O Garoto dos Sorrisos - HIATUS escrita por Sabrina Azzar


Capítulo 21
Digamos que sou uma pessoa sensitiva


Notas iniciais do capítulo

LEIAM ISSO PLEASE!

Oi gente! Quem tem as melhores leitoras do mundo? Eu!!!! uhullll o/ Gostei muito de todos os reviews e já respondi todos! Obrigada por comentarem gente, me incentiva muito. Agora perguntinha: Matou ou caiu a mão comentar? Não né! Agora bora ler povo...



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POV – Katniss

Realmente eu estava sendo negligente com Peeta, ele sempre me tratando tão bem, com tanto amor e cuidado, mas eu não posso evitar, eu não sei o que está acontecendo comigo, eu simplesmente fico irritada em apenas olhar pra ele. Claro que eu o amo, e muito, mas nessa última semana ele está me irritando em apenas respirar perto de mim. Nem quando eu estou de TPM eu fico assim e... Calma! TPM! Olhei no calendário em meu celular e vi que já haviam passado duas semanas que era pra ter vindo pra mim e meu ciclo não costuma atrasar. Isso é impossível! Eu tomo remédio certinho, nunca deixo atrasar. O desespero começou a tomar conta de mim de uma maneira inexplicável, minhas pernas tremiam de tal forma, que eu acho que se levantasse agora eu cairia. Peguei o telefone e liguei na farmácia, pedi pra entregarem um teste de gravidez aqui no meu trabalho e fiquei sentada batendo as unhas na minha mesa por causa do nervosismo. A cada segundo que passava meu corpo tremia mais, minhas mãos suavam e eu estava inquieta, até que meu telefone tocou.

— Katniss Everdeen.

Dona Katniss, aqui é Patrícia. Tem um entregador da farmácia aqui para a senhora. – Falou a secretária com uma voz doce e melodiosa.

— Peça pra entrar, por favor.

Ok.- Ela disse e em seguida desligou o telefone, segundos depois a porta é aberta por Patrícia e então um garoto de mais ou menos dezenove anos entrou carregando uma sacola pequena com a logo da farmácia. Levantei-me da cadeira tomando cuidado pra não cair e fui até o garoto, ele falou quanto devia e eu o paguei, em seguida me entregou a sacola e saiu, deixando-me sozinha com aquela caixinha cor-de-rosa em minhas mãos. Respirei fundo e fui até o meu banheiro, abri a caixinha e peguei aquele palitinho e fiz xixi em cima da marcação, assim que terminei de me arrumar coloquei o palitinho em cima da pia e fiquei encarando-o com a expectativa de dar negativo. Não que eu não quisesse um bebê, é claro que eu queria, mas não agora, não assim. Eu e Peeta ainda nem estávamos casados ainda, tudo bem que tínhamos uma vida financeira estável, mas... Ainda era cedo. Eu nem mesmo sabia se seria uma boa mãe. Fiquei de costas para a pia encostando-se à mesma, respirando fundo até poder encarar aquele palitinho novamente, que agora com certeza já teria o resultado. Respirei fundo umas três vezes e contei até dez pausadamente antes de me virar, e como já era previsto dois risquinhos cor-de-rosa choque estampavam a mini telinha. Lágrimas começaram a jorrar de meus olhos sem o meu consentimento. Como Peeta irá reagir? Será que ele vai ficar bravo? Será que vai me deixar? Não... Ele nunca me deixaria por causa de um filho que também é dele, não o meu Peeta. Fui me acalmando aos poucos e saí do banheiro com o palitinho enrolado em papel higiênico, guardei-o em minha bolsa e me joguei na cadeira. Passei a mão pelo meu ventre analisando-o por alguns segundos e depois eu sorri. Um bebê... Têm um bebê aqui dentro. Pensei sentindo meus olhos marejarem. Agora nossas vidas mudariam de uma maneira inesperada, mas ainda sim boa. Fiquei imaginando como seria meu bebê, se seria menina ou menino, se teriam os olhos e cabelos do pai, a covinha na bochecha, o sorriso perfeito de Peeta. Até que sou interrompida de meus devaneios por batidas em minha porta.

— Entre! – Gritei limpando meu rosto e me ajeitando na cadeira. – Cinna! – Falei alegre levantando-me da cadeira.

— Oi querida. – Falou me abraçando. Era estranha essa liberdade que tínhamos um com o outro, era como se nos conhecêssemos toda a vida. – Estava chorando? – Ele perguntou depois de se afastar e me analisar.

— Não. – Falei tentando disfarçar, mas não deu muito certo.

— Foi algo que eu fiz? Ou algo que alguém aqui te fez? Porque se for eu demito esta pessoa agora mesmo.

— Não Cinna, ninguém me fez nada. – Falei rindo de como ele tinha esse jeito protetor comigo, como se fosse um pai.

— Espera... – Ele falou me analisando dos pés á cabeça durante quase um minuto inteiro e depois me olhou bem dentro dos olhos. – Você está grávida. Acertei? – Minha boca abriu e fechou várias vezes em descrença, tentando dizer alguma coisa, mas nada saia.

— Co-co... Como? – Perguntei ainda espantada com tudo aquilo.

— Digamos que sou uma pessoa sensitiva. – Ele disse dando de ombros e sorrindo de lado, como se orgulhasse disso. Pegou minhas mãos e me levou até o pequeno sofá de dois lugares que havia em minha sala, nos sentamos e ele me olhou com carinho. – O que você teme?

