Winterspell (Magia do Inverno) escrita por ArtGirlLullaby


Capítulo 12
Capítulo 12: O que vem da água à água retorna


Notas iniciais do capítulo

Gente, tantos leitores novos, tem até stalkers! (É, to sabendo de vocês lol)
MUITO OBRIGADA por acompanharem a história!
Espero que gostem do que vem por aí!



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– MIZUKI!

Diferente de Juvia, Natsu não conseguiu gritar. O torpor com o choque do que acontecia diante de si era grande demais. O corpo de Mizuki caiu ao chão e ela tossiu um pouco de sangue, tentando respirar e Juvia correu para seu lado chorando e gritando em desespero. Bizuka tentava acalmar a filha que levara um susto com o que houve e – por sorte – Azuka não viu a Dragon Slayer levando os três tiros, Levy tinha as mãos tampando a boca como se segurasse o grito de horror, Happy estava abraçando Lucy chorando completamente assustado. Erza, Gajeel e mais alguns outros da guilda se perguntavam o que havia acontecido e ficaram sem reação. Cana começou a usar as cartas para tentar chamar ajudaeNatsu ainda estava lá parado com o corpo paralisado, sem saber o que fazer ou reagir.

– Mizuki! Aguenta firme! – Gritava Juvia tentando parar o sangramento com as mãos.

– Alguém chame a Wendy! – Gritou Lucy correndo para onde Mizuki estava.

– Ela ainda não voltou da missão! - Cana respondeu num tom desesperado vendo que sua carta não estava funcionando.

– Chamem Polyuska! – Gritou Lisanna também indo em direção à maga sangrando.

– Ela não tem nenhum contato porque odeia humanos! Não dá tempo de ir até lá chama-la – Respondeu Freed sem saber o que fazer.

– Eu vou voando até lá, talvez eu consiga a tempo! Freed, coloque uma runa de velocidade em mim! – Avisou Evergreen, Assim que Freed o fez, ela saiu voando pela porta da guilda.

Natsu finalmente chegara até Mizuki, ele observou o sangue se esvaindo, com Juvia chorando sobre Mizuki que tinha problemas para respirar e Mirajane aplicando primeiros-socorros, Lucy invocara Loke para ajudar, mas ele também não sabia muito bem o que fazer. Estavam todos alarmados e em choque demais para pensar em algo.

O Dragon Slayer se abaixou ao lado de Mizuki e segurou sua mão, ela o fitou, mas seus olhos pareciam não manter um foco, ela tentou dizer algo, mas não conseguiu. Natsu apenas apertou sua mão mais forte, deixando uma lágrima cair enquanto rangia os dentes.

– Natsu, Gray, Gajeel, Lucy e Laxus! – Chamou mestre Makarov furioso – Vão atrás dos responsáveis por isso antes que eles escapem! Tragam-nos aqui!

– Pode deixar, velho! – Gritou Laxus – Ninguém mexe com uma fada!

– Vamos, não temos tempo a perder!– Gritou Erza enfurecida.

Natsu se levantou devagar tremendo enquanto fechava e incendiava os punhos, Mizuki murmurou algo para ele, mas foi ignorada. Quando Natsu abriu os olhos, havia uma fúria anormal nunca sentida por ninguém ali antes.

– Sim... Eu já estava planejando isso mesmo – Natsu falou lentamente antes de olhar para fora, respirar fundo e sair correndo seguindo o cheiro das balas.

– Vamos pegar esses desgraçados! – Gritou Gray, também correndo para fora.

– Um deles foi para o leste! – Gritou Gajeel mudando a rota.

– Vou com você! – Avisou Gray seguindo Gajeel.

– Laxus, consegue sentir o cheiro do terceiro? – Perguntou Erza correndo já pelas ruas de Magnólia.

– Sim, ele parece estar indo a sudoeste.

– Ok. Lucy, vá com Natsu! – Avisou Erza.

– Por quê? – Perguntou confusa.

– Com Mizuki naquele estado, você é a única que vai conseguir manter ele sob controle. Ele está fora de si.

