The Basketball which Love Plays escrita por Víbora


Capítulo 2
Capítulo 1 - Primeiras Impressões


Notas iniciais do capítulo

Comemorem por eu não ter demorado muito. Eu vi que tem gente acompanhando aí, eu espero o comentário de você dessa vez!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/528707/chapter/2

Era começo de ano e a ruiva era nova no país. Tinha conseguido passar em três escolas, mas como sua primeira opção não possuía um clube de basquete, ela ficou com a segunda escola, mesmo que seus pais não soubessem e seu irmão estudasse em sua terceira opção. Kagami Hailey definitivamente iria jogar basquete no clube feminino da Touo Gakuen, mesmo que tivesse de ir contra seus pais rígidos. Ela às vezes se perguntava por que eles não eram assim com Taiga.

Hailey passou pelo largo portão preto, seus olhos rubis observavam a tudo, via muitas pessoas de clubes distintos distribuindo folhetos, mas nada daquilo lhe interessava, foi quando avistou algumas meninas com a jaqueta do time, que se aproximou sem sorrisos ou agradecimentos, Hailey recolheu um dos folhetos e se foi.

Após passar pelos armários, trocar os sapatos e olhar a lista de salas, ela se dirigiu até lá, estava no 1ºA e quando entrou na sala, pela primeira vez sentiu que não chamava muita atenção, observou a sala em busca de algum lugar, mas o reboliço no outro lado perto a janela era tanto que ela não conseguia se decidir, afinal, não gostaria de se sentar no meio da sala. Hailey então se aproximou tentando descobrir o motivo de tanta euforia.

Uma garota estava sentada em sua carteira e ela era quem recebia toda a atenção. Aparentemente a menina era bastante normal, se não fosse pela cor diferente dos cabelos que já apresentavam a raiz escura e os óculos de armação grossa, mas independente de ser normal ou não, o sobrenome dela era bastante conhecido ali. Imayoshi Kirara, irmã três anos mais nova do antigo capitão da equipe de basquete, e era em momentos como aquele que ela odiava seu nome e Shouichi profundamente.

— E como é ser irmã do Imayoshi? – uma menina perguntou e mesmo que Kirara pensasse que estava fazendo a cara mais simpática de todas, ela definitivamente não estava.

Foi apenas quando o sinal tocou que ela pôde finalmente ter um minuto de paz. Antes de entrar naquela sala, a capitã do time feminino de basquete - "ex-namorada do irmão"- tinha prendido-a durante, pelo menos, cinco minutos para tentar convencê-la de entrar no time, mas Kirara apenas respondeu que iria pensar.

Olhou para todos aqueles papéis de clubes em cima de sua mesa, antes de mirar os olhos escuros nos cabelos vermelhos da menina em sua frente. Não teve nem tempo de falar com sua amiga, Sakai Megumi, que sentava na carteira ao lado.

A professora entrou na sala e se apresentou dizendo que daria a disciplina de história, aquilo fez a Imayoshi se animar por pouco tempo até a professora anunciar que gostaria que cada um se apresentasse na frente da sala. Ela se sentava na segunda carteira na fileira ao lado da janela e corria sérios riscos da professora começar por ali, infelizmente foi isso que aconteceu. A ruiva se levantou e andou até a frente da sala.

Kirara percebeu como ela era alta, tinha o corpo magro, mas não como o dela, ele era bem distribuído, se acentuando principalmente nos seios e ela pensou como os meninos adorariam aquilo. Sua pela era branca, mas meio bronzeada pelo sol e seus cabelos e olhos eram de um tom fortíssimo de vermelho, os cabelos eram longos e ondulavam nas pontas emoldurando o rosto delicado e mesmo assim "duro".

— Meu nome é Kagami Hailey, tenho 15 anos e acabei de vim dos Estados Unidos. – nesse momento ninguém se pronunciou, mas muito trocaram olhares, até mesmo Kirara e Megumi.

— Vai me dizer que o que você mais gosta de fazer é jogar basquete? – um menino do fundo da sala gritou.

Hailey deu um pequeno sorriso presunçoso.

— Jogo qualquer esporte.

Após isso, a professora agradeceu e Kirara se levantou para ocupar o lugar da Kagami mais nova. Suspirou quando chegou à frente de todos e prendeu uma mão na frente da outra. Não conseguia entender do porque se apresentar.

Seus cabelos estavam curtos, no meio do pescoço, com leves ondas e em uma cor roxa já bastantes desbotada, ela costumava dizer que seus cabelos eram como algodão doce; sua estatura era baixa, fazendo conjunto de um corpo magro e miúdo; os olhos eram grandes e escuros e sua expressão era complementada com lábios pequenos. Possuía uma aparência "fofa" e talvez até mesmo infantil, mas naquele momento todos os indícios de fofura foram quebrados pelas sobrancelhas franzidas.

