Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 86
2º temp. " Será só recaída?"


Notas iniciais do capítulo

Obrigada mesmo "Cassiopéia" pela recomendação!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/527932/chapter/86

Minha garganta ardeu. Minha boca se abriu e aquele líquido escorregou da mesma. Meus olhos se abriram com dificuldade e me choquei com o acinzentado de seus olhos e o vermelho de seu cabelo. Ele mostrava preocupação e desespero.

_ Jenny, você acordou! – ele disse sorrindo e me carregou em seus braços. Fechei os olhos novamente, cansada e lerda.

“Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.”

Como se tudo não se passasse de um pesadelo. Acordei afobada e encarei o quarto. Passei as mãos sobre os cabelos e não havia sido um pesadelo, meu cabelo estava completamente molhado. Lembrei-me de sendo carregada em seus braços firmes e sendo colocada aqui. Encarei meu corpo somente vestido com minha calcinha e sutiã brancos.

_ Antes que pense algo. Não, eu não fiz nada contigo! – ele disse adentrando o quarto e me encarando preocupado. Tudo bem que eu me olhava estranho, mas não era por pensar em nada.

_ Você só tirou minhas roupas molhadas, já que me afoguei! – respondi sem encara-lo. Peguei o cobertor ali perto e me enrolei.

_ Como se senti? – perguntou fechando a porta atrás de si e se sentando á cama.

_ Como uma sobrevivente! – respondi me levantando e indo até o armário. _ Pelo menos a dor de cabeça e a tontura passaram. – suspirei aliviada e encarei minhas roupas jogadas dentro da mala.

_ Vou preparar algo para você comer! – ele disse se levantando e caminhando até a porta.

_ Castiel... – chamei e ele me fitou. _ Por que me salvou e por que está cuidando de mim? – perguntei confusa.

_ É o certo a se fazer... – ele respondeu. Deu de ombros e saiu.

Troquei de roupa e penteei os cabelos o deixando soltos. Desci as escadas e fui até a cozinha onde o ruivo focava em fazer um sanduiche de atum. Encostei-me á parede e o observei de longe.

_ Onde estão os outros? – perguntei o assustando. Ele ainda não havia me notado ali.

_ Levaram seus pais para conhecer a cidade e Marta está de folga. – ele respondeu sem me encarar. Ele ainda estava todo molhado.

_ Castiel... – tornei chama-lo. Ele me encarou confuso e eu me aproximei. _ Obrigada! – eu tinha dito isso olhando bem ao fundo de seus olhos. Ele era mais alto que eu, isso não era novidade.

Fiquei de ponta de pé, segurei sua nuca com uma mão somente e depositei um demorado selinho em seus lábios. Não sei nem porque fiz isso, agora ele me odiara para sempre. Afastei-me arrependida, engoli em seco e mirei seus olhos surpresos.

_ Desculpa... – eu disse nervosa e me virei querendo sumir dali.

Eu girara até seu corpo assim que ele puxara meu braço. Suas mãos caminharam para minha cintura e sua boca tomara a minha com desejo. Minhas mãos seguiram para sua nuca e eu já não ligara mais para se eu me molharia com suas roupas molhadas. Sua língua traçava um caminho em minha boca.

Suas mãos desceram para minhas pernas a puxando para cima e me prendendo a sua cintura. Beijávamo-nos enquanto ele caminhava pela casa me carregando e se esbarrando em tudo que havia na frente. Eu estava sonhando!

Senti meu corpo atingir algo macio assim que ouvi um baque da porta se fechando. Estávamos no quarto. Seu corpo se mantinha sobre o meu enquanto suas mãos caminhavam pelo meu corpo. Afastamos nossas bocas e eu simplesmente suspendi sua camisa jogando-a no chão. Ele o mesmo fez com minha blusa e depois passou a beijar minha barriga e os seios por cima do tecido.

Beijava seu pescoço enquanto tirava sua calça. Suas mãos apertaram minhas coxas assim que o deixei só de cueca. Há quanto tempo não ficávamos tão próximos, tão íntimos. Ele abriu o fecho do meu sutiã e apertou a parte recém-despida com delicadeza.

Minhas roupas, as deles... Já não estavam mais em nós. Fazia parte do chão. Eu estava o sentindo novamente dentro de mim. Beijava seu pescoço enquanto gemíamos juntos. Apertava suas costas enquanto ele aumentava as estocadas. Suspirávamos sedentos de saudades. Joguei-me por cima dele e o deixei descansar enquanto dessa vez eu fazia o serviço de nos satisfazer.

***

CASTIEL:

“A gente se pega pensando sempre no que nos levou ao término de um namoro ou relacionamento estável: dentre milhares de motivos que vão desde os mais bobos (como a mania dele de te chamar de anã) até os mais sérios (como a percepção de que vocês não combinam).”

“Medo, insegurança, mãos suando frio e um riso frouxo na cara. O dilema entre voltar ou não é mais complicado do que se imagina. Por um lado, existe a possibilidade de o tempo ter mudado os dois a ponto das coisas serem diferentes agora e realmente dar certo. Por outro lado, existe a comprovação da experiência anterior de que vocês não funcionaram e que isso tudo pode ser perda de tempo (ou pior: pode ser mais uma chance provável de quebrar á cara e reviver toda a dor e mágoa de outro término com a mesma pessoa).”

_ Estava com saudades de tudo em você... – eu disse assim que ela acordou ao meu lado. Ela dormira sobre meu peito e eu alisara seus cabelos. Seu cheiro, sua pele, seu sorriso!

_ Também estava! – ela disse sorrindo e me dando um selinho. _ Me perdoa por ter ido embora aquela noite? – ela perguntou me encarando aflita.

_ Foi preciso você quase morrer para eu perceber que não posso viver sem você. Não há nada que perdoar! – eu respondi puxando seu rosto e a beijando com toda minha alma.

“Ele ainda gosta do sorriso e do perfume dela. Ela ainda acha que nenhum abraço se encaixa perfeitamente assim. Voltam a se encontrar, a sair juntos, a trocar mensagens, a relembrar velhas histórias e PÁ: recaída.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!