Winterspell (Magia do Inverno) escrita por ArtGirlLullaby


Capítulo 16
Capítulo 16: A exceed e a semi-deusa


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA! DESCULPA! DESCULPA! DESCULPA! TT_____TT

Gente, na correria do casamento da minha tia, esqueci de programar os capítulos! (Eu sempre posto no último domingo do mês e já programo os próximos), então MIL PERDÕES ;-;

Adorei ver leitores novos. Titia aqui ama vocês



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A exceed se acalmou um pouco depois de receber carinho e perceber que Mizuki estava bem. Então ela se afastou e Mizuki sorriu para ela.

– Não faça mais isso! – Então a exceed deu uma cabeçada em Mizuki para a surpresa de todos.

– Ei! Eu to me recuperando! – Resmungou Mizuki.

– Se recuperando de que?! – Perguntou a exceed.

– De um atentado assassino – Respondeu Juvia.

– O que?! – Gritou a gata.

– Juju, dá pra parar de me denunciar? – Pediu Mizuki.

– Mas o que está acontecendo afinal?! – Perguntou Gray bagunçando o cabelo.

Mizuki suspirou e acenou para a gata se aproximar dela, ela virou a gata para os membros ali presentes e a apresentou.

– Primeiro, pessoal, esta é Blume. Minha exceed que aparentemente é gótica apenas para me irritar com o fato de que nunca usará nada fofinho que eu comprar pra ela.

– Já basta esse maldito guizo que você me faz usar – Reclamou Blume.

– É bem útil para saber onde você está – Constatou Mizuki – Você disse que Hime não conseguia me ver?

– Foi. Ela tentou ver o que você estava fazendo, se já tinha encontrado os Dragon Slayers, mas então não conseguiu, nem mesmo dormindo. Entramos em desespero já que o único modo dela não conseguir é...

– É se a pessoa tiver morrido – Suspirou Mizuki – Bem, eu meio que morri e voltei deve ser por isso.

– Como assim?! – Perguntou Blume.

– Te conto isso depois, Blume – A exceed fez uma careta, ao que Mizuki respondeu afagando seu pelo – Você disse que Kei e Hime também estão preocupados, avise eles que estou bem.

– Já avisei, enquanto chorava – Ela falou sem se importar com os presentes ali – Agora me explique isso de atentado.

– Antes, acho que a guilda merece uma explicação e eu prometi que daria respostas. Gray, pode ir chamar os outros, por favor?

– Tem certeza? – Juvia perguntou – Você precisa descansar.

– Está tudo bem, hoje é meu último dia de repouso completo mesmo.

– Eu já volto.

– Ah, Gray! – Chamou Mizuki antes que ele saísse – Chame somente quem foi atrás dos atiradores. Não quero mais ninguém envolvido nisso.

Gray estranhou, mas assentiu antes de sair pela porta.

– Mas os outros se lembram do ocorrido, não devia explicar para eles também?

– Vocês vão entender porque não posso contar a todos. Quanto a lembrança, posso resolver isso depois – Ela sorriu.

Pouco depois, Gray entrava na enfermaria acompanhado de Laxus, Gajeel, Lily, Mira, Levy e o Mestre. Todos se acomodaram como pode e então Mestre começou as perguntas.

– Primeiro de tudo, Mizuki, esperamos você acordar para fazer esta reunião. Quero saber o que houve naquela noite.

– Tudo bem... – Ela suspirou – Primeiro, quero saber o que viram.

– Eu começo – Disse Erza se colocando a frente – Nos dividimos em três times para pegar os atiradores. Dois para cada, seria impossível eles escaparem, mas... – ela engoliu seco ao lembrar de como a pessoa se desfez – Eu e Laxus fomos para sudoeste, Gray e Gajeel para Leste e Lucy seguiu Natsu para o sul. Quando eu e Laxus encurralamos o inimigo, percebemos que ele não era normal, seus olhos eram completamente vermelhos.

– Ela falou algo sobre uma rainha e inverno – Completou Laxus ao relato –, então ingeriu alguma coisa, se contorceu e se desfez em líquido.