— Meu nome é Imayoshi Kirara, eu tenho 15 anos, mas faço aniversário daqui duas semanas e... – Kirara girou os olhos. – Sou irmã do ex-capitão do time de basquete.

Estava pronta para voltar ao seu lugar quando a professora falou:

— Seu irmão era um ótimo aluno e uma boa pessoa, espero que você seja assim.

Kirara levantou uma sobrancelha para a professora, ela era tão boa quanto o irmão e odiava ser comparada.

~—~

A animação era evidente no rosto da menina, os olhos castanhos claros brilhavam e seus cabelos loiros balançavam de um lado para o outro enquanto ela andava toda saltitante pelos corredores. Estudar não era a melhor coisa, mas sempre se animava em poder reencontrar os amigos.

Arai Hikari chamava atenção no corredor aquele dia, era bonita, uma aparência simples, mas bonita e diria que o que chamava mais atenção era como o corpo se moldava naquele uniforme que insistia em desvalorizar as meninas.

Entrou na sua nova sala de aula com um enorme sorriso, cumprimentou alguns poucos que conhecia e observou quem era novo ali, apenas duas pessoas, depois falaria com elas. Olhou em volta para escolher um lugar, e sentou-se na quarta carteira da fileira no meio da sala, pendurou sua bolsa ao lado da carteira e apoiou os cotovelos na mesa, enquanto seu rosto encaixava em suas mãos, os pés balançavam para frente e para trás.

Arai estava totalmente animada com aquele ano e com a oportunidade de se aproximar e de conhecer pessoas novas.

Kise Ryouta arrastou a porta para poder entrar na sala de aula. Como sempre estava com seu grande sorriso, cumprimentou a todos, todos mesmo. Arai o observou, em sua visão Kise era muito animado para ser real, até mesmo para ela.

Ryouta sentou-se na carteira ao lado de Hikari, ela o observou pendurar a bolsa e se arrastar lentamente na cadeira, após isso o professor entrou na classe, os três sinais já haviam sido tocados e Hikari nem se quer percebeu.

Seus colegas se sentaram e o professor se posicionou, nunca tinha visto aquele professor na escola, o que poderia significar que ele era novo ali, ou não. O homem acabou se apresentando como professor de física, Arai e Kise deram um muxoxo, assim como uma boa parte da sala. Ter exatas em uma segunda feira, logo na primeira aula, não poderia ser pior.

De qualquer forma a aula continuou andando, não que ela tivesse prestando uma atenção, mas havia adquirido a habilidade de disfarçar muito bem sua cara de paisagem. E assim foi, até o horário do intervalo.

— Arai Hikari, certo? – Kise se aproximou.

— Sim.

— Você era amiga do Senpai, certo?

— Senpai? – Hikari se virou, apoiando-se na mesa.

— Kasamatsu.

— Ah, o Yukio! Sim, sim.

Os dois pararam por um tempo e ficaram se olhando, então algumas meninas chamaram Hikari. Com um aceno e um sorriso, ela se despediu de Kise e tudo que ele poderia fazer, era esperar sua próxima oportunidade.

Ah, onde foi se meter? Por que tinha que ajudar Kasamatsu, afinal? Nem era ele quem gostava dela.

~—~

Era tudo muito novo e diferente para a pequena Mizuki Ruchiki que tinha acabado de entrar para o tão esperado colegial. As pessoas ali agiam como se conhecessem há tanto tempo e todos pareciam ter algo para fazer.

A doce garota, de cabelos chumbados e olhos rosados, andava receosa apertando as alças de sua bolsa como se ela se protegesse de algum perigo repentino. As íris se focavam em tantos locais diferentes ao mesmo tempo que parecia perdida, mas a verdade é que só estava curiosa.

Tão distraída que não percebeu o rapaz consideravelmente mais alto que si chegando e lhe desferindo um cutuque violento na cintura, a baixinha soltou um grito agudo e cobriu a boca com as mãos, assustada, vendo quem havia sido cruel o suficiente para fazer aquilo.

— T-Takao! — sua face se tornou rubra não só nas bochechas, mas por inteiro já que chamara a atenção de várias das pessoas em volta por conta do grito.

— Ei, Ruchi, calma! Não vou fazer nada com você! — o moreno soltou uma risada divertida, balançando negativamente a cabeça com a ação da colega.

— E-eu sei, m-mas… V-você me assustou. — falou baixo, ainda se recuperando do susto que havia levado e do reflexo dolorido que tinha tido na cintura.

— Desculpe. — o Kazunari pediu com um sorriso no rosto, a expressão dele deixava nítido que ele não tinha receio da ação, na verdade havia se divertido com a reação de Ruchiki.

— T-tudo bem. — sorriu timidamente ainda que um pouco envergonhada, andando até o corredor onde deveria virar para achar sua classe.

Mas antes que virasse o corredor Takao acabou se colocando à sua frente, lhe fazendo arquear as sobrancelhas e tentar olhar por cima do ombro do moreno. Infelizmente, era muito baixa para conseguir isso.

