– Uma profecia, sobre dois primordiais, Alpha. Estamos ferrados, ou melhor, Eros quer nos ferrar.

– Como? - Pergunta Héstia curiosa, Ômega se vira para ela com um olhar estranho, parecia... Desesperado? Ele se volta para Alpha que estava chocado.

– A. - É tudo que ele diz, é tudo que basta para o outro ficar mais pálido que já era e cambalear sendo aparado por Ômega. Ele olha o irmão e ergue uma sobrancelha interrogativamente. - H.

– Estamos ferrados, eu estou mais que você, muito mais, mas, estamos ferrados. - Diz Alpha apoiando o irmão que também empalidecera, pelo jeito ainda não tinha se dado conta do que exatamente teria que passar.

– Vocês querem dizer o que está acontecendo? - A deusa da lareira diz irritada, os dois se viram para ela e Ômega parece empalidecer ainda mais, se possível.

– Héstia, pode ajudar aqui? - Pergunta Alpha olhando o irmão que estava branco feito papel, não que ele estivesse muito diferente, provavelmente estava ainda mais branco que o outro, também, era ele que provavelmente seria castrado por ela. Héstia passa um braço de Ômega por cima de seus ombros e chama Hermes que ajuda Alpha. Eles deixam os dois camas em um quarto da Casa Grande.

– Muito bem, o que está acontecendo? - Pergunta a deusa puxando Hermes que tentava sair do quarto de fininho, mas não estava com muita vontade porque se fosse já estaria até no Alasca. Ômega, depois de várias tentativas falhas de se levantar, conseguiu se sentar com o rosto ainda branco como se o sangue nunca tivesse existido ali, ou no caso, icor.

– Uma profecia. - Ele começa hesitante. - Sobre mim e Alpha.

– E... - Incentiva a deusa da lareira curiosa.

– Hum... Não acho que queira saber ela em si. - A deusa arqueia as sobrancelhas mas logo sorri, não aquele sorriso gentil e amigável de compreensão, aquele sorriso de quem vai aprontar algo. O que eles nunca acharam que veriam na deusa casta da lareira. - Nem adianta perguntar à Apolo, pedi à Ananke para ficar com a profecia entre ela e as parcas. - Héstia suspira derrotada e saí do quarto.

– Qual era a profecia? - Pergunta Hermes, Ômega faz um gesto e a porta brilha um pouco, mas logo some. O deus o olha em uma pergunta muda.

– Para ninguém escutar. - Diz Alpha. - A profecia já havia sido lançada, mas não estava completa, agora eu quero ouvir inteira, infelizmente o que tínhamos já dava para me deixar assim. - Diz apontando pala o rosto que estava tão branco que se um fantasma ficasse ao seu lado não haveria diferença. - Então só vai piorar pra mim, para Ômega é melhor.

O início e o fim terão o amor despertado

A lua e a família dificultarão

Na última chance eles devem se deter

Para enfim libertar...

– Para enfim libertar... Não me diga que esqueceu Ômega. - Diz Alpha exasperado.

– É claro que não bafo de cadáver, está maior mas não está completa, nem Caos sabe o resto.

– Então isso quer dizer que... - Começa o deus dos viajantes chocado.

– Vamos nos apaixonar por deusas castas. - Resmunga o moreno. - Ômega está melhor, pelo menos Héstia não vai tentar castrá-lo só por estar à dois metros dela. - Hermes ri dos dois, no bolso da calça do deus também se ouviam risadas de Martha e George, até cobras riam deles!

– Você está ferrado Alpha, você também, mas Alpha sem dúvida alguma está cem vezes pior se não mais. - Diz o deus.

– Obrigado pela confiança Hermes.