– Por que acha isso?

– Não é hora para explicar! – Exclamou Erza, já tomando o rumo em que o atirador perseguido estava indo – Não deixe que Natsu o mate!

– Erza! – Chamou Lucy, mas Erza desapareceu entre as ruas de Magnólia.

Lucy respirou fundo e começou a correr na direção ao Sul, onde Natsu se dirigiu mais cedo. Loke a chamava querendo voltar ao lado de fora e ajudar de alguma forma, mas a prioridade dela no momento era encontrar o atirador e Natsu. Pensou em como Happy estava nervoso com a cena, Lucy o deixara com Lisanna que também estava ajudando a cuidar de Mizuki quando saíram.

Houve uma explosão a alguns metros de distância, ela tentou acelerar, rezando para que não fosse tarde.

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Gray tentou capturar o atirador congelando o chão, mas ele apenas desviou e começou a patinar no gelo.

– Mas que mer...

– Ei! O que pensa que está fazendo?! – Reclamou Gajeel.

– Eu sei! Eu sei! – Disse Gray descongelando o chão e fazendo uma bazuca de gelo, tentando acertar o homem.

Gajeel deu o sopro do Dragão de Ferro no assassino, mas ele desviou do ataque. Gray decidiu atirar flechas de gelo, mas o atirador parecia prever os movimentos deles.

– Eu vou por cima! – Avisou Gray, fazendo uma escada de Gelo e começando a seguir pelo alto.

Gajeel ainda tentava acertar o atirador, sem sucesso. Gray tentou ganhar alguma vantagem e criou um muro de gelo feito de espinhos em seguida pulando para cercar o adversário. O Dragon Slayer de metal cuspiu balas de metal que atingiram o assassino nas pernas, impedindo que ele pudesse fugir.

– Você não pode mais fugir. E agora... Vai desejar nunca ter ferido uma das fadas – Avisou Gray.

– A fúria da Fairy Tail é algo assustador, acredite – Sorriu Gajeel sombrio.

– Vamos lá, comece a falar quem é você! – Disse Gray puxando o capuz do homem.

– Mas que merda é essa?! – Exclamou Gajeel levando um susto e dando um passo para trás junto com Gray.

O atirador que eles perseguiam tinha os olhos completamente roxos. Sem uma pupila, íris ou algum separação, seu globo ocular inteiro era roxo. O homem sorriu e de sua boca saiu uma voz sobrenatural e desumana.

– Não preciso mais disto... – Com isso o homem riu e pegando uma pequena garrafa num formado pendular, destampou e bebeu até o fim.

Assim que ele terminou de sorver o líquido, ele teve espasmos e convulsionou no chão. Gray e Gajeel tentaram entender o que poderia estar acontecendo, aquele cara não parecia humano... Não mais.

Os membros se retorcendo, os estalos de ossos quebrando e se deslocando eram agoniantes. O corpo dele começou a brilhar de dentro para fora, sua pele criou rachaduras de onde exalava a luz branca, a boca e olhos começaram a emitir a mesma luz.

– Mas o que... – Dizia Gajeel.

– Cuidado! – Gritou Gray.

O corpo então se explodiu como uma bomba de luz, espalhando raios ao redor. O clarão foi se desfazendo aos poucos. Gray abaixou o escudo de gelo que fez improvisado com Gajeel olhando por cima dos ombros do mago de gelo o local onde antes o atirador estava.

Apenas alguns rasgos de roupas restavam ali. Não havia sinal algum do corpo, da arma, nem nenhuma outra pista que poderia leva-los a descobrir quem mandara matar Mizuki. Eles se aproximaram lentamente do local, ainda um pouco perplexos. Gray se abaixou e pegou os vestígios do que um dia fora o casaco do assassino, mas não havia nada, nem mesmo o vidro da poção que ele usara.

– Ele já estava pronto para morrer – Comentou Gajeel – Que idiota.

– Não, ele parecia estar possuído por algo muito forte. Não era humano.

– De qualquer forma, não temos mais nada aqui. Melhor voltarmos, temos que avisar aos outros o que houve e saber como está a Gotinha.