— Eu... Eu... Eu não sei. Não planejei um filho agora, nós ainda nem nos casamos e... Não sei se serei uma boa mãe. – Falei sentindo meus olhos picarem.

— As melhores coisas da vida são aquelas que não são planejadas, aquelas que vêm de surpresa, ao acaso. Eu não planejei conhecer você, e foi uma das melhores coisas que me aconteceu. Sinto uma ligação tão forte com você, é como se eu tivesse a obrigação de te defender e proteger como um pai faria. E você, por um acaso planejou conhecer Peeta? – Fiz que não com a cabeça. – Então... Aposto que ele é uma das melhores coisas que já aconteceu á você, não é? – Confirmei positivamente com a cabeça e ele sorriu. – Então... Você não tem o que temer. Presentes assim têm de ser recebidos com alegria, maternidade é um momento único da vida de uma mulher, que nós homens não podemos ter. Aproveite este momento que é somente seu. – Ele falou colocando suas grandes mãos negras em meu rosto e eu sorri.

— Obrigada Cinna. – Falei abraçando-o e ele me apertou com força.

— Tire o resto do dia de folga, faça compras, fale com Peeta... Relaxe apenas ok?

— Não Cinna, não é necessá...

— Por favor. – Ele pediu segurando meus ombros.

— Ok. – Falei sorrindo e então nos levantamos do pequeno sofá, ele se retirou da sala e eu peguei minhas coisas, assim que parei na mesa de Patrícia para avisar que cancelasse qualquer compromisso que eu teria hoje, ela me olhou sorrindo se adiantando antes que eu dissesse qualquer coisa.

— Cinna já deixou avisado. Tenha um bom dia Dona Katniss. – Sorri em agradecimento e saí, assoviei para um táxi e ele parou, entrei e pedi que me levasse pra o trabalho de Peeta. Espero que ele ainda esteja lá e não na entrevista. Depois de alguns minutos no trânsito nós chegamos ao prédio da revista ESPN, paguei o motorista de táxi e respirei fundo antes de entrar.

— Por favor, Peeta Mellark está? – Perguntei calmamente á secretária.

— Oi Dona Katniss. – Disse Glimmer sorridente, ela já me conhecia das tantas vezes que apareci por ali. – Ele está sim, mas vai sair daqui á quinze minutos. Pode entrar, ele está em sua sala.

— Obrigada Glimmer. – Respondi sorridente e ela retribuiu. Fui andando devagar até a sala de Peeta, minhas pernas ainda estavam bambas e minhas mãos suavam muito. Respirei fundo e entrei, de imediato ele tirou os olhos do notebook e me olhou surpreso, em seguida se levantou da cadeira e veio até mim.

— Que surpresa. – Ele disse me puxando pela cintura e selando nossos lábios.

— Está ocupado?

— Não. Vou sair daqui a pouco apenas. Está tudo bem? Você parece nervosa...

— É que... Eu... Hãn... Eu tenho... Eu tenho algo importante pra dizer. – Falei ainda mais nervosa e ele franziu o cenho em preocupação.

— Que seria?

— Na verdade eu vou te mostrar uma coisa. Por favor, não surte. – Falei abrindo a minha bolsa e pegando o pequeno embrulho de papel higiênico, ele olhou confuso e então eu comecei a desembrulhar lentamente, até que o palitinho surgiu revelando seus dois risquinhos cor-de-rosa choque. Olhei para Peeta e ele estava branco feito um papel, sua boca abria e fechava, mas nenhum som saia. Suas mãos foram até o palitinho pegando-o e então ele olhou pra mim.

— É o que estou pensando que é? – Perguntou ainda descrente e eu assenti com a cabeça. – Oh Meu Deus! – Ele começou a andar de um lado para outro, com os olhos fixados em sua mão e então parou na minha frente. – Isso não é uma brincadeira é?

— Claro que não Peeta! – Gritei. – Acha que eu brincaria com algo assim? – Ele nada respondeu apenas me puxou para seus braços e me apertou com força, meu rosto foi parar em seu pescoço e comecei a sentir seu cheiro inebriante. – Estou com medo. – Falei ainda abraçada a ele.

— Não fique. – Ele disse me soltando e colocando suas mãos em meu rosto. – Não fique com medo, pois você não está sozinha. Eu sempre estarei com você e esse filho é nosso. Fruto do nosso amor. – Olhei fixamente em seus olhos azuis como o mar e neste momento ele estava transbordando, meu coração se encheu de alegria e não consegui conter as lágrimas. Nos abraçamos mais uma vez e ficamos assim por longos minutos, apenas chorando um no ombro do outro até que ele me soltou e ajoelhou no chão. Suas mãos foram até o meu ventre e ele colou os lábios ali, sussurrando coisas tão baixo que eu não podia ouvir. Fiquei observando-o ali no chão, tão devoto, tão apaixonado por alguém que ainda não nasceu e então meu coração se amoleceu. Eu não precisava mais ter medo, Peeta seria o melhor pai do mundo, e estaríamos sempre juntos para apoiar um ao outro, qualquer que fosse a situação. – Eu te amo. – Ele sussurrou com os lábios colados em meu ventre enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto. – Eu te amo muito. – Sussurrou uma última vez antes de se levantar. – E amo você também. – Disse com as mãos em meu rosto.

— Eu te amo também Peeta. – Disse com a voz embargada devido ao choro constante e então selei nossos lábios em um beijo terno, cheio de paixão e carinho.


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Notas finais do capítulo

E então!? Amaram? Odiaram? Comentem e deem sugestões please! Beijos e até os reviews!