natsu. Eu seria se você não estivesse do meu lado.

– Lucy... – Natsu ecoou querendo se virar, mas ela o empurrou para como ele estava.

– Ainda não terminei, não se mexe – Ela reclamou e continuou a falar enquanto passava a pomada onde faltava – Natsu, você me trouxe a Fairy Tail, me deu um lugar, uma família, amigos... Tudo o que eu não tinha até então mesmo sendo criada num berço de ouro. Você lutou ao meu lado, me salvou dezenas de vezes... O que passamos juntos não pode simplesmente ser deixado de lado por outro cara que chegou depois de tudo – Ela respondeu.

– Mas você não vai ficar infeliz se não der certo entre você e Gray por minha culpa?

– Se não der certo não será sua culpa – Ela respondeu – Pode ser minha ou do Gray, mas nunca sua. Nossa relação diz respeito a nós e respondemos por ela, nunca pode ser por outro – Ela terminou de passar a pomada e colocou curativos os machucados – Gray vai ter que entender que você é meu melhor amigo e ele é meu namorado, que são coisas diferentes e que eu não vou deixar de andar com você e fazer tudo o que fazíamos juntos porque estou com ele.

Quando ela terminou de colocar o último curativo, Lucy encostou sua testa nas costas do Dragon Slayer sentindo o calor que seu corpo emanava e suspirou, sem perceber como Natsu ficara tenso com o ato dela.

– Eu sinto falta do meu melhor amigo, Natsu – Ela admitiu.

– Eu também sinto sua falta – Ele respondeu num murmúrio – Mas eu não quero estragar seu relacionamento.

– Natsu... – Ela começou a reclamar.

– Não, ouça Lucy – Ele pediu se virando e segurando as mãos dela – Você é muito importante pra mim. Eu quero te ver feliz acima de tudo. Você merece isso. Por tudo o que passou, pelo o que aconteceu, pelo o que sofreu e por quem você é. Merece um cara que que saiba que quando você desvia o olhar é porque tem algo errado, que você detesta pessoas rudes, que adora doces quentes e odeia o cheiro de peixe, mas que ainda sim sempre deixa um guardado na sua geladeira para o Happy. E também que tem vergonha que leiam suas histórias porque acha que as pessoas vão começar a te julgar pelo o que escreve, que deixa sempre um copo de água na cabeceira porque quando acorda de pesadelos você toma pra se acalmar... Você merece alguém que vai dar valor a tudo isso e amar cada uma dessas coisas em você – Natsu afirmou sem tirar a atenção das mãos dela entre as suas – E eu não quero atrapalhar essa chance que você tem, nem que ela seja mínima. E se eu tiver que me afastar por isso... Eu não ligo – Ele elevou o olhar finalmente olhando para as íris castanhas para mostrar como estava sério – Se eu tiver que ficar longe de você para alguém te fazer feliz te amando, eu não me importo em me afastar.

– Natsu... – Lucy falou seu nome sem saber exatamente como responder ao que ele lhe dizia. Ela não fazia ideia de como Natsu reparava em tantas coisas sobre ela. Eles realmente eram melhores amigos e se conheciam melhor do que ninguém.

– E é isso que vou fazer – Ele disse por fim – Eu vou me afastar para que você tenha chance de ser feliz com alguém que ame.

A última fala de Natsu foi como uma flechada em seu peito. Ela gostava de Gray, mas desde que o mago de fogo se afastou dela, ela sentia uma falta dele quase que insuportável. Ela gostava dos seus momentos com Gray, seus encontros, beijos, abraços... Era legal, mas por vezes ela percebia que era tudo morno. Ela confortável e legal, mas ela não sentia vontade de avançar mais na relação deles e isso não era bom, ainda mais para um namoro tão recente.

Ela amava Gray?

Ela sabia que era apaixonada pelo Dragon Slayer, mas por vezes se perguntava se o sentimento não apenas uma grande admiração. Quando ela e Gray conversaram, ela decidiu tentar. Poderia dar certo, afinal ela o conheceu pouco depois de Natsu. Contudo, ela sentia que o afastamento de Natsu para a aproximação de Gray não valia a pena.