– Gotinha? – Comentou Gray para o apelido.

– Tem algum problema?

– Nenhum – Respondeu ele por fim dando de ombros, ambos voltando para guilda frustrados e perplexos com o que presenciaram. Ainda havia uma cena muito mais perturbadora que eles veriam.

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Enquanto isso, Erza trocara de armadura e voava por suas asas de metal, seguindo o atirador. Ela atirou algumas das espadas, mas ele parecia trocar de lugar sempre que ela achava ter acertado. Do chão, Laxus também não estava tendo muito sucesso em acertá-lo, todo raio lançado era desviado por milímetros. O atirador não parava de correr para lutar, o que era relativamente estranho. Erza chamou Laxus e indicou uma direção, o Dragon Slayer assentiu entendendo o recado. Ele atirou raios do lado esquerdo do inimigo e ele instintivamente desviou para a direita, entrando num beco sem saída.

– Fim da linha – Anunciou Erza, ainda voando a alguns metros atrás de Laxus, preparada para caso ele tentasse fugir.

– Verme, é melhor você ir dizendo quem te mandou, antes que percamos a paciência.

Laxus ouviu um riso baixo vindo do fugitivo e ficou alerta, ao ver o Dragon Slayer ficando tenso, a Titânia também se preparou. O atirador abaixou o capuz, se revelando numa moça quase da idade deles. Ambos ficaram perplexos ao perceberem que seu globo ocular era completamente vermelho e tinha o que parecia vasos sanguíneos na cor vermelha expostos ao redor de sua face.

– É parece que é o fim da linha para mim – Sorriu a garota, numa voz que os fez sentir um arrepio.

– Quem é você? – Perguntou Erza sendo autoritária.

A garota continuou olhando para eles, sem uma reação ou resposta.

– O que você é? – Perguntou Laxus se irritando.

– Vocês são puramente vermes...

– Eu não me importo se você é humana, demônio ou o que quer que seja, você feriu uma das fadas e vai pagar por isso! – Gritou Erza jogando uma lâmina na garota que para surpresa dela não desviou e deixou que a espada fosse cravada em seu estômago.

– Mas o que... – Indagou Laxus observando a garota retirar a espada.

– Nossa verdadeira rainha está voltando – Comentou, então pegou de dentro da sua blusa um frasco em um formato pendular e ergueu como se fosse uma taça – Longa vida à Rainha!Winterspell!

– Não!

Então a garota ingeriu o conteúdo do frasco em apenas um gole. Assim como o outro, ela caiu ao chão convulsionando e retorcendo seus membros até que os vasos sanguíneos de seus olhos cresceram e fizeram um caminho por todo o corpo da garota. Em seguida o corpo dela se desfez se derretendo até atingir o estado líquido do próprio sangue.

A titânia voltou a sua armadura normal e observou o cenário a sua frente horrorizada, Laxus tentou se manter firme, mas estava igualmente chocado. Havia sangue por toda parte, ninguém observando aquilo um dia iria pensar que fora uma garota. Erza colocou uma mão na boca, tentando conter a vontade de vomitar. O que levaria uma pessoa a ficar em tal estado e tomar algo que faria algo daquele tipo?

– Ela estava pronta para morrer caso falhasse em sua missão ou fosse pega.

Erza se aproximou cuidadosamente examinando o que sobrara das roupas da atiradora, encontrou o frasco e, com um lenço, pegou-o examinando cuidadosamente.

– Isso ou o lugar para onde ela voltaria iria fazer algo muito pior e ela preferiu morrer do que retornar – Respondeu entregando o frasco a Laxus – Vamos voltar à guilda. Vou pedir para que Levy olhe isso e procure sobre algo a respeito.

E assim os dois também tomaram o caminho retornando para onde tudo começou.

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– Natsu!

Lucy chegou ao local da explosão e observou Natsu que olhava surpreso para o fogaréu. Ela não soube como se aproximar, já que mais cedo ficou tomada de medo pela reação dele. Deu passos lentos até ele, sentia que precisava ajuda-lo. Precisava fazer algo. Ele parecia não tê-la notado ali ainda, mas não ligou. Quando estava a alguns passos de distância, ela ergueu sua mão em sua direção, tentando alcança-lo...

