O Garoto dos Sorrisos - HIATUS escrita por Sabrina Azzar


Capítulo 3
Isso não vai dar certo!


Notas iniciais do capítulo

Oi queridas! obrigada pelos reviews!
Novo capítulo pra vocês...
Boa leitura...



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POV – Katniss

— Parabéns! Você o alcançou! – Digo sorrindo e então meu celular toca. – Um minuto. – Digo e ele assente.

— Clove?

— Katniss cadê você?

— Estou dois andares acima.

— Fazendo o que? – Ela grita.

— Não grita na minha orelha mulher! – Digo fazendo Peeta rir.

— O que você está fazendo Katniss Everdeen?

— Virou minha mãe Clovelinha?

— Eu já disse que odeio quando você me chama assim?

— Ah! O Cato pode, porque eu não?

— Porque ele é meu namorado! – Ela grita. – E é fofo saindo da boca dele. – Ela fala manhosa.

— Que seja! – Digo revirando os olhos.

— Vai me dizer o que está fazendo?

— Claro, escuta bem o que to fazendo... – Faço sinal pra Peeta e ele entende e começa a falar perto do telefone.

— Vai Katniss, vai! – Peeta geme.

— Isso, assim! – Gemo com vontade de rir e então coloco o celular na viva-voz.

— Credo Katniss! – Clove grita do telefone fazendo eu e Peeta rirmos. – Era só me falar, não precisava fazer. Sua nojenta! – Ela grita novamente e desliga o telefone. Peeta e eu nos olhamos e começamos a rir freneticamente.

— Isso não vai dar certo! – Digo rindo.

— Isso o que? – Ele pergunta rindo ainda mais.

— Eu e você amigos... – Rio. – Você é um palhaço e eu uma maluca. Isso realmente não vai prestar! – Olho pra ele que está chorando de tanto rir.

Os dias foram passando e eu e Peeta estamos cada vez mais próximos – como amigos, claro! – Ninguém suporta a gente junto, Clove e Cato que o diga, a gente zoa tanto eles que eles acabam se irritando. Eles chamam a gente de crianças, mas eu realmente não ligo, quanto eu e Peeta estamos juntos rindo e fazendo palhaçadas nada mais importa.

— Ô Katchup! – Ouço uma voz gritar assim que entro no elevador. – Segura pra mim! – Vejo que é Peeta e coloco a mão na porta parando-a. Ele entra ofegante, e ri pra mim.

— Valeu.

— Katchup? – Pergunto cruzando os braços. – Esse foi o pior de todos os apelidos que já me deram.

— Katchup, katchup, katchup. – Ele diz e ri pra mim.

— Você tem quantos anos mesmo? – Pergunto sinicamente, ele apenas dá de ombros. – Se eu sou katchup você é a mostarda! – Digo e mostro a língua.

— Você é tão madura! – Ele diz revirando os olhos.

— Nossa! Falou aí o Dr. Eu sou velho. – Falei bagunçando seus cabelos.

— Você é irritante! – Ele diz chegando mais perto.

— E você é um retardado! – Digo fazendo a mesma coisa que ele fez.

— Maluca! – Ele dá um passo e fica colado em mim.

— Idiota! – Dou um passo pra frente ficando tão colada nele que consigo sentir seu coração batendo, quando escuto um “Pin” e as portas se abrem revelando uma Clove irritada.

— O que estão fazendo idiotas? – Ela pergunta colocando as mãos na cintura. Eu e Peeta nos entreolhamos e depois paramos o olho nela.

— Discutindo. – Digo me afastando.

— Discutindo o que? Qual de vocês é mais retardado? – Ela entra no elevador e segura a porta. – Saiam daqui e me deixem em paz seus loucos! – Ela grita e então nós saímos e as portas se fecham levando Clove junto.

— Vai pro Inferno! – Grito, mas ela com certeza não ouviu.

— Estávamos discutindo o que Katniss? – Peeta pergunta sério.

— O que houve com o Katchup? – Pergunto colocando as mãos na cintura.