E não deveria ser assim. Natsu não deveria se afastar por nenhum outro.

Lucy estava perto de chegar a resposta e conclusão que tanto temia, por isso decidiu mudar de assunto.

– Vamos, deixa eu ver o outro braço – Ela pediu e Natsu obedeceu estendendo o braço sem curativo nenhum ainda.

O silêncio ficou no ar por alguns minutos, até Lucy achar um novo assunto.

– Sobre você se afastar pelo bem do meu namoro... – Ela começou um pouco hesitante novamente – Foi a Mizuki que sugeriu? – Ela perguntou com uma ponta de ciúmes.

– Que? Não! – Ele exclamou rindo – Na verdade ela tava tentando me convencer do contrário. Que eu deveria continuar como tudo era antes disso acontecer, mas...

Mas eu não aguento. Ele terminou em pensamento.

– “Mas...”? – Ela repetiu querendo saber o resto.

– Mas ela não me convenceu – Natsu respondeu.

– Você é muito teimoso – Lucy exasperou e Natsu deu de ombros – Você nunca falou muito da Mizuki, achei estranho quando ela apareceu e vocês já eram tão íntimos... – Lucy admitiu.

– Bem, Mizuki só aparecia de vez em quando e também sumiu. Não sei se foi porque Aqualifa sumiu no mesmo dia que Igneel e por isso ela não pode ir mais me ver, já que ele quem levava ela, ou se foi porque ela não me encontrou mais... Com o tempo eu meio que esqueci sobre ela.

– Não é sua culpa – Lucy disse antes que ele dissesse o contrário.

– Eu sei. Não foi por querer e Mizuki também sabe disso.

– Você gosta dela? Quero dizer... Ela não é a sua parceira?

– Que?! Não! Eca! – Natsu disse fazendo cara de nojo – Isso seria como namorar minha irmã, é nojento! De onde você tirou uma ideia absurda dessas?

– Ora! – Lucy exclamou constrangida – Vocês andam juntos o tempo todo, você outro dia admitiu que tinha achado sua Parceira e nunca me falou sobre isso, ela apareceu do nada e vocês se dão super bem!

– Eu também ando o tempo todo com você e me dou bem – Ele rolou os olhos – Eu também disse que não era ela e que tínhamos cada um o seu – Natsu disse fazendo careta – Eu nunca te falei sobre isso porque... Não é algo que eu consiga falar assim do nada! – Ele exclamou ficando um pouco sem graça – É que... É alguém que você também conhece e se você souber e ela também souber tudo vai mudar... E eu não quero isso.

– Mas você não quer ficar com ela?

– Quero, mas... Não posso falar nada ainda – Ele falou fitando os ferimentos que Lucy terminava de colocar o curativo.

– Bem, pelo menos sei que é uma garota.

– Que raios Lucy?! – Natsu exclamou pela sugestão dela – Você achou que eu sairia por aí com caras?

– Eu não vejo problema nenhum com isso – Ela deu de ombros – Dragon Slayers só amam uma pessoa pelo resto da vida incondicionalmente, não? Então...

– Não Lucy. Eu não jogo nesse time – Natsu falou fazendo uma careta.

– E você também nunca pareceu ligar para garotas e nem nada...

– Eu já entendi! Não Lucy, eu não curto esse tipo de coisa – Ele falou emburrado.

Eu até poderia te mostrar, mas seria errado. Natsu pensou e em seguida bocejou finalmente o cansaço e sono lhe bateram como um soco na cara.

– Eu vou tomar banho, deixei um lanche para você na mesa. Depois vá dormir no sofá.

– Tá...

Lucy pegou a toalha, uma troca de roupas e foi para o banheiro. O Dragon Slayer estava tão cansado que nem reclamou de dormir no sofá. Quando a maga estelar saiu do banheiro trocada e viu Natsu dormindo na sua cama e babando em seu travesseiro. Por que não estava surpresa?