— Shin-chan! — exclamou com um sorriso largo, partindo para cima do esverdeado com os braços abertos e os olhos fechados por conta do sorriso.

Midorima arqueou uma das sobrancelhas, ajeitando os óculos com a mão livre, a outra segurava um leãozinho de pelúcia com um kimono. O maior apenas deu dois passos para o lado, deixando que o moreno passasse reto.

Ruchiki então pôde vê-lo sem Takao em sua frente, e a primeira coisa que teve de fazer foi levantar a cabeça até a mesma encostar-se à nuca, para poder ver o rosto do Shintarou. Arregalou os olhos no mesmo segundo, corando, um tanto… Assustada. Ele era tão grande…! E ao mesmo tempo, segurava um bichinho de pelúcia, o que sinalizava que poderia ser gentil.

— Kazunari… — Midorima suspirou baixo, olhando Takao de soslaio e balançando a cabeça negativamente. O moreno fez uma expressão falsamente chateada e voltou ao lado de Ruchiki, a quem Shintarou focou o olhar.

— Ah, essa é a Ruchi-chan! — Takao apresentou fitando o amigo, e depois fitou a garota. — Esse é o Shin-chan. Ele é meio tsundere, uma coisa assim. — explicou, gesticulando com uma das mãos, dando ênfase as suas palavras. A Mizuki arregalou mais os olhos rosa.

— T-tsundere…? — perguntou. Não se lembrava bem da definição dessa palavra, mas pelo o que lembrava não era boa coisa. E não achava que tsunderes andavam com ursinhos na mão.

— Midorima. Midorima Shintarou. Não dê atenção ao que ele fala. — corrigiu rispidamente, revirando as íris esmeralda nas órbitas. Receosa, Ruchiki apenas assentiu positivamente com a cabeça de modo automático.

— M-Mizuki Ruchiki… — respondeu com um sorriso envergonhado, evitando olhar Midorima nos olhos.

O sinal tocou, avisando que já deveriam estar em suas classes. A baixinha de cabelos chumbados percebeu que ainda nem sabia onde era sua sala.

— Está perdida, Ruchi? Vamos, eu e o Shin-chan vamos te deixar na sua sala! — Takao falou e no mesmo segundo saiu arrastando os dois -cada um com uma mão- pelo corredor, sem dar tempo para Shintarou contestar. Nem ele sabia onde era a sala da pequena, mas descobririam de alguma forma.

Ruchiki não pôde evitar rir, enquanto Midorima reclamava. Aquele era o começo de seu Ensino Médio então… Por mais que não demonstrasse, não podia estar mais empolgada!

Mas também, não podia estar com mais… Medo. De qualquer forma, tratou de colocar o pensamento de que daria tudo certo em sua cabeça. E se não… Bom, Midorima era quase um armário. Já tinha alguém para se esconder atrás.

~—~

Yoshida Haruhi encontrava-se no meio de sua primeira aula de álgebra do ano, pensando que não poderia ser melhor.

Tentava se concentrar nos exercícios passados pelo professor, mas um cheiro incessante de bala de canela vinha da carteira ao lado, a Yoshida nem sabia se era permitido chupar balas em sala de aula, mas aquele odor insistia em tirar sua atenção e levá-la para outros lugares.

A garota de longos e lisos cabelos castanhos se contorceu na cadeira, se concentrando para não mirar os olhos amendoados naquele ser.

Sua mente saiu de foco completamente e voltou àquele dia na loja de doces, onde teve a oportunidade de conhecer um garoto maior que ela naquela cidade. Mas Haruhi sabia que não era apenas aquilo, tinha algo a mais que ela não conseguia explicar, talvez fosse o jeito levemente infantil que lhe lembrava dos irmãos, ou os olhos raros de tom lilás que lhe chamaram a atenção, ou até mesmo o jeito que os cabelos longos lhe caiam pela nuca.

Voltou em si, quando percebeu que o cheiro da bala tinha sumido levemente, olhou para seu lado direito e percebeu que o garoto não estava mais ali, os olhos castanhos foram para frente da sala ao ver o colega de classe tendo que cuspir a bala no lixo. Haruhi viu o professor mandar o garoto de volta a sua carteira e sentiu uma enorme vontade de lhe dar uma abraço. Infelizmente, já era tarde de mais e ela temia não conseguir retomar os pensamentos em sua lição.

~—~

Alexia Zenari era a grande nova ídolo da Seirin, mas aquilo realmente não a importava... Ok, talvez um pouco.

— Kuroko, me diga... – ela pediu. – A Seirin por algum acaso, assim, possui um clube feminino de basquete?

— Não.

Os lábios rosados se abriram em um sorriso misterioso enquanto uma grande ideia vinha à mente. Agora só faltava decidir como torná-la real.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, é isso! Espero que tenham gostado e continuem acompanhando. Todo primeiro capítulo é bleh, então né...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Basketball which Love Plays" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.