— Acabou. – Ele diz e bate na minha cabeça devagar. – Tá vendo? Eu bati no vidro, mas não saiu nada! Então acabou.

— Há, há! Muito engraçado Peeta Mellark!

— Ah vai, esquece isso. – Ele diz sorrindo. – Eu sei que você me ama...

— Vai sonhando! – Digo e viro de costas, ele coloca as mãos nos meus ombros e me vira, eu tropeço e caio de cara em seu peito.

— Tudo bem? – Ele pergunta olhando pra mim.

— Tá! Claro que tá! – Grito me levantando. – O que você pretendia fazer?

— Queria que olhasse pra mim. – Ele diz com seu sorriso tão lindo e perfeito. Como posso resistir á isso? É chantagem!

— Bastava pedir... – Digo sorrindo.

— Olha pra mim? – Ele pergunta e me encara com seus lindos olhos azuis.

— Claro! – Digo e olho fixamente em seus olhos.

— Eu só queria te fazer sorrir. – Ele diz me deixando totalmente boba.

— Você sempre me faz sorrir. – Digo e o abraço. – É o único que consegue me fazer sorrir sem dizer nada.

Meu Deus eu acho que estou apaixonada pelo garoto dos sorrisos! Não pode ser... Ele é tão... Fofo, engraçado, lindo, gostoso, lindo. Já falei que ele é lindo? Oh pai! O que eu estou fazendo? Ele é o único que consegue me fazer sorrir, não posso estragar isso. E se eu disser que estou apaixonada e ele se afastar? Não posso... Não posso dizer. Eu me sinto como se estivesse afogando com tijolos nos meus pés que não me deixam voltar á superfície. Como eu posso dizer como me sinto? Eu preciso de oxigênio!

...

— O que você tem Kat? – Clove pergunta me tirando de meus devaneios.

— Nada Clove.

— Kat, por favor, não minta pra mim. Você é uma péssima mentirosa!

— Como você consegue fazer isso? – pergunto tentando rir.

— O que? Saber quando minha amiga não está legal? É só olhar pra sua cara Katniss, você é como um livro aberto. Agora fala, o que está perturbando você?

— Peeta. – Digo depois de um leve suspiro.

— O garoto dos sorrisos?

— Você conhece outro Peeta, Clove?

— Sua mal educada! Eu estou tentando te ajudar! – Ela grita batendo a mão no sofá.

— Foi mal Clô. Mas é que eu não sei o que fazer.

— O que está acontecendo?

— Acho que eu to apaixonada por ele... – Desabafo fazendo-a abrir a boca em surpresa.

— Awntttt. – Ela diz com uma carinha de anjinho. – E qual o problema nisso amor?

— Eu tenho medo de ele não sentir o mesmo. Eu tenho medo de afastá-lo. Eu não quero perder a amizade que temos, ele me faz bem, me faz sorrir sem dizer uma palavra. Não sei como ele consegue, mas o fato aqui não é esse. E sim, o que eu vou fazer?

— Se afasta um pouco, sei lá, pra pensar. Pra você descobrir se realmente está apaixonada por ele, e se ele sentir sua falta, é um passo a mais na direção certa.

— Você acha mesmo? – Pergunto torcendo o nariz.

— Tenho certeza amiga, vai por mim.

— Obrigada Clô, já disse que você é a melhor? – Digo e abraço-a forte.

— Já. – Ela diz me fazendo rir.

Os dias foram passando e eu sempre me escondia do Peeta, eu sabia os horários dele então ficou mais fácil. A gente não estava se vendo e acho que ele não estava sentindo nem um pouco a minha falta, porque também não veio me procurar. Três dias! Três dias e ele ainda não veio. Penso me jogando no sofá da sala com um balde enorme de pipocas nas mãos. Eu estava com um short confortável, uma regata branca meio larguinha, um coque mal feito nos cabelos e olhos vermelhos, pois andei chorando muito ultimamente. Puxei o edredom que havia deixado no outro sofá e me cobri, coloquei o balde de pipocas em cima das pernas e liguei a TV em um filme qualquer, quando de repente a campainha toca. Será que a Clove esqueceu a chave? Penso, já que já é meio tarde e ela ainda não chegou. Levanto do sofá largando a pipoca em cima do balcão da cozinha e vou até a porta, abro-a sem olhar no olho mágico e dou de cara com ninguém mais ninguém menos que Peeta.