Seja lá onde ele estivesse perdido em sua mente.

– Natsu... – Ela sussurrou.

– Não brinque comigo! – Gritou ele, fazendo-a se afastar um pouco – Você não pode ter simplesmente explodido sem um motivo sem nada! Você não pode morrer! Não venha com essa! – Ele gritava para o crepitar das chamas – Eu vou fazer você pagar pelo o que fez, miserável!

Natsu correu na direção do fogo, mas se afastou em seguida soltando um grito de dor. Lucy o chamou preocupada e se aproximou de onde ele estava caído, não acreditando no que via. No braço de Natsu havia uma ferida feita pelo fogo no qual ele tentara entrar...

Natsu havia sido queimado pelo fogo.

Natsu, o Dragon Slayer do fogo, filho de Igneel o Rei dos dragões de fogo havia sido queimado. Ela olhou temerosa para as chamas que diminuíam aos poucos. Que tipo de fogo poderia fazer tal coisa à um mago de fogo? Lucy não sabia a resposta, mas soube naquele momento que seja qual fosse a força que enfrentavam, estava além de suas expectativas e talvez se suas forças. Era algo além do perigoso, algo que nunca haviam encarado antes.

O mago ao seu lado voltava a se levantar, mesmo ela pedindo para que ele não tentasse mais nada.Natsu voltou a tentar consumir o fogo e entrar por entre as chamas, mas sempre era repelido e levava mais alguma queimadura.

– Natsu! – Ela o chamava, mas ele não estava em si. Apenas queria entrar nas labaredas e enfrentar o inimigo que feriu sua amiga de infância, que a esse ponto, ele rezava para que estivesse bem.

Lucy deixou algumas lágrimas caírem, quando ele estava pronto para tentar novamente, ela passou seus braços pela cintura dele e o abraçou forte contra si, deixando as lágrimas que ela segurou, desde que viu o tiro em Mizuki, caírem. Natsu passou e o baixou o olhar para os braços que o seguravam, observando a marca da FairyTail na mão direita da garota que ele tanto amava.

– Por favor, pare... por favor – Pediu.

Natsu fechou os olhos naquele momento, aproveitando o momento e sentindo-se acalmar por aquele gesto. Somente o Parceiro de um Dragão tem completo controle sobre ele, podendo inclusive apaziguar e diluir a fúria dele. Natsu viu o quanto ela tremia.

– Tudo bem, Lucy. Está tudo bem.

Ele sentiu Lucy negando com a cabeça em suas costas, incapaz de dizer qualquer coisa, então ele pegou seu pulso e desfez o abraço, virando-se para ela em seguida. Ela tinha os olhos fechados e chorava. Natsu enxugou as lágrimas com a mão direita, enquanto a esquerda ainda segurava os pulsos dela. Ele elevou o rosto de Lucy e tocou sua testa junto a dela.

– Lucy, abra os olhos – Ela novamente negou com a cabeça – Olhe para mim.

Receosa, a maga estelar abriu os olhos para encontrar os olhos verdes escuros de Natsu e um leve sorriso que ela não se lembrava de ter visto nele. A queimadura que ele levara no rosto já estava se curando, numa velocidade que era difícil de acreditar.

– Viu? Eu disse que estava tudo bem.

Ela assentiu retornando o sorriso dele. Sem que percebessem, os olhos voltavam a se fechar conforme eles se aproximavam ainda mais, Natsu soltou o pulso dela deixando sua mão escorregar até a mão de Lucy.

Foi nesse momento que ele sentiu o frio do anel de gelo e despertou. Arregalando os olhos, ele se afastou subitamente retomando o controle sob si. Lucy abriu os olhos assustada com a ação súbita do Dragon Slayer.

– Natsu?

Ele não respondeu, apenas voltou a fita-la com expressão neutra e depois para o fogaréu, que agora, se desfazia em cinzas. O mago de fogo se aproximou e pisoteou um pequeno foco de fogo, apagando-o ao esfregar no asfalto.