Ela se aproximou da cama e observou como o mago dormia feito criança depois de um dia agitado. Sorriu, apesar de tudo o que acontecia, Natsu conseguia tranquilizá-la apenas com um sorriso.

– Você foi ótimo hoje. Merece descansar – Lucy comentou acariciando o cabelo dele, o que fez Natsu fechar a boca e mexer um pouco a cabeça como se gostasse do carinho.

Por hoje o deixaria dormir na cama. Não haveria mal nenhum, certo?

Lucy se levantou indo comer algo e arrumar algumas coisas da casa antes de ir se deitar ao lado do Natsu. A casa era dela afinal, por que dormiria no sofá? Empurrou-o um pouco para o lado com sucesso e se deitou ao lado dele cobrindo os dois com um cobertor. Ficou a observar o rosto adormecido em tanta tranquilidade por um tempo. Então se ergueu e depositou um beijo em sua testa.

– Boa noite, Natsu.

E então em poucos minutos ela também dormia envolvida pelo calor do melhor amigo.

.

.

.

Quando Erza chegou com Wendy no refúgio onde o resto da guilda estava e disseram que estava tudo bem, todos decidiram voltar à guilda. Romeo foi levado a enfermaria, pois ainda não tinha acordado, o que preocupou Wendy.

– Vou fazer companhia a ele – Ela avisou Mira que estava saindo do quarto.

– Tudo bem, foi pra isso que você veio, não? – Mira deu um sorriso inocente.

– N-não! M-mira, não é desse jeito! – Wendy gaguejou corando com a insinuação de Mira – É só pro caso dele ter algum sintoma, e... E...

– Ora, ora esses jovens de hoje em dia... – Mira comentou saindo e fechando a porta.

– Não provoque a menina – Erza pediu quando Mira saiu do quarto.

– Eu não consigo evitar! Eles são muito fofos! – Ela exclamou e Erza rolou os olhos para a animação de Mira com um de seus casais imaginários. Embora ela torcesse para o casal também.

Quando voltaram ao primeiro andar da guilda, observaram rapidamente os membros que compartilhavam informações do que houve e se recuperavam. Quando estava no final da escada, Erza sentiu uma forte tontura e precisou se segurar para não cair, com Mira dando apoio para que conseguisse terminar de descer as escadas e se sentar.

– Está tudo bem? – A maga de transformação perguntou preocupada.

– Não sei, me sinto fraca de repente.

– É porque você teve sua magia absorvida – Blume explicou se aproximando – O grandão ali já caiu faz algum tempo – Ela comentou apontando Gajeel por cima do ombro que roncava e babava com a cara na mesa – Ele não vai acordar tão cedo.

– O que significa que vou ter que levar ele pra casa – Lily comentou não parecendo gostar da ideia.

– Todos vocês já sabem da ordem de não ficarem sozinhos, então sugiro que arrume alguém para te fazer companhia – Blume disse.

– Eu já estou indo pra Fairy Hills – Disse Levy.

– Eu posso ir com vocês – Se ofereceu Lisanna – Ajuda nunca é demais.

– Bem, sendo assim eu não tenho escolha a não ser ir com você, Ever. Homens fazem companhia! – Elfman exclamou.

– Quem foi que pediu pra você me proteger?! – Ever respondeu irritada.

– Espera, mas aí a Mira vai ficar sozinha? – Perguntou Lisanna.

– Ela fica lá em casa – Disse Laxus o que fez todos o fitarem surpresos – O que foi? O velho não vai deixar ela ir sozinha, tem espaço e ela terá companhia. Não vejo problema nisso.

– Não, a gente só ta surpreso pro você ter se oferecido – Respondeu Levy.

– Como Erza vai ficar na Fairy Hills – Disse Freed chegando na roda da conversa –, que é o lugar menos perigoso por hora considerando que Lisanna vai para lá, fora as que moram lá. Acho que seria melhor você ir com Gajeel, Levy. Ele só vai ter Lily como companhia.

