Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 97
Término x Pedido




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A vida é como um balanço. Pouco depois de nascermos, sentamos em um, começamos devagar, mal nos movendo, mas prestando em tudo que acontece no parquinho, ou melhor, na vida, na nossa vida que está começando, ainda não temos muitos movimentos, muitos balanços, porque temos sempre alguém segurando, prestando atenção para que não aconteça nada de ruim, afinal, não queremos cair do balanço sem nem ao menos começarmos a ir para o alto. Depois de um tempo já conseguimos ir mais alto, e sem a ajuda de ninguém, pensamos sozinhos, falamos sozinhos, andamos sozinhos e conseguimos raciocinar. O balanço começa a pegar o embalo, assim como nossa vida, e muitas crianças se arriscam a pular, muitas crianças pulam e se machucam, e é assim que relaciono os primeiros erros, quando você pula, vai de cabeça e acaba se ferindo, mas é bom, te ajuda ver o que vai te fazer bem e o que não vai.

Mais um pouco e já estamos nas alturas, às vezes estamos felizes, nos sentindo nas nuvens, sentindo o vento, no auge da alegria, mas às vezes acabamos descendo, batendo os pés no chão, raspando na areia e percebendo que a via não é só sonho, dai voamos novamente para frente, dessa vez, e ficamos quase de cabeça para baixo, é ai que relacionamos os problemas realmente grandes, é quando achamos que o mundo está de pernas para o ar quando na verdade somos nós, e achamos que é o fim do mundo, queremos morrer, mas sabemos que vamos acabar no chão de novo e repetir o ciclo né?

Nós todos estamos na beira de um penhasco. Todo o tempo, todos os dias. Um penhasco que todos iremos pular. Mas nossa escolha não é sobre isso. A escolha é se queremos ir à força e gritando. “Ou se queremos abrir nossos olhos e corações para ver o que acontece enquanto caímos.” Todos os anjos passeiam pela noite, soprando-lhe sonhos lindos, vigiando teu sono... E eles acariciam tua pele, para curarem todo seu cansaço, sussurram lhe palavras de coragem, pra te ajudarem a ter forças. Conduzem teus pensamentos, para planejar tuas tarefas. Morram-lhe muita paz em tua alma, para enfrentar tua missão. E quando o dia nasce eles adentram teu peito e ficam bem quietinhos cuidando do teu coração.

Para Victor e Gabriela um abraço estava sendo o fim do mundo. Rosa segurava ao pescoço do Armin enquanto o mesmo tentava suspende-la para cima e começarmos a brincadeira:

_ Victor? – balbuciou a grisalha se soltando do moreno e nadando até a beira da piscina. Deu impulso e saiu da mesma parando em frente ao loiro.

_ Foi por ele que terminou comigo? – perguntou o loiro bastante irritado. Todos começaram a sair da piscina. Armin se aproximou da morena irritada e disse algo em seu ouvido. Os dois ambos foram para dentro da casa e o resto ficou sem saber oque fazer.

_ Não, Victor. Terminei por você. – respondeu a grisalha em um tom tremendamente triste.

_ Por mim?! Não seja estupida. – disse o loiro. Percebendo que a coisa começaria a ficar séria. Adentramos a casa, deixando-os a sós.

ROSA:

_ Victor oque você veio fazer aqui? – perguntei me controlando o suficiente para não xinga-lo de todos os nomes humanamente possíveis.

_ Não se preocupe, não vim atrás de você. Vim conversar com a Jenny! – respondeu num tom provocador e revirei os olhos.

_ Pelo oque eu estou vendo, a Jenny não está aqui... – falei irônica, observando cada canto do espaço.

_ Eu notei. – rebateu.

_ Então oque está fazendo aqui ainda?! – abusei de toda minha ironia e cruzei os braços, interrogativa.

_ Tem razão. Não há nada pra eu fazer aqui. – ele disse se virando e adentrando a casa. Respirei fundo e não permiti que lagrimas escorressem pelo meu rosto. Encarei a piscina e mergulhei.