– Não tem mais nada a se fazer aqui – Ele comentou frustrado, bagunçando seu cabelo mais ainda se se virando – Vamos voltar.

Lucy ficou um tempo tentando entender o que houve exatamente, até que lembrou-se do que estava prestes a fazer com Natsu e corou fitando o anel em sua mão. Como ela podia ter essa vontade tão grande e ficar tão triste por não ter acontecido quando estava namorando Gray?

Ela decidiu seguir o conselho de Natsu e voltar a guilda. Estavam na metade do caminho, andando calmamente imersos em pensamentos quando uma chuva forte caiu de repente.

– Não tinha nenhuma previsão para chu... – Lucy parou de falar imediatamente ao perceber o que aquilo significava.

– Mizuki! – Gritou Natsu correndo em direção a Guilda sendo seguido por Lucy.

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Lisanna estava tentando confortar Happy que chorava em seu colo, Mira tinha um olhar piedoso para o gato. PantherLily sentia a mesma frustração por não poder ajudar. Erza e Laxus chegaram encharcados da chuva, não foi necessário perguntar, o clima tenso e o olhar triste dos que ainda estavam na guilda deixava bem claro o que houve.

Gray e Gajeel entraram em seguida ofegando, pois Gray começara a correr assim que começou a chover, preocupado com Juvia. O mago de gelo ergueu o olhar para Mirajane que estava no balcão.

– Como ela está?

Mirajane apenas anuiu com a cabeça, dizendo que não houve jeito. Gray estava perguntando por Juvia, mas a resposta servia para ambas as magas de água. Ele subiu as escadas para a enfermaria correndo, mas na porta ele foi impedido de entrar por Lisanna e Elfman.

– Me deixe entrar!

– Gray. Não – Respondeu Lisanna num tom estativo que ele nunca ouvira dela.

– Por que...?

– Não – O mestre respondeu ao lado dele – Deixe-a sozinha um pouco. Você não vai ajudar.

Gray encarou a porta de madeira sem saber o que fazer. Ele podia ouvir o choro dela, estava claro pela tempestade que caia do lado de fora. Ela estava do outro lado da porta e por mais que quisesse entrar, ele sabia que não podia ajudar em nada. Conhecia bem tal dor, queria conforta-la. Quando cerrou os punhos sentiu a aliança de gelo em seu dedo e entendeu porque não o deixavam ir confortá-la. Como poderia? Ele o homem que ela amava a confortar para depois voltar aos braços de outra? Mesmo que fosse como amigo, isso não iria ajudar. Não a Juvia, só iria retirar esse peso de sua consciência.

As portas da guildas foram abertas por um chute e Natsu entrou num estado alarmante junto com Lucy.Ele olhou para o palco onde ela estava, sem encontrar procurou freneticamente até repousar o olhar no mestre Makarov que apenas abaixou a cabeça.

Não.

Aquilo não podia estar acontecendo. Não assim. Não ela. Não agora. Não daquele jeito. Não com ele logo ali. Não. Não. Não! Não!Não!NÃO!

– Nós tentamos de tudo, mas não conseguimos salva-la, Natsu – Disse Levy começando a chorar enquanto falava – Eu sinto muito.

Natsu olhou para a porta da enfermaria e correu para lá ignorando tudo e todos. O olhar perdido e desesperado, cheio de medo. Aquilo não podia ser verdade. Quando chegou na porta, empurrou Gray para o lado fazendo-o cair no chão e abriu a porta com força, fazendo-a bater na parede e voltar a fechar-se um pouco. Gray pode ver nos poucos segundos em que ficara aberta Juvia com lágrimas sentada numa cadeira a frente de Mizuki, a porta voltou a se fechar.

– Natsu... – Ele ouviu ela dizendo, sem se preocupar com sufixos ou algo do tipo – Nós tentamos... Tentamos de tudo... Mas... Mas... – Juvia começou a chorar compulsivamente.

Natsu se aproximou lentamente da cama onde Mizuki repousava silenciosamente. Ele apurou os sentidos, mas não pode ouvir a respiração da amiga, nem as batidas de seu coração... Ela havia partido. Ele segurou a mão dela, ao perceber como estava gelada, ele caiu de joelhos e deixou as lágrimas caírem.

– Não... – Ele murmurou – Não! – Ele gritou e então começou a chorar.

Juvia se apoiou no ombro do Dragon Slayer, o único lugar onde poderia usar para chorar no momento.

Do lado de fora da porta, todos podiam ouvir os rugidos sofridos do dragão. Gray desceu as escadas, ainda com um olhar perdido, sem rumo. Quando estava ao pé da escada, Lucy tentou subir, mas ele apenas ergueu um braço impedindo a passagem. Ela o olhou confusa e ele apenas negou com a cabeça. Eles não poderiam ajuda-los.

Gray a segurou pela cintura e puxou para si, abraçando-a, tentando dar algum consolo e buscar algo nela. Lucy estava com a cabeça longe, ela sentia necessidade de estar com Natsu nesse momento, como se sua presença apenas fosse ajuda-lo do mesmo modo que acalmou-o quando ele queria entrar no fogo.

O casal estava ali abraçado, buscando uma solução para a angústia de seus corações, quando na verdade queriam estar consolando outras pessoas.

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Se passou duas horas, Makarov estava no quarto com eles, tentando acalma-los e resolvendo algo. Quando finalmente saíram, ambos estavam abalados demais. Natsu carregava o corpo de Mizuki em seus braços como se ela fosse uma boneca de porcelana que poderia ser quebrada com o menos descuido, Juvia estava ao seu lado dando um apoio emocional apenas por segurar o braço dele levemente. A chuva estava diminuindo devido ao cansaço de Juvia.

Todos estavam exaustos, foram muitas emoções diferentes demais em poucas horas.

Natsu caminhou pela guilda sem pronunciar uma só palavra, assim como Juvia. Ele foi para a porta dos fundos e todos olharam para Makarov confusos.

– Mizuki tem o corpo feito de água assim como Juvia. O homem vem do pó e ao pó retorna, o que vem da água a água retorna – Explicou Makarov – Então vão colocar ela na piscina para ela se desfazer e descansar em paz. Podem ir até eles se quiserem.

Todos assentiram. Lentamente e aos poucos, todos foram até os fundos da Guilda onde se encontrava a piscina. Natsu e Juvia foram até lá e juntos deixaram o corpo de Mizuki boiando ali. Juvia se afastou e saiu da piscina. Natsu ficou um tempo, ajeitando o cabelo da Dragon Slayer, de modo que flutuasse na água e deu um beijo em sua testa.

– Descanse,MizukiAquaclifa.

Depois disso, mago saiu da piscina também, não olhou para trás, não tinha certeza se queria presenciar a amiga sumindo. Observou Juvia que ainda parecia bem abalada e colocou a mão em sua cabeça, como se dissesse que ele entendia. A maga respondeu colocando sua mão no ombro dele. A chuva diminuíra bastante, mas a dor ainda era muita.

Ninguém sabia ao certo se deveriam ficar ali, então todos abaixaram o olhar, mas continuaram presentes em respeito a companheira.

Quando Juvia voltou a erguer os olhos, soltou uma exclamação o que surpreendeu a todos, prendendo a atenção nela.

– Juvia? O que...

Antes que Natsu terminasse a frase, Juvia ergueu a mão de seu ombro e virou o rosto de Natsu para onde Mizuki estava na piscina. A atenção foi voltada ao corpo da maga que jazia ali e assim como Juvia, todos ficaram surpresos com o que viram.

A água se tornara esbranquiçada, brilhando de leve enquanto o cabelo de Mizuki estava brilhando.


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Notas finais do capítulo

CORTA! :D
Espero que tenham gostado! Adoro Cliffhangers xD
Teorias? Só deixar nos comentários, quem sabe eu não deixo alguém vivo até o final da fanfic? ;3
Beijinhos!
~-AG



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