– Conosco aconteceu algo parecido – Disse Gray em seguida – Mas o cara tinha os olhos roxos e ele explodiu numa bomba de luz. Não conseguimos nada também.

– E vocês? – O mestre perguntou à Lucy e Natsu.

– Eu... – Lucy respirou fundo – Segui Natsu, mas quando cheguei, tudo estava em chamas... – Ela falou por fim, se sentindo mal por entregar o amigo.

– Você ateou fogo à ele?! – Gritou Erza brava – disse que precisávamos dele vivo!

– Não fui eu! – Natsu se defendeu – Foi algo parecido com vocês, mas comigo ele se incendiou, tentei tirar ele do fogo, mas...

Natsu espremeu os lábios numa linha fina, irritado e envergonhado com o que tinha que contar a seguir.

– Mas o fogo me queimou.

Todos pararam naquele instante observando Natsu sem acreditar.

– Hã? Te queimou? – Erza exclamou.

– Você é o Dragon Slayer do fogo! – Gray disse em seguida - Você não pode ser queimado por fogo!

– Eu sei disso! Acha que eu também não fiquei confuso?!

– É verdade – Lucy afirmou – Fui eu que tive que tirar ele de lá, ele queria entrar para tentar tirar o cara das chamas.

– Não é algo para se ficar surpreso – Disse Mizuki por fim.

Todos a fitaram, a Exceed sentava nas pernas de Mizuki parecia pensativa a maga da água estava apreensiva.

– Explosia, Lumina e agora uma nova... – Comentou a Exceed – Acha que elas descobriram algo? – Perguntou.

– Não – Respondeu ela a Exceed – Provavelmente estavam tentando me levar para arrancarem de mim, ou então eliminar quem lidera contra ela.

– Poderia nos explicar melhor? – Pediu Makarov ao seu lado.

Mizuki se ajeitou na cama e tomou ar para explicar tudo o que vinha pela frente.

– O conhecimento é como o oceano, quanto mais fundo você vai, mais se torna impossível voltar à superfície. – Ela elevou os olhos fitando o grupo todo a sua frente – Eu sou uma semi-deusa, filha da Deusa das águas, rios e mares Iara e um humano, eu nasci com a capacidade de adquirir conhecimento quase infinito sobre o que eu quiser e nunca esquecer uma informação, a não ser que seja de minha escolha.

– Como assim? – Perguntou Juvia ao seu lado.

– Digamos que eu veja alguém morrendo. Se eu quiser me lembrar disso para sempre eu posso, mas também posso bloquear a memória se eu quiser para não sofrer tanto.

A outra maga assentiu e ela continuou olhando para todo o grupo.

– Conhecimento é poder. Se você tiver conhecimento o suficiente sobre algo e o que é ligado a ele, você pode mudar tudo. Na magia, por exemplo, se você tiver um livro de inscrições e tentar executá-lo, provavelmente será bem sucedido se tiver as ferramentas e capacidade o bastante. Porém, se você aprender a usar essas magias, memorizar os encantos e controlar sua magia, você excederá o que seria possível para um mago comum e poderá não só criar novas técnicas, mas como uma magia inteiramente nova. No meu caso, não foi colocado exatamente um limite por conta de quem sou. Não sei qual é meu limite mágico ainda, só sei que ele é maior que o normal de um mago.

– Quanto acha que é? – Perguntou Levy curiosa.

– Talvez o dobro... Eu nunca testei– Respondeu Mizuki.

– E o que aquelas pessoas tem com isso?

– Conhecimento é poder e meu conhecimento é semi-infinito. Eu já não tenho um limite normal por ser uma semi-deusa, juntamente com o conhecimento e a afinidade maior com o elemento...

– Você se torna uma ameaça, entendi – Disse Erza pensativa – Seu elemento é água, como seu elemento tem em toda parte você se torna praticamente incencível.

– Incomparável é a palavra certa. Eu tenho muitas fraquezas também, esse selo – Mostrou o braço – É uma delas.

– O que é isso?

– É um bloqueio de magia – Respondeu Natsu.

– Isso existe?! – Exclamou Gray – Achei que fosse boato.