— Peeta? – pergunto surpresa.

— Em pessoa. – Ele diz me fazendo sorrir. – Posso entrar?

— Claro. – Digo e então entramos no apartamento, fecho a porta e então ele me olha.

— Você tava chorando? Seus olhos estão vermelhos... – Ele diz se aproximando.

— Não é nada, eu tava assistindo um filme romântico. – Digo tentando disfarçar, ele olha na TV e vê que é um filme de ação.

— Nossa, não sabia que esse filme era romântico. – Ele diz me fazendo corar. – Fala a verdade. O que houve?

— Não é nada, só um problema pessoal.

— Hum... Por isso você sumiu? – Pow! Um tapa na minha cara! O que eu vou dizer?

— Mais ou menos. – Digo tentando mentir.

— Sabia que você mente muito mal? – Ele pergunta e ri. – Fala a verdade, foi algo que eu fiz?

— Não, claro que não. – Ele cruza os braços e me olha arqueando as sobrancelhas. – Não, não é. Você não fez nada. É sério.

— E porque você ficou me evitando?

— Eu não fiquei te evitando.

— Kat, fala a verdade pra mim. Por favor... – Ele diz com olhos suplicantes.

— Tá bom, foi você. – Digo olhando pro chão.

— Foi quando eu te chamei de Katchup? Porque eu tava só brincando, você sabe...

— Não, não foi isso.

— Então me fala mulher! Eu não sou adivinho! – Ele grita me fazendo olhá-lo.

— Eu estou fghsjgkhakjgh por você. – Sussurro o mais baixo que posso.

— Você o que? Eu não entendi, pode falar mais alto, por favor?

— Eu estou apaixonada por você Peeta Mellark! – Grito e ele me olha assustado. – Falei alto o suficiente? – Ele não responde apenas me puxa pra perto pela cintura colando nossos corpos e deixando nossos rostos á milímetros de distância.

— Sim você falou alto o suficiente. – Ele diz e captura meus lábios em um beijo carinhoso. Sua língua pede passagem e eu cedo sem hesitar, ela explora cada pedacinho da minha boca fazendo com que milhares de borboletas façam festa no meu estomago. Retribuo fazendo o mesmo e então minhas mãos vão até os seus cabelos segurando-os com desejo. Pai Amado, como esse homem beija bem! Continuamos com aquele beijo até que o ar nos falta. Preciso de oxigênio!

— Peeta... Você não devia... Ter feito... – Digo ofegante e então ele captura meus lábios outra vez, sua língua quente e macia faz os meus pelos do braço se arrepiar. Suas mãos saem da minha cintura e vão até a minha nuca, e com uma delas ele agarra meus cabelos com cuidado. E então mais uma vez o ar nos falta. – Você devia parar de fazer... – Tento argumentar, mas mais uma vez ele me beija, puxando meu rosto com as mãos. Deus! Estou enlouquecendo! Esse cara não cansa de me beijar? Já que estou na chuva, então eu vou me molhar! Agarro seus cabelos com força fazendo-o se contorcer de dor e aumento o ritmo do nosso beijo, quente e voraz, é isso que ele se torna. Suas mãos vão até a minha barriga por dentro da blusa e ele a acaricia com desejo. Levo as mãos até a barra de sua camiseta e a tiro ferozmente jogando-a no sofá. Minhas mãos acariciam seu peito forte e definido e então um arrepio sobe da minha espinha até a nuca. Tô pirando! E então outra vez o fôlego nos falta e a gente se separa.

— Você devia parar de fazer isso. – ele diz sorrindo. E puta merda! Esse é o sorriso mais lindo que já vi na vida!


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