Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 80
2º temp. " Chega de Sofrer, minha cara!"




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Minha cama estava sendo minha melhor amiga. A medida que eu passava as horas em casa eu só ficava no quarto, na cama ou no quarto da Sophie e na cama dela vendo ela ensaiar seus passos de ballet. Seu quarto era de um tom rosa ao lilás e a maioria das coisas era arrumada em prateleiras.

Meu celular vibrou interrompendo minha observação...

(...)

_ Oi ruiva... – vi seu nome na tela e atendi. Então eu disse.
_ O que está fazendo? – ela perguntou do outro lado da linha.
_ Vendo a Sophie ensaiar! – respondi e a pequena sorriu para mim.
_ Ah. Ei, porque não vem nos encontrar na praça? – ela perguntou.
_ Tudo bem... – desliguei e me levantei.

(...)

_ Pequena, tenho que ir ali mais já volto. – disse e ela assentiu meiga.

Observei se minha roupa estava digna da pracinha aqui perto e fui. No banco meio quase dentro da pequena floresta ali perto encontrei todos e quando eu digo todos eu digo até o...

_ Victor... – eu disse bem feliz e pulei nos braços do ex-loiro. Espera ai, ele pintou os cabelos da cor do meu, castanho mel. Ele me abraçou bem forte e seu cheiro continuava o mesmo.

_ Minha linda... – ele disse em meu pescoço. Não faz isso, você é namorado da minha amiga, mas é uma tentação.

_ Cara, que saudade! – eu disse me afastando e limpando alguns lagrimas que escorreram. Sabe como é, são muitas lembranças.

_ Saudades do ex... – azul disse sem pensar e recebeu um olhar mortal da grisalha. _ Foi mal, falei demais! – não tinha como não rir.

_ Cara, todo mundo mudou o visual e eu não. – falei triste. _ Desafio de amanhã, repaginada! Ok, grisalha? – ela seria a melhor pra me ajudar nisso.

_ Claro. Ainda pergunta. – ela disse sorrindo.

Ficamos conversando pra caralho. Nathaniel nos contava como foi contar aos pais que estava namorando e como a Mellody sofreu na mão da Ambre. Lysandre falava de como a diretora deveria organizar novos projetos para música. Victor contava sobre sua faculdade de medicina e Rosa admirava-o. Alexy dava um de cabeleireiro e dizia como eu devia mudar meu cabelo. Armin xingava a cada rodada perdida de seu jogo no console e todos riam feito crianças ganhando doces.

_ Todos reunidos e nem me chamaram... – a voz do ruivo atrapalhou todo o clima existente ali. Vi seu olhar seguir para o Victor.

_ Olá Castiel! – Victor disse bem educado e todos se calaram.

_ Olá Victor... – ele respondeu um pouco irônico. _ Atrás da Louis? – ele perguntou e eu o encarei tipo “como?”.

_ Ei, ele está comigo agora sabia?! – a grisalha disse se levantando irritada.

_ E dai?! Amigos também furam olho. – ele disse sorrindo sarcástico e me encarando.

_ Cala essa boca! – gritei furiosa e me pus de pé em sua frente. _ Se não quiser acordar com formigas nela. – conclui o ameaçando.

_ Está me ameaçando, querida? – ele perguntou rindo debochado.

_ Estou apenas te alertando às consequências. – rebati e simplesmente me virei para meus amigos e disse um ligeiro “desculpa” e um “tchau” e fui para casa.

Eu o odeio. Maldito seja esse idiota maldito. Apertei uma almofada no rosto abafando um grito de raiva. Eu queria seu sangue em uma taça de cristal acompanhado de petiscos do seu fígado. Peguei meus fones e os coloquei no ouvido, deixei tocar “Don’t you worry”. E deitei na cama com uma terrível dor no peito.

CASTIEL:

_ Você está sendo um tremendo idiota com ela. – a voz da Iris me fez deixar de mirar o nada e encara-la.

_ Dane-se! – respondi ríspido. Estava cheio de alguém vim pra cá me pedir para ser melhor.

_ Pois é, quando você simplesmente perceber o quão esta indo longe com isso, eu te direi isso... Dane-se! – a grisalha disse colocando seu dedo em meu rosto e depois foi embora junto com os outros.

Não me peçam para ser gentil. Das inúmeras vezes que eu fui, nunca me dei bem!

Adentrei minha casa e subi os degraus da escada, a porta do quarto dela estava aberta, pude vê-la de relance, deitada na cama com seus fones de ouvido e mexendo sua linda boca como se cantasse baixo.

Eu poderia estar sendo injusto e até um tremendo imbecil. Mais o que eu posso fazer se algo em mim morreu!

JENNY:

Acho que eu tento evitar o mundo real, mas ele teima em me chacoalhar. A essência de ser boba talvez, de ser até mesmo ingênua. E eu creio que quanto mais o tempo passa mais essas características aumentam!

_Será que não estou conseguindo interpretar meu papel muito bem? – pensei alto demais. Questionava-me de coisas sem questão.

Eu acredito que ainda é possível uma convivência harmoniosa. Mas acho que não estou em sintonia com o resto do mundo. Será mesmo melhor tapar os olhos, esquecer sentimentos e continuar caminhando, ou devo realmente mudar minha essência boba e acompanhar o resto do mundo?!

Meu travesseiro me consolava de sua maneira. Minha musica me fazia pensar em partituras ao invés de tristeza. A lua que eu via da janela me dizia que nada melhor como um dia após o outro. Fechei meus olhos, um longo suspiro e me deixei levar pela escuridão.

***

A manhã estava terrivelmente fria. Talvez ela tivesse ido ver o ruivo imbecil e deu de cara com sua frieza e isso á congelou. Como eu poderia rir com uma piada tão sem noção, meu humor não estava mesmo um dos melhores. Adentrei o banheiro com medo até de tocar naquelas paredes brancas e geladas, liguei o chuveiro no modo água quente e deixei escorrer do meu corpo todo aquele peso de tristeza. Chega de negatividade na minha vida!

_ Eu realmente preciso dá um jeito nesse cabelo! – falei sozinha em frente ao espelho. O coitado estava cheio de pontas duplas e mesmo molhado ele demonstrava.

_ E eu concordo! – tomei um ligeiro susto com a voz. Mirei a porta onde estava parada a Gabi e sorri aliviada. _ A mamãe mandou dizer que você está atrasada. – ela disse sorrindo e eu corri até a cama, peguei meu celular, 06h43min... Ai caralho!

Corri para o armário e peguei a primeira roupa que vi. Devo estar um lixo, mal me olhei no espelho. Peguei minhas coisas e desci voando.

_ Bom dia e tchau! – eu gritei enquanto saia voando pela sala.

***

A essa altura a diretora já deve ter fechado aquele desgraçado portão velho. Corri o quanto pude e mal olhava para minha frente. Aquele baque me levou ao chão em minutos. Droga, quem colocou um poste no meio da calçada?! Subi meu olhar e...


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