– Não é. Aplicaram isso na Mizuki na última missão que realizamos. Só percebemos quando conseguimos escapar do ataque e vir para guilda – Respondeu Juvia.

– Eles não colocaram isso em mim por acaso, eram enviados das pessoas que querem me matar ou levar com elas.

– Espera – Pediu Laxus estendendo as mãos confuso – Se elas querem te matar, porque tentariam sequestrá-la?

– Porque a ordem deve ser algo do tipo “traga ela viva ou morta, se com vida melhor” – Ela explicou – Eu descobri algo sobre algumas pessoas e impedi que elas realizassem seus planos. Agora elas se dividiram. Algumas me querem morta, outras me querem viva para que eu conte onde escondi a chave do plano delas.

– O que eram aqueles atiradores? – Perguntou Gajeel.

– Eram pessoas comum... Quer dizer, um dia foram – Antes que alguém perguntasse, Mizuki prosseguiu – Ao norte está se concentrando uma grande quantidade de malignidade. São tantos e tão fortes que o poder maligno está corrompendo as pessoas apenas por elas se aproximarem do local onde elas se reúnem.

– Mas então não tinha como salvá-las?! – Lucy se exalta.

– Infelizmente não – Mizuki suspira – O que é corrompido não é a pessoa em si, mas sua alma – Diante da tensão que cai no ambiente, Mizuki decide explicar melhor – A magia maligna ao norte vem de seres que já não tem mais salvação, eles se aproximam de demônios, com a diferença que elas escolheram isso. Quando a pessoa se corrompe, ela vira uma marionete do ser que a corrompeu. Não há mais vida ali, somente um corpo... Vocês disseram que eles beberam algo, não?

– Sim! – Levy exclamou tirando o frasco com o que Erza tinha colhido do bolso – Erza recolheu isso do atirador dela.

Antes que Levy notasse, Blume já tinha pego o frasco de sua mão e entregava a Mizuki que imediatamente o fez evaporar e o prendeu uma bolha de gelo. Então entregou para Blume e abriu a janela.

– Já sabe o que fazer.

Blume saiu voando, sem dar tempo que alguém fizesse algo para impedir o que acontecia. Mizuki calmamente explicou que aquele líquido era extremamente perigoso e pediu para que Levy dissesse o que havia descoberto.

– Não achei muita coisa, somente que era um veneno imediato com base mágica que há muito foi proibido pelo conselho.

– Não é só isso – Mizuki negou com a cabeça – o mínimo contato com ele, mesmo que seja uma gota em sua pele, é o bastante para distorcer sua alma, se ingerir ele te corrompe por inteiro.

Levy tremeu. Esteve em contato com o líquido quase que diariamente pesquisando, sem saber do real perigo que ele era. Se ela tivesse decidido fazer algum experimento ou teste... Sentiu mais um arrepio pelo seu corpo e se abraçou. Gajeel percebeu como ela estava, então colocou uma mão sobre sua cabeça discretamente (já que estavam no canto ninguém reparou), e sussurrou que já havia passado. De fato, aquilo lhe acalmou um pouco e ela suspirou.

– O que ela foi fazer, então? – Perguntou Lily olhando pela janela.

– Ela foi dispersar. Blume tem algumas habilidades que lhe fazem capaz de fazer isso sem colocar em risco sua vida – Mizuki sorriu.

– E por que essas pessoas estão atrás de você? – Perguntou Laxus.

– Porque minha missão é impedir essa energia maligna de se espalhar, que é o objetivo deles. Além disso eu não detenho somente o conhecimento de impedir como o que avançar...

– É pelo tal da chave que se referiu? – Perguntou Gray.

– Também. O que acontece é que tanto para impedir como para realizar a Winterspell, é necessário as mesmas coisas. Os mesmos elementos chaves, a reunião deles e por fim, uma magia em conjunto.

Mizuki se ajeitou na cama mais uma vez, e abriu as mãos como se segurasse algo. Uma bolha se fez ali e em seguida expandiu-se para que todos vissem melhor. No momento em que ela realizava isso, Blume voltou e ficou de pé ao lado de Lily e Happy.

Dentro da bolha era possível ver um símbolo, como de um sol e ao lado dele com alguns outros fazendo um círculo em si.

