Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 89
2º temp. " Vamos Ignorar"


Notas iniciais do capítulo

Eu não planejei me apaixonar por você, e duvido que você também tenha planejado se apaixonar por mim.
— Nicholas Sparks



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Caralho! A grisalha estava mesmo com saudades do Victor. Ela não desgrudava da boca dele desde que chegamos... Não que isso me incomode, eu só estou levantando os fatos. O Alexy aproveitava bastante sua nova amizade, um garoto de cabelos negros e olhos castanhos. O ruivo olhava para tela do cinema com cara de desdém e a Gabi... Gabi?!

_ Oh meu Deus! – eu disse nervosa. A garota havia sumido.

_ O que houve? – o ruivo perguntou tocando meu ombro.

_ Castiel, cadê a Gabi? – como se ele soubesse a resposta, eu perguntei.

Ele olhou em volta e depois passou as mãos pelos cabelos:

_ AI DROGA! – ele gritou e o povo do cinema o repreendeu. _ Vão se ferrar! – ele reagiu à repreensão.

_ Ei... – a grisalha disse se virando para nós. _ O que está havendo ai? – perguntou a mesma.

_ A Gabriela... Ela sumiu! – eu e o ruivo dissemos em coro e recebemos mais repreensão.

_ Querem parar de reclamar?! Uma pessoa sumiu aqui nessa porra. – eu disse irritada e recebi olhares assustados de todos.

_ Cacete! Será que não podem fazer silencio?! – o azul disse meio irritadinho.

_ NÃO! – eu, o ruivo, rosa e Victor gritamos e dessa vez sem repreensão.

_ A Gabriela sumiu... – a grisalha disse para o, purpurina.

_ Oh meu Deus! O Armin também não está aqui. – ele disse se levantando.

_ O que?! Ah, mais eu vou matar esse infeliz se ele estiver fazendo algo com minha irmã. – o ruivo disse se levantando e correndo para fora do cinema. Seguimos na tentativa de uma solução.

_ Ei... O que acha que meu irmão é?! – o azul defendeu irritado.

_ Castiel, se acalme, todos nós sabemos que o Armin é de confiança! – Victor disse se intrometendo e logo foi atingido pelo famoso olhar mortal do ruivo.

_ Isso é verdade. – eu disse tentando acalma-lo alisando seu ombro.

_ Todos só estão falando do meu irmão, já pensaram que talvez eles nem estejam juntos?! – o azul disse arqueando a sobrancelhas com relatividade.

Por obra do destino e acredito milagre pra nossas preces. De longe avistamos o rapaz de olhos azuis e cabelos negros, a garota de cabelos castanhos e olhos acinzentados vindo em nossa direção, ambos sorrindo bastante.

_ Viu?! Eles estão ótimos. – o azul disse com um tom inferior e se encostou ao poste ali perto.

_ Olá... – Gabi disse assim que se aproximou. Eu queria mata-la pelo fato de me deixar preocupada que nem uma louca.

_ Cara, você está morto! – o ruivo disse indo pra cima do moreno, por sorte foi segurado pelo Victor e Alexy. _ Você tem idade para ser... – ele fora interrompido.

_ O que?! Pai dela?! Um garoto de 18 anos pai de uma garota de 13 anos?! – o moreno foi bem irônico. _ E nem houve nada, só fomos jogar um pouco. – concluiu.

_ Castiel, a culpa foi minha! – a garota disse aflita. _ Eu praticamente o obriguei a vir comigo. – ela explicou.

_ Não defenda ele. Olha o tamanho dele, você não pode obriga-lo a nada. – o ruivo disse ainda sendo segurado.

_ Jenny... – ela chamou como se me pedisse socorro.

_ Podem soltar ele. – eu disse depois de um suspiro.

_ Mais ele vai partir pra cima do Armin. – o azul disse preocupado.

_ Não vai não... – eu disse confiante e ambos o soltaram. Ele tentou ir pra cima do moreno, mais eu me pus em sua frente.

_ Oque?! Vai defendê-lo agora?! – ele perguntou me encarando feio.

_ Vou. Porque eles não fizeram nada de exagerado. – respondi.

_ Só saíram escondidos e nos deixaram loucos. – a grisalha disse sem pensar e logo recebeu meu olhar de “cala te boca”.

_ E o Armin não obrigou a Gabi. Obrigou? – perguntei olhando para a mesma que negou.

_ Mais também não a impediu. – o ruivo rebateu irritado.

_ Convenhamos que ela não o obedecesse. – rebati.

_ Ok... Isso é ridículo! A Gabriela queria sair, preferia que eu a deixasse sozinha?! – o moreno se defendeu finalmente.

_ Não sou obrigada a ouvir isso! – a garota disse irritada e saiu caminhando em direção á casa.

_ Nós vamos com ela... – a grisalha disse assim que entendeu meu olhar pra ela. Puxou o namorado e foi.

O ruivo finalmente pareceu se acalmar. O moreno suspirou debochado e saiu andando seguido pelo seu irmão:

_ Sabe que exagerou, não sabe?! – perguntei o encarando de braços cruzados. Ele mandou aquele olhar superior e depois deu de ombros.

