Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 85
2º temp. " Não posso perde-la, não para sempre"




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Eu deveria saber que isso não daria certo. O sono se despediu de mim junto com a tranquilidade. Sentada na cama ás 03h32min da manhã, meu companheiro de cama parecia dormir tranquilamente. Suspirava pela milésima vez enquanto mirava cada quanto do quarto escuro. Levantei da cama e caminhei até a janela, a lua estava me dando “Olá”. Mirei a escrivaninha ao lado da cama e vi uma garrafa de vidro. Aproximei-me, peguei a mesma e cheirei no intuito de saber qual seria o liquido ali dentro.

Meus parabéns, Jenny! Em plena madrugada e você já quer se embriagar com a vodca do ruivo. Saboreei um gole que desceu rasgando na minha garganta. Coitado do meu fígado. Crianças não façam isso em casa e muito menos durante a madrugada em jejum.

Corri para o banheiro e me debrucei sobre o vaso sanitário, meu estomago embrulhava. E como previsto da minha atitude mais idiota, vomitei até o que não tinha na barriga e depois me sentei no chão gelado.

***

Abri os olhos com dificuldade e minha cabeça latejava. Fitei o lado direito da cama e ele estava vazio. Suspirei cansada e peguei meu celular sobre a cômoda.

_ Você fez essa lambança no meu banheiro? – perguntou o ruivo saindo do mesmo e me encarando com nojo.

_ “Nosso” banheiro! – respondi dando ênfase no nosso e minha cabeça latejou ainda mais.

_ Não importa. Só sei que você que vai limpar isso! – ele disse grosso e pegando uma camisa no armário, saiu do quarto.

Por que diabos tem que bater essa porta tão forte?! Não respeita alguém que está morrendo de dor de cabeça! Uma pessoa que fez a burrice de beber álcool na madrugada. QUE DROGA!

_ Bom dia! – eu disse com o animo nas altitudes “notou a ironia?!”. Havia limpado toda minha lambança no banheiro e nem tomei banho, estava morrendo de fome e precisava de um remédio.

_ Parece que alguém mais não dormiu bem... – minha mãe disse sorrindo, sentada á mesa. Arqueei a sobrancelhas sem entender.

_ Pois é. Temos um ruivo e uma morena literalmente cheios de ódio! – Gabi completou minha mãe em um tom malicioso.

_ Já pensou em ficar com o cabelo cheio de ovo? – perguntei observando as omeletes em minha frente. Ela negou assustada. _ Pois é... Se não calar essa boca. Ficará! – conclui sorrindo maldosamente.

_ Bom dia... – meus tios novamente chegaram animados demais. Revirei os olhos com tanta animação.

_ Onde está o papai? – perguntei para minha mãe.

_ Na piscina com a Sophie. – ela respondeu engolindo sua uva. Meu pai não costumava nadar em piscinas, nem sei se ele sabe nadar.

_ Marta, pode me arranjar um analgésico? – perguntei e ela assentiu enquanto colocava o café do meu tio. Ela foi até a cozinha e voltou com um em mãos e me deu.

_ O que está sentindo? – perguntou minha mãe meio preocupada.

_ Só uma enxaqueca! – respondi engolindo o remédio.

_ Fora vomitar o banheiro inteiro. – o ruivo sussurrou e eu o encarei mortalmente.

_ Como? Filha, vamos ao medico! – minha mãe disse agoniada.

_ Não precisa mãe. Estou bem! – respondi me levantando da mesa e subindo para o quarto.

***

Esse sábado estava conseguindo ser pior que eu imaginava. Tinha tomado um banho e havia vestido uma roupa qualquer. Eu me sentia totalmente doente mesmo não estando. Mexia em meu celular enquanto estava deitada na cama totalmente sem animo. Eu só precisava de tranquilidade. A porta se abriu de vez revelando o ruivo idiota e fofoqueiro.

Ele pegara seu violão sem me encarar e sentara a cadeira em frente à escrivaninha, pôs os pés sobre a mesma e posicionou o violão no colo. E como era de se esperar, ele não respeitara uma pessoa que está mal e começara a tocar algumas notas no violão.

_ Caralho Castiel! Vai tocar em outro lugar. – eu gritei irritada encarando o mesmo com uma vontade imensa de estraçalhar sua cara.

_ Ei, esse quarto é meu. Toco nele a hora que eu quiser. – ele disse parando de tocar e devolvendo um olhar mortal.

_ Que por acaso, infelizmente também é meu quarto. – eu disse ainda deitada me segurando para não mata-lo.

_ Os incomodados que se mudem! – ele disse voltando a tocar. Minha cabeça latejava muito forte parecia que o mundo estava rodando, lá vem minha tontura me atazanar.

Ou eu o matava, ou eu o matava! Então decidi não cometer um crime por enquanto e sai do quarto. A casa parecia estar vazia, desci as escadas e abri a porta que dava acesso á piscina. Meu pai não estava mais lá. Ainda se podia ouvir o violão afinal uma das janelas do quarto do ruivo dava direto para piscina. Bufei irritada e suspirei me aproximando da borda da piscina.

_ Como eu queria que uma maldita corda quebrasse daquele maldito violão! – desejei em voz alta.

Minha cabeça tornou a rodar e latejar. Latejar e rodar, rodar e latejar cada vez mais forte. Meu estomago também embrulhou assim que meus olhos fixaram no azul da piscina. Senti minhas pernas tremer e fraquejar. E de repente me senti submissa daquela agua gelada.

CASTIEL:

Eu sei que a irritei. Ela estava morrendo de dor de cabeça, eu sabia o motivo. Ela havia provado da minha vodca que eu tinha misturado á uísque. Não foi uma ideia inteligente, álcool com álcool não daria certo. Mais isso eu fiz em um dia que queria beber até entrar em coma alcoólico, mas não consegui por culpa do grisalho.

Quando ela saiu batendo a porta eu continuei a tocar. Eu estava tentando terminara minha musica. Quando ouvi aquele baque tremendo de um corpo em choque com a agua. De primeiro imaginei que poderia ser o pai da Jenny, mas logo lembrei que ele saiu com a esposa e meus pais para conhecerem a cidade.

Corri até a janela e vi o seu corpo desacordado ao fundo da piscina. Atravessei aquela casa como um jato sem rumo e pulei na piscina do jeito que eu estava. Trouxe seu corpo de volta a superfície e desesperado comecei a fazer massagem cardíaca e respiração boca á boca.

_ JENNY... – gritei aos prantos quando não á vi acordar. Não pode ser assim, não posso perdê-la para sempre...

E ficou ali, parado, como se tentasse absorver minha dor, na esperança de tomá-la para si.
– Nicholas Sparks


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