– Winterspell está selada por hora, o selo renasce a um curto ciclo vitalício em outro. Esse selo é a garantia de que o ser do gelo permaneça selado. Os Elementos da vida estão pelo mundo. Para realizar a Winterspell, é necessário que de reúna todos os Elementos da Vida, sugar o Elemento Vital de cada um e sacrificar o selo, para então romper a magia contida e trazer de volta o ser que rege Winterspell.

Conforme Mizuki explicava, a ilusão criada dentro da bolha refletia o que ela dizia. Com os símbolos ao redor perdendo cor e luz, tornando-se cinzas como pedras e o do meio (que representava o selo) se quebrando e sumindo.

– E para conter? – Perguntou Makarov.

– Para conter, é necessário que a pessoa que carrega o selo utilize sua magia para renovar a magia vitalícia dele, os Elementos da vida não precisam estar presentes, quando o é refeito a magia aplicada volta para eles e uma parte dela vai para um novo portador.

Conforme ela disse, os símbolos apareceram novamente, dessa vez os que símbolos antes em círculo estavam espalhados, e o selo continuava no centro. Os raios do símbolo do selo se expandiram indo aos outros símbolos, que piscaram e continuaram ali, enquanto o que restara do símbolo do selo (que era apenas um círculo) sumiu e então virou uma pena flor que lembrava o símbolo de sol que era antes.

Em seguida Mizuki desfez a bolha e passou a aguardar mais perguntas.

– Então você está procurando esses elementos para impedir... – Lucy pensou alto – Mas não seria mais fácil deixá-los espalhados?

– Seria, o problema é que poucos deles sabem o que sua magia realmente significa. Aquelas criaturas malignas estão procurando os portadores. Se elas conseguirem encontrar todos antes de mim e corrompê-los... – Ela balançou a cabeça – Será tarde demais...

Blume voltou a voar em direção a Mizuki e ficou ao seu lado, observando-a atentamente.

– Você está cansada. É melhor descansar.

– Eu concordo – Disse Makarov chamando a atenção sob si – Além disso acho que você quer conversar um pouco com sua amiga – Ele sorriu sendo retribuído – Juvia você também precisa descansar um pouco, assim como Natsu.

– Mas...!

– Eu cuido dela – Respondeu Blume interrompendo ambos – Não se preocupem, fiz isso boa parte da minha vida.

– Quanta modéstia! – Disse Mizuki com a mão na cabeça dela – Fala como se eu fosse uma bebê.

– Não deixa de ser.

Mizuki automaticamente começou a apertar as bochechas peludas de Blume esticando-as em direções opostas reclamando do comentário, enquanto Blume se negava a pedir desculpas.

– Bem, acho que por hoje é isso. Vamos todos.

Todos começaram a se despedir de Mizuki e desejar melhoras, tinham muito o que pensar com as revelações da semi-deusa e da exceed. A exceed disse que mais dois estariam vindo para ver Mizuki, e eles não deixavam de pensar quem seriam.

Ao se verem sozinhas na sala, Mizuki tomou uma postura um tanto séria e autoritária.

– Conseguiram algo?

– Não muita coisa – Suspirou Blume – Sandie ainda está no deserto com America. Mas ainda não temos notícias dos outros, com exceção dos que já escondemos... Só falta a Fonte da Vida e podemos continuar o plano.

– Eu encontrei.

A afirmação convicta e resoluta fez Blume ficar num misto de espanto e surpresa. Então ela tomou a mesma pose séria de antes, andou um pouco de um lado para o outro pensativa e voltou a falar.

– Se é assim precisamos agora apenas esperar por Kei e Hime, então decidir como faremos para reunir todos... – Ela voltou a olhar para Mizuki – Onde está a Fonte da Vida.

– Está aqui. Na Fairy Tail.


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Notas finais do capítulo

*sai assoviando enquanto os forninhos explodem*

Algumas coisas foram explicadas aqui, outras serão explicadas quando o tal cara chegar lol

O que acharam? Esclareceu muito? Mais alguma dúvida? Só comentar pra eu saber, eu sempre respondo com muito amor