_ Vai lá defender seu amiguinho e vê se não enche! – respondeu ríspido e saiu caminhando em direção á casa.

Ótimo! Eu tento ajudar e só me ferro. Rosnei irritada e o segui logo em seguida.

ROSA:

_ Seu irmão só queria te proteger! – eu dizia para a garota. Ela caminhava pelo quarto de um lado para o outro, irritada. Enquanto eu observava da cama. Claro depois dos seus pais perguntarem oque havia acontecido e os pais da Jenny barrarem o meu namorado perguntando sobre seu relacionamento acabado com a Jenny.

_ Não tinha nada pra ele me proteger. – ela respondeu passando as mãos sobre os cabelos.

_ Ele sabe disso. Só que o instinto irmão mais velho atacou. – expliquei. _ E no fundo isso é só ciúme de sua irmã com um garoto. Isso acontece nas melhores famílias! – conclui e ela sorriu fraco.

_ Ele é muito legal... – ela disse com certo brilho nos olhos. Fiz bico de desconfiada.

_ Quem? Seu irmão? Não, não mesmo! – eu disse rindo.

_ Não... – ela respondeu rindo e sentando-se á cama. _ O Armin! – e novamente aquele brilho nos olhos.

_ Sim, ele é... – dei corda. _ É impressão minha ou você não o achou só legal?! – perguntei maliciosa. Seu olhar de assustada e totalmente culpada me encarou.

_ Não, claro que não, impressão sua. Só o achei legal! – ela respondeu um tanto que nervosa e eu ri.

Nesse angu tem caroço!

JENNY:

Não sei como ainda aguento tamanho orgulho desse garoto.

_ Dá pra você entrar por essa porta e não magoar mais sua irmã? – perguntei me pondo em sua frente assim que chegamos à porta de entrada da casa.

_ Você disse certo, “minha irmã”. Então eu faço oque eu quiser! – respondeu ríspido e me empurrou de leve da sua frente.

Eu vou matar quem colocou esse garoto no mundo!

Ele passou feito jato por todos na sala e subiu as escadas, eu o segui e ele adentrou o quarto da morena sem permissão.

_ Da próxima vez que eu te vê com aquele cara, eu vou denuncia-lo por pedofilia e te trancar nesse quarto! – ele disse furioso. Quer dizer, gritou. A garota se viu assustada e sem resposta.

_ Castiel, não exagera! Pedofilia? – eu me intrometi e me aproximei da garota com os olhos marejados. _ Em que século você está? Pedofilia somente se ela não quisesse e que alias, eles não fizeram nada. – defendi a garota que me abraçava forte pela cintura, desesperada.

_ Caba boca, Jenny! – ele gritou. _ Não te mete onde não foi chamada. Ela é minha irmã e não sua. – ele disse aquilo como uma ofensa. Soltei-me da morena e me aproximei do ruivo.

_ Ok... Ela é sua irmã. Mais vejamos, que moral você tem pra reclamar de algo dela?! – se era briga que ele queria, era briga que ele iria ter.

_ Você está avisada, Gabriela. – ele disse me ignorando. _ E você, cuida da tua vida! – ele disse apontando para mim e depois saindo batendo a porta com força.

Eu estava chocada. Virei-me para as garotas sentadas na cama, sim... Rosa ainda estava na cama. E abri a boca num perfeito O.

_ Desculpa Jenny! Não queria que vocês brigassem. – a garota disse chorando e correu para meus braços.

_ Não é culpa sua. – respondi beijando o topo de sua cabeça. _ Eu que escolhi um brutamonte para chamar de namorado. – conclui sorrindo de leve.

_ Ele está alterado agora. Mais logo entenderá. – a grisalha disse se levantando e vindo até nós. E nos abraçou.

_ Rosa, por favor, você explica ao povo lá em baixo o que houve? – perguntei.

_ Claro. Aproveito e salvo meu namorado do interrogatório de seus pais. – ela respondeu rindo e saiu do quarto.

_ Eu meti o Armin em uma cilada, não foi?! – a morena perguntou se sentando á cama.

_ Não. – respondi sorrindo e passando confiança. _ Agora toma um banho e descansa, tá? – perguntei e a mesma assentiu.

***

Eu juro que queria entrar naquele quarto e acabar com ele. Mais como ele me ignorou nada como pagar na mesma moeda!

Ele estava sentado na cama com seu violão em mãos. Adentrei o quarto recebendo aquele olhar pesado. Suspirei e segui para o banheiro. Tomei um banho rápido e vesti minha roupa de dormir. Fui até o quarto e penteei meus cabelos em um coque frouxo na frente do espelho e ele ainda tocava. Peguei meus fones e coloquei-os, deitei ouvindo a musica que vinha dos fones e fechei os olhos.

Nada de boa noite, nem nada de papo. Só quero esquecer que esse domingo existiu e aconteceu. Só quero “cuidar da minha vida”. IDIOTA!

Eles não se entendiam, raramente concordavam
em algo. Brigavam sempre. E se desafiavam
todos os dias. Mas, apesar das diferenças,
tinham algo importante em comum: eram
loucos um pelo outro.

– Nicholas Sparks


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