– Tudo bem – Levy suspirou – Acho que não tem muita alternativa – Ela comentou indo até o Dragon Slayer do ferro e ajudando Lily a levantá-lo.

– Ela nem tentou argumentar – Mira sorriu.

– Controla sua animação, Mira – Lisanna pediu sorrindo já prevendo onde a imaginação dela com o casal iria.

– Com isso resolvido, onde vocês vão ficar? – Mira perguntou a Blume que estava ao lado da Hime que dormia encolhida.

– Não sei ainda. O certo seríamos ir para o hotel com Kei, mas... Não sei se ele e Mizuki estão curtindo o tempo juntos, então não quero arriscar - As garotas coraram diante do comentário de Blume sobre o que estariam fazendo, então Mira se ofereceu.

– Vocês podem ir comigo – Ela sugeriu.

– Na minha casa não entra gatos – Laxus reclamou.

– Ou então ou posso ir pra algum lugar com vocês – Mira respondeu sorrindo com uma indireta de que ou ela iria com as exceeds ou não iria.

– Você não vai passar em algum lugar sozinha, Mira – Laxus disse irritado.

– Eu não vou deixar duas exceeds por aí sozinhas – Ela respondeu sorrindo.

– Certo, leve elas! Mas você vai limpar o pelo da casa! – Ele reclamou dando as costas. Mira sorriu para a exceed e disse para ignorá-lo.

Alguns minutos depois, todos se dirigiam a suas respectivas residências. Como o previsto, assim que Erza tomou seu devido e merecido banho, ela praticamente desmaiou na cama.

.

Na casa de Gajeel, foi difícil colocá-lo na cama, mas Levy conseguiu com algum esforço e ajuda de Lily. O que ela não conseguiu foi se soltar do Dragon Slayer que a agarrou como se fosse um travesseiro. Quando Lily viu que a maga estava presa ele cruzou os braços.

– Nem tente lutar. Gajeel tem a mania de dormir abraçando um travesseiro, embora ele nunca vá contar isso. Ele só solta depois que acorda.

– Eu vou ter que ficar aqui até ele acordar? – Lily deu de ombros como se dissesse que não tinha jeito.

– Tente dormir um pouco. É o que você pode fazer – Ele disse antes de voar até a porta – Boa noite.

– Lily, espera! Não me deixa aqui! – Mas o exceed já tinha voado para fora do quarto, indo para o seu próprio – Lily! – Levy chamou, mesmo sabendo que ele não voltaria.

Levy bufou e cruzou os braços. Seria uma noite longa. Longa, desconfortável e seria muito embaraçosa quando ele acordasse. Depois de alguns minutos ela achou uma posição mais confortável e acabou por adormecer nos braços do Dragon Slayer.

.

Mira havia preparado duas camas feitas de cobertores para as duas exceeds. Blume já se encontrava dormindo na sua, cansada devido a batalha. A maga de transformação acariciou o pelo dela naquela rara oportunidade e sorriu quando Blume ronronou com o carinho. Ela era parte gato, mesmo que ela não gostasse, no final das contas.

Ela saiu do quarto para buscar Hime, que dormia no sofá da sala enquanto ela arrumava as camas. Ela parou na entrada do cômodo e ficou a observar a cena. Hime havia acordado, embora ainda parecesse ter sono, e brincava com os dedos do Dragon Slayer que os mexia para que se intrigasse, mas deixava longe quando ela tentava pegar. Laxus tinha um leve sorriso no rosto ao fazer isso. Ela observou como o rabo da pequena exceed mexia de um lado a outro e quando ela pulava para tentar agarrar.

Houve um certo momento em que Laxus quem a atacou fazendo carinho em sua barriga, mas fazendo a pequena exceed rir de cócegas, o que o fez abrir um pouco mais o sorriso discreto.

– Esse meu neto é um idiota, não? – Mira se virou para Makarov que comentou também observando a cena atrás dela – Ele se faz de durão o tempo todo, quase nunca mostra seu lado mais simpático.

– Só quando ninguém está olhando – Ela observou.

– Ou quando ele acha que ninguém está olhando – Makarov riu.

– Mestre, posso te perguntar algo? – Inquiriu Mira.

– Claro que sim.

– Você vai realmente excluir eu e os outros da missão que você esta preparando? – Ela perguntou fitando o chão aparentemente um pouco magoada.

– Não há o que ser feito – O mestre suspirou – Também não gosto da ideia de desfazer os times... Mas é o mais seguro, menos arriscado, e com menos probabilidades de baixas – Respondeu Makarov.

– É algo tão sério assim? – Ela perguntou.

– Infelizmente – Makarov respondeu.

Antes que Mira perguntasse algo mais, Laxus apareceu ao lado deles, carregando uma (novamente) adormecida exceed pelo cangote.

– Você esqueceu do seu bichinho.

– Não segura ela assim! – Mira exclamou pegando a pequena nos braços gentilmente.

– Eu não estava machucando ela – Laxus respondeu.

– Eu sei, mas não faça isso – Ela bufou e se virou para o mestre – Acho que já vou dormir. Boa noite, Mestre. Laxus – Ela disse cumprimentando cada um e se retirando ao quarto de hóspedes onde ficaria.

Laxus a observou ir, admirando a forma como ela segurava a exceed quase como se fosse um bebê. Mira seria uma ótima mãe, e o cara que a conquistasse seria muito sortudo.

Ou louco.

Ou ele não tinha amor a própria vida se quebrasse o coração dela e tivesse que enfrentar uma guilda furiosa pelo coração da maga.

– Sabe – Makarov comentou desviando a atenção do Dragon Slayer do trovão – Eu não ligaria dela entrar na família. Daria netos lindos.

– Cala a boca, velho idiota.

Makarov sorriu quando Laxus foi para o próprio quarto irritado pelo comentário. Mesmo que não acontecesse, ninguém podia julgar o velho por querer o melhor para o neto. E quem melhor do que Mira? Ele não saberia dizer.

.

.

Gray finalmente havia terminado de limpar os arranhões de Juvia. Poucos precisaram de curativos, e mesmo quando terminou de limpa-la com uma toalha úmida (só para que não ficasse suja) ela não acordou. A princípio ele ficou preocupado, mas a face da maga tão serena e a respiração tranquila era um sinal bom.

Depois de descartar a tolha num cesto de roupa suja, ele carregou a maga até o quarto e a colocou na cama, percebendo que em algum momento, entre o final da tarde e noite, havia se livrado da camiseta e meias. Bem, pelo menos ele estava em casa. Ele ajeitou a maga e colocou um cobertor sobre ela, o que fez a maga dar um leve suspiro satisfeito. Ela provavelmente estava com frio e ele nem notara.

Gray observou a maga por um momento, os cabelos azuis caindo como ondas do mar no lençol, a pele branca parecia brilhar sob a luz do luar. Ele deu um leve sorriso para ela e afastou uma mecha que caiu em seu rosto e parecia incomodar. Juvia murmurou algo que por um momento o fez pensar que ela estava acordada.

– Gray-sama...

Ele sentiu um arrepio e por um momento achou que ela fosse acordar, mas ela apenas mudou de posição, puxando mais o cobertor, tampando boca, nariz e orelhas. O que fez o mago pensar que ela ficou ainda mais adorável.

Gray bufou antes de se levantar e bagunçar os cabelos. O que ele estava fazendo? O colar com o anel parecido com o de Lucy estava bem ali em seu pescoço enquanto ele ficava admirando outra garota adormecida. Ele saiu do quarto fechando a porta com cuidado e se deitou no sofá. Onde já tinha arrumado para que dormisse.

Não que ele tenha conseguido tão facilmente.

Ficar olhando para o teto o fazia pensar em muitas coisas. Como tinha sido uma loucura ultimamente, como ele se incomodou com a distância da maga – Mas ele estava convencido de que era apenas porque ele se acostumou com ela o perseguindo – e também com Natsu se aproximando dela... E o que foi aquela ameaça? Quem era ele para dizer o que era bom ou ruim para Juvia quando ele mesmo...

Exasperado, Gray bagunçou os cabelos e grunhiu irritado. A aproximação de Juvia com Mizuki e Natsu o irritava mais do que a distância que Lucy estava tomando dele, e ela era sua namorada, por Deus!

Ele sabia porque estava incomodado, mas ele mesmo havia dito que iria tentar algo que não fosse no caminho tão... determinado. O namoro com Lucy veio dessa decisão e ele não se arrependia. Gostava da maga estelar. Talvez tenha sido só a forma como as coisas vinham acontecendo. O namoro, a chegada de Mizuki, missões, ataques... E o fato que Juvia quase morreu.

Duas vezes.

Isso fora sem contar daquele flash estranho na luta contra os dragões. Gray ainda tinha pesadelos vívidos com aquilo. Nem sempre era ele morrendo, mas Juvia – E esses eram muito piores e assustadores.

Assim que percebeu que estava indo novamente na direção de pensamentos que não queria, Gray se virou no sofá e começou a pensar coisas amenas como o que ele faria durante a manhã, no que fazer no próximo encontro com Lucy, em como explicar para Juvia porque ela estava em seu apartamento... Por fim o cansaço e o turbilhão de pensamentos que o cansavam foi o que o fez dormir. Isso e o relaxante som de chuva do lado de fora.

.

Kei observava a noite pela janela. Mizuki estava adormecida na cama, sem nenhum sinal de que acordaria tão cedo. O caçador fitava pelo leve reflexo na janela a marca em seu olho esquerdo, uma eterna lembrança de onde veio e porque não podia voltar. Pela janela, ele observava o céu noturno, as estrelas brilhando, vigiando o mundo como sempre.

– Você não precisa se preocupar – Mizuki murmurou enquanto se sentava na cama.

– Não se force – Ele disse se aproximando dela – É claro que vou me preocupar...

– Não precisa – Ela sorriu – Vai dar tudo certo.

Ele ficou em silêncio, então Mizuki passou as mãos por seu pescoço e o abraçou, fazendo com que ele passasse os braços por sua cintura abraçando também numa reação automática a ela.

– Você vai estar comigo. Vai ficar tudo bem.

– Eu vou acreditar em você – Ele murmurou sentindo o perfume de seus cabelos.

– E tem mais...

Kei se afastou um pouco para fitá-la, ela parecia um pouco assustada.

– É sobre END?

– É... Eu descobri onde... Digo, quem ele é.

– Então podemos eliminar ele já!

– Não – Ela interrompeu – É a única coisa que não posso fazer.

Mizuki começou a chorar o que o fez abraçá-la novamente e se deitar enquanto a acalmava.

– Tudo bem, se acalme. Depois me conte tudo, ok?

– Kei... – Mizuki se ergueu um pouco sobre ele, parecia preocupada – Minha missão não é o END.

Kei se surpreendeu, mas percebeu que ela já estava quase desmaiando de sono novamente. Então a deitou novamente e os cobriu, a abraçando para que dormissem. Antes que ela caísse em sono profundo ele decidiu perguntar.

– Então qual é sua missão?

Com muito sono, Mizuki praticamente murmurou as palavras e dormiu novamente.

– Eu já não sei mais.


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Notas finais do capítulo

Cês acham que Mizuki sabia de tudo? Sabe de nada inocente!

E HAPPY FINALMENTE CONSEGUIU SEU PEIXE. Podem chorar de emoção.

E agora? Qual deve ser a missão da Mizuki já que agora nem ela sabe mais? Será que Lucy e Gray vão finalmente cair em si? Alguém tá curioso sobre a "conversa" que eles tiveram que os levou a namorarem?

Bem, me digam! estou toda a ouvidos! :)

Beijinhos!
~-AGL



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