ARMIN:

_ Gabi, nem cogite a ideia de que posso estar com outra. – falei num tom sério e autoritário. Vi seus olhos me encararem sem expressão e depois um sorriso nasceu em seus lábios.

_ Nem cogitei. Só gritei para não deixar o Victor sozinho nessa! – respondeu sorrindo debochada e suspirei aliviado.

_ Você não existe! – disse me aproximando de seu corpo.

_ Quer prova de que existo?! – ela perguntou maliciosa enquanto mordia os lábios. Minhas mãos puxaram sua cintura e nossos lábios de selaram em um beijo caloroso.

JENNY:

Acho que minha vida tem imã para confusão. Quando menos espero aparece uma e por mais que não seja comigo, me afeta de todo modo. Meus amigos estavam sentados no sofá completamente preocupados com os casais. Já não bastava o termino do namoro do Victor e Rosa, agora sem mal começar já acabaria Armin e Gabi?!

Mordiscava minha unha, nervosa com a situação. O ruivo me encarava encostado ao sofá e sorria com meu desespero. O loiro passou pela porta da varanda, como se fosse matar alguém. Encarou-nos e abaixou o olhar simplesmente acabado:

_ Brigaram mais? – perguntou o azul se levantando do sofá.

_ Ela simplesmente não faz questão de me entender. – respondeu o loiro.

_ E nem você á ela. – o ruivo resmungou e recebeu olhares nada legais.

_ Jenny, eu vim falar contigo. Mas depois conversamos. - ignorou o ruivo e disse. Assenti sorrindo fraco e vi seus passos seguindo rumo a porta de entrada.

***

_ Vocês deixaram uma bagunça enorme na varanda. – minha tia disse enquanto bebericava de seu suco.

_ Eu não vou arrumar... – o ruivo disse de boca cheia.

_ Que ridículo garoto! Falando de boca cheia. – reclamei batendo em seu braço e o resto riu.

_ Vocês dois dão certinho! – meu pai disse rindo e neguei irônica.

“Poderíamos casar. Teríamos um apartamento, tomaríamos café às cinco da tarde, discordaríamos quanto à cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e Coca-Cola, o armário, de porcarias, nós adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria por que, eu não responderia, saberíamos...”.

_ Quem diria que meu filho iria se prender alguém... – minha tia disse com um brilho fascinante nos olhos.

_ Por favor, papo romântico durante o almoço, não! – o ruivo implorou e rimos. Revirei os olhos e passei a comer pensando nas inúmeras coisas que aconteceram comigo.

Hoje percebi o quão estava apaixonada. Fiquei deitada, fitando o teto. Lembranças vinham e iam, eu sorria. Tive a certeza que era amor. O melhor amor de todos.

Terminamos de almoçar e fui para o quarto, tomei um banho demorado e gelado, voltei para o quarto e encarei o ruivo deitado na cama olhando para o teto:

_ Já notou como o tempo passa muito rápido? – perguntou sem me encarar, fiz uma cara obvia demais e revirei os olhos.

_ Percebeu isso agora?! – ironizei.

_ Há um ano era somente Castiel e Jenny, hoje somos JeCast. – eu ri com o final de sua frase. “JeCast”?!

_ Que bonitinho. Dando nomes ao nosso amor... – brinquei enquanto revirava o guarda-roupa atrás de uma roupa qualquer.

_ Você nunca me leva a sério, não é?! – ele disse me encarando debochado e neguei sorrindo enquanto vestia minha roupa.

_ Você também não ajuda. – rebati me aproximando e me jogando sobre seu colo. Suas mãos seguraram minha cintura e nossos rostos se aproximaram.

_ Então deixa eu te falar uma coisa muito séria agora. – ele disse sorrindo enquanto levava uma mecha de meu cabelo para trás da orelha.

_ Diga. – respondi envolvendo seu pescoço.

_ Te amo. E quero casar contigo!

Talvez o pedido de noivado foi um pouco rápido, embora eu estava certo
do meu desejo de fazê-la feliz, de tê-la em meus braços,
de poder acordar e vê-la dormindo feito um anjo.
Foi o pedido mais rápido que já tive,
mas o jeito que ela me faz,
me fascina por inteiro.


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