Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna
Abri os olhos com uma preguiça do tamanho do mundo e pensei em me espreguiçar. Só pensei! Ai que saudades da minha caminha livre e espaçosa. Levantei tocando aqueles azulejos gelados e estremeci, fui até o banheiro e tomei um belo banho. Voltei para o quarto e encarei a cama vazia, vesti minha roupa e arrumei os cabelos, fiz minha maquiagem, peguei minha bolsa e celular.
Estaria tudo bem se os deuses não me odiassem tanto. Abri a porta e dei de cara com o *eu mando aqui* ou melhor, *ruivo idiota*. Desviamo-nos e isso só fez com que nos aproximássemos mais. Revirei os olhos e dei passagem na porta, ele passou e eu segui para o andar de baixo.
_ Bom dia... – disse por educação, animo nem um pouco e me sentei á mesa.
_ Mau humor matinal? – perguntou meu pai e assenti.
_ O mau humor dela acaba de chegar- - meu tio disse assim que o ruivo se sentou á mesa.
Clima tenso! Gabi o encarou, cheia de ódio e se levantou da mesa, minha tia foi atrás da mesma e o ruivo me fitou como se eu fosse à vilã.
***
_ E o Castiel? – perguntou o Armin encostado ao armário do colégio junto com á grisalha e o azul.
_ O que tem ele?! – perguntei confusa. Estava em outra dimensão com meus pensamentos inúteis.
_ Não veio para o colégio? – a grisalha perguntou me encarando preocupada.
_ Eu sei lá. Porque eu saberia disso? – respondi meio perdida. Na verdade eu não sabia mesmo. Havia saído de casa e o deixado na mesa.
_ Será porque vocês moram juntos?! E namoram?! – o azul explicou me encarando também preocupado.
_ É... Mais não nasci grudada com ele e muito menos coloquei um GPS no mesmo. – respondi grossa e eles me encararam sem reação. As coisas estavam indo de mal a pior.
Sem contar que as aulas demoravam pra passar e que hoje começaria as malditas oficinas á tarde.
Finalmente o intervalo chegou:
“Pode me ajudar com uma coisa?” - Lysandre.
“Oque?”– Jenny.
“Vem no porão e eu te explico.” – Lysandre.
Estranho o grisalho pedi logo ajuda para mim. Expliquei a Rosa que assentiu e fui em direção ao porão. Maldito porão!
Fechei a pequena porta e desci as escadas:
_ Lysandre? – chamei.
_ Não está! – respondeu o ruivo me encarando com um violão em mãos.
_ Ok... – disse me virando para subir as escadas novamente.
_ Mais fui eu que mandei te chamar! – ele disse e eu parei minha ação. Virei-me para o mesmo e o encarei de olhos arregalados.
_ Como? – tentei recapitular a historia.
_ Eu mandei ele te chamar... – o mesmo respondeu colocando o violão sobre o sofá e se levantando.
_ Então dá pra falar logo oque quer?! – perguntei ríspida.
_ Também não precisa ser grossa! – ele disse apoiando o queixo sobre a mão.
_ Decidi tratar as pessoas da maneira que elas me tratam. – respondi cruzando os braços e suspirando provocativa.
_ Tá. – ele disse sem expressão.
_ Então... – comecei pedindo para ele continuar.
_ Fui um panaca contigo ontem... – ele disse depois de um suspiro e se aproximou alguns passos.
_ Ainda não se acostumou?! Você sempre foi. – rebati sorrindo falso e irônico.
_ Dá pra colaborar? – ele perguntou um pouco alterado.
_ Sim senhor. – respondi fazendo gesto de soldado.
_ Está agindo como uma criança! – ele continuou.
_ Desculpa senhor. – rebati.
O vi mordendo os lábios e logo depois me puxando pela cintura, seu braço me envolveu por inteiro e sua boca tocou a minha. Minhas mãos faziam o favor de afasta-lo pelo peito mais era impossível. Meus cabelos se entrelaçaram em seus dedos e minha língua cedeu á tentação.
_ Vamos esquecer isso... – ele disse ofegante assim que descolou nossas bocas e colou nossas testas.
_ Que você é um idiota, babaca, panaca?! Jamais. – respondi sorrindo e mordendo os lábios logo depois. Seu beijo e seus poderes.
DYLAN:
Realmente vejo que minhas chances com a Louis são de uma em um milhão. Não costumo desistir do que quero fácil! Observava de longe, ela sorrir com os amigos enquanto o idiota á beijava de três em três minutos.
Aquela garota de cabelos castanhos mel e olhos acinzentados, passou revirando os olhos, nova porém gostosa. Talvez pudesse ser interessante, ela era irmã dele e vivia com eles. Quem sabe em uma cajadada só eu não mate duas gatinhas.
_ E ai? – falei assim que encontrei a garota sentada nas escadarias vazias.
_ Oi. – ela respondeu sem me encarar.
_ Posso? – perguntei me referindo á sentar ao seu lado e ela assentiu. _ Está tudo bem? – conclui.
_ Se minha vida tiver como piorar, eu acho que por enquanto vai indo bem. – ela respondeu me fitando sem expressão e depois sorriu.
_ Você é a irmã do Castiel, não é?! – perguntei.
_ Sim. E você o garoto que está afim dela. – ela rebateu e sorri.
_ Não é bem assim. Só a achei, bonita! – me defendi.
_ Novidade. – respondeu sorrindo.
_ Mas não mais que você... – falei galanteador e por uns instantes ela demonstrou estar completamente na minha.
_ Está tudo bem por aqui? – uma voz atrapalhara todo o clima. Ambos encaramos o garoto de olhos azuis e cabelos negros em nossa frente.
_ Armin? – perguntou a mesma e se levantou assustada.
_ Podemos conversar? – ele perguntou e a mesma assentiu.
_ Até logo, Dylan! – ela sabia meu nome?! Como era o nome dela mesmo?! Ah, só acenei.
GABRIELA:
_ O que houve? – perguntei assim que adentramos uma sala vazia. Ele se sentou numa mesa e me fitou.
_ Aquele garoto... – eu o interrompera.
_ Amigo da Jenny, não tenho nada haver com ele! – expliquei e o mesmo sorriu.
_ Como andam as coisas com seu irmão? – perguntou.
_ Não andam e nem devem. Quero que ele se foda! – respondi irritada.
_ Palavras fortes para uma garotinha de treze anos! – ele disse debochado.
_ Garotinhas de treze anos, sabem fazer coisas ainda mais fortes, sabia? – perguntei o encarando maliciosa. Ele mordeu os lábios e sorriu negando com a cabeça.
Aproximei-me do mesmo e posicionei minhas mãos sobre seu peito. Nossos olhos se encontraram numa química imbatível e aproximei minha boca da sua, senti sua respiração misturada a minha, mordi os lábios e senti minha nuca ser puxada ferozmente, selando nossos lábios.
"Naquele momento, quando nossos lábios tocaram pela primeira vez, eu sabia que a lembrança duraria para sempre."
_ MAIS QUE PORRA É ESSA AQUI?! – um grito nos afastou e nos assustou.
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