Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 83
2º temp. " As coisas acontecem"


Notas iniciais do capítulo

Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado.

— Albert Camus



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Imaginei um ginásio cheio de garotos suados e sarados. Mais ele estava sozinho! Seus cabelos colavam em sua testa e sua blusa com a numeração 10 e com seu nome, colada em seu corpo suado. Aproximei-me sem fazer barulho e parei na lateral da quadra, observei seus lances perfeitos que resultavam em cestas incríveis. Olhando de longe parecia ser muito fácil jogar uma simples bola numa cesta, mais para pessoas baixinhas como eu. PUF!

_ Olha quem chegou! – sua voz meio que me tirou do transe “corpo maravilhoso dele” e eu sorri como resposta.

_ Não deveria estar treinando?! – perguntei confusa e de braços cruzados.

_ Esqueci-me de ti falar! Costumo treinar sozinho. – ele respondeu coçando a nuca sem graça.

_ Ok... Mais vi sete erros e somente cinco acertos. É o seu melhor? – perguntei debochada e ele me encarou sapeca.

_ Acha que consegue fazer melhor? – ele rebateu e sem pensar assenti. Ele jogara a bola em minhas mãos. _ Quero sete acertos e aceito somente um erro! – ele deu as coordenadas.

DROGA! Eu não acertara nem mesmo uma. Eu disse que para pessoas BAIXINHAS como eu, seria impossível. Suspirei irritada e ouvi seu sorriso.

_ Vamos fazer assim. Você não me deixa pegar a bola de você, se eu pegar será sua vez de tentar pegar a bola de mim! – ele disse passando a mão sobre a testa suada.

Eu mal conseguia fazer com que a bola quicasse no chão. Nunca fui boa com bolas, não era de se esperar. Ele pegou a bola de minha mão e como ele disse essa era minha vez de tentar pegar dele. Ele sorria enquanto me via, me matando para recuperar a bola. A essa altura até eu já estava suada.

Em um ato de lerdeza, tropecei caindo por cima do mesmo. Minhas pernas estavam uma em cada lado de seu corpo, meus cabelos caiam em seu rosto e nossos olhos se encaravam assustados.

_ Bem... Acho que essa é a hora que eu toco seu corpo! – ele disse. E sem minha permissão, segurou minha nuca e me puxou para um beijo inesperado. Eu não sabia se me afastava ou deixava rolar.

E com os pensamentos bagunçados, abri a boca deixando sua língua me invadir e meus braços se apoiarem em seu peito. Não sei bem porque deixei isso acontecer, era fragilidade, loucura ou até mesmo carência?!

_ Foi uma ótima ideia te chamar... – ele disse ofegante assim que nossas bocas se descolaram. Sua respiração se misturava a minha.

_ Vou te deixar treinar... – ignorei suas palavras e me levantei. Ele se levantou logo em seguida e eu segui para o banco.

De longe eu via seu olhar confuso tanto quanto o meu. Ele continuara seus lances incríveis. À medida que e bola batia no chão, o estrondo se vinha com o eco de uma quadra vazia. Ele me encarava de relance e eu sorria demostrando tranquilidade. Foram vários acertos e logo ele se cansou. Foi até o ginásio bem rápido, tomou uma ducha e vestiu-se com uma bermuda jeans escura e uma camiseta branca. Seus cabelos molhados pingavam a cada passo que demos até minha casa.

***

Á noite foi bastante fria e eu novamente mal dormi com os pensamentos. Preciso mesmo de um psicólogo.

Pela manhã. O Sol deu uma de meu inimigo de novo e me acordou ás 06h43min. Tomei um banho lento e vesti uma roupa que afastasse um pouco esse frio da minha pele. Eu odiava quando minhas pernas ficavam com manchas roxas por conta do frio. Fiz minha maquiagem de sempre, passei o perfume e peguei minha bolsa e celular.

_ Bom dia! – eu disse assim que adentrei a cozinha. Pus a bolsa no chão e me sentei á mesa.

_ Me responde uma coisa. Por que nunca te vejo no colégio? – poxa, nem um bom dia recebi. E já se começa o interrogatório.

_ Talvez por que você nunca frequenta os mesmos lugares que eu! – respondi engolindo um pedaço de bolo com suco de manga.

_ Bom dia! – meus tios sentaram-se á mesa. Agora que notei que eles não estavam quando cheguei. Á noite foi tão boa que eles passaram do horário.

_ Onde está o Castiel? – Marta perguntou servindo minha tia. As duas me encaram e eu neguei no mesmo momento. Não, eu não iria acorda-lo de novo.

_ Fui! – eu disse pegando minhas coisas e saindo dali antes que eu fosse obrigada a entrar no reino antártico.

***

_ Dá próxima vez que for sumir, avise! – Alexy disse irritado enquanto eu pegava minhas coisas no armário. O encarei sem expressão e assenti.

_ Apareceu, margarida! – a grisalha chegara dizendo enquanto teclava algo em seu celular.

_ Gente, eu só fui me inscrever com o Nath! – eu disse suspirando sem entender porque tanto drama.

_ Ata. – os dois disseram em coro. E a grisalha finalmente me encarou e guardou o celular.

_ O que fez ontem à tarde? – ela perguntou como se já soubesse. _ Fomos te ver mais o Castiel disse que você não estava em casa! – ela explicou.

_ Estava na escola! – respondi e os dois me encararam meio “Que porra fazia no colégio?” e eu sorri. _ Dylan me chamou para assisti-lo treinando no ginásio! – expliquei e a cara deles no instante mudou para maliciosas.

_ E? – Alexy perguntou como se adivinhasse que havia mais coisas.

_ Nos beijamos! – eu disse nervosa e depois de um longo suspiro. Não sei como não ri de suas feições, era de impressionadas á engraçadas.

_ O. M. G! – os dois disseram em coro.

E no mesmo instante vi o moreno chegando com seu estilo despojado. Com sua calça jeans escura um pouco baixa que deixava sua cueca á mostra, sua camisa branca de mangas curtas, uma mochila jogada nas costas, cabelos bagunçados com o ar sexy e sempre sorridente. Seus olhos encontraram os meus e eu fiquei sem ação.

_ Oque eu faço? – perguntei sem me mexer para os meus amigos que ainda estavam ali custando acreditar.

_ Oras! Beije-o de novo! – Alexy disse e eu e rosa o encaramos sem entender. _ Qual é?! Ele é um gato! – o mesmo completou. Suspirei sem solução e rezei para ele não vim ao meu encontro.

Os deuses estavam conspirando contra mim...

_ Oi... – ele disse assim que se aproximou. E adivinha meus grandes amigos simplesmente saíram e me deixaram lá sem saber nem oque falar.

Ai cacete, oque eu faço?!

"...e na minha boca estava guardado o beijo que por ti não fora roubado, esperando, esperando e ardendo de desejo que depois do beijo, viesse a paixão, a loucura...Aquela coisa que dá nas mais humanas criaturas que dariam tudo por uma boca que provasse do seu sabor, do seu veneno, da doçura...Uma espera sem fim de ser percebida e perder